Desta vez, é o jornal do regime, o
Expresso, a dar uma daquelas
marteladas na língua portuguesa! Isto ocorre logo após a esposa do seu dono ter feito uma
brincadeira com os professores. Lá diz o povo sábio: não cuspas para o ar...
Aproveitemos a ocasião para uma breve explicação, sem desprimor para a pobreza da rima.
Os dois vocábulos existem na língua portuguesa: são parónimos (um escreve-se com
s e o outro com
c).
A palavra usada erradamente no texto -
conselho - provém do latim
consiliu- ("deliberação", "assembleia") e significa «opinião que se emite sobre o que convém fazer»; «parecer»; «ensinamento»; «juízo»; «tino»; «resolução»; «determinação»; «corpo coletivo que dá parecer sobre certos negócios públicos»; «assembleia de ministros, de professores, etc.», etc.
Por sua vez, o termo
concelho provém do latim
conciliu- ("assembleia") e significa «circunscrição administrativa», «subdivisão do distrito», «município».
Como é evidente, o escrivão da notícia referia-se à segunda palavra: CONCELHO.