quinta-feira, 13 de julho de 2023
Resumo do capítulo XIII de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo XII de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo XI de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo X de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo IX de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo VIII de Memórias de um Sargento de Milícias
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Resumo do capítulo VII de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo VI de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo V de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo do capítulo IV de Memórias de um Sargento de Milícias
terça-feira, 11 de julho de 2023
Resumo do capítulo III de Memórias de um Sargento de Milícias
Resumo de Memórias de um Sargento de Milícias
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Resumo do capítulo I de Memórias de um Sargento de Milícias
O capítulo começa com uma referência ao tempo (“Era no tempo do rei…”), que remete para o início dos contos tradicionais populares, e ao espaço. Há uma descrição do espaço, que aponta já para um certo realismo pelo tema, ponto de vista e forma como essa descrição é feita, e uma integração das personagens.
A
função deste capítulo é apresentar o protagonista do romance: Leonardo. O
narrador, baseando-se na história que um sargento de milícias reformado lhe
contou, narra a vida e os costumes do Rio de Janeiro durante a época em que D.
João VI, fugindo das Invasões Francesas, viveu no Brasil.
A
descrição dos meirinhos – que se reuniam num local, conhecido por canto dos
meirinhos, localizado na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro – é feita com base
na oposição entre os meirinhos do passado e os do presente. Assim, os atuais –
segunda metade do século XIX – são uma mera sombra dos do tempo do rei, gente
temida e temível, respeitada e respeitável, com grande influência social, que
se distinguiam pela grande influência social que tinham, pelo porte físico e
pelo traje (casaca preta, calção e meias da mesma cor, sapato afivelado,
espadachim e chapéu), enquanto os demais não se distinguem das demais pessoas.
Integra-se
depois a história de Leonardo Pataca, que era meirinho, e de Maria da Hortaliça.
É da relação de ambos que nasce o herói da história. A única personagem
identificada com o nome é Leonardo Pataca; as outras personagens representam
tipos sociais e, por isso, não são apresentadas com nome próprio. O narrador coloca-nos
na esquina da rua, onde um grupo de meirinhos conversa sobre diversos assuntos.
Dentre eles destaca-se Leonardo Pataca, uma rotunda figura de cabelos brancos e
carão avermelhado, molengão e pachorrento. Por causa destes traços, ninguém o
procurava para negócios, por isso ele passava os dias sentado na esquina, na
companhia da sua bengala. Como se queixava constantemente dos 320 réis por citação,
deram-lhe a alcunha de Pataca.
De
seguida, o narrador relata um pouco do passado de Leonardo. Cansado da sua vida
em Lisboa, viaja para o Brasil e, a bordo do navio que o transporta, conhece
Maria da Hortaliça, uma quitandeira nas praças da capital de Portugal, saloia
rechonchuda e bonitinha. Ele viu-a quando ela estava encostada na borda do
barco e, ao passar, de modo supostamente distraído, pisou-a fortemente no pé
direito. Maria, como se já estivesse à espera daquilo, sorriu e respondeu com um
grande beliscão nas costas da mão esquerda. Os dois tornam-se amantes; quando
desembarcam, ela começa a sentir enjoos e vão morar juntos. Sete meses depois,
nasce o herói do romance, um bebé comprido (de quase três palmos de
comprimento), gordo e vermelho, com muito cabelo e chorão. Mal nasce, mama
durante duas seguidas, sem largar os seios maternos.
A festa
de batismo é de arromba: a madrinha é a parteira e o padrinho um barbeiro. Este
leva uma rabeca e todos dançam o fado e o minueto. A festa vai aumentando de
intensidade e transforma-se numa grande gritaria e algazarra, que só termina
quando se apercebem da presença próxima do Vidigal. A última a sair é a
madrinha, que, antes de se retirar, coloca um pequeno ramo de arruda no bebé.
Nota-se,
no relato, uma grande rapidez na apresentação dos factos e motivos; cómico dos
factos e da linguagem, ironia e gradação do discurso.