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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Análise da Proposição de Os Lusíadas

 Introdução
 
    A Proposição, um dos elementos estruturais obrigatórios das epopeias, ocupa as três estrofes iniciais d’Os Lusíadas e nela Camões apresenta a matéria, o assunto que se propõe cantar: os heróis, os navegadores, os reis que dilataram “a Fé e o Império” e, de um modo geral, todos aqueles que «se vão da lei da Morte libertando”.

 
 
Método de abordagem e de análise da Proposição

    As frases / orações da Proposição, especialmente das duas estrofes iniciais, não seguem a ordem tradicional e característica da língua portuguesa. Assim, para melhor se iniciar a abordagem do texto, convém atender ao seguinte:

1.º) Ler o penúltimo verso da segunda estância

“Cantando espalharei por toda parte…”

2.º) Prosseguir a leitura pelo primeiro verso da primeira estância;

. “As armas e os Barões assinalados”;

. “E também as memórias gloriosas / Daqueles Reis que foram dilatando / A Fé, o Império”;

. “E aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da Morte libertando”.

3.º) Terminar a leitura com o último verso da segunda estância:

“Se a tanto me ajudar o engenho e a arte.”

 
 
 
Estrutura interna
 
• 1.ª parte (estâncias 1 e 2) – Apresentação do assunto do poema.

 
Proposição (intenção) do poeta (versos 15 e 16):

 
▪ O poeta propõe-se cantar e divulgar (forma verbal no futuro «espalharei») os heróis portugueses, o povo português (“o peito ilustre lusitano”).

 
Natureza do canto: o canto será universal (“por toda a parte”).

 
Condição: o poeta necessita de possuir arte e talento para produzir o canto.

 
Quem vai Camões cantar?

 
1.º) Os guerreiros e...

 
Conclusão da análise - clicar no link: análise-da-proposição.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Os Lusíadas: Canto V: estâncias 92 a 100

. Contextualização
 
            Depois de escaparem da cilada preparada por Baco em Mombaça, os navegadores portugueses chegam a Melinde, cidade do Quénia, graças ao auxílio de Vénus.
            Aí, são recebidos pelo rei, que pede a Vasco da Gama que lhe fale do seu país e lhe conte a história de Portugal e da viagem que levou os portugueses a paragens tão remotas. Vasco da Gama acede ao pedido e inicia um longo relato, no qual apresenta a pátria e, em analepse, narra a história nacional desde a sua fundação lendária até ao reinado de D. Manuel e descreve os sucessos e insucessos da sua viagem, de Lisboa a Melinde.
            Assim, narra episódios diversos, como o Fogo de Santelmo e a Tromba Marítima, e o enfrentamento de outros obstáculos à partida difíceis de superar por parte dos marinheiros destemidos e ousados, como a hostilidade dos nativos, a fúria de monstros, como o Adamastor, ou a doença e a morte provocadas pelo escorbuto.

 
. Tema da reflexão: a desvalorização da poesia e da cultura pelos portugueses.
 
 
. Acontecimento motivador da reflexão: o fim da narrativa de Vasco da Gama sobre a História de Portugal e a aventura marítima de Lisboa até Melinde.
 

. Análise estância a estância
 
. Estância 92
 
. É agradável (“doce”) 


Continuação da análise: aqui.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Análise da cantiga "Ondas do mar de Vigo"

· Assunto: a donzela interpela as ondas sobre o paradeiro do amigo e o seu regresso, revelando o seu sofrimento e a sua angústia pela separação.


· Tema: o apelo da donzela ao mar, pretendendo saber novas do amigo.


· Estrutura interna

. 1.ª parte (2 primeiras estrofes / coblas) – O sujeito poético - a donzela - interpela / questiona as ondas do mar de Vigo sobre o paradeiro do amigo, que se encontra ausente (tema marítimo), visível na forma verbal “vistes” e no refrão “se verrá cedo”.

. 2.ª parte (


Continuação da análise: aqui.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Consílio dos Deuses no Olimpo



. Início da narração (estância 19): «in medias res», à semelhança das epopeias greco-latinas.

. A ação de Os Lusíadas não é narrada cronologicamente. De facto, o poeta inicia a narração quando a viagem de Vasco da Gama à Índia se situa já no Oceano Índico, perto da costa de Moçambique.
   Esta técnica narrativa, um traço das antigas epopeias, designa-se «in medias res», ou seja, a narração é iniciada a meio dos acontecimentos.

. O início da viagem e os acontecimentos que ocorreram até ao ponto em que a narração é iniciada na estância 19 serão contados posteriormente, num recuo temporal (analepse), pelo próprio Vasco da Gama.

. Espaço:
‑ Oceano Índico;


Continuação da análise → Análise do Consílio dos Deuses no Olimpo.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Análise de Os Lusíadas: Canto VIII, estâncias 96-99


Contextualização

            Vasco da Gama permanece nas naus e decide não desembarcar, visto que já não confia no ambicioso Catual, pois já o traíra anteriormente, era muito ambicioso (“cobiçoso”), corrupto (“corrompido” e “pouco nobre”). Por outro lado, Gama espera vir a descobrir a verdade com o tempo, daí também a sua decisão de permanecer a bordo da embarcação.
            Ora, esta referência a Vasco da Gama é o exemplo que serve de ponto de partida para a reflexão do Poeta, que adverte, a partir do verso 5 da estância 96,para o efeito corruptor do dinheiro, que tanto sujeita os ricos como os pobres.


Estrutura interna

1.ª parte (estância 96) – Reflexão sobre o poder do dinheiro, a que ninguém escapa, seja rico ou pobre.

2.ª parte (estâncias 97-99) – Exemplos que confirmam a reflexão feita na estância 96.
 
OUTRA HIPÓTESE
 
1.ª parte (4 primeiros versos da estância 96) – Caso particular dos Portugueses, vítimas da cobiça do Catual.
 
2.ª parte (v. 5, est. 96 – est. 99) – Generalização dos perigos da ambição desmedida e do poder corruptor do dinheiro, na Antiguidade e na atualidade.

 
Análise da reflexão

1.ª parte – Reflexão sobre o poder do dinheiro.

▪ Momento narrativo e descritivo: Vasco da Gama...

 

Análise de Os Lusíadas: Canto VII, estâncias 78-87


        Contextualização
 
            No início deste canto (estâncias 3 a 14), Camões elogia os Portugueses, porém, no final, o seu tom é de crítica. Esta aparente contradição explica-se se tivermos em conta que os Portugueses que o Poeta elogia e apresenta como exemplo, são os heróis do passado, com Vasco da Gama à cabeça. No entanto, os Portugueses criticados são os contemporâneos de Camões, que, aparentemente, esqueceram o heroísmo e a grandeza dos seus antepassados.
            Os lusitanos chegam a Calecute e, por esse motivo, o Poeta elogia a expansão portuguesa pelo espírito de cruzada, na dilatação da fé pelo mundo, ao mesmo tempo que critica as nações europeias do seu tempo, por não seguirem o exemplo português. Além de descrever a Índia, Camões também relata os primeiros contactos entre os Portugueses e os indianos.
            Vasco da Gama e os companheiros são recebidos pelo Catual e depois pelo Samorim. Quando o Catual visita as naus, fica surpreendido ao vê-las todas embandeiradas e pede a Paulo da Gama que lhe explique o significado das figuras portuguesas que aí estão representadas, enquanto seu irmão, Vasco da Gama, é recebido no palácio do Samorim. Paulo da Gama prepara-se para satisfazer o desejo do Catual e narrar episódios da História de Portugal, no entanto Camões interrompe a narração e invoca as ninfas do Tejo e do Mondego para o auxiliarem nessa árdua tarefa.

 
Reflexão do Poeta
 
            O Poeta invoca as ninfas do Tejo e do Mondego, lamentando-se pelos infortúnios da vida, ao mesmo tempo que critica duramente os opressores e exploradores do povo.
 
 
Acontecimento motivador da reflexão

            O dado que motiva esta reflexão é o pedido do Catual a Paulo da Gama para que lhe explique o significado das imagens de heróis pintados nas bandeiras das naus.


Estrutura interna da reflexão
 
            Este excerto de Os Lusíadas pode dividir-se em quatro momentos:

. 1.º momento (estância 78):

1. A invocação: “Vós, Ninfas do Tejo e do Mondego”;

2. Objetivo: 


Continuação da análise: aqui.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Análise de Os Lusíadas: Canto I, estâncias 105-106


● Contextualização
 
            Nestas estâncias, o Poeta interrompe subitamente a narrativa para iniciar a reflexão, a qual mostra que o Homem dificilmente encontra segurança e paz, na sua curta e frágil vida, tendo em conta o ambiente hostil que o rodeia. Apesar disso, começa a desenhar-se a mitificação dos Portugueses enquanto heróis.

            Com efeito, após a realização do Consílio dos Deuses no Olimpo, onde se formaram duas correntes – uma de apoio à empresa do Gama – liderada por Vénus – e outra de oposição – chefiada por Baco – e onde Júpiter toma a decisão de auxiliar os Portugueses a chegarem à Índia, Baco prepara-lhes várias ciladas em Quiloa – Moçambique – e Mombaça – atual Quénia –, cujo rei tinha sido convencido por ele a aniquilar a frota lusitana.


 
● Motivação da reflexão
 

            A reflexão do Poeta nestas duas estâncias é motivada por um acontecimento respeitante ao plano da Viagem: a chegada da armada portuguesa a Mombaça, após várias peripécias ocorridas em Moçambique e Quiloa, urdidas por Baco. Os primeiros quatro versos, por isso, constituem a articulação da reflexão com o episódio anterior.

            Note-se que não é por acaso que esta reflexão está situada no final do canto I, quando o herói tem de enfrentar o longo e penoso trajeto para atingir os seus objetivos, tendo de superar, nomeadamente, inúmeros perigos e obstáculos que o querem impedir de prosseguir. Contudo, o seu heroísmo leva-o a superar o seu estatuto de “bicho da terra tão pequeno” e a sua coragem e ousadia vencem a fragilidade da sua condição, para atingir o estatuto de herói.

 
 
● Estrutura interna
 
            Esta reflexão pode dividir-se em três momentos:

Introdução (vv. 1-4, estância 105): narração da traição urdida aos Portugueses.
 
Desenvolvimento (v. 5, est. 105 – v. 4, est. 106): enumeração...


Continuação da análise → Análise do Canto I, estâncias 105-106.
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