Português: 11/09/24

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Questionário sobre o conto "A chama obstinada da sorte" - 4.ª parte

4.ª parte (de “Passados dois meses, o velho e Cachupín III…” até “… porque a vida é assim.”)

 
1. O início deste excerto refere ainda acontecimentos da aventura passada do velho.

 
1.1. Justifica a afirmação.

 
2. O velho reencontrou a rapariga no mesmo lugar.

 
2.1. Reescreve os parágrafos 2 a 6, transformando o discurso direto em discurso indireto.

 
3. Comenta a atitude do velho relativamente ao valor das moedas e à forma como queria a sua parte na sociedade.

 
4. Apesar dos indícios anteriores, apenas neste momento da narrativa se percebe cabalmente o papel do cão. Refere-o.

 
5. Indica os atos ilocutórios presentes nas frases seguintes:

a) “– Não me diga que tem as moedas aqui?

– Eu não as tenho. (…)

– Agora, Cachupín. Agora. Faz caquinha.”

 
6. Transcreve a frase que marca o regresso à história mais recente do velho.

 
7. Tendo em conta o cruzamento das histórias, explica o décimo primeiro parágrafo do excerto.

 
8. Atenta no último parágrafo do texto.

 
8.1. Explica a repetição da oração subordinada adverbial causal.

 
8.2. Interpreta o valor do condicional.

 
8.3. Destaca o valor expressivo da metáfora «candeeiro da fortuna».


9. Procura, agora, ter presente todo o conto.


9.1. Classifica os narradores do texto quanto à sua presença na ação e justifica.

 
9.2. Sintetiza a história do velho numa perspetiva cronológica sequencial.

 
9.3. Explica o título do conto.


Motivos de Hamlet


1. Incesto
 
    O motivo do incesto percorre toda a peça e vem à baila sobretudo através de Hamlet e do fantasma, nomeadamente em conversas sobre Cláudio e Gertrudes, o antigo cunhado e a antiga cunhada, que são agora um casal. Outro motivo subtil de desejo incestuoso pode observar-se no relacionamento entre Laertes e Ofélia, pois dirige-se à irmã em termos sugestivamente sexuais e, no seu funeral, salta para o seu tumulo para a segurar nos braços. No entanto, as tintas do incesto são carregadas na fixação de Hamlet na vida sexual de Gertrudes e Cláudio e a sua preocupação genérica com ela.

2. Misoginia

Destruído psicologicamente pela decisão da mãe de se casar com Cláudio quase imediatamente após a morte do marido, Hamlet torna-se cínico sobre as mulheres em geral, mostrando-se obcecado acerca de uma possível relação entre a sexualidade feminina e a corrupção moral. Essa misoginia é um fator inibidor decisivo no caso do relacionamento de Hamlet com Ofélia e Gertrudes. Por exemplo, em determinado momento, aconselha a filha de Polónio a ir para um convento, em vez de experimentar a corrupção da sexualidade.

Género literário de Hamlet

    Hamlet é uma tragédia, por isso exibe algumas características desse género de peça de teatro. Se atentarmos no final da peça, deparamos com a catástrofe, claramente traduzida pela morte sucessiva de todas as personagens centrais da obra: Polónio, Ofélia, Laertes,, Gertrudes, Cláudio e Hamlet. Por outro lado, o jovem príncipe comporta alguns dos traços característicos do protagonista trágico: é de estirpe nobre, elevada; as suas ações impactam toda a Dinamarca; é uma personagem rica interiormente (é pautado pelo cumprimento do desejo de vingança do pai, pelas hesitações e questionamentos morais acerca da execução da vingança, finge e age como um louco); desafia as leis da sociedade, que esperava que agisse em nome da honra familiar. Enquanto herói trágico, mostra a sua tristeza e melancolia pela morte prematura do pai; é um jovem inteligente e de enorme potencial, que acaba por não realizar por razões óbvias; ao longo da peça, vai-se isolando progressivamente.
    Não obstante, e peça foge ocasionalmente às convenções da tragédia. Em muitas das obras de índole trágica, o herói escolhe perseguir algo que não deveria – no caso de uma peça cujo foco é a vingança, ele sucumbe a um desejo de vingança assassina. Concretamente, com Hamlet, estanos na presença de uma personagem que possui todas as razões para se vingar de outrem, pois o tio, Cláudio, assassinou o seu pai e usurpou o seu lugar no trono, porém hesita e protela a sua concretização, pois, antes de tudo, pretende conhecer a verdade e certificar-se que o fantasma é mesmo quem diz ser e que o rei matou efetivamente o rei Hamlet. Além disso, ele escolhe isolar-se das restantes personagens, comportar-se de forma errática e finge estar louco, o que acarreta várias consequências trágicas, como, por exemplo, o enlouquecimento e a morte de Ofélia.
    Outro traço ambíguo prende-se com a falha trágica de Hamlet: a sua indecisão. Essa característica leva-o a repreender-se mesmo a si próprio por não concretizar a vingança. Nesse contexto, contrasta fortemente com Laertes e Fortinbras, personagens decididas, atuantes e determinadas a agir. Esse caráter indeciso não explica a razão por que Hamlet rejeita Ofélia, manipula psicologicamente Gertrudes, se isola e mata Polónio. Na realidade, a sua indecisão é o motivo por que tende a evitar agir.
    Por último, Shakespeare parece usar Hamlet para satirizar o género trágico. Nas tragédias tradicionais, o herói é uma figura ativa e decidida que persegue obstinadamente um antagonista, um vilão, superando diversos obstáculos colocados no seu caminho, até executar a vingança. No caso de Hamlet, este luta essencialmente consigo mesmo e os seus obstáculos são a sua própria indecisão e hesitação, obstáculos esses que o levam a deixar passar várias oportunidades para se vingar, como, por exemplo, quando encontra Cláudio a rezar e decide não o matar. Além disso, Hamlet só liquida o tio quando a sua própria morte é certa, o que quer dizer que retira pouca ou nenhuma satisfação com a vingança.

Presságios em Hamlet

    Um dos poucos presságios presentes em Hamlet relaciona-se com a morte de Cláudio, que é parcialmente anunciada pelo fantasma, ou, se se preferir, causada por ele. De facto, quando aparece ao filho, exige-lhe que vingue a sua morte, o que implica assassinar Cláudio, portanto o leitor / espectador fica a «saber» que o atual monarca da Dinamarca irá encontrar a morte em breve.
    Outro passamento prenunciado é o de Polónio, quando este diz que fez parte da representação da peça Júlio César, nomeadamente que desempenhou o papel do imperador romano, que foi morto por Brutus, que o apunhalou.

Análise deHamlet

I. Introdução

    1.1. Primeira edição e representação de Hamlet.

    1.2. Fixação do texto.

    1.3. Fontes.

    1.4. Significado de Hamlet.


II. Ação

    2.1. Resumo

    2.2. Análise da ação

    2.3. Estrutura


III. Estrutura externa

    . Cena 1, ato I: resumo; análise.

    . Cena 2, ato I: resumo; análise.

    . Cena 3, ato I: resumo; análise.

    . Cena 4, ato I: resumo; análise.

    . Cena 5, ato I: resumo; análise.

    . Cena 1, ato II: resumo; análise.

    . Cena 2, ato II: resumo; análise.

    . Cena 1, ato III: resumo; análise.

    . Cena 2, ato III: resumo; análise.

    . Cena 3, ato III: resumo; análise.

    . Cena 4, ato III: resumo; análise.

    . Cena 1, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 2, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 3, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 4, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 5, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 6, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 7, ato IV: resumo; análise.

    . Cena 1, ato V: resumo; análise.

    . Cena 2, ato V: resumo; análise.


IV. Personagens

    1. Caracterização

        1.ª) Hamlet

        2.ª) Cláudio

        3.ª) Gertrudes

        4.ª) Polónio

        5.ª) Laertes

        6.ª) Ofélia

        7.ª) Fantasma

        8.ª) Horácio

        9.ª) Fortinbras

        10.ª) Rosencrantz e Guildenstern


V. Temas

    1. Vingança - ação e inação.

    2. Aparência versus realidade e verdade versus engano.

    3. Loucura.

    4. Corrupção.

    5. Honra, religião e valores sociais.

    6. Representação.

    7. Papel da mulher numa sociedade patriarcal.

    8. Morte.


VI. Simbologia

    1. Crânio de Yorick

    2. Flores de Ofélia

    3. Fantasma

    4. Vestuário de Hamlet


VII. Presságios


VIII. Ponto de vista


IX. Género literário


X. Motivos

Ponto de vista de Hamlet

    Hamlet centra-se no ponto de vista do jovem príncipe que dá nome à peça e que faz com que, enquanto protagonista, tenha muito mais falas do que qualquer outra personagem, as quais revelam os seus pensamentos, sentimentos e reflexões sobre questões como o sentido da vida, a morte, o amor, a religião, entre outras.
    Apesar das suas inúmeras falhas enquanto ser humano – como a indecisão, a crueldade, a misoginia ou a imprudência –, ele é uma personagem fascinante para o público, pois este tem acesso ao seu interior e compreende as suas motivações ao longo da peça. Além disso, o príncipe dinamarquês continua até ao fim a questionar-se e às suas ações.
    O ponto de vista da peça é tão semelhante ao do próprio protagonista que por vezes se torna quase impossível ter a certeza se algo está a suceder realmente na peça ou se o príncipe apenas pensa que está a acontecer. É o que sucede com as aparições do fantasma. Embora Marcelo, Horácio e Bernardo avistem o espectro, apenas Hamlet o ouve falar e, quando se dá o terceiro aparecimento, somente ele o consegue ver. Esta sucessão de dados permite questionar se a fala do fantasma não passa de uma alucinação.
    Não obstante tudo isto, há vários mistérios sobre o príncipe que nunca encontram solução. Por exemplo, nunca se sabe o quanto enlouquece ou simplesmente finge, tal como jamais se conclui o que o deixa tão infeliz: a morte do pai, o casamento da mãe com o cunhado, o fracasso em se tornar rei, a incapacidade de se vingar. De igual modo, o espectador nunca conhece os reais sentimentos por Ofélia. Tudo isto parece sugerir que a intenção de Shakespeare é mostrar que a essência da natureza humana é incognoscível.

Simbolismo do fantasma

    O fantasma é uma figura ambígua, desde logo porque não fica claro se ele é realmente o espírito do pai de Hamlet, um demónio que quer enganar o príncipe, ou um simples produto da imaginação do filho. A sua aparição prende-se com o desejo de obter vingança pela sua morte, por isso surge vestido com uma armadura, preparado para a batalha, porém, como é um espírito, necessita da força física de Hamlet para a executar.
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