Português: Linguagem e recursos estilísticos de A Sibila

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Linguagem e recursos estilísticos de A Sibila

- Linguagem fortemente analítica do real.
- Uso da hipérbole.
- Linguagem erudita, variada, expressiva (narrador), mas adequada às personagens, por isso também, por vezes, proverbial, oralizante.
- Linguagem e vocabulário referentes à sociedade rural nortenha (entre 1870 e 1950):
. enumeração de utensilagem rural;
. marcas dialetais;
. estribilhos frásicos individuais;
. aforismos, historietas, superstições e orações;
. afetividades do campo;
. interjeições nortenhas: "Biras, biras, birinhas"; "Cantés!"; "Bô!"; "Adei", etc.;
. expressões populares: "Ela acadima!"; "Não se atrigue..."; "impontar"; "pagar a décima"; etc.
- Níveis de língua: cuidado e corrente, exceto nos breves discursos das personagens, em que predomina o nível familiar e o nível popular.
- Uso de estrangeirismos com intenção crítica.
- Linguagem sentenciosa (aforismos), reflexiva, elíptica, recorrendo frequentemente ao polissíndeto.
- Linguagem também complexa e antitética adequada, especialmente, à natureza de Quina.
- Linguagem hipotética (discurso modalizante), de acordo com a personalidade de Quina, sempre hipotética (sibilina).
- Utilização frequente do discurso valorativo, pois, em toda a obra, há valores que se negam e outras que importa preservar e transmitir.
- Construção periodal estirada, complexa, muito hipotática ou subordinativa, ritmada na adjetivação e na seleção cuidada dos verbos, por vezes com recurso ao paralelismo anafórico.
- Uso do pretérito perfeito (narrativo), do pretérito imperfeito (descritivo), do conjuntivo (hipotético/modalizante), do pretérito mais-que-perfeito (traduz a mutação retrospetiva).
- Utilização da hipérbole, da ironia, da metáfora, da comparação, etc.
- A linguagem simbólica (herança do Simbolismo).

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