A regência do verbo informar é um daqueles casos bicudos da língua portuguesa, à semelhança do que sucede com outros verbos, como, por exemplo, gostar.
A regra, porém, é simples:
1. Usamos a preposição
"de" ("informo de que") sempre que está referida a entidade
que informamos (informar alguém de algo):
-
Informo os caros alunos
de que o teste foi adiado.
- O PM
informou o país
de que os impostos iriam descer.
Nos exemplos apresentados, as expressões
"os caros alunos" e
"o país" desempenham a função sintática de complemento direto, enquanto
"de que o teste foi adiado" e
"de que os impostos iriam descer" são orações subordinadas substantivas completivas que desempenham a função sintática de complemento oblíquo.
2. Usamos
"informar que" (portanto omitimos a preposição "de") quando a entidade
a quem informamos não está presente na frase:
-
Informo que o teste foi adiado.
- O PM
informou que os impostos iriam baixar.
Neste caso, a oração completiva desempenha a função sintática de complemento direto.
Em síntese, o verbo «informar»
admite as seguintes regências:
1. Informar alguém de + nome:
. Ele informou-o da hora do
teste.
2. Informar alguém de, sobre, acerca de, a respeito de + nome:
. O
professor informou os alunos sobre a vinda do ME à escola.
. A
GNR informou a família do Ernesto da morte da avó.
3. Informar + oração completiva
iniciada por “que” (informar que):
. O
aluno informou que o seu pai faleceu.
4. Informar alguém + oração completiva
iniciada por “se” (informar se):
. Informaram-vos
se a escola vai chegar?
5. Informar de que (informar alguém de
alguma coisa):
. Informei
os alunos de que estavam todos reprovados.
Quem estiver interessado em aprofundar esta questão, pode consultar o Ciberdúvidas [ligação].