terça-feira, 12 de setembro de 2017
Comparação Os Lusíadas - Mensagem (IV)
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12.º Ano
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Camões
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Fernando Pessoa
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Mensagem
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Os Lusíadas
Comparação Os Lusíadas - Mensagem (III)
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Fernando Pessoa
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Mensagem
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Os Lusíadas
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Rio Douro em Barca D'Alva
domingo, 10 de setembro de 2017
Sujeito II (G 42)
1. Observe as frases dadas.
a) Comer é bom.
b) O professor de Português é
benfiquista.
c) Estamos fartos do tempo
chuvoso.
d) Há coisas complicadas de
entender.
e) Messi e Ronaldo têm pouco
jeito para o futebol.
f) Dizem que o Vlad é ucraniano.
g) Quem mente e quem omite não é
honesto.
h) É importante que o Benfica
seja campeão.
i) No sábado, trovejou imenso.
j) Diz-se que Português é uma
disciplina aborrecida.
1.1. Sublinhe e classifique o
sujeito de cada frase.
2. Complete o
quadro, escrevendo, na coluna da direita, uma das seguintes classificações: subentendido, indeterminado, expletivo.
Frases
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Tipo de sujeito
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A
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Ontem nevou na Serra da
Estrela.
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B
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No Renascimento, havia génios
como Camões.
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C
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Estou cada vez mais cabeludo.
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D
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Aprende-se melhor Matemática se
se for benfiquista.
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E
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Comunicaram às Ineses a
obrigatoriedade de mudarem de nome.
|
|
F
|
Rita, deitaste a língua de fora
ao Bruno?
|
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G
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Roubaram o triciclo do Diogo.
|
3. Selecione a opção correta.
3.1. Não há sujeito nulo
expletivo em
(A) Há piolhos na careca do Homer Simpson.
(B) Não há lêndeas nos belos cabelos das jovens do 11.º ano.
(C) Todos os domingos neva na serra.
(D) Todos os domingos vou à missa.
3.2. Há sujeito nulo subentendido
em
(A) Todos os dias as vacas da “Quinta” fazem
cocó no palheiro.
(B) A tua voz está rouca.
(C) Ariana, viste o OVNI?
(D) No dia 9 de fevereiro, desfilarão os alunos
do agrupamento de Sesimbra no programa do Goucha.
3.3. Não há sujeito nulo
indeterminado em
(A) Vende-se um saco de lixo.
(B) Andaram a difamar o coelhinho da Páscoa.
(C) Há dias mais aborrecidos do que as aulas de Português.
(D) Diz.se que o Shrek vive num pântano.
. Correção.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
sábado, 2 de setembro de 2017
Origem e transmissão do conto popular
A expressão conto popular alude explicitamente à presumível fonte responsável pela produção deste tipo de textos narrativos. De facto, popular reenvia para povo, conceito relativamente ambíguo que sugere um ser coletivo preferencialmente situado num espaço rural periférico, pouco permeável a contaminações da cultura urbana. Tal significa que as suas origens não se encontram no mundo letrado da cultura oficialmente reconhecida, mas nas camadas não hegemónicas da população.
Outro aspeto importante a reter relativamente ao conto popular tem a ver com a sua difusão. Juntamente com os provérbios. as adivinhas, as canções e os jogos de palavras, ele faz parte da literatura tradicional de transmissão oral. De facto, os contos populares circulavam oralmente de geração em geração. Evidentemente, esta forma de comunicação implica alterações nos textos ao longo dos tempos: quem conta um conto acrescenta um ponto. Qualquer intérprete (ou retransmissor) poderia introduzir alterações pontuais, umas vezes ditadas pela sua imaginação criadora, outras pelo contexto situacional, outras ainda por "problemas" de memória. Daí existirem várias versões, mais ou menos diferentes, de um mesmo conto.
Outro aspeto importante a reter relativamente ao conto popular tem a ver com a sua difusão. Juntamente com os provérbios. as adivinhas, as canções e os jogos de palavras, ele faz parte da literatura tradicional de transmissão oral. De facto, os contos populares circulavam oralmente de geração em geração. Evidentemente, esta forma de comunicação implica alterações nos textos ao longo dos tempos: quem conta um conto acrescenta um ponto. Qualquer intérprete (ou retransmissor) poderia introduzir alterações pontuais, umas vezes ditadas pela sua imaginação criadora, outras pelo contexto situacional, outras ainda por "problemas" de memória. Daí existirem várias versões, mais ou menos diferentes, de um mesmo conto.
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
A semestralidade do calendário escolar
O presidente da Associação
Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto
Lima, tem vindo a defender a “semestralidade” na organização do calendário
escolar, tendo apresentado recentemente, em artigo no JN de 10 de agosto, as vantagens
da organização semestral do ano letivo. Segundo ele, a organização semestral é
preferível à trimestral porque: i) – dois períodos de duração equivalente
motivam mais os alunos para a aprendizagem até ao final do ano; ii) -
aumentaria o sucesso escolar uma vez que, no final do primeiro semestre, nenhum
aluno estava condenado à retenção, como acontece agora a alguns alunos com
negativa no primeiro e no final do segundo período; iii) - diminuiria o
trabalho burocrático dos professores que deixariam de ter três reuniões de
avaliação anual para passarem a ter duas e, finalmente, apresentou uma vantagem
colateral: iv) - diminuir-se-ia a despesa da educação por força da redução do
número de retenções (!).
São estas as vantagens que
Filinto Lima vê no modelo de organização do ano letivo por semestres.
Curiosamente, Filinto Lima só vê vantagens e não consegue vislumbrar nenhuma
desvantagem. Nem sequer a desvantagem óbvia de querer aplicar o modelo de
avaliação dos alunos do Ensino Superior aos alunos dos Ensinos Básico e
Secundário, como se os objetivos da avaliação e a maturidade dos alunos fossem
semelhantes.
Vamos por partes.
Desde logo, discordo que se
queira associar a motivação e a avaliação dos alunos à duração de cada período
letivo. De facto sendo a avaliação sumativa dos alunos uma avaliação contínua,
tendo as avaliações do 1.º e 2.º períodos caráter informativo e sendo que,
apenas, no final do 3.º período a avaliação se consubstancia em decisão
definitiva sobre o percurso escolar do aluno em cada disciplina e no ano
letivo, não se percebe de que forma a divisão administrativa do ano letivo em
períodos ou semestres pode influenciar a avaliação final dos alunos.
Do ponto de vista da avaliação
dos alunos, é absolutamente irrelevante o ano letivo ser dividido em dois, em
três, quatro ou mais períodos. Será sempre a última avaliação do ano letivo a
ajuizar do percurso do aluno em cada disciplina e no ano de escolaridade
frequentado.
Pela mesma ordem de razões, não
se alcança qualquer relação entre o número de momentos de avaliação existentes
ao longo do ano e a avaliação que os professores fazem dos seus alunos. A
avaliação final dos alunos resulta sempre do respetivo trabalho, empenho e
desempenho ao longo do ano, independentemente das divisões administrativas ou
pausas letivas definidas pelo calendário escolar. Defender que as taxas de
sucesso escolar aumentam se diminuirmos os momentos de avaliação (dos três que
existem atualmente para dois) leva-nos à conclusão óbvia de que se existisse
apenas um momento de avaliação, as taxas de sucesso seriam ainda mais elevadas.
Nesta linha de argumentação, estranha-se que não se defenda a eliminação de
todos os momentos de avaliação, para que o sucesso seja de 100%.
O argumento de que a organização
do ano letivo em dois semestres reduziria o trabalho burocrático dos
professores também não colhe. Desde logo, porque a avaliação dos alunos não é
um trabalho burocrático, antes pelo contrário, é um trabalho eminentemente
pedagógico, da competência exclusiva dos professores. Portanto, libertar os
professores das reuniões de avaliação é libertá-los de tarefas pedagógicas e
não de tarefas burocráticas.
Quanto à redução da despesa de
Educação e dos danos causados aos alunos pela diminuição do número de
retenções, também me parece que Filinto Lima atira ao lado do alvo. Se a
retenção é uma despesa a evitar e se provoca danos (psicológicos!?) aos alunos
então – haja coragem – não se permita reprovar alunos.
Embora Filinto Lima não refira
nenhuma, também existem desvantagens que convém identificar. A divisão do ano
letivo em semestres exigirá, apenas, uma presença mínima dos pais nas escolas,
uma ou duas vezes por ano. Poder-se-á objetar que pais vão à escola sempre que
entenderem, tal como hoje, mas com tantas críticas à persistente ausência dos
pais das escolas, não posso deixar de notar que a semestralidade terá o efeito
negativo de os afastar ainda mais.
Acresce que uma avaliação
realizada apenas no final de um semestre de aulas, reduzirá fatalmente a
perceção que os alunos, os pais e os próprios professores terão da qualidade das
aprendizagens realizadas, dasdificuldades evidenciadas e das medidas que será
necessário adotar para as ultrapassar. Será tarde demais para qualquer ação
corretiva consequente.
A tenra idade e ainda pouca
maturidade dos alunos dos Ensinos Básico e Secundário e o previsível maior
afastamento dos pais da escola desaconselham a aplicação de um modelo de
avaliação semestral dos alunos, tal como é defendido por Filinto Lima.
(c) José Eduardo Lemos
Público on-line de 29 de agosto de 2017
Asteróide gigante visita hoje a Terra
Com 4,4 km de diâmetro, o asteroide Florence é maior a aproximar-se da Terra nos últimos 100 anos.
O asteroide passará a uma distância de 7 milhões de quilómetros do nosso planeta já hoje, sexta-feira. Não obstante a distância ser reduzida em termos de dimensão cósmica, não há qualquer risco de colisão com a Terra.
Estamos na presença do maior objeto celeste a passar tão perto de nós desde a descoberta do primeiro asteroide nas proximidades do planeta, há mais de um século. Outros asteroides conhecidos já se cruzaram com a Terra a distâncias mais curtas, no entanto eram de menores dimensões.
O Florence voltará a visitar-nos em outubro de 2024, mas não passará tão perto do nosso planeta nos próximos cinco séculos.
A cada 2000 anos, sensivelmente, um meteorito do tamanho de um campo de futebol colide com a Terra, devastando a área de impacto e os seus arredores.
Há cerca de 66 milhões de anos, um meteoro colidiu com o nosso planeta, causando a extinção dos dinossauros, contudo este tipo de fenómeno é extremamente raro. A NASA afirmou que pelo menos um asteroide com as dimensões de um automóvel atinge a atmosfera da Terra por ano, mas normalmente os objetos celestes desintegram-se ao atingirem o solo.
Estamos na presença do maior objeto celeste a passar tão perto de nós desde a descoberta do primeiro asteroide nas proximidades do planeta, há mais de um século. Outros asteroides conhecidos já se cruzaram com a Terra a distâncias mais curtas, no entanto eram de menores dimensões.
O Florence voltará a visitar-nos em outubro de 2024, mas não passará tão perto do nosso planeta nos próximos cinco séculos.
A cada 2000 anos, sensivelmente, um meteorito do tamanho de um campo de futebol colide com a Terra, devastando a área de impacto e os seus arredores.
Há cerca de 66 milhões de anos, um meteoro colidiu com o nosso planeta, causando a extinção dos dinossauros, contudo este tipo de fenómeno é extremamente raro. A NASA afirmou que pelo menos um asteroide com as dimensões de um automóvel atinge a atmosfera da Terra por ano, mas normalmente os objetos celestes desintegram-se ao atingirem o solo.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
domingo, 20 de agosto de 2017
RIP: Jerry Lewis
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Foram muitas tardes de férias de Natal e Páscoa na sessões de cinema da antiga RTP2.
sábado, 19 de agosto de 2017
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
«Um» SMS ou «uma» SMS ?
SMS é a sigla da expressão inglesa Short Message System.
De acordo com o Ciberdúvidas, se nos referirmos ao sistema, a sigla é do género masculino: um sistema de pequenas mensagens: o SMS.
Porém, se nos referirmos à mensagem propriamente dita, o género é feminino: a SMS.
Assim, quando nos referimos à mensagem, deveremos dizer "enviar / receber uma SMS" e "enviar / receber uma mensagem pelo SMS". O que não será o mais adequado é dizer "enviar / receber um SMS", pois o que se envia ou recebe caso a caso são mensagens e não o sistema que se usa.
Assim, quando nos referimos à mensagem, deveremos dizer "enviar / receber uma SMS" e "enviar / receber uma mensagem pelo SMS". O que não será o mais adequado é dizer "enviar / receber um SMS", pois o que se envia ou recebe caso a caso são mensagens e não o sistema que se usa.
Autárquicas 2017: mais maior grande
Maior ou mais grande?
O adjetivo "grande" tem duas formas de comparativo de superioridade: a irregular - maior - e a regular / analítica - mais grande.
Porém, a forma "mais grande" tem um uso restrito. De facto, segundo Celso Cunha e Lindley Cintra, ela é usada exclusivamente "quando se confrontam duas qualidades ou atributos do mesmo adjetivo" ( o mesmo sucede com outros adjetivos: muito mau / pior; muito bom / melhor; muito pequeno / menor):
Em todas as outras situações, ou seja, «quando se comparam qualidades de dois seres ou objetos, não se deve dizer "mais bom", "mais mau" nem "mais grande", mas, sim, as formas especiais melhor, pior e maior»:
- "Esta casa é mais grande do que bonita." (* "Esta casa é maior do que bonita.")
- "O cão do Pinto da Costa é mais grande do que perigoso." (* "O cão do Pinto da Costa é maior do que perigoso.")
- "Ele foi mais mau do que desgraçado." (* "Ele foi pior do que desgraçado.")
- "Aquela tese está mais grande do que boa." (* "Aquela tese está maior do que boa.")
- "Bruno de Carvalho [não] é mais bom do que inteligente." (* "Bruno de Carvalho é melhor do que inteligente.")
Em todas as outras situações, ou seja, «quando se comparam qualidades de dois seres ou objetos, não se deve dizer "mais bom", "mais mau" nem "mais grande", mas, sim, as formas especiais melhor, pior e maior»:
- "Esta casa é maior do que a tua."
- "O cão do Pinto da Costa é maior do que o meu."
- "Ele foi pior do que o colega."
- "Aquela tese é maior do que a do Madureira."
- "Bruno de Carvalho [não] é melhor do que qualquer um de nós."
Bibliografia:
. Ciberdúvidas;
. Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra.
terça-feira, 15 de agosto de 2017
Tom Sawyer - Episódio 25: "Um rapaz obstinado"
Jornalismo da treta
Este é um excerto de uma notícia do jornal Record on-line. É também mais um exemplo de gente que escreve e desconhece as mais elementares regras da língua portuguesa, neste caso da colocação do pronome pessoal em adjacência verbal.
Fariam-no?
Fá-lo-iam, caríssimo "jornalista".
Modestamente, passe por aqui para evitar escrever baboseiras.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
As seis fases da crise na Europa
«A maior crise económica e financeira desde a Grande Recessão de 1929 começou há dez anos. Os problemas no mercado hipotecário de alto risco nos EUA ("subprime") já se sentiam há alguns meses, e os seus efeitos na volatilidade de alguns segmentos de mercado eram visíveis há semanas. Mas foi a 9 de agosto de 2007 que o BCE pela primeira vez injetou liquidez de emergência no sistema financeiro da Zona Euro para combater o congelamento dos fluxos de crédito interbancário. Desde então, com erros e sucessos, o BCE insuflou o seu balanço para 4,25 biliões de euros, ou quase 12, 5 mil euros por europeu, numa crise de uma década que pode ser dividida em seis fases:
1: Os primórdios da crise, de 9 de agosto de 2007 a 15 de setembro de 2008
A desconfiança entre bancos força o BCE a injetar liquidez pela primeira vez no sistema financeiro da Zona Euro a 9 de agosto de 2007. Os meses seguintes são confusos e voláteis e o BCE ainda sobe juros em julho de 2008. Dois meses depois cai o Lehman Brothers nos EUA, dando início à grande crise financeira internacional.
2: A grande crise internacional, de 15 de setembro de 2008 a 23 de abril de 2010
A queda do Lehman Brothers em setembro de 2008 marcou o início da grande crise internacional. A desconfiança generalizou-se por todo o sistema financeiro das economias avançadas, os bancos centrais coordenaram-se em medidas de cedência de liquidez e corte de juros. Em seis meses o BCE passou a taxa central de 4,25% para apenas 1% em maio de 2009.
3: Zona Euro sob ameaça, de 23 de abril de 2010 a 2 de novembro de 2011
A terceira fase da crise é marcada pelo agudizar dos problemas da Zona Euro, com vários resgates de Estados-membros, a começar pelo grego em abril de 2010. Seguiu-se o irlandês em novembro de 2010 e o português em abril de 2011. A ligação diabólica entre a saúde do sistema financeiro e dos respetivos soberanos fazia sentir-se em toda a força, e começa mesmo a ameaçar grandes países como a Espanha e a Itália.
4: Draghi muda o jogo, de 2 de novembro de 2011 a 4 de julho de 2013
A entrada de Mario Draghi para a liderança do BCE em novembro de 2011 muda o jogo da crise. Em dezembro avança com empréstimos de muito longo prazo que devolveram alguma tranquilidade aos grandes bancos da periferia. Confrontado com o ressurgir de pressões sobre as taxas de juro na periferia, em julho de 2012 faz o célebre discurso de Londres em que garante que o banco central fará "o que for preciso" para garantir a unicidade do euro e em setembro o BCE apresenta o OMT, o programa de compra de dívida pública de países em dificuldades. As taxas de juro começaram a baixar consistentemente desde então.
5: O fantasma da deflação, de 4 de julho de 2013 a 22 de janeiro de 2015
Com a Zona Euro fora de perigo de vida, chegou a ameaça de deflação na Zona Euro. Em julho de 2013 o BCE estreia-se em medidas não convencionais, como o "forward guidance", ou seja, garantias de médio e longo prazo para a evolução da taxa de juro, o que nunca tinha feito. A ideia foi defender a Zona Euro da volatilidade provocada pelo início da normalização da política monetária nos EUA sinalizada na primavera de 2013 por Ben Bernanke na Fed. A taxa de inflação já estava a cair na Zona Euro e tinha chegado a 1,6% em julho de 2013. Em maio de 2014 já estava nos 0,5% e o BCE vai mais longe, estreando-se nas taxas de juro negativas em junho desse ano.
6: BCE começa compra de dívida pública, desde 22 de janeiro de 2015
Um pouco mais de seis anos após a Reserva Federal, em janeiro de 2015 o BCE confirma que vai avançar com um programa de compra alargada de ativos, ao ritmo de 60 mil milhões de euros por mês, com destaque para a compra de dívida pública. O objetivo foi travar os riscos de deflação na Zona Euro. O problema foi reforçado em março de 2016 para compras de 80 mil milhões de euros mensais e cortes nas taxas central para 0% (de 0,05%) e de depósitos para -0,4% (de -0,3%). Em março de 2017, considerando que o risco de deflação desapareceu, o BCE volta a reduzir as compras mensais para 60 mil milhões de euros e guarda para o segundo semestre deste ano novidades sobre novas orientações para a política monetária, no que deverá configurar o início da sétima fase da crise.
FONTE: Jornal de Negócios
1: Os primórdios da crise, de 9 de agosto de 2007 a 15 de setembro de 2008
A desconfiança entre bancos força o BCE a injetar liquidez pela primeira vez no sistema financeiro da Zona Euro a 9 de agosto de 2007. Os meses seguintes são confusos e voláteis e o BCE ainda sobe juros em julho de 2008. Dois meses depois cai o Lehman Brothers nos EUA, dando início à grande crise financeira internacional.
2: A grande crise internacional, de 15 de setembro de 2008 a 23 de abril de 2010
A queda do Lehman Brothers em setembro de 2008 marcou o início da grande crise internacional. A desconfiança generalizou-se por todo o sistema financeiro das economias avançadas, os bancos centrais coordenaram-se em medidas de cedência de liquidez e corte de juros. Em seis meses o BCE passou a taxa central de 4,25% para apenas 1% em maio de 2009.
3: Zona Euro sob ameaça, de 23 de abril de 2010 a 2 de novembro de 2011
A terceira fase da crise é marcada pelo agudizar dos problemas da Zona Euro, com vários resgates de Estados-membros, a começar pelo grego em abril de 2010. Seguiu-se o irlandês em novembro de 2010 e o português em abril de 2011. A ligação diabólica entre a saúde do sistema financeiro e dos respetivos soberanos fazia sentir-se em toda a força, e começa mesmo a ameaçar grandes países como a Espanha e a Itália.
4: Draghi muda o jogo, de 2 de novembro de 2011 a 4 de julho de 2013
A entrada de Mario Draghi para a liderança do BCE em novembro de 2011 muda o jogo da crise. Em dezembro avança com empréstimos de muito longo prazo que devolveram alguma tranquilidade aos grandes bancos da periferia. Confrontado com o ressurgir de pressões sobre as taxas de juro na periferia, em julho de 2012 faz o célebre discurso de Londres em que garante que o banco central fará "o que for preciso" para garantir a unicidade do euro e em setembro o BCE apresenta o OMT, o programa de compra de dívida pública de países em dificuldades. As taxas de juro começaram a baixar consistentemente desde então.
5: O fantasma da deflação, de 4 de julho de 2013 a 22 de janeiro de 2015
Com a Zona Euro fora de perigo de vida, chegou a ameaça de deflação na Zona Euro. Em julho de 2013 o BCE estreia-se em medidas não convencionais, como o "forward guidance", ou seja, garantias de médio e longo prazo para a evolução da taxa de juro, o que nunca tinha feito. A ideia foi defender a Zona Euro da volatilidade provocada pelo início da normalização da política monetária nos EUA sinalizada na primavera de 2013 por Ben Bernanke na Fed. A taxa de inflação já estava a cair na Zona Euro e tinha chegado a 1,6% em julho de 2013. Em maio de 2014 já estava nos 0,5% e o BCE vai mais longe, estreando-se nas taxas de juro negativas em junho desse ano.
6: BCE começa compra de dívida pública, desde 22 de janeiro de 2015
Um pouco mais de seis anos após a Reserva Federal, em janeiro de 2015 o BCE confirma que vai avançar com um programa de compra alargada de ativos, ao ritmo de 60 mil milhões de euros por mês, com destaque para a compra de dívida pública. O objetivo foi travar os riscos de deflação na Zona Euro. O problema foi reforçado em março de 2016 para compras de 80 mil milhões de euros mensais e cortes nas taxas central para 0% (de 0,05%) e de depósitos para -0,4% (de -0,3%). Em março de 2017, considerando que o risco de deflação desapareceu, o BCE volta a reduzir as compras mensais para 60 mil milhões de euros e guarda para o segundo semestre deste ano novidades sobre novas orientações para a política monetária, no que deverá configurar o início da sétima fase da crise.
FONTE: Jornal de Negócios
sábado, 12 de agosto de 2017
O peso da Administração Pública
Portugal tem funcionários públicos a mais, não tem?
Parece que este estudo da OCDE vem contrariar essa ideia que nos é vendida há décadas.
Repare-se na posição dos países nórdicos, cujo exemplo serve para muita coisa que nos querem impingir, e para a situação de Portugal face à média da própria OCDE.
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