quinta-feira, 6 de junho de 2019
Enunciado da Prova de aferição de Português do 8.º ano - 2019
- Ficheiro áudio:
quarta-feira, 5 de junho de 2019
'Mensagem': síntese dos poemas
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Poema
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Personalidade / Simbologia
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BRASÃO
(segundo brasão do Infante D. Henrique)
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Os Campos
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. Espaço de vida e de consolidação do reino
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“O dos castelos”
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. Localização geográfica de Portugal como predestinação.
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“O das Quinas”
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. Alusão às cinco chagas de Cristo (ferida aberta,
não cicatrizada).
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“Os Castelos
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. Símbolo de proteção e das conquistas dos heróis
portugueses.
. Os heróis enumerados surgem associados a desígnios
ocultos.
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“Ulisses”
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. Herói mítico.
. Fundador mítico de Lisboa.
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“Viriato”
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. Fundador da Lusitânia.
. Símbolo da luta pela independência.
. Chefe militar dos lusitanos morto à traição
enquanto dormia.
. Foi substituído por Sertório na liderança dos
lusitanos.
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“O Conde D. Henrique”
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. Pai de D. Afonso Henriques.
. Fundador do Condado Portucalense.
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“D. Tareja”
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.
Mãe de D. Afonso Henriques.
.
Símbolo da proteção materna.
. Apelo para a construção de um novo futuro
para Portugal.
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“D. Afonso Henriques”
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. Fundador
do Reino de Portugal.
. Primeiro rei de Portugal
e da dinastia de Bragança.
. Apelo para a construção
de um novo futuro para Portugal.
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“D. Dinis”
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. O
poeta da poesia trovadoresca.
. O poeta que sonhou e
lançou a semente dos Descobrimentos: o pinhal de Leiria e a preparação da viagem.
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“D. João o Primeiro”
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. Primeiro
rei da segunda dinastia, a de Avis.
.
Pai da “ínclita geração”.
.
Instrumento da vontade de Deus.
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“D. Filipa de Lencastre”
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.
Esposa de D. João I.
.
Mãe da “ínclita geração”.
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As Quinas
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.
Os mártires da pátria.
.
Lutadores e mártires.
. A referência às cinco
chagas de Cristo traduz a consciência do destino de Portugal das cinco
personalidades.
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“D. Duarte, Rei de Portugal”
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.
Rei de Portugal.
.
Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre.
. Símbolo da sujeição à
vontade de Deus e ao cumprimento do dever.
. Representa as
dificuldades, o sofrimento e a luta contra as adversidades.
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Título "O ano da morte de Ricardo Reis"
Labels:
'O Ano da Morte de Ricardo Reis'
,
12.º Ano
,
José Saramago
A regência do verbo «estar»
O senhor Rod Allen é o mentor de uma profunda reforma curricular no Canadá, razão pela qual foi convidado a participar no Encontro Nacional de Autonomia e Flexibilidade Curricular que decorreu na Figueira da Foz.
Um dos momentos altos da sua intervenção teve lugar quando afirmou que «Já não é importante o que sabemos, mas sim o que fazemos com o que sabemos.».
A nossa imprensa todos os dias parece querer dar razão a todos os senhores Rodes Allens que pululam por aí. A questão é, porém, mais complexa: o que fará quem nada sabe com esse nada? O jornalista que elaborou aquela coisa sobre o Toninho Griezmann, como não sabe... «fez» em conformidade.
Não, meu caro, não é «o volte-face que ninguém estava à espera», mas «o volte-face de que ninguém estava à espera».
Senhor Allen, desejo-lhe uma viagem de regresso ao Canadá.
Não, meu caro, não é «o volte-face que ninguém estava à espera», mas «o volte-face de que ninguém estava à espera».
Senhor Allen, desejo-lhe uma viagem de regresso ao Canadá.
terça-feira, 4 de junho de 2019
Porque é que o céu é azul?
A cor azul do céu está relacionada com a luz que chega do Sol, que é branca.
A luz branca é uma mistura de todas as cores de luz visível, desde o vermelho (a cor com menos energia, maior comprimento de onda e menor frequência) até ao violeta (a luz de cor com mais energia, menor comprimento de onda e maior frequência). O olho pode ver essa gama de frequências porque, como esta não é mais do que energia que o Sol emite, evoluiu adaptando-se em maior medida para captar estas frequências.
A cor do céu tem a ver com a atmosfera da Terra. De facto, a luz branca chega à atmosfera vinda do Sol (desloca-se tão depressa, que demora apenas 8 minutos e 30 segundos; quer isto dizer que, se o astro-rei se apagasse subitamente, demoraríamos esse tempo a aperceber-nos disso). É precisamente na atmosfera que sofre a chamada Dispersão de Rayleigh (em honra de lorde Rayleigh, o físico britânico que a descobriu e que estudou o fenómeno por volta de 1870). Esta dispersão ocorre quando a radiação é disseminada por partículas muito mais pequenas do que o comprimento de onda.
A Dispersão de Rayleigh, o desvio do percurso da luz em linha reta, é inversamente proporcional à quarta potência do seu comprimento de onda. Isto quer dizer que, quanto maior for o comprimento de onda, menos se dispersará (daí ser «inversamente proporcional»).
A luz vermelha dispersa-se pouco (o comprimento de onda é comprido), enquanto a azul se dispersa muito (o comprimento de onda é curto); a diferença entre as dispersões de ambas é muito grande. A luz vermelha entra no ar e mantém um percurso em linha reta, por isso vemos os tons avermelhados em torno do Sol por altura do crepúsculo. Já a luz azul dispersa-se e começa a ressaltar por toda a atmosfera, tingindo tudo de azul. Para onde quer que olhemos no céu, há um raio de luz azul que vem direto aos nossos olhos. Além disso, dado que a luz azul se dispersa, vemos o Sol com um tom amarelado. No entanto, fora da atmosfera, vê-se o Sol totalmente branco em contraste com o fundo totalmente negro do espaço. Deste modo, caso não existisse atmosfera, da Terra veríamos o céu preto.
Por outro lado, a luz dispersa-se porque, além de ser uma onda, é uma partícula, devido à dualidade onda-partícula. A partícula da luz chama-se fotão e foi descoberta por Einstein nos seus estudos sobre a natureza do efeito fotoelétrico (que lhe valeram o Prémio Nobel) - o efeito que permite que, nos centros comerciais, as portas se abram sozinhas na nossa presença e que as placas fotovoltaicas gerem eletricidade. Se considerarmos a luz como um molho de fotões de diferentes energias que incidem na atmosfera, podemos imaginar o impacto que esses fotões têm contra os grãos de poeira e as gotas de água que flutuam no ar e que se desviam do seu caminho. Uma vez que os fotões azuis têm muita energia, ressaltam por toda a atmosfera como se fossem bolas numa máquina do Euromilhões, fazendo com que o céu seja azul e não verde, nem violeta, etc.
A luz branca é uma mistura de todas as cores de luz visível, desde o vermelho (a cor com menos energia, maior comprimento de onda e menor frequência) até ao violeta (a luz de cor com mais energia, menor comprimento de onda e maior frequência). O olho pode ver essa gama de frequências porque, como esta não é mais do que energia que o Sol emite, evoluiu adaptando-se em maior medida para captar estas frequências.
A cor do céu tem a ver com a atmosfera da Terra. De facto, a luz branca chega à atmosfera vinda do Sol (desloca-se tão depressa, que demora apenas 8 minutos e 30 segundos; quer isto dizer que, se o astro-rei se apagasse subitamente, demoraríamos esse tempo a aperceber-nos disso). É precisamente na atmosfera que sofre a chamada Dispersão de Rayleigh (em honra de lorde Rayleigh, o físico britânico que a descobriu e que estudou o fenómeno por volta de 1870). Esta dispersão ocorre quando a radiação é disseminada por partículas muito mais pequenas do que o comprimento de onda.
A Dispersão de Rayleigh, o desvio do percurso da luz em linha reta, é inversamente proporcional à quarta potência do seu comprimento de onda. Isto quer dizer que, quanto maior for o comprimento de onda, menos se dispersará (daí ser «inversamente proporcional»).
A luz vermelha dispersa-se pouco (o comprimento de onda é comprido), enquanto a azul se dispersa muito (o comprimento de onda é curto); a diferença entre as dispersões de ambas é muito grande. A luz vermelha entra no ar e mantém um percurso em linha reta, por isso vemos os tons avermelhados em torno do Sol por altura do crepúsculo. Já a luz azul dispersa-se e começa a ressaltar por toda a atmosfera, tingindo tudo de azul. Para onde quer que olhemos no céu, há um raio de luz azul que vem direto aos nossos olhos. Além disso, dado que a luz azul se dispersa, vemos o Sol com um tom amarelado. No entanto, fora da atmosfera, vê-se o Sol totalmente branco em contraste com o fundo totalmente negro do espaço. Deste modo, caso não existisse atmosfera, da Terra veríamos o céu preto.
Por outro lado, a luz dispersa-se porque, além de ser uma onda, é uma partícula, devido à dualidade onda-partícula. A partícula da luz chama-se fotão e foi descoberta por Einstein nos seus estudos sobre a natureza do efeito fotoelétrico (que lhe valeram o Prémio Nobel) - o efeito que permite que, nos centros comerciais, as portas se abram sozinhas na nossa presença e que as placas fotovoltaicas gerem eletricidade. Se considerarmos a luz como um molho de fotões de diferentes energias que incidem na atmosfera, podemos imaginar o impacto que esses fotões têm contra os grãos de poeira e as gotas de água que flutuam no ar e que se desviam do seu caminho. Uma vez que os fotões azuis têm muita energia, ressaltam por toda a atmosfera como se fossem bolas numa máquina do Euromilhões, fazendo com que o céu seja azul e não verde, nem violeta, etc.
domingo, 2 de junho de 2019
Retrato de Marcenda
. Nome: Marcenda é um verbo proveniente do
latim, no gerúndio, recolhido num verso de Ricardo Reis, que significa
“murchando” (“E colho a rosa porque a sorte manda. / Marcenda, guardo-a;
murche-se comigo, da ode “Saudoso já deste verão que vejo”).
. Retrato físico:
. é uma mulher jovem com
mais de vinte anos;
. magra;
. de aparência instável,
insegura, inacabada, frágil;
. possui o perfil de uma
adolescente;
. apresenta um defeito
físico: a mão esquerda “paralisada e cega”, o que atrai a atenção de Ricardo
Reis.
. Retrato psicológico:
. altiva;
. serena;
. desprendida;
. inexplicavelmente madura,
pois conjuga a falta de experiência com uma sabedoria inata.
. Simbologia:
. Marcenda representa a
sabedoria das mulheres que os homens não entendem.
. Representa a inércia, a
desistência, a apatia e, tal como o heterónimo de Fernando Pessoa, é uma espectadora
do mundo.
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'O Ano da Morte de Ricardo Reis'
,
12.º Ano
,
José Saramago
quarta-feira, 29 de maio de 2019
"Deborah's Theme"
Uma peça magistral do compositor italiano Ennio Morricone, em mais uma das muitas colaborações com o realizador Sergio Leone, neste caso no filme "Once Upon a Time in America".
Foi preciso chegarmos à segunda década do século XXI para Ennio ver reconhecido o seu incomensurável talento pela Academia de Hollywood.
terça-feira, 28 de maio de 2019
Notícias do dia
- Tomás Correia acusa Banco de Portugal de "falta de coragem" para o retirar de funções.
- Doentes foram internados em refeitórios e casas de banho durante vários anos no Hospital de Vila Franca de Xira.
- Operação stop para cobrar dívidas ao fisco.
- Detidos quatro suspeitos de rapto na Amadora de filho de alto funcionário da Guiné-Bissau.
- Estado disponibilizou 23, 8 mil milhões de euros a bancos entre 2007 e 2018.
- Corrupção no IMT: PJ deteve oito suspeitos de corrupção.
segunda-feira, 27 de maio de 2019
O que realmente interessa na campanha para as eleições europeias
Resumo do conto "George"
● A ação do conto está
centrada em George, uma personagem feminina focada em três momentos distintos
(menina, mulher e velha), que representam as três idades da sua vida.
● George saiu de casa
quando tinha cerca de 18 anos, rumo a Amesterdão (Holanda), em busca de
liberdade e fugindo da sua realidade e da incompreensão dos pais. O seu talento
era desenhar.
● Aos 45 anos é uma
mulher de sucesso: pintora reconhecida, viajada, mulher de muitos amores (“casou-se,
divorciou-se, partiu, chegou, voltou a partir e a chegar”), cabelos sempre
pintados de cor diferente (metamorfose), “malas ricas”, “dinheiro no banco” e a
sua casa holandesa.
● A personagem
regressa à sua terra natal após cerca de 20 anos de ausência e desse regresso
resulta a convivência imaginária entre a George adulta, a Gi adolescente e a
Georgina, “velha”.
● George e Gi
reencontram-se à saída da estação, quando a primeira vem para vender a casa de
família (os seus pais já tinham falecido). Trata-se de um diálogo imaginado que
mostra ao leitor a menina de outrora, indecisa entre ficar na terra e sair de
casa. Faz referência a um namorado antigo, chamado Carlos, e ao enxoval que mãe
lhe andava a fazer para ser uma mulher igual a tantas outras, votada à lida da
casa. Gi finaliza este diálogo e “sorri o seu lindo sorriso branco de 18 anos.
Depois ambas dão um beijo rápido, breve, no ar, não se tocam, nem tal seria
possível, começam a mover-se ao mesmo tempo, devagar (…). Vão ficando longe,
mais longe. E nenhuma delas olha para trás.”. Este diálogo imaginado, prenhe de
memórias, está sempre rodeado de um “ar queimado”, que George continuamente
sente.
● De regresso ao
comboio para voltar a Amesterdão, George relembra memórias e afasta-se desse
passado, à medida que o veículo se afasta fisicamente da estação: “Agora está à
janela a ver o comboio fugir de dantes, perder para todo o sempre árvores e
casas da sua juventude”.
● No comboio, fecha
os olhos e pensa. Quando os abre, vê sentada à sua frente “uma mulher velha”,
Georgina (outra das figuras desdobradas de George, neste caso na terceira
idade), 70 anos e segura de que a vida passa rapidamente, aconselhando George a
não ser dramática, pois viverá feliz na sua casa até morrer. Esta confirma o
retrato dela mesma enquanto “rapariguinha”, conservado na mala a vida inteira.
● Georgina fecha os
olhos de novo e, quando os reabre, a “mulher velha” desaparecera. Confiada na
pertença do ainda tempo presente, “Georgina suspira, tranquilizada. Amanhã
estará em Amesterdão na bela casa mobilada, durante quanto tempo?, vai morar
com o último dos seus amores.”.
Ligações:
. Tema do conto.
. Análise do conto (parágrafo a parágrafo).
. Retrato de George.
. As 3 idades da vida.
. A complexidade da natureza humana.
. A metamorfose de George ao longo da vida.
. O diálogo entre realidade, memória e imaginação.
. Síntese das categorias da narrativa.
. Símbolos do conto.
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