Português

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Exame Nacional 2011 - 2.ª fase - Proposta de Correcção

Grupo I

Texto A

1. Três aspectos que se referem ao mito sebastianista:
  • o desaparecimento de D. Sebastião na «última nau»;
  • os presságios negativos associados ao desaparecimento do rei, símbolo do fim / desfazer do Império dos Descobrimentos;
  • a crença no regresso do rei;
  • o aportar a uma ilha misteriosa e desconhecida;
  • a morte física de D. Sebastião vs a persistência do sonho que encarna e que se projecta no futuro;
  • a indefinição relativamente ao destino do rei (vv. 7-8).

2. Reacção do desapercimento de D. Sebastião:
          » Sujeito poético:
                    . a crença no regresso do rei;
                    . o entusiasmo, a expectativa suscitadas por essa crença;
          » Povo:
                    . a descrença, o desânimo, o abatimento, a falta de energia sucitados pelo
                      desaparecimento do rei.

3. Relação entre o conteúdo da última estrofe e a pergunta dos versos 8 e 9:
          » Nos vv. 8 e 9, o sujeito poético questiona (-se) o regresso do rei;
          » Na última estrofe, ele responde afirmativamente a essa pergunta:
                    . crê firmemente no regresso de D. Sebastião, que simboliza, em simultâneo,
                      o fim da névoa, do desânimo em que a pátria mergulhou, e o ressurgimento
                      do Império;
                    . desconhece, porém, o momento desse regresso, que se lhe apresenta como
                      indefinido, incerto e misterioso.

4. Características:
          » Do discurso épico:
                    . a presença do mito sebastianista - a mitificação de D. Sebastião;
                    . a alusão ao Império português;
                    . o uso da terceira pessoa;
                    . a exaltação do rei, a crença no seu regresso por parte do sujeito poético.
          » Do discurso lírico:
                    . a alusão aos sentimentos / às emoções do povo após o desaparecimento do
                      rei D. Sebastião (os "choros de ânsia e de pressago / Mistério.");
                    . o recurso à primeira pessoa, traduzindo o estado de espírito, a crença do
                      sujeito poético e conferindo, assim, maior carga subjectiva ao discurso
                      poético.


Texto B

. Introdução:
  • Os navegadores portugueses são apresentados, n'Os Lusíadas, como heróis que, pelas suas façanhas / obras, merecem o prémio supremo: a glória e a imortalidade.
. Desenvolvimento:
  • Esse heroísmo é demonstrado nas seguintes circunstâncias:
          » no enfrentamento e vitória sobre os perigos do mar (o episódio do Adamastor,
             símbolo da passagem do cabo das Tormentas);
          » nas vitórias obtidas contra os inimigos que os atacaram, traíram e lhes armaram ci-
             ladas (mouros...);
          » o enfrentamento e superação das forças da Natureza (Tempestade);
          » o confronto com as vozes que se opunham à empresa dos Descobrimentos (o
             Velho do restelo);
          » a prática da virtude, do heroísmo;
          » a coragem, a fé, a determinação, o patriotismo demonstrados.

. Conclusão:
  • Os portugueses são dignos de serem recebidos na Ilha dos Amores, que simboliza o prémio que lhes é devido pelos feitos praticados - a glória, a imortalidade e a divinização.



Grupo II

     Versão 1                                                                          Versão 2

1.1. D                                                                              1.1. C

1.2. A                                                                               1.2. C

1.3. C                                                                               1.3. A

1.4. C                                                                               1.4. B

1.5. D                                                                                1.5. A

1.6. A                                                                                1.6. C

1.7. B                                                                                1.7. D

2.1. Complemento directo

2.2. Valor restritivo

2.3. Acto ilocutório directivo



Grupo III

. Introdução:
  • O sonho enquanto motor da vida humana / do progresso;
  • A variação do «sonho» de pessoa para pessoa;
  • Sonho = ambições pessoais, desejos, esperanças...

. Desenvolvimento:

          - Argumento 1:
                     » O sonho é a base de novas descobertas, de feitos grandiosos.

                    - Exemplos:
                              a) Os Descobrimentos portugueses;
                              b) A chegada do Homem à Lua.

          - Argumento 2: O sonho e o futuro de cada ser humano:
                    - Exemplos:
                              a) O sonho de constituir família;
                              b) O sonho de uma carreira profissional;
                              c) ...

          - Argumento 3: O sonho é sinónimo de progresso, de modernidade, de uma vida
                                     mais longa, com mais qualidade e conforto:

                    - Exemplo:
                              a) Os reflexos dos progressos tecnológicos na vida quotidiana (a facili-
                                   tação da comunicação - que passa a instantânea e universal, em
                                   contraste, por exemplo, com a época dos Descobrimentos; os avanços
                                   da Medicina e os seus reflexos no prolongamento da vida humana em
                                   tempo / duração e qualidade; ...)

          - Argumento 4: O sonho constituti uma forma de superação dos limites humanos.

                    - Exemplo: a conquista de outros espaços além daquele em que o Homem
                                       sempre se moveu (a conquista dos mares, o sonho de voar...).


. Conclusão:
  • O sonho foi variando ao longo dos tempos e de ser humano para ser humano;
  • O sonho é um traço distintivo do Homem;
  • A necessidade de lutar e de esforço para que o sonho se concretize.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Titanic

          Como se pode verificar, a média nacional dos alunos internos é de 9, 6 valores. Na nossa escola, a média do 12.º A é de 10, 55, o que significa que se situa 8 décimas acima da média do país que deu ao mundo Camões.

          Tais resultados, que à primeira vista configurariam uma boa notícia porque traduziriam resultados superiores à média nacional, acabam por ser um relativo fracasso, dada a qualidade dos alunos presentes a exame.

          Fosse eu um dos alunos que fracassou no exame da 1.ª fase e estaria, daqui a pouco mais de seis horas, novamente sentado à mesa da sala para resolver a 2.ª fase por brio pessoal. Foi o que fiz há muitos anos quando obtive a miserável classificação de 11, 5 valores numa frequência à disciplina de Latim III, no 3.º ano do curso que me trouxe até aqui, no dia seguinte à derrota do Benfica na final da Liga dos Campeões frente ao A. C. Milan, e que baixou consideravelmente a nota obtida na primeira frequência. Candidatei-me à fase de exames de Junho / Julho por entender que sabia bem mais e que era capaz de muito melhor resultado, como tinha demonstrado (quase) sempre. Assim aconteceu: fiz o exame e o resultado voltou ao que era habitual.

          Mas nem todos são feitos da mesma têmpera e amor-próprio. É pena!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Critérios de classificação

          O presente documento é constituído por um conjunto de instruções do GAVE relativo à correcção do exame nacional de Português (código 639). A ele tiveram acesso unicamente os professores correctores / classificadores, que receberam instruções no sentido de o manterem confidencial, algo absolutamente incompreensível, pois todos os alunos sujeitos à prova, seus encarregados de educação e demais professores da disciplina deveriam dele ter conhecimento.

          Entretanto, diversos blogues começaram a publicá-lo...


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Reorganização curricular do ensino básico

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