1. Os
povos mais próximos de quem herdamos muito do que é o nosso modo de vida, a
cultura, a língua, etc., escreviam de forma bem diferente da que hoje usamos.
De
facto, os Gregos escreviam sem espaços entre as palavras, sem pontuação, sem
qualquer diferente entre minúsculas e maiúsculas, ou seja, dispunham as letras
ininterruptamente, umas atrás das outras:
HOJEÉSÁBADOEESTÁMUITOVENTOOCALORABRANDOUPORALGUNSDIASMASDEVEVOLTAREMFORÇANOSPRÓXIMOSDIAS
No entanto,
foi na Grécia Antiga que surgiram os primeiros sinais de pontuação que
conhecemos, porém não passaram de experiências pessoais, provavelmente para
facilitar o processo de leitura, que não vingaram na época e, portanto, não se
tornaram norma. Tanto quanto se sabe, o sistema mais importante e conhecido foi
o criado por Aristófanes de Bizâncio, um gramático, filólogo e bibliotecário
grego, nascido por volta de 257 a.C. e falecido por volta de 180 a.C.,
conhecido pelo seu trabalho na Biblioteca de Alexandria. Aristófanes foi um dos
primeiros estudiosos a realizar edições críticas de obras literárias,
especialmente de poetas como Homero, Hesíodo e os trágicos gregos. Além disso,
desenvolveu um sistema de acentuação e sinais diacríticos (como os
acentos agudo, grave e circunflexo) para o grego, ajudando os leitores a
pronunciar corretamente as palavras. Também introduziu sinais de pontuação
primitivos a apontar diferentes pausas nos textos para facilitar a leitura em
voz alta. Além disso, ajudou a organizar e categorizar obras literárias
na Biblioteca de Alexandria, separando-as por gêneros e autores. Esse trabalho
foi fundamental para preservar muitos textos antigos.
2. Os
Romanos atuaram de forma muito semelhante aos Gregos. Por exemplo, um
dos maiores escritores latinos – Cícero (106 – 43 a.C.) –, considerava