Grupo I
1.
▪ A atitude de
Gonçalo Ramires é caracterizada pela ociosidade, visível no facto de ele adiar
a concretização da escrita de um romance sobre a sua família (algo que recorda o
que sucede com João da Ega e Carlos da Maia em Os Maias).
▪ Por sua vez,
José Castanheiro mostra-se pró-ativo: trabalha no Ministério da fazenda,
mostra-se entusiasmado e empenhado na criação de uma revista quinzenal e está
envolvido na ressurreição do sentimento português.
▪ A postura/atitude
das personagens de Os Maias é semelhante à de Gonçalo Ramires, pois
mostram-se ociosos, passeando por Lisboa «às horas de trabalho», dedicando-se a
observar apenas os outros.
2.
▪ O excerto de A Ilustre Casa
de Ramires critica:
a) o facto de
os portugueses adiarem a concretização das suas ideias, dos seus projetos;
b) a ausência
de um sentimento patriótico, que surge associado à perda da identidade
nacional.
▪ O extrato de Os Maias
critica:
a) a
ociosidade da juventude portuguesa, que vagueia pela cidade, sem uma ocupação
útil/sem trabalhar;
b) a imitação
caricatural/ridícula de modelos estrangeiros, pela incapacidade de criar modelos
próprios.
3.
a) 3
b) 2
c) 1
4.
▪ O sujeito
poético mostra uma atitude racional, visto que intelectualiza as suas emoções,
recusa voluntariamente a mudança (“Tudo quanto me ameace de mudar-me / Para
melhor que seja, odeio e fujo” – vv. 5-6) e busca a calma, a serenidade, a
tranquilidade (versos 7 a 10).
▪ O sujeito
poético mostra-se aterrorizado face ao destino e/ou à ideia de mudança, o que
lhe causa sofrimento e dor.
5.
▪ Comparação: “indo / Para a
velhice como um dia entra / No anoitecer”.
▪
Expressividade da comparação: tal como o dia termina lenta e gradualmente e
entra na noite de forma impercetível, também o sujeito poético deseja que o
tempo passe por si igualmente de modo impercetível, conduzindo-o tranquilamente
para a morte, isto é, sem que isso lhe cause dor e sofrimento.
6.
a) 2
b) 2
c) 1
7. A crítica e a alegoria no Sermão de Santo
António:
▪ A Nau
Soberba, que é caracterizada pelas velas inchadas pelo vento e que leva os
marinheiros ao naufrágio, simboliza a vaidade, o orgulho desmedido, a
arrogância que conduz(em) o homem à perdição.
▪ A Nau Vingança,
caracterizada pela artilharia e pelos bota-fogos acesos, onde «se queimariam ou
deitariam a pique», simboliza o desejo de vingança.
▪ A Nau
Cobiça, sobrecarregada e aberta com o peso, fica incapaz de fugir ou se
defender, acabando na mão dos corsários, representa o materialismo e a ambição
desmedida.
▪ A Nau Sensualidade,
que faz com que alguns homens se percam ou ceguem, simboliza os que caem
facilmente na tentação e por ela se perdem.
▪ A ictiofagia
e a antropofagia: o pregador critica os peixes por se comerem uns aos outros e
faz o mesmo aos homens, que se comem igualmente uns aos outros, com a agravante
de os pequenos comerem os pequenos, representando, desta forma, a exploração do
ser humano pelo seu semelhante.
▪ O peixe
roncador representa a soberba e a vaidade, visto que, tal como ele é pequeno em
tamanho, mas faz produz muito ruído porque ronca muito, também o homem (como
Pedro ou o gigante Golias) faz alarde e se gaba das suas ações.
▪ O peixe
pegador representa o oportunismo e o parasitismo, pois, tal como ele se agarra
aos peixes maiores, vivendo à sua custa, também alguns seres humanos (como, por
exemplo, os seguidores de Herodes) se «pegam» aos homens influentes para
beneficiar do seu poder e influência.
▪ O peixe
voador representa a ambição, dado que, tal como ele tem forma de peixe mas quer
ser ave, pagando com a vida essa sua ambição, também alguns homens (como Simão
Mago) são castigados.
▪ O polvo
representa a traição e a hipocrisia, dado que, tal como ele se dissimula e se
mostra inofensivo para atacar as presas de forma traiçoeira, também certos
homens (como, por exemplo, Judas) agem de forma traiçoeira/falsa.
Grupo II
Versão 1 Versão 2
1. D B
2. B C
3. A B
4. C A
5. D A
6.
a) complemento direto
b) complemento agente da passiva
7.
a) 3
b) 2
c) 3
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