quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Vida e obra de Aldous Huxley
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
Questionário sobre o capítulo XI da Crónica de D. João I
Inicialmente, o povo (a “arraia-miúda”) mostra-se
________________ (“As gentes que esto ouviam saíam aa rua para ver que cousa
era.”), indignado, revoltado e agressivo (“__________________________”),
determinado, unido, solidário e disponível (“________________________”,
“_______________________”). De facto, age
como um todo e acorre aos Paços para acudir ao Mestre com intuitos de vingança
(“________________________________________________”). Aí chegado, mostra-se
____________________ e agitado (“dizendo que as britassem para entrar dentro”),
num crescendo de __________ (“cada vez se acendia mais”), visível nos atos de
violência que se propõem cometer para invadir o Paço: ________________________
e ______________________________, atos esses que evidenciam toda a sua
______________________, ausência de reflexão e descontrole __________, típicos
de quem age ___________________. As tentativas de o acalmar não diminuem a sua
____________ (“mas isto nom queria nenhum crer”).
Depois de ver D. João, o povo fica aliviado, mais
_____________ e _____________ (“houveram gram prazer quando o virom”), virando
então a sua fúria para a rainha e o conde, referindo-se-lhes de forma
______________ (“- Ó que mal fez! Pois que matou o traidor do Conde, que nom
matou logo a aleivosa com ele!”), sempre empenhado na
_________________________.
D. João revela-se, neste capítulo, uma figura
____________________ {carismática / ineficiente / liderante}, determinada e
__________________, mostrando-se à população para ter o seu apoio.
Recursos |
Exemplos |
Discurso direto |
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Frases exclamativas |
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Sensações visuais |
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Sensações auditivas |
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Verbos de ação/movimento |
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Verbos que sugerem sentimento |
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Advérbios expressivos |
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Pretérito imperfeito |
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Gerúndio |
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A
alternância entre as duas modalidades do discurso confere ……………………………………….
{dramatismo / consequência / tranquilidade} e ………………………………………. {subjetividade /
veracidade / alternância} ao que é narrado, visto que, através do discurso
direto, temos acesso ……………………………………………. {ao “pulsar” efetivo / às falas “reais”
/ aos “sentimentos e emoções”} dos intervenientes. Desta forma, Fernão Lopes
confere à sua narração ……………………………………………………… {poder / maior dinamismo /
alternância de planos / confronto de pontos de vista} e cumpre a sua missão de relatar a ………………………… {ficção
/ irracionalidade / história / verdade} dos factos.
Exemplo
textual |
Recurso
expressivo |
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Expressividade |
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1.
“e assi como viúva que rei nom tinha, e
como se lhe este ficara em logo de marido…” |
.
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A.
Traduz a ansiedade da multidão em saber do Mestre. |
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2.
“(…) veendo tam grande alvoroço como
este, e que cada vez se acendia mais…” |
.
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B.
Reforça o efeito visual da ação. |
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C.
A comparação mostra, por um lado, a união do povo, da cidade, por causa do
suposto perigo de vida que o Mestre corre; por outro, associa a cidade a uma
rainha viúva que deseja casar-se com um novo marido – o Mestre de Avis, tudo
fazendo para lhe salvar a vida. Remete para a crise de
sucessão ao trono, sugerindo o desgoverno e desproteção a que a cidade
(mulher) ficava sujeita sem marido (sem rei), tal como acontece com as
viúvas. |
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3.
“que é do Mestre?” |
.
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4.
“Mestre (…) Mestre” |
.
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5.
“braadavom”, “arroido”,
“alvoroço” |
.
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6.
“vinham com feixes de lenha,
outras traziam carqueija” |
.
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7.
“pera sobir acima” |
.
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D.
Sugere o crescimento do alvoroço e da inquietação da multidão, face às
notícias sobre o perigo que o Mestre corria, à semelhança de um fogo que
começa pequeno e toma proporções gigantescas. |
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8.
“todos feitos dhu coraçom” |
. |
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9. “Amigos, apacificae-vos.” |
. |
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E.
Representa a ansiedade da multidão em saber do Mestre. |
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10. “por lhe darem vida e
escusar morte” |
. |
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F.
Sugere o visualismo da ação da multidão para entrar nos paços da rainha. |
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G.
Torna a narração mais realista, “transportando” o leitor para o local dos
acontecimentos, fazendo-o “ver” e “ouvir” o que se passou. |
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H. Realça-se a fusão entre todos os populares, como
se fossem uma única e só pessoa. |
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I. Apela-se à população, chamando a sua atenção e
expressando cumplicidade. |
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J.
Sugere a complexidade da situação que se vivia. |
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Síntese da cantiga de escárnio e maldizer
QUADRO
|
CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER
|
Origem |
Cruzamento de influências provençais e peninsulares. |
Sujeito |
Masculino: o trovador ou o jogral. |
Objeto |
Sátira e crítica indireta (escárnio) ou
direta (maldizer). |
Características |
. Crítica encoberta.
. Crítica direta.
. Temas satíricos.
. Retrato satírico da sociedade medieval.
|
Temas |
. A cobardia dos cavaleiros.
. A corrupção e os desmandos do clero.
. A
decadência da nobreza: a ambição e a pelintrice dos infanções.
. O escudeiro
pelintra, mas fanfarrão e pretensioso.
. A ridicularização
dos maus trovadores.
. A decadência da
sociedade.
. A avareza dos
reis.
|
Representação de afetos e emoções |
A dimensão satírica 1. A paródia ao
amor cortês: . Estas cantigas são
conhecidas como “escárnios de amor”, em que se procede a uma inversão
dos códigos do amor cortês. . Assim, são os
trovadores parodiam, através da ironia, a cantiga de amor e os
principais tópicos deste tipo de composição: » o elogio da “senhor”
como ser superior pela sua beleza, inteligência, bom senso, saber estar em
sociedade (“Ai dona fea…”); » o respeito e a
submissão do trovador à dama; » as convenções do
amor cortês, como a exacerbação da «coita de amor» e o artificialismo da
morte de amor (“Roi Queimado”) . Constitui, por
isso, um contragénero da cantiga de amor. 2. A crónica de
costumes: . A cantiga de
escárnio e maldizer concretiza a crítica dos costumes, individual ou social,
através da sátira de diversos comportamentos: » os aspetos
circunstanciais e anedóticos da vida da corte e da boémia
jogralesca; » as polémicas
entre trovadores e jograis, nomeadamente a incompetência na arte de
trovar; » a denúncia da nobreza
empobrecida e da sua miséria envergonhada, sobretudo a dos
infanções; » a falta de pagamento
dos honorários dos jograis, ou a sua efetivação por meio de roupas e
alimentos; » acontecimentos históricos,
políticos e militares, nomeadamente a cobardia e traição
de alguns cavaleiros; » a decadência
generalizada dos costumes (a vida dissoluta do clero, os casamentos por
conveniência, a prostituição, a exploração dos mais fracos, a injustiça,…). |
Ambiente (espaços, protagonistas e
circunstâncias) |
• Ambiente cortesão, palaciano.
• Crítica
à vida social da época.
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Classificação formal |
. Cantigas de mestria.
. Cantigas de refrão;
. Presença
de rima.
. Regularidade
estrófica e métrica.
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Linguagem
e estilo |
▪
Vocabulário sarcástico e humorístico.
▪ Trocadilhos
(expressões com dois sentidos).
▪ Uso
cómico do diminutivo e do aumentativo.
▪
Recursos expressivos: ironia, hipérbole, adjetivação, sarcasmo,
…
|