- Linguagem fortemente
analítica do real.
- Uso da hipérbole.
- Linguagem erudita, variada, expressiva
(narrador), mas adequada às personagens, por isso também, por vezes,
proverbial, oralizante.
- Linguagem e vocabulário
referentes à sociedade rural nortenha (entre 1870 e 1950):
. enumeração de utensilagem
rural;
. marcas dialetais;
. estribilhos frásicos individuais;
. aforismos, historietas,
superstições e orações;
. afetividades do campo;
. interjeições nortenhas:
"Biras, biras, birinhas"; "Cantés!"; "Bô!";
"Adei", etc.;
. expressões populares:
"Ela acadima!"; "Não se atrigue..."; "impontar";
"pagar a décima"; etc.
- Níveis de língua: cuidado e
corrente, exceto nos breves discursos das personagens, em que predomina o nível
familiar e o nível popular.
- Uso de estrangeirismos com
intenção crítica.
- Linguagem sentenciosa (aforismos),
reflexiva, elíptica, recorrendo frequentemente ao polissíndeto.
- Linguagem também complexa e antitética
adequada, especialmente, à natureza de Quina.
- Linguagem hipotética
(discurso modalizante), de acordo com a personalidade de Quina, sempre
hipotética (sibilina).
- Utilização frequente do
discurso valorativo, pois, em toda a obra, há valores que se negam e outras que
importa preservar e transmitir.
- Construção periodal estirada,
complexa, muito hipotática ou subordinativa, ritmada na adjetivação e na seleção
cuidada dos verbos, por vezes com recurso ao paralelismo anafórico.
- Uso do pretérito perfeito
(narrativo), do pretérito imperfeito (descritivo), do conjuntivo
(hipotético/modalizante), do pretérito mais-que-perfeito (traduz a mutação retrospetiva).
- Utilização da hipérbole, da
ironia, da metáfora, da comparação, etc.
- A linguagem simbólica
(herança do Simbolismo).
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