Português

terça-feira, 22 de abril de 2014

Chalet da Condessa d’Edla – Sintra


     O Chalet da Condessa d'Edla, datado do século XIX, situa-se na cidade de Sintra, no Parque da Pena.
     O edifício foi mandado construir por D. Fernando II e pela sua segunda esposa, Elise Hensler, Condessa d'Edla, uma cantora de ópera de origem suíço-americana, entre 1869 e 1875, num talhão do Parque da Pena.
     O chalé foi inspirado nas construções das montanhas suíças, mas está revestido com materiais nacionais, como a cortiça, que emoldura todas as portas e janelas exteriores. Além disso, a fachada é de alvenaria, mas pintada de forma a imitar a madeira, à semelhança das casas americanas.
     A residência é rodeada por um espaço de 1,5 hectares de parque e jardins, com alguns exemplares raros de vegetação e flores multicores que alegram o cenário..
     Destruído em 1999 por um incêndio, o edifício e o parque começaram a ser recuperados em 2007 e reabriram recentemente ao público, depois de completa a primeira fase dos trabalhos de recuperação.

(c) Portugal+

Passos Coelho, a sua troupe e o coronel Aureliano Buendia

     «O coronel Aureliano Buendia promoveu trinta e dois levantamentos armados e perdeu-os todos. Teve dezassete filhos varões de dezassete mulheres diferentes, que foram exterminados, um após outro, numa única noite, antes de o mais velho fazer trinta e cinco anos. Escapou a catorze atentados, a setenta e três emboscadas e a um pelotão de fuzilamento. Sobreviveu a uma dose de estricnina no café que teria chegado para matar um cavalo. Recusou a Ordem do Mérito que lhe foi conferida pelo presidente da República. Chegou a ser comandante-geral das forças revolucionárias, com jurisdição e poder de uma fronteira à outra e o homem mais temido pelo Governo, mas nunca permitiu que lhe tirassem uma fotografia. Declinou a pensão vitalícia que lhe propuseram e viveu até à velhice dos peixinhos de ouro que fabricava na sua oficina de Macondo. Ainda que tenha sempre lutado à frente dos seus homens, a única ferida que recebeu foi a que fez a si mesmo depois de assinar a capitulação de Neerlândia que pôs termo a quase vinte anos de guerras civis. Disparou um tiro de pistola no peito e a bala saiu-lhe pelas costas sem atingir nenhum centro vital. A única coisa que ficou de tudo isso foi uma rua com o seu nome em Macondo. No entanto, segundo declarou poucos anos antes de morrer de velho, nem sequer isso esperava na madrugada em que partiu com os seus vinte e um homens para se ir reunir às forças do general Victorio Medina. 
     - Aqui te deixamos Macondo - foi tudo quanto disse a Arcadio antes de partir. - Deixamos-ta bem. Faz com que a encontremos melhor

Gabriel García Márquez, Cem Anos de Solidão

sábado, 19 de abril de 2014

"Key for Schools"

     «À boa maneira do Estado Novo, o Estado Novo II tem-se afanado em recrutar, obrigatoriamente, voluntários para corrigirem os exames de Cambridge, a que se irão sujeitar os alunos do 9.º ano. Passemos ao largo do provincianismo que paga agora a Cambridge, aquilo que os professores portugueses sempre fizeram e bem. Mas denunciemos o truque. O exame que os alunos vão fazer chama-se, na tipologia de Cambridge, Key for Schools. Corresponde, na descrição do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas Estrangeiras, ao nível A2. As Metas Curriculares de Inglês, aprovadas por Crato, dizem que este nível deve ser cumprido pelos estudantes do 7.º ano de escolaridade. E que dizem para os do 9.º ano? Que o nível a cumprir é o B1, que corresponde, na nomenclatura de Cambridge, a um exame denominado Preliminary of Schools. Ou seja, os alunos do 9.º ano vão fazer o exame desenhado para os do 7.º. Terão, obviamente, bons resultados. É este o rigor de Crato, chancelado por Cambridge


Prof. Santana Castilho

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Matriz - Exame de Português 9.º ano 2014 - NEE


INFORMAÇÃO ‑ PROVA FINAL DE CICLO
PORTUGUÊS                                                                                                                            Março de 2014
Prova 81 | 2014
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
3.º Ciclo do Ensino Básico

                O presente documento divulga informação relativa à prova final do 3.º Ciclo da disciplina de Português, a realizar em 2014, nomeadamente:
● Objeto de avaliação;
● Caracterização da prova;
● Critérios gerais de classificação;
● Material;
● Duração.

                Realizam a prova os alunos que se encontram abrangidos pelo Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro.


1. Objeto de avaliação

                A prova tem por referência o Programa de Português e as Metas Curriculares de Português para o Ensino Básico e permite avaliar aprendizagens passíveis de avaliação numa prova escrita de duração limitada, nos domínios da Leitura, da Escrita, da Educação Literária e da Gramática.
                Relativamente ao domínio da Educação Literária, a prova pode incluir textos que constam da «Lista de obras e textos para Educação Literária» (Metas Curriculares de Português) ou outros textos representativos da literatura portuguesa e da literatura estrangeira.


2. Caracterização da prova

                Os itens terão como suporte dois ou mais textos.
                A prova é cotada para 100 (cem) pontos.

                A valorização dos domínios na prova apresenta-se no Quadro 1.

Quadro 1 ‑ Valorização dos domínios

Domínios
Cotação
(em pontos)
Grupo I – Leitura
20
Grupo II – Educação Literária
30
Grupo III – Gramática
20
Grupo IV ‑ Escrita
30

                Em cada grupo, para além do domínio em foco, podem ser mobilizadas aprendizagens de outros domínios.

                A tipologia de itens, o número de itens e a cotação por item apresentam-se no Quadro 2.

Quadro 2 – Tipologia, número de itens e cotação

Tipologia de itens
Número de itens
Cotação por item
(em pontos)
Itens de seleção
Ordenação
Escolha múltipla
Associação
8 a 10
2 a 8
Itens de construção
Resposta curta
Completamento
Resposta restrita
Resposta extensa
3 a 5
1
5 a 8
1 a 2
2 a 5
3 a 5
3 a 8
10 ou 30


3. Critérios gerais de classificação

                A classificação a atribuir a cada resposta resulta da aplicação dos critérios gerais e dos critérios específicos de classificação apresentados para cada item.
                As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos.
                A classificação das provas nas quais se apresente, pelo menos, uma resposta escrita integralmente em maiúsculas é sujeita a uma desvalorização de três pontos.
                No presente ano letivo, na classificação das provas, continuarão a ser consideradas corretas as grafias que seguirem o que se encontra previsto quer no Acordo Ortográfico de 1945, quer no Acordo Ortográfico de 1990 (atualmente em vigor), mesmo quando se utilizem as duas grafias numa mesma prova.

Itens de seleção
                Nos itens de escolha múltipla, a cotação do item só é atribuída às respostas que apresentem de forma inequívoca a opção correta. Todas as outras respostas são classificadas com zero pontos.
                Nos itens de ordenação, a cotação do item só é atribuída às respostas em que a sequência apresentada esteja integralmente correta e completa. Todas as outras respostas são classificadas com zero pontos.
                Nos itens de associação, são atribuídas pontuações às respostas total ou parcialmente corretas, de acordo com os critérios específicos.

Itens de construção
                Nos itens de completamento e nos de resposta curta, a cotação do item só é atribuída às respostas totalmente corretas. Poderão ser atribuídas pontuações a respostas parcialmente corretas, de acordo com os critérios específicos. Nos itens de resposta curta em que se solicite o uso de metalinguagem, são classificadas com zero pontos as respostas que contenham abreviaturas ou representações ortográficas incorretas de termos literários ou linguísticos.
                Nos itens de resposta restrita e de resposta extensa, os critérios de classificação apresentam-se organizados por níveis de desempenho. A cada nível de desempenho corresponde uma dada pontuação.
                Em relação aos itens de resposta restrita, a cotação é distribuída pelos parâmetros seguintes:
a) conteúdo (C);
b) organização e correção da expressão escrita (F).

                No domínio da organização e correção da expressão escrita (F), estão previstos descontos por aplicação dos fatores de desvalorização seguintes:
– erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra minúscula ou de letra maiúscula inicial e erro de translineação);
– erro inequívoco de pontuação;
– incumprimento de regra de citação ou de referência a título de obra;
– erro de morfologia;
– erro de sintaxe;
– impropriedade lexical.
                O afastamento integral dos aspetos de conteúdo relativos a cada item implica que a resposta seja classificada com zero pontos. A classificação com zero pontos nos aspetos de conteúdo (C) implica a classificação com zero pontos nos aspetos de organização e correção da expressão escrita (F).
                O Grupo II pode integrar um item de resposta extensa. Caso tal se verifique, são aplicados os critérios apresentados para os itens de resposta restrita. Neste item, a indicação de um número mínimo e máximo de palavras, para a elaboração da resposta, significa que os limites explicitados correspondem a requisitos relativos à extensão de texto e devem ser respeitados. Se o aluno não cumprir a extensão requerida, a classificação é sujeita à desvalorização de 1 ponto. Se a extensão do texto for inferior a 1/3 do limite mínimo, a resposta é classificada com zero pontos.
                Em relação ao item de resposta extensa que constitui o Grupo IV, a cotação é distribuída pelos parâmetros Tema e Tipologia, Coerência e Pertinência da Informação, Estrutura e Coesão, Morfologia e Sintaxe, Repertório Vocabular, Ortografia. Caso a resposta não cumpra de forma inequívoca a instrução no que respeita ao tema e ao tipo de texto, é classificada com zero pontos em todos os parâmetros. Neste item, a indicação de um número mínimo e máximo de palavras, para a elaboração da resposta, significa que os limites explicitados correspondem a requisitos relativos à extensão de texto e devem ser respeitados. Se o aluno não cumprir a extensão requerida, a classificação é sujeita à desvalorização de 1 ou de 2 pontos. Se a extensão do texto for inferior a 1/3 do limite mínimo, a resposta é classificada com zero pontos em todos os parâmetros.


4. Material

                O aluno apenas pode usar, como material de escrita, caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.
                As respostas são registadas em folha própria, fornecida pelo estabelecimento de ensino (modelo oficial).
                Não é permitida a consulta de dicionário.
                Não é permitido o uso de corretor.


5. Duração

                A prova tem a duração de 90 minutos, a que acresce a tolerância de 30 minutos.

Vocativo

                O vocativo é a função sintática desempenhada por um constituinte não obrigatório que serve para chamar ou interpelar o interlocutor.
                O vocativo ocorre em:

1. Frases de tipo imperativo:
. João, cala-te!

2. Frases de tipo exclamativo:
. Ó João, estás impossível hoje!

3. Frases de tipo interrogativo:
. João, podias dizer-me as horas?

                Por outro lado, o vocativo é extremamente móvel, podendo ocorrer no início, no interior ou no final da frase. Em qualquer circunstância, surge sempre separado por vírgula dos demais elementos da frase.
. João, dá-me esse martelo.
. Dá-me, João, esse martelo.
. Dá-me esse martelo, João.

                Além disso, é frequente alguma confusão entre as funções de sujeito e de vocativo. No entanto, há formas de os distinguir:

a. O sujeito e o vocativo podem ocorrer, em simultâneo, numa frase:
. A minha mãe viu-te na feira, João.
Sujeito                                     vocativo

b. Ao contrário do sujeito, o vocativo não controla a concordância verbal.
. Maria, os teus irmãos chegaram.

c. Ao contrário do sujeito, o vocativo pode ser antecedido da interjeição «ó».
. Ó Eusébio, porque partiste tão cedo?

d. Ao contrário do sujeito, o vocativo nunca é acompanhado de determinantes (exceto possessivos).
. João, cheguei.
  vocativo
. Meu querido João, cheguei.
vocativo
. Aquele rapaz chama-se João.
sujeito

"O Cerco à Sala de Aula"

   

OPINIÃO

O Cerco à Sala de Aula

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...