O
compadre resolve colocar o menino numa escola, porque acha que ele já está
avançado na educação que lhe ministra. De facto, a criança mostra progressos de
aprendizagem: já lê sofrivelmente e aprendera a ajudar na missa. Preocupado com
o futuro do afilhado, o padrinho procura um mestre e encontra um dos mais
acreditados na cidade: um homem bastante baixo, magro, de cara estreita
chupada, calco, com óculos e pretensões de latinista e que oferece bolos aos discípulos.
No dia em que padrinho e afilhado o procuram, um sábado, encontram os alunos a
cantar a tabuada de forma monótona que, no entanto, parece agradar às crianças.
Na
segunda-feira seguinte, Leonardo começa a frequentar as aulas, munido da sua
pasta a tiracolo, da sua lousa e do seu tinteiro de chifre. No final do dia,
leva quatro «bolos», pelo que, à saída, mal vê o barbeiro, diz-lhe que não
voltará à escola, pois não quer ter de sofrer violência física para aprender. O
barbeiro recebe com preocupação esta revelação, temendo que a vizinha fique a
saber que o menino tinha apanhado no primeiro dia de aulas, porém este só
concorda em regressar à escola se o padrinho dialogar com o professor no
sentido de não lhe voltar a bater. O barbeiro, para o persuadir, concorda. Deste
modo, Leonardo retoma as aulas, porém, como não consegue ficar quieto ou
calado, é colocado de joelhos e posteriormente surpreendido a atirar uma bola
de papel aos colegas. Como castigo, apanha doze «bolos», o que leva Leonardo a
dirigir ao mestre todos os impropérios que conhece. Para o compadre, tudo se
deve a uma praga da vizinha.
Ao
longo do capítulo, temos constantes intromissões do narrador e uma crítica à
instituição escolar da época, tecida de modo irónico.
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