Português

sábado, 8 de junho de 2013

Entrevista a D. João V

D. João V ,filho de D. Pedro II e D. Maria Sofia, governou Portugal de 1707 a 1750 e casou com D. Maria Ana de Áustria.
Na observação do vídeo, comparamos de imediato a personalidade do rei com a personalidade caracterizada por José Saramago no Memorial do Convento. O rei D. João V era caracterizado por ser uma pessoa atraente, de boa figura alto e de pele escura, porém contrariamente à sua figura apresentável estava um caráter ridículo, vaidoso, egocêntrico, infiel e adúltero, chegando a ser na obra de Saramago descrito como “o infatigável cobridor". Esta última característica é evidenciada na entrevista, quando o rei pega no braço da assistente e a senta no seu colo.
O rei é criticado também pelo seu problema de flatulência, chegando a ser ridículo ao ponto de durante toda a conversa demonstrar estes seus problemas devido ao seu gosto excessivo pela comida e por chegar a dizer que não consegue ter filhos devido a este seu problema durante as suas relações sexuais com D. Maria Ana.
No vídeo está representado o gosto do rei pelo luxo, sendo isto visível no seu próprio vestuário e na promessa que fez, na medida em que, este não se limitou a fazer um convento simples e humilde, mas fez sim um convento luxuoso, grandioso e para isto, não olhou a meios, gastando milhares trazidos em ouro do Brasil e sacrificando vidas a centenas de pessoas.
Concluindo, a época do reinado de D. João V é marcada por um período de ostentação e riqueza do reino, porém principalmente por um povo pobre, humilde e sem vontades e ambições sem ser a do rei, que era uma pessoa imponente mas ao mesmo tempo ridícula pela sua personalidade vaidosa e adúltera.


Filipa P.

Campo de Trigo com Corvos

Campo de Trigo com Corvos é uma obra do pintor holandês Vincent van Gogh concluída em julho de 1890.
Observa-se, em primeiro plano, um campo de trigo maduro e amarelado representando uma época de colheita e o de fim de vida. Estão também evidenciados no campo três caminhos, um à esquerda íngreme, outro ao centro e um à direita, que dá acesso à parte do solo que não tem trigo. Visualizam-se também, corvos negros que simbolizam morte.
Em segundo, observa-se um céu azul escuro, que pode simboliza negativismo tensão e tempos difíceis e duas nuvens que fazem contrastar o branco com o preto, logo, a felicidade com a tristeza ou a morte com a vida.
Este quadro, pintado na última semana de vida do autor, representa um conjunto de emoções negativas e de premonições de morte, estando isto simbolizado pelos corvos e pelo céu escuro.

Ana P.

Ovelhas ou nuvens

            A imagem da autoria “ Biratan Porto” tem o nome de “Pastores de Nuvens”, foi apresentado no “World Festival” no ano de 2003.
            No “cartoon” vemos vários homens com bengalas enormes a juntarem algumas nuvens, que estão escuras, mas delas cai pouca quantidade de água. Esta é aproveitada pelos homens, ilustrados no quadro, para uns bidões.
            Cada um tem umas nuvens em grupo, mas verificamos que ainda não estão todas, porque um dos homens ainda está a juntar uma nuvem pequena às restantes, já juntas.
            O solo está seco, sem vida, infértil, pois só vemos de onde em onde uma pedra. Não tem cor e é plano.
            Esta imagem demonstra uns homens que estão a juntar as nuvens com a intenção de originar chuva, com a finalidade de aproveitar todas as gotas.
            Dão a entender que a água é para ser utilizada no solo, pois é muito seco, sem vida e sem plantas, etc…
            A mensagem que o “cartoon” quer passar é a falta de água, pois é um bem essencial para haver Vida.
            O título “Pastores de Nuvens” foi escolhido porque dá ideia que os homens da imagem estão a guardar um rebanho, mas em vez de se tratar de um rebanho de “ovelhas” é um rebanho de “nuvens”.          
            A imagem está relacionada com o poema de Alberto, porque, tal como a imagem, ele pensa ser um pastor de um rebanho, mas não de ovelhas.
            Um “cartoon” que demonstra bem a sua mensagem, que é a importância da água para a vida.

            É um bom “cartoon” pois centra-se num grande tema, que preocupa muito a população na atualidade.

Ana A.

Entrevista Histórica a D. João V

O vídeo proposto para observação apresenta um retrato cómico do que outrora foi D. João V. Certos humorista agarraram nas características mais caricatas do rei, ampliaram-nas na forma mais ridícula possível e construindo este pequeno ato que de certa forma retrata a impressão que o povo possuía do seu monarca.
José Saramago descreve o rei D. João V como um homem vaidoso, absoluto, arbitrário e extravagante, pois gostava de implementar estrangeirismos em Portugal. Era conhecido por ser infiel à mulher por qual se casou por conveniência, era caracterizado pela sua flatulência e por ser nomeado como “irrifatigável cobridor”.
No vídeo humorístico apenas pegam nos traços que o próprio José Saramago redigiu e tentam retrata-los numa cena que começa com um apresentador que primeiramente apresenta o entrevistador como sendo D. João V, este último senta-se numa outra cadeira ao pé do apresentador mas antes de se sentar obriga o apresentante a beijar o chão que pisou, numa forma de mostrar a sua superioridade e a partir desse momento começa a “entrevista”. Essa “entrevista” começa logo com o rei a perguntar se havia algo para comer, de seguida o apresentador tenta perguntar algumas perguntas ao entrevistado e o rei o manda-o calar “Está calado” pois estava ocupado a tentar “seduzir” a servente que lhe trazia comida.
 “D. João” durante a entrevista responde o porquê da construção do convento de Mafra, fala sobre o voto que fez devido à sua doença fatal (“…a minha vida era flat, insiste, flat, insiste…”) que teve na época e a incapacidade da sua mulher gerar filhos (“Quando tava mesmo a conseguir…pausa…flat”). Na entrevista o “rei” passa metade do tempo a querer ir embora “Falta muito para isto acabar”, “És um bocado seca…”, demonstra que não queria estar ali, na outra parte do tempo a entrevista é interrompida pelos flates de sua majestade. O monarca faz piadas sobre a localização e como lançou a primeira pedra (“O arquiteto estava armado em mete nojo (…) agarrarei numa pedra e truz”), fala de uma maneira descuidada como se não importasse em ser bem ou não mal-educado. Disse que depois da construção do convento, que fora dedicado a Nossa Senhora e a St. António, a sua flatulência aumentou mas a sua mulher conseguiu finalmente conceber um filho, Maria Barbara e a seguir mais cinco outros e “depois o resto”, fala abertamente sobre a sua infidelidade (“A partir daí tive uma vida extra conjugal muito animada”) sentindo-se orgulhoso por isso.
Falam também sobre a introdução da ópera italiana em Portugal que se deveu a D. João e por fim conversam sobre a sua morte que foi considerada uma morte feliz que se deveu a uma congestão (“Eu comi muito ao pequeno-almoço (…) e nisto chega mais uma cantora italiana que eu queria induzir em Portugal (…) dá-se-me um flat maior que os outros (… daí dá-se o flat mestre (…) estando a italiana a “cantar”).
Podemos concluir que este vídeo goza com os modos de vida de D. João exercia, até mesmo os motivos e o momento da sua morre são ridicularizados na cena, o apresentador tenta manter-se apresentável durante toda a entrevista enquanto o humorista que representa o rei tenta demonstrar superioridade, alguma malicia, um pouco de extravagância e também autoridade, isto enquanto dá flates que estragam qualquer alusão a essa impressão, tornando assim alguém por qual deveríamos ter respeito e afeição, em uma pessoa “nojenta”, sem princípios e no mínimo ridícula.

Daniela E.

Torre de Babel


A imagem aqui presente é um quadro intitulado “Torre de Babel”, pintado em 1563 por Pieter Bruegel (1525-1569), pintor flamengo nascido em Bree, Ducado de Brabante (atual Bélgica), que faleceu em Bruxelas. Há três versões desta pintura: a original, uma de dimensões mais pequenas (ao lado) e uma em marfim; porém, esta última foi perdida já há muitos anos. A apresentada acima é uma das duas restantes, sendo a mais pequena destas pintada numa tela de 60 cm x 74.5 cm. Esta versão mais pequena está atualmente exposta no Museu Boijmans Van Beuningen, em Roterdão, Países-Baixos.
No quadro, podemos observar a suposta Torre de Babel, torre fictícia mencionada e descrita no Livro de Génesis. A torre aparenta ter uma altura enormíssima, ultrapassando até as nuvens do céu. A mesma tem uma forma cónica, com uma base larga e redonda, que vai ficando mais estreita à medida que a subimos, e com o topo ainda por acabar. Há várias janelas, portas e entradas com arco à volta da torre. No plano de fundo, podemos ver terra e árvores, assim como mar e barcos a atracar perto da torre. Analisando ao pormenor, podemos também observar pessoas perto da base e ao pé das entradas e portas. A torre faz parte da mitologia hebraica e foi construída por um suposto único povo unido, com uma só língua, com os mesmos valores e costumes. Para mostrar a sua grandiosidade, ele decidiu construir uma torre tão alta que chegasse aos céus; o edifício pode ser comparado à cidade de Roma, que foi governada pelos Césares com a intenção de ser uma cidade eterna. Ao mesmo tempo, a torre é também um símbolo de um orgulho castigado, e uma das principais intenções do pintor é mostrar e condenar o orgulho das pessoas, pois, segundo a lenda, Deus veio à Terra ver o que este povo fez e, descontente, espalhou-o por todos os cantos do mundo, confundindo as línguas destas novas populações, para que estas não se entendessem entre si, encerrando assim a construção da torre. O trabalho dos construtores e engenheiros (a estrutura apresenta uma forma irregular e mal construída) remete-nos para uma segunda moral, que é a futilidade de muito esforço humano.
No fundo, este quadro dá-nos uma lição, que é apenas não tentar algo de grandes proporções só pela questão de orgulho, pois, no fim, pode-se dar uma reviravolta e todo o nosso esforço é desperdiçado. A outra versão deste quadro dá-nos a mesma moral e não é muito diferente deste quadro: tem apenas umas ligeiras alterações e um maior detalhe. Os quadros de Bruegel representam frequentemente símbolos que nos dão uma lição de moral, e aconselho todos a experimentar analisar um quadro deste grande pintor, pois são quadros muito bem pintados e detalhados, e porque, no fim, podemos também todos aprender uma nova lição de vida.

Pedro M.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Requisição civil de professores

Requisição civil teria sempre eficácia nula

Análise de juristas e directores.
Professores vão mesmo avançar para a greve RUI GAUDÊNCIO
Processo legal de requisição obrigaria alunos a esperar horas pelos professores e poderia pôr em causa a coordenação que garante o sigilo do conteúdo das provas, alegam especialistas.
Mesmo aqueles que defendem a legalidade da requisição civil de docentes no dia de greve marcada para o arranque dos exames nacionais consideram que a sua eficácia seria nula, tendo em conta o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo que determina que aquela só pode ser decretada “depois de avaliada a dimensão da paralisação e se houver incumprimento dos serviços mínimos”.
“Que Governo arriscaria deixar 77 mil alunos à porta da sala, durante horas, à espera que existissem condições para a realização do exame? Nenhum”, comenta Luís Gonçalves da Silva, professor da Universidade de Lisboa.
Entre os especialistas em Direito do Trabalho não há unanimidade. Pelo contrário, pode mesmo dizer-se. Um exemplo: Garcia Pereira, advogado, defende que a requisição civil dos professores, no dia 17, “seria manifestamente ilegal e, como tal, ofensiva dos direitos, liberdades e garantias dos professores”, pelo que aqueles teriam até “o direito à resistência”, nos termos do artigo 21.º da Constituição da República. Luís Gonçalves da Silva, professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, considera que a posição daquele advogado, que é assumidamente de esquerda, “não faz qualquer sentido”, e defende que a requisição civil dos professores é possível, desde que antes sejam fixados os serviços mínimos e se verifique, no decorrer da greve, que aqueles não estão a ser assegurados.
Ainda assim, ambos estão de acordo num aspecto. Se de forma legal (na perspectiva de Luís Gonçalves da Silva) ou ilegal (segundo Garcia Pereira) o Governo optasse por esta solução, que o ministro da Educação não rejeitou, os alunos teriam sempre de esperar, no mínimo, horas, pelo início do exame de Português, marcado para as 9h30 do dia 17.
“Dado o número de professores e alunos envolvidos, a dispersão das escolas, o tempo despendido nas notificações e nas deslocações e a necessidade de todos começarem a fazer a prova ao mesmo tempo, na prática a aplicação da requisição civil seria muitíssimo difícil, se não impossível”, afirma o professor da Universidade de Lisboa.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pastores de Nuvens

A imagem representada intitula-se “Pastores de Nuvens” e é um cartoon realizado em 2003.
            Em primeiro plano observa-se um céu com algumas nuvens bastante carregadas, com tons de azul-escuro e cinzento, umas gotas de água que estão a cair em três baldes. Visualizam-se também dois homens a olhar para o céu, sendo um deles velho, estando vestido com uma batina e uns chinelos e a pegar numa bengala tão grande que toca as nuvens. O outro homem está vestido com umas calças rasgadas e uma camisola e está também a pegar numa bengala. Observa-se ainda um solo estéril e deserto. Em segundo plano, avistam-se mais pessoas sentadas. Toda a imagem é caracterizada por tons frios.
Este cartoon pretende alertar para a falta de água, para a inconsciente utilização deste recurso natural e para a desertificação.
Esta ilustração relaciona-se com o poema IX de Alberto Caeiro, porque fala de guardadores, ou seja de pessoas que protegem algo. Expressa também a ideia de toque, cheiro ou sabor e, por fim, tanto no cartoon como no poema, a realidade pode ser conhecida através das sensações.
Concluindo, a figura alerta-nos através de um cartoon, acerca da falta de água, através de tons frios e pessoas que aguardam solenemente a chuva.


José V.

Campo de Trigo com Corvos

Campo de Trigo com Corvos é uma obra do pintor holandês Vincent van Gogh concluída em julho de 1890, nas últimas semanas de vida deste e que se inscreve no contexto da pintura de paisagens.
Em primeiro plano observa-se um campo de trigo dourado e luminoso que nos revela que está pronto a ser colhido e dá-nos uma sensação de movimento porque, o trigo está ligeiramente inclinado. Observam-se também três caminhos pintados em tons de verde, vermelho e castanho e divergentes, ou seja, têm inicio no mesmo sitio. O primeiro caminho, à esquerda, está representado num sitio mais íngreme enquanto que, o do meio se perde no interior do campo e o terceiro conduz-nos para fora do trigal. Avistam-se também corvos pretos esvoaçando o que pode simbolizar morte e agouro.
Em segundo plano e por isso no horizonte, observa-se um céu escuro onde aparentemente está instalada uma tempestade, o que pode simbolizar negativismo tensão, agitação e negatividade. Por último, as duas nuvens fazem contrastar o escuro com o claro e realçam um céu tempestuoso.
Concluído, este quadro retrata um bando de corvos sobrevoando um campo de trigo, sob um céu carregado e ameaçador demonstrando a pressão e o negativismo pelo o qual Van Gogh estava possivelmente a passar.


José V.

"A Última Ceia"


                O quadro que eu escolhi foi, a ultima ceia, o autor foi, Leonardo da Vinci entre 1495 e 1497, com a técnica mista com predominância da tempera e óleo sobre duas camadas de preparação de gesso aplicadas sobre reboco, (estuque), a dimensão é de 460cm x 880 cm e localiza-se em Milão.
                No quadro observam-se treze pessoas, Jesus Cristo e os seus apóstolos, perante uma mesa comprida com pratos, copos, bebidas e três janelas, o que nos indica que é uma sala notavelmente grande.
                Os apóstolos agrupam-se em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro. Da esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura),  estão no primeiro grupo: Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo Judas Iscariotes (cabelo branco inclinado contra o suposto João), Simão Pedro e João, este o único do grupo; Cristo ao centro; Tomé, Tiago Maior e Filipe e no quarto grupo estão Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão, o Zelote, por último. Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de Leonardo encontrado no seculo XIX.
                O tema é religioso e mostra o momento em que Jesus se reúne com os seus apóstolos para uma ultima ceia juntos antes de ser preso e crucificado. Como toda obra de da Vinci, o Renascimento é o movimento artístico, no qual é apresentado proporções geométricas, assimetria, harmonia e outras características presentes nesse movimento. A pintura é naturalista, mas contém características particulares de Leonardo, onde ele coloca os seus mistérios escondidos em toda a imagem. A mensagem passada pela figura é a euforia de todos os apóstolos e como aquele momento era importante para todos.
Em suma a história em que a obra se baseia é encontrada no Novo Testamento. “A Última Ceia” ocorreu quando Cristo revelou, na refeição, que um dos apóstolos ali presentes iria traí-lo. Na história bíblica, foi Judas Iscariotes o apóstolo a trair Jesus Cristo. Leonardo da Vinci retratou o perfil de Judas inclinado para trás, com o rosto em uma sombra. Uma curiosidade sobre “A Última Ceia” é que o mosteiro no qual se localiza, passou por um bombardeiro durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, mesmo deteriorada, manteve-se firme após este bombardeio e ainda pode ser apreciada pelos amantes da arte.

José V.

O imundo vaidoso

Nem sempre o estatuto social alto e a boa aparência é sinal de comportamentos certeiros. Como é o caso do rei D.João V, que foi retratado por José Saramago e Herman José de maneira parecida emuito promenorizada tanto quanto ao seu retrato físico como ao psicológico.
No vídeo em que Herman José veste a pele de D.João V em geito de comédia mas bastante realista, durante a entrevista está constantemente a arrotar e a dar flatulências, inclusive diz que a razão por a qual mandou construir o Convento de Mafra foi não conseguir ter filhos porque quando estava a ter relações com a rainha dava uma flatulência e ela começava a rir-se e deste modo não conseguiam ter filhos. Está também constantemente a pôr o dedo no nariz e senta-se todo torto na cadeira com ar de aborrecido com a entrevista, o que mostra o lado desinteressado do rei perante tudo e a má educação mais uma vez. E uma vez que ele aparenta ter muito cuidado com a imagem e com que todos lhe façam congratulações, faz com que se pense que toda aquela boa figura é so aparente. Depois vemos um outro traço dele o de ser infiel e adúltero, assim que vê a assistente do programa agarra-a e faz com que ela se sente no colo dele e ainda diz “que rica menina”.
No Memorial do Convento José Saramago faz um retrato do rei igualzinho, diz que ele tem uma boa figura, que é atraente, mas depois ridiculariza-o dizendo que sofre de flatulência. Também descreve muitas vezes a sua infieldade e adultério dos quais nasceram vários filhos. Tal como no vídeo evidência a humanidade e mortalidade do rei dizendo que adoece, so que no vídeo Herman José brinca com a doença e diz que é a flatulência, mas no Memorial ele adoece mesmo.
Em suma, tanto no vídeo como no Memorial do Convento o rei D.João V é descrito da mesma maneira, temos o contraste entre o vaidoso e o ridiculo. Ele tanto quer ser vaidoso e ter uma boa figura que depois se ridiculariza com os seus atos como dar flatulências e arrotar constantemente, e ainda a infedelidade. Desta maneira concluimos facilmente que os dois se relacionam, embora um seja em geito de comédia.
 Solange T.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Entrevista a D. João V

No retrato feito por José Saramago, podemos ver o Rei como um charmoso jovem, muito bonito, propenso ao adultério, com várias pretendentes e casos extra conjugais, sendo a sua mulher D.ª Maria Ana uma antagonista do seu arquétipo de mulher. Depois conforme evelhece torna-se apenas num velho monarca narcisista e vaidoso, género Luis XIV em versão portuguesa e fica doente, com aspeto envelhecido e sofre de flatulência, perdendo muito do seu encanto sobre o sexo oposto e ficando cada vez mais uma réstia daquilo que terá sido. Muito religioso e convicto da existência de Deus, cumpre os seus votos arrastando o país para a miséria, gastando dinheiros públicos. No retrato feito por Herman, podemos apenas comparar este rei ao momento do romance em que ele é mais velho, visto que o comediante já o mostra flatulento, falso charmoso que apenas usa o facto de ser rei para conquistar mulheres e que afirma que a sua obra é esplendida. A intencionalidade crítica do retrato feito pelo comediante e apresentador de tv é óbvio, apresentando João V como um nobre bruto que apenas pensa nos seus interesses, não tem muita noção da realidade em que se encontra e o pouco que sabe, sabe mal.
No geral é uma crítica muito bem-feita, tanto no romance como no video, e achei uma interessante comparação de vistas, embora vistas com propósitos diferentes.

 António S.

"Anjo na neve"

                Enquanto que há montes de músicas de amor e músicas sobre a cumplicidade de um casal, podemos diz que este tema musical se relaciona facilmente com o papel que Blimunda mantém na sua relação com Baltasar.
                A letra da música (Angel, angel or so / Wherever you may go / I'll follow / Wherever you may go) é claramente uma mensagem do cantor (ou de uma certa personagem) para a pessoa que ama, o seu "anjo na neve", dizendo que seguirá sempre essa pessoa, esteja onde ela estiver. Esta declaração de amor e de carinho é muito semelhante à relação existente entre as duas personagens principais do Memorial do Convento, onde existe uma certa cumplicidade e sentido de proteção entre Sete-Sóis e Sete-Luas. Quando Baltasar desaparece, Blimunda não descansa até o descobrir e até saber se o seu amado está bem, mostrando novamente que ela estará sempre lá por ele, como está escrito na segunda estrofe do tema musical ("And always will I be there / Shake worries from your hair").

                Supõe-se que, obviamente, Baltasar faria o mesmo pelo amor da sua vida, protegendo-a de todo o mal e ajudando-a sempre nos seus piores momentos. No fundo, Baltasar e Blimunda são, cada um, o "anjo na neve" do outro, protegendo-se, amando-se e ajudando-se.
Pedro M.

Entrevista a D. João V

Comparando a personagem pitoresca que vemos caraterizada por Herman José com o retrato podemos ver várias semelhanças e diferenças. Por exemplo, Herman José representa o Rei, como flatulento, mulherengo, mal-educado, mau falante, mau ouvinte e megalómano, enquanto José Saramago o caracteriza como primeiramente, um jovem garboso, esbelto, garanhão, grande “cobridor” e segundamente, como doente, apagado, sombra daquilo que um dia foi, e tudo aquilo que o cómico retratou. Ou seja, há duas partes do retrato de Saramago para comparar. Quanto á primeira não podia estar mais longe, enquanto está muito perto da segunda. Na critica é um trabalho inteligentemente construído, um retrato apurado da realidade real, sendo esta feita de aparências e ilusões que depressa se desvanecem, senão com o tempo, com o conhecimento da personalidade.

Marco V. 

Relação de Blimunda com a música Angel in the snow

            Blimunda mantém uma relação com Baltazar que transcende a física e não segue apenas as regras religiosas e humanas. É algo completamente acima dos padrões estabelecidos por qualquer comunidade humana. Comparando com o que a música diz, Baltazar é o anjo e Blimunda o sujeito da canção, que lhe diz que a seguirá para onde quer que ela vá o que de facto se verifica no romance, e que lha afastará todas as inquietações da sua cabeça e lhe trará paz, e Blimunda é de facto o porto de abrigo de Baltazar, é a sua companhia de todas as horas e mesmo quando este morre, esta carrega a sua vontade para que o destino deste se cumpra. Blimunda, e Baltazar unidos apenas pelo vínculo amoroso entre os dois são antagonistas do rei e da rainha, e considero a música mais que apropriada para descrever não só o papel de Blimunda na relação, mas também a relação em si.


Marco V.

terça-feira, 4 de junho de 2013

D. João V

         D. João, V de seu nome, Rei de Portugal, é considerado neste Romance por José Saramago duas coisas completamente diferentes. Podemos então analisar o regente em dois momentos distintos, o primeiro como jovem, garboso, cheio de charme, imponente, adultero, megalómano, entre distintas outras coisas, e no segundo momento, as únicas coisas que restam de comum com o primeiro é a megalomania e o adultério, neste momento é doente, flatulento, flácido, envelhecido e apenas uma sombra de outrora, perdendo todo o encanto. De facto não podemos comparar o retrato feito por Herman José ao primeiro momento, mas é colado ao segundo, imensamente semelhante. No sentido critico, o retrato do comediante e apresentador televisivo é muito bem construído e ataca vários pontos inteligentes que foram enormes falhas no reinado de D. João V, tal como a megalomania embutida na construção do convento e do gasto de dinheiro que ali se investiu e perdeu.

Rafafel P. 
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