quarta-feira, 12 de julho de 2023
Resumo do capítulo VII de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo VI de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo V de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo IV de Memórias de um Sargento de Milícias
terça-feira, 11 de julho de 2023
Resumo do capítulo III de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo de Memórias de um Sargento de Milícias
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Resumo do capítulo I de Memórias de um Sargento de Milícias
O capítulo começa com uma referência ao tempo (“Era no tempo do rei…”), que remete para o início dos contos tradicionais populares, e ao espaço. Há uma descrição do espaço, que aponta já para um certo realismo pelo tema, ponto de vista e forma como essa descrição é feita, e uma integração das personagens.
A
função deste capítulo é apresentar o protagonista do romance: Leonardo. O
narrador, baseando-se na história que um sargento de milícias reformado lhe
contou, narra a vida e os costumes do Rio de Janeiro durante a época em que D.
João VI, fugindo das Invasões Francesas, viveu no Brasil.
A
descrição dos meirinhos – que se reuniam num local, conhecido por canto dos
meirinhos, localizado na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro – é feita com base
na oposição entre os meirinhos do passado e os do presente. Assim, os atuais –
segunda metade do século XIX – são uma mera sombra dos do tempo do rei, gente
temida e temível, respeitada e respeitável, com grande influência social, que
se distinguiam pela grande influência social que tinham, pelo porte físico e
pelo traje (casaca preta, calção e meias da mesma cor, sapato afivelado,
espadachim e chapéu), enquanto os demais não se distinguem das demais pessoas.
Integra-se
depois a história de Leonardo Pataca, que era meirinho, e de Maria da Hortaliça.
É da relação de ambos que nasce o herói da história. A única personagem
identificada com o nome é Leonardo Pataca; as outras personagens representam
tipos sociais e, por isso, não são apresentadas com nome próprio. O narrador coloca-nos
na esquina da rua, onde um grupo de meirinhos conversa sobre diversos assuntos.
Dentre eles destaca-se Leonardo Pataca, uma rotunda figura de cabelos brancos e
carão avermelhado, molengão e pachorrento. Por causa destes traços, ninguém o
procurava para negócios, por isso ele passava os dias sentado na esquina, na
companhia da sua bengala. Como se queixava constantemente dos 320 réis por citação,
deram-lhe a alcunha de Pataca.
De
seguida, o narrador relata um pouco do passado de Leonardo. Cansado da sua vida
em Lisboa, viaja para o Brasil e, a bordo do navio que o transporta, conhece
Maria da Hortaliça, uma quitandeira nas praças da capital de Portugal, saloia
rechonchuda e bonitinha. Ele viu-a quando ela estava encostada na borda do
barco e, ao passar, de modo supostamente distraído, pisou-a fortemente no pé
direito. Maria, como se já estivesse à espera daquilo, sorriu e respondeu com um
grande beliscão nas costas da mão esquerda. Os dois tornam-se amantes; quando
desembarcam, ela começa a sentir enjoos e vão morar juntos. Sete meses depois,
nasce o herói do romance, um bebé comprido (de quase três palmos de
comprimento), gordo e vermelho, com muito cabelo e chorão. Mal nasce, mama
durante duas seguidas, sem largar os seios maternos.
A festa
de batismo é de arromba: a madrinha é a parteira e o padrinho um barbeiro. Este
leva uma rabeca e todos dançam o fado e o minueto. A festa vai aumentando de
intensidade e transforma-se numa grande gritaria e algazarra, que só termina
quando se apercebem da presença próxima do Vidigal. A última a sair é a
madrinha, que, antes de se retirar, coloca um pequeno ramo de arruda no bebé.
Nota-se,
no relato, uma grande rapidez na apresentação dos factos e motivos; cómico dos
factos e da linguagem, ironia e gradação do discurso.
Análise do poema "O Portugal Futuro", de Ruy Belo
domingo, 9 de julho de 2023
Resumo do capítulo II de Memórias de um Sargento de Milícias
Neste capítulo, temos uma narração rápida dos factos: a descrição do “menino”; a traição de Maria e o desfecho da situação. A infância da criança caracteriza-se por aspetos que já o marcavam ao nascer: é traquina, guloso e colérico. Após a fuga da mãe, o “menino” fica a cargo do padrinho.
A
narrativa dá um salto no tempo e vamos encontrar a criança já com sete anos,
não sem que o narrador apresente alguns traços seus: o choro enquanto bebé; a
traquinice; o gosto de comer; a teimosia. A mãe castiga-o batendo-lhe, o que
lhe deixa marcas no corpo.
Enquanto
isso, a relação dos pais vive momentos conturbados: o pai suspeita que a
companheira o trai, visto que já vira várias vezes um sargento a esgueirar-se e
a olhar pela janela da sua casa. Além disso, desconfia de um colega que o
procura constantemente, bem como de um capitão de um navio de Lisboa, que já
encontrara diversas vezes junto da sua residência e, um dia, surpreende, ao
entrar em casa, a fugir por uma janela.
Confirmadas
as suas suspeitas, Leonardo Pataca agride a mulher, numa cena que é observada
pelo filho de ambos, que, com o maior sangue frio, enquanto rasga os autos que o
pai havia deixado cair quando entrara em casa, assiste à sova que a mãe sofre.
No momento em que Pataca começa a acalmar-se, repara que o filho lhe tinha
rasgado a documentação, por isso enfurece-se de novo: levanta-o pelas orelhas,
fazendo-o dar meia volta; em seguida, dá-lhe um pontapé, dizendo que a criança é
filha de uma pisadela e de um beliscão, atirando-a a quatro braços de
distância. O menino foge para a loja do padrinho, que já tinha conhecimento da
verdade, dado que, como era comum na sociedade da época, tinha o hábito de
espionar a vida alheia, por isso conhecia todas as visitas da comadre.
O
barbeiro desloca-se a casa do compadre Leonardo e questiona-o se tinha perdido
o juízo, ao que o segundo responde que perdera a honra. Maria surge em cena e,
sentindo-se protegida pela presença da comadre, o que desperta novo momento de
fúria de Pataca, que a volta a agredir. De seguida, junta os papéis rasgados, a
bengala e o chapéu e saiu batendo com a porta. É de manhã.
De
tarde, quando regressa a casa, disposto a fazer as pazes com Maria, fica a
saber que ela tinha fugido entretanto com o capitão do navio de Lisboa.
Leonardo sai sem dizer nada e o filho fica entregue ao compadre barbeiro.
Introdução a Memórias de um Sargento de Milícias
Escrita
quando o autor tinha apenas 21 anos, começou por ser publicada em folhetins
anónimos de um suplemento do jornal “Correio Mercantil”, intitulado “A
Pacotilha” (onde trabalhava como revisor e redator), tal como aconteceu com as Viagens
na Minha Terra, de Almeida Garrett. A publicação em folhetins era uma
técnica comum no Romantismo e implicava estratégias diferentes para manter a
atenção do leitor. Mais tarde, foi publicada em dois volumes assinados por “Um
brasileiro”, nos anos de 1854 e 1855, um pseudónimo que servia para manter o
anonimato do autor e tornar claro que o autor do livro não era um estrangeiro.
Neste ponto, convém ter presente que era comum a publicação de traduções em
suplementos literários.
Memórias
é um romance urbano que descreve o ambiente da cidade, os costumes, etc. O
livro centra-se numa camada social relativamente baixa; sobe mais com D. Maria
e desce com os ciganos. Descreve o modo como viviam, como ganhavam dinheiro e
como adquiriram riqueza, tudo isto em tom irónico.
Descreve
uma sociedade mais próxima do seu tempo que Alencar em Iracema. No fundo,
descreve a sociedade em que vivia, o que talvez justifique a sua fraca
aceitação. A intenção de Alencar era a procura de um passado místico, onde
radicasse a origem da nacionalidade do Brasil. Manuel António de Almeida tem
como intenção descrever, de modo crítico e irónico, a sociedade que o rodeia.
A trama
principal do romance gira em torno da vida de um típico malandro do Rio de
Janeiro, mas, na verdade, constitui a versão do autor das lembranças
autobiográficas que lhe contara António César Ramos, um velho companheiro de
redação, ambientadas no período joanino (1808-1822). O protagonista chama-se
Leonardo, um menino endiabrado e jovem malandro amado por uns e odiado por
outros.
Classificação de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Moral de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
A moral da história poderia resumir-se do seguinte modo: é necessário combater a intolerância e os preconceitos sociais.