Português: 15/07/24

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Resumo da cena 3 do ato III de Hamlet

    A ação desta cena tem lugar na mesma noite da representação da peça. Depois de todos deixarem o local onde a produção ocorrera, Rosencrantz e Guildenstern falam com Cláudio, que se encontra muito abalado com o conteúdo da peça e com a aparente loucura de Hamlet, que considera perigosa, daí que peça à dupla que escolte o jovem príncipe até Inglaterra, para segurança de todos. Os dois homens, leais ao rei, acatam e vão-se preparar de imediato para a viagem.
    Entretanto, chega Polónio e informa Cláudio que Hamlet está a caminho dos aposentos de Gertrudes, lembrando ao rei o seu plano de se esconder no quarto da rainha para observar o encontro entre mãe e filha e, posteriormente, lhe relatar o que ficar a saber. De seguida, sai, para dar andamento ao seu plano.
    Sozinho, Cláudio, num solilóquio, reconhece o seu crime hediondo, a sua culpa e a noção de que cometeu um pecado indesculpável: o fratricídio é uma das piores ofensas que se pode fazer, é o crime mais antigo, que acarreta a maldição mais antiga. Assim, implora pelo perdão e pela misericórdia de Deus, porém receia não ser perdoado, exceto se renunciar ao trono da Dinamarca e à rainha. Porém, em simultâneo, afirma que não está preparado para desistir daquilo que conquistou por meio do crime. Tomado pela culpa, ajoelha-se em oração.
    Hamlet, a caminho dos aposentos da mãe, depara-se com Cláudio a rezar e vê a situação como uma oportunidade para se vingar dele e o matar. No entanto, de repente ocorre-lhe que, se assassinar Cláudio enquanto esta está a orar, de acordo com as crenças da época, inadvertidamente enviá-lo-á para o céu, exatamente o oposto daquilo que Hamlet e o seu pai pretendem, visto que o tio, ao matar o defunto monarca antes que este tivesse tido oportunidade de fazer a sua última oração, garantiu que o irmão não iria para o céu.
    Deste modo, Hamlet decide esperar, até que o tio cometa um ato pecaminoso, como, por exemplo, quando estiver bêbedo, dominado pela ira ou lascivo. O jovem príncipe sai, a caminho do encontro com a mãe, enquanto Cláudio se ergue, desesperado com a ineficácia das suas orações, duvidando da sua salvação.
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