O
Fantasma de Canterville é um conto fantástico com elementos e paródias do
chamado romance gótico.
No que
diz respeito à sua estrutura interna narrativa, segue o modelo comumente
aplicado aos contos tradicionais.
Situação
inicial: este
é o início da história, da sua contextualização:
• localização no tempo;
• apresentação das personagens;
• localização no espaço;
• apresentação da ação.
A situação é equilibrada, o que
significa que não há razão para que mude.
● O fantasma
de Sir Simon assombra a mansão de Canterville (Canterville Chase) há séculos e
é universalmente temido.
Acontecimento
perturbador: é
um acontecimento / problema que altera a situação inicial e desencadeia a história.
● A
família Otis muda-se para Canterville Chase e não se deixa intimidar pelas
tentativas de Sir Simon de a assustar. Este aspeto contraria o que é
normalmente esperado de uma história de fantasmas.
Peripécias:
é o conjunto de acontecimentos causados pelo acontecimento perturbador, que
levam o herói a tomar medidas para resolver o problema.
● O
fantasma de Sir Simon sofre por causa da indiferença da família e das piadas e
travessuras das crianças da família, sem renunciar ao desejo de as assustar, e
começa a ficar desesperado. É nesta fase que a dimensão paródica do texto é
mais visível.
Resolução:
é o evento que põe fim ao problema.
● Sir
Simon conquista Virgínia, que o ajuda a encontrar a paz. Com esta resolução, o fantástico
triunfa sobre o paródico, uma vez que os sentimentos e o mistério dominam o desfecho
da ação.
Situação
final: é o
desfecho da ação, com o restabelecimento do equilíbrio. A situação é novamente
estável, ta como a situação inicial, mas sofreu algumas alterações.
● O
fantasma é libertado e agora repousa em paz no cemitério de Canterville. Muitos
anos depois, Virgínia, que entretanto casara, continua a honrar a memória do
homem que salvou.
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