O estatuto do
narrador condiciona sempre a sua narração. Se a opção for por mostrar os
acontecimentos, os locais em que se dão e as personagens que os realizam,
teremos uma narrativa que privilegia as cenas; o leitor como que vê o que se
passa como num palco ou num filme. Se a opção for por contar, a sua voz, será
omnipotente e omnipresente, esperando que o leitor aceite a boa fé dessa voz,
que diz o que lhe apetece e quando lhe apetece. Só resta ao leitor aceitar ou
recusar, porque não vê.
Ora em A Sibila, o narrador
assemelha-se a um contador de histórias, privilegiando em absoluto o contar.
Daqui resulta o facto de se assistir a uma acumulação de episódios, digressões
sucessivas e a inexistência de uma intriga à maneira tradicional.segunda-feira, 19 de agosto de 2019
A opção do narrador de A Sibila
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
Sem comentários :
Enviar um comentário