Português: Media
Mostrar mensagens com a etiqueta Media. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Media. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 18 de abril de 2018

O imbróglio da vírgula


     Se Griezmann falhar Barcelona vira-se para Salah: o que quer isto dizer?

     Se Griezmann falhar, Barcelona vira-se para Salah?

     Se Griezmann falhar Barcelona, vira-se para Salah?

     Uma vírgula faz tanta falta...

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A próclise

     Cada vez se escreve pior em todo o lado, incluindo os meios de comunicação social. Este facto talvez se fique a dever a uma apreciável falta de cuidado, um "tanto faz", mas é possível que também possa ter a ver com a falta de preparação dos atuais jornalistas da nossa praça.
     Qualquer que seja a razão, os erros medram, nomeadamente nas plataformas digitais dos nossos jornais e revistas.

     Neste caso, o que está a questão é a colocação do pronome «se» e logo nesse baluarte que é o Expresso:


     Pois bem, o novo contrato de Messi tem para lá, como diria Luís Filipe Vieira, umas cláusulas, incluindo esta: "... se a Catalunha se tornar independente..." e não como aparece escrito.

     A explicação para a anteposição do pronome à forma verbal pode ser encontrada aqui.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Manuel Luís Goucha, o "roto" da TVI


     Rostos, rotos... é tudo igual, ninguém revê o que escreve. Porreiro, pá!

     Por outro lado, para quê acentuar a forma verbal "têm"? 'Tem', 'têm'... quem é que quer saber de miudezas?

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Roubo de "e-mail"?


     Aparentemente, nada está fora do alcance de um bom hacker.
     Se é verdade que ninguém gosta de ser confrontado com uma devassa, muito menos de algo tão importante como o e-mail.
     Troy Hunt, um especialista em segurança na Internet, criou um sítio através do qual é possível verificar se o nosso e-mail foi hackeado.
     Para saber se tal aconteceu, basta aceder ao sítio (clicar no link acima) e colocar nele o e-mail e ficar-se-á a saber de imediato. Caso se pretenda ser avisado em caso de roubo, basta subscrever as notificações e receberemos um e-mail a avisar de que fomos hackeados.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O duplo particípio passado


1.º) A repetição de vocabulário é uma falha grave de escrita. Pelo contrário, ele deve ser variado, assim enriquecendo o texto.

2.º) Há verbos que possuem dois particípios passados, como, por exemplo, "aceitar". Com os verbos auxiliares "ter" e "haver" usa-se a forma «normal»: ter / haver aceitado; com o auxiliar "ser" utiliza-se a «irregular»: ser aceite.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Regência do verbo "gostar", capítulo X


     Este caso já foi aqui assinalado diversas vezes, porém nunca é excessivo chamar a atenção para a sua recorrência, nomeadamente no contexto dos media.

     O verbo gostar rege a preposição de, senhores jornalistas:

          - A jovem gosta do homem.

          - O homem de quem a jovem gosta...

     Assim sendo, o autor da prosa deveria ter escrito isto: Apesar do momento de felicidade que vive por estar a viver uma paixão com o homem de que gosta.

     
     A «coisa» não fica, no entanto, por aqui. Outro dos erros comuns entre os alunos (e não só, aparentemente) é a repetição de vocabulário nos textos que produzem. Bom, o jornalista que produziu esta peça não quis ficar atrás e sai-se com esta outra pérola: «felicidade que vive por estar a viver uma paixão...». E que tal prosseguir com algo do género «felicidade que vive por estar a viver uma paixão vital para a sua vida»

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Abreviações e particípio passado


     Mais uma peça da imprensa...

     Pelo menos dois erros são evidentes:

     1.º) A abreviação sem o pontinho: 1.ª e não «1ª».

     2.º) O complexo verbal «ter aceite» está incorreto. Determinados verbos possuem duas formas de particípio passado. É o caso de «aceitar»: «aceitado» e «aceite». Ora, a primeira forma é usada com o auxiliar "ter", enquanto «aceite» é utilizada com o auxiliar «ser»:
 
          - Williams foi o único a ter aceitado a proposta.

          - A proposta foi aceite por Williams.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Verbos "ter" ou "estar"?


     Este erro (a confusão entre os verbos "ter" e "estar") é muito comum entre a «malta jovem» e (Ó tempos! Ó costumes!) começa a ser cada vez mais frequente no meio jornalístico.

     No caso concreto, o autor da tirada escreveu "Em declarações ao jornal Daily Mail, um dos casais afetados diz que tiveram "toda a vida a poupar (...)» quando, na realidade, deveria ter registado «estiveram».

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O verbo "tar"



     Quem está no ensino já quase não estranha que os alunos façam uso do «verbo» "tar" em vez de "estar" no registo escrito.

     No entanto, dar de caras com semelhante patetice num jornal como o "Público" e pela pena de alguém tão experiente como Teresa de Sousa é caso para ficar 'banzado'. E daí talvez não.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A semestralidade do calendário escolar



O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, tem vindo a defender a “semestralidade” na organização do calendário escolar, tendo apresentado recentemente, em artigo no JN de 10 de agosto, as vantagens da organização semestral do ano letivo. Segundo ele, a organização semestral é preferível à trimestral porque: i) – dois períodos de duração equivalente motivam mais os alunos para a aprendizagem até ao final do ano; ii) - aumentaria o sucesso escolar uma vez que, no final do primeiro semestre, nenhum aluno estava condenado à retenção, como acontece agora a alguns alunos com negativa no primeiro e no final do segundo período; iii) - diminuiria o trabalho burocrático dos professores que deixariam de ter três reuniões de avaliação anual para passarem a ter duas e, finalmente, apresentou uma vantagem colateral: iv) - diminuir-se-ia a despesa da educação por força da redução do número de retenções (!).
São estas as vantagens que Filinto Lima vê no modelo de organização do ano letivo por semestres. Curiosamente, Filinto Lima só vê vantagens e não consegue vislumbrar nenhuma desvantagem. Nem sequer a desvantagem óbvia de querer aplicar o modelo de avaliação dos alunos do Ensino Superior aos alunos dos Ensinos Básico e Secundário, como se os objetivos da avaliação e a maturidade dos alunos fossem semelhantes.
Vamos por partes.
Desde logo, discordo que se queira associar a motivação e a avaliação dos alunos à duração de cada período letivo. De facto sendo a avaliação sumativa dos alunos uma avaliação contínua, tendo as avaliações do 1.º e 2.º períodos caráter informativo e sendo que, apenas, no final do 3.º período a avaliação se consubstancia em decisão definitiva sobre o percurso escolar do aluno em cada disciplina e no ano letivo, não se percebe de que forma a divisão administrativa do ano letivo em períodos ou semestres pode influenciar a avaliação final dos alunos.
Do ponto de vista da avaliação dos alunos, é absolutamente irrelevante o ano letivo ser dividido em dois, em três, quatro ou mais períodos. Será sempre a última avaliação do ano letivo a ajuizar do percurso do aluno em cada disciplina e no ano de escolaridade frequentado.
Pela mesma ordem de razões, não se alcança qualquer relação entre o número de momentos de avaliação existentes ao longo do ano e a avaliação que os professores fazem dos seus alunos. A avaliação final dos alunos resulta sempre do respetivo trabalho, empenho e desempenho ao longo do ano, independentemente das divisões administrativas ou pausas letivas definidas pelo calendário escolar. Defender que as taxas de sucesso escolar aumentam se diminuirmos os momentos de avaliação (dos três que existem atualmente para dois) leva-nos à conclusão óbvia de que se existisse apenas um momento de avaliação, as taxas de sucesso seriam ainda mais elevadas. Nesta linha de argumentação, estranha-se que não se defenda a eliminação de todos os momentos de avaliação, para que o sucesso seja de 100%.
O argumento de que a organização do ano letivo em dois semestres reduziria o trabalho burocrático dos professores também não colhe. Desde logo, porque a avaliação dos alunos não é um trabalho burocrático, antes pelo contrário, é um trabalho eminentemente pedagógico, da competência exclusiva dos professores. Portanto, libertar os professores das reuniões de avaliação é libertá-los de tarefas pedagógicas e não de tarefas burocráticas.
Quanto à redução da despesa de Educação e dos danos causados aos alunos pela diminuição do número de retenções, também me parece que Filinto Lima atira ao lado do alvo. Se a retenção é uma despesa a evitar e se provoca danos (psicológicos!?) aos alunos então – haja coragem – não se permita reprovar alunos.
Embora Filinto Lima não refira nenhuma, também existem desvantagens que convém identificar. A divisão do ano letivo em semestres exigirá, apenas, uma presença mínima dos pais nas escolas, uma ou duas vezes por ano. Poder-se-á objetar que pais vão à escola sempre que entenderem, tal como hoje, mas com tantas críticas à persistente ausência dos pais das escolas, não posso deixar de notar que a semestralidade terá o efeito negativo de os afastar ainda mais.
Acresce que uma avaliação realizada apenas no final de um semestre de aulas, reduzirá fatalmente a perceção que os alunos, os pais e os próprios professores terão da qualidade das aprendizagens realizadas, dasdificuldades evidenciadas e das medidas que será necessário adotar para as ultrapassar. Será tarde demais para qualquer ação corretiva consequente.

A tenra idade e ainda pouca maturidade dos alunos dos Ensinos Básico e Secundário e o previsível maior afastamento dos pais da escola desaconselham a aplicação de um modelo de avaliação semestral dos alunos, tal como é defendido por Filinto Lima.

(c) José Eduardo Lemos
Público on-line de 29 de agosto de 2017

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Jornalismo da treta


     Este é um excerto de uma notícia do jornal Record on-line. É também mais um exemplo de gente que escreve e desconhece as mais elementares regras da língua portuguesa, neste caso da colocação do pronome pessoal em adjacência verbal.

     Fariam-no?

     Fá-lo-iam, caríssimo "jornalista". 

     Modestamente, passe por aqui para evitar escrever baboseiras.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

As seis fases da crise na Europa

     «A maior crise económica e financeira desde a Grande Recessão de 1929 começou há dez anos. Os problemas no mercado hipotecário de alto risco nos EUA ("subprime") já se sentiam há alguns meses, e os seus efeitos na volatilidade de alguns segmentos de mercado eram visíveis há semanas. Mas foi a 9 de agosto de 2007 que o BCE pela primeira vez injetou liquidez de emergência no sistema financeiro da Zona Euro para combater o congelamento dos fluxos de crédito interbancário. Desde então, com erros e sucessos, o BCE insuflou o seu balanço para 4,25 biliões de euros, ou quase 12, 5 mil euros por europeu, numa crise de uma década que pode ser dividida em seis fases:

1: Os primórdios da crise, de 9 de agosto de 2007 a 15 de setembro de 2008

     A desconfiança entre bancos força o BCE a injetar liquidez pela primeira vez no sistema financeiro da Zona Euro a 9 de agosto de 2007. Os meses seguintes são confusos e voláteis e o BCE ainda sobe juros em julho de 2008. Dois meses depois cai o Lehman Brothers nos EUA, dando início à grande crise financeira internacional.


2: A grande crise internacional, de 15 de setembro de 2008 a 23 de abril de 2010

     A queda do Lehman Brothers em setembro de 2008 marcou o início da grande crise internacional. A desconfiança generalizou-se por todo o sistema financeiro das economias avançadas, os bancos centrais coordenaram-se em medidas de cedência de liquidez e corte de juros. Em seis meses o BCE passou a taxa central de 4,25% para apenas 1% em maio de 2009.


3: Zona Euro sob ameaça, de 23 de abril de 2010 a 2 de novembro de 2011

     A terceira fase da crise é marcada pelo agudizar dos problemas da Zona Euro, com vários resgates de Estados-membros, a começar pelo grego em abril de 2010. Seguiu-se o irlandês em novembro de 2010 e o português em abril de 2011. A ligação diabólica entre a saúde do sistema financeiro e dos respetivos soberanos fazia sentir-se em toda a força, e começa mesmo a ameaçar grandes países como a Espanha e a Itália.


4: Draghi muda o jogo, de 2 de novembro de 2011 a 4 de julho de 2013

     A entrada de Mario Draghi para a liderança do BCE em novembro de 2011 muda o jogo da crise. Em dezembro avança com empréstimos de muito longo prazo que devolveram alguma tranquilidade aos grandes bancos da periferia. Confrontado com o ressurgir de pressões sobre as taxas de juro na periferia, em julho de 2012 faz o célebre discurso de Londres em que garante que o banco central fará "o que for preciso" para garantir a unicidade do euro e em setembro o BCE apresenta o OMT, o programa de compra de dívida pública de países em dificuldades. As taxas de juro começaram a baixar consistentemente desde então.


5: O fantasma da deflação, de 4 de julho de 2013 a 22 de janeiro de 2015

     Com a Zona Euro fora de perigo de vida, chegou a ameaça de deflação na Zona Euro. Em julho de 2013 o BCE estreia-se em medidas não convencionais, como o "forward guidance", ou seja, garantias de médio e longo prazo para a evolução da taxa de juro, o que nunca tinha feito. A ideia foi defender a Zona Euro da volatilidade provocada pelo início da normalização da política monetária nos EUA sinalizada na primavera de 2013 por Ben Bernanke na Fed. A taxa de inflação já estava a cair na Zona Euro e tinha chegado a 1,6% em julho de 2013. Em maio de 2014 já estava nos 0,5% e o BCE vai mais longe, estreando-se nas taxas de juro negativas em junho desse ano.


6: BCE começa compra de dívida pública, desde 22 de janeiro de 2015

     Um pouco mais de seis anos após a Reserva Federal, em janeiro de 2015 o BCE confirma que vai avançar com um programa de compra alargada de ativos, ao ritmo de 60 mil milhões de euros por mês, com destaque para a compra de dívida pública. O objetivo foi travar os riscos de deflação na Zona Euro. O problema foi reforçado em março de 2016 para compras de 80 mil milhões de euros mensais e cortes nas taxas central para 0% (de 0,05%) e de depósitos para -0,4% (de -0,3%). Em março de 2017, considerando que o risco de deflação desapareceu, o BCE volta a reduzir as compras mensais para 60 mil milhões de euros e guarda para o segundo semestre deste ano novidades sobre novas orientações para a política monetária, no que deverá configurar o início da sétima fase da crise.




FONTE: Jornal de Negócios

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Regência do verbo "discordar"

     Peça do jornal "Público" de 22/06/2017, assinada pelas jornalistas Clara Viana e Andreia Sanches:

     «"... tudo irá ser esclarecido" e que não será preciso anular a prova com a qual aliás discorda...»

     Ou a gramática da língua portuguesa mudou de ontem para hoje, ou o verbo discordar rege a preposição de: discordar de alguém ou de alguma coisa

     Quem rege a preposição com é o verbo concordar: concordar com alguém ou algo.

     Mais um serviço inestimável prestado pelo jornalismo à língua portuguesa.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

sábado, 8 de abril de 2017

Secretário de Estado da Educação reconhece falhas no ensino da Educação Física


     A notícia da TSF pode ser lida aqui: »»».

     O desmantelamento total da pseudo-argumentação do SE pode ser encontrada no quintal do colega Paulo Guinote.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...