O
compadre continua a educação do menino, tratada em termos cómicos. Ele fica
indiferente quando sabe da prisão de Leonardo Pataca. Também o tenente quer
tomar conta do miúdo, mas o compadre não aceita.
A
criança já conhece o alfabeto até à letra P, onde empanca de novo, mas é
incapaz de decorar o Pai Nosso (em vez de dizer “Venha a nós o vosso reino”, dizia
“Venha a nós o pão nosso”) e detesta ir à missa ou ao sermão. Apesar disso, o padrinho
continua a ver nele um futuro clérigo.
Em
sentido oposto, os vizinhos veem em Leonardo um grande peralta, nomeadamente
uma mulher viúva e presunçosa que se gaba de não ter papas na língua e que
aborrece as pessoas com as virtudes do seu defunto marido. Assim sendo, várias
vezes procura mostrar ao vizinho a verdadeira faceta do rapazinho. Certo dia,
quando o barbeiro chega à sua loja, esta vizinha, da sua janela, pergunta-lhe,
de forma trocista, onde está o seu reverendo. O homem explode, nomeadamente após
ela lhe perguntar se o petiz já sabe o Pai Nosso, e responde-lhe que o afilhado
já o sabe e que ele, barbeiro, o faz rezar todas as noites para o seu marido,
que dava coices no Inferno. A mulher retorque e chama-lhe “raspa-barbas”.
Quando o compadre a questiona sobre o motivo de implicar tanto com uma criança
que nunca lhe tinha feito mal, a vizinha responde que o afilhado atirava pedras
ao telhado, lhe fazia caretas e a tratava como se fosse uma saloia ou a mulher
de um barbeiro. A discussão desperta a atenção do pequeno Leonardo, que chega à
porta e arremeda a vizinha, o que motiva o riso do padrinho, que, assim, se
sente vingado.
Terminada
a discussão, o narrador informa o leitor que o barbeiro tem conhecimento da
prisão de Leonardo Pataca, mas não se importa com o sucedido.
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