sábado, 2 de novembro de 2013
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Vírgula ,
A vírgula
usa-se para separar:
1. Elementos
coordenados numa enumeração que desempenham a mesma função sintática, quando
não são ligados por «e», «ou» ou «nem»:
a) Sujeito:
» A Maria, o João, o Ernesto e a Miquelina
foram à feira.
b) Complemento direto:
» O professor trouxe castanhas, um assador,
uma tenaz, uma caixa de fósforos e um fogareiro.
c) Predicativo do sujeito:
» O meu pai foi o meu herói, o meu guia, o meu farol, a minha referência.
2. Para separar, na mesma frase, mais de
dois elementos de uma enumeração, antes das conjunções «e», «ou» ou «nem» quando estas aparecem repetidas
numa enumeração:
» Nem tu, nem eu, nem a Maria, nem o João
iremos à visita de estudo.
» E sois feios, e porcos, e mal-educados, e
sujos…
Por vezes, a vírgula surge em frases
contendo apenas dois elementos coordenados pela conjunção «nem» quando se pretende realçar um dos elementos:
» Ninguém é feliz sozinho, nem mesmo na eternidade. (Miguel Torga, Bichos)
3. Para separar orações coordenadas
assindéticas (isto é, sem
conjunção expressa):
» Levantou-se, arrastou a perna pela sala,
debruçou-se sobre o parapeito, forçou os braços e saltou para o vazio.
4. Para separar orações coordenadas
sindéticas, exceto quando ligadas pelas conjunções «e» ou «ou»:
» O Antunes estudou imenso, mas o seu esforço
não foi premiado.
Estas
conjunções (adversativas, conclusivas e explicativas) e os advérbios e as
locuções adverbiais com valor conetivo:
i) São precedidos de vírgula no
início de uma oração:
» Brinque, porém não abuse.
» Estudou, portanto foi recompensado.
ii) São
seguidos de vírgula quando surgem no início da frase ou após um ponto e
vírgula:
» O João chegou; contudo, ninguém o foi
esperar ao aeroporto.
» Contudo, tu não estavas à minha espera.
iii) Colocam-se
entre vírgulas quando inseridos depois de um termo da frase a que pertencem:
» O João chegou, contudo, ninguém o foi
esperar ao aeroporto.
Note-se, porém,
que a conjunção «mas» pode não ser
antecedida de vírgula se o emissor não quiser quebrar a sequência da frase.
5. Para separar orações coordenadas
sindéticas, ligadas pela conjunção coordenativa copulativa «e»:
5.1. Quando os sujeitos destas orações são diferentes:
» Ouve-se um trovão ao longe, e um
cão desata a ladrar. (Mário Cláudio, Camilo Broca)
5.2. Quando as orações coordenadas por «e» se repetem:
» E quero que estudem, e trabalhem, e se
apliquem, e se esforcem…
5.3. Quando as orações coordenadas por «e» tem um valor de contraste, consequência,
surpresa:
» Adorei o teu texto, e por isso te elogio.
6. Para separar orações coordenadas pela
repetição das conjunções «ou» ou «nem»:
» O João não foi à viagem, ou porque não tinha
dinheiro, ou porque os pais não deixaram, ou porque adormeceu e não acordou a
tempo.
7. Para separar orações subordinadas
adverbiais, sobretudo quando colocadas antes
ou intercaladas na subordinante:
» O Manuel faltou à aula de Português, porque
não ouviu o despertador.
» Quando tu chegaste, eu já tinha adormecido.
» A Joana, mal chega a casa, faz os trabalhos
de casa.
» Silenciados os alunos, a aula começou.
8. Para separar uma oração intercalada:
» Estudaste, dizes tu, toda a noite.
» O cancro, disse o médico, entrou em
remissão.
9. Para separar a oração subordinada
adjetiva relativa explicativa:
» Teresa Guilherme, que se julga uma grande
apresentadora, soa a velha de soalheiro.
10. Para isolar o vocativo, quer ele
surja no início, no meio ou no final da frase:
» Maria, leva o livro à D. Lídia.
» Alunas como tu, Maria, são raras.
» Leva o livro à D. Lídia, Maria.
11. Para separar o modificador do grupo
verbal ou da frase, quando surgem no início ou no meio da frase:
» Naquele sábado, cometi um erro terrível.
» Hoje, poucos valorizam a escola.
» Irei, no próximo domingo, homenagear o meu
pai.
12. Para separar o modificador apositivo do
nome:
» D. Afonso Henriques, primeiro rei de
Portugal, era um doce de pessoa.
13. Para separar o nome do lugar na datação
de um texto:
» S. Domingos do Norte, 26 de outubro de 2013.
14. Para assinalar a elisão (omissão) de uma palavra ou expressão:
» O meu pai era alto; o teu, baixo.
15. Para separar, ou isolar, os conetores
discursivos:
» O teu texto, em suma, é muito fraquinho.
Alguns dos conetores que se isolam
através de vírgula são os seguintes:
a. aditivos ou sumativos: igualmente, além disso, ainda por cima, do
mesmo modo…;
b. de
síntese: em suma, em resumo, em
síntese, em poucas palavras…;
c. contrastivos
ou contra-argumentativos: porém,
todavia, contudo, em todo o caso, de qualquer modo, não obstante, sem embargo…;
d. conclusivos
e explicativos: por isso, por fim,
logo, portanto, por consequência, isto é, ou seja…
16. Para separar uma interjeição:
» Oh, que grande emoção!
17. Para separar os advérbios «sim» e «não», quando ocorrem com elementos enfáticos, ou, quando se
encontram no início de uma frase e retomam a anterior:
» Comprei o livro, sim, que eu gosto de ler.
» Ah, sim, foi essa chave que perdi.
18. Para separar um constituinte anteposto
ou topicalizado:
» Ser ou não ser, eis a questão.
» Desse calibre, já não há mais homens.
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Não se usa a vírgula nos seguintes casos:
a. Entre o sujeito e o verbo / predicado.
b. Entre o verbo e o complemento direto.
c. Entre o verbo e o complemento indireto.
d. Entre o verbo e o predicativo do sujeito.
e. Entre o complemento direto e o
predicativo do complemento direto.
Bibliografia:
- Dicionário
Terminológico;
- Gramática da Língua
Portuguesa;
- Gramática Prática de Português;
- Domínios.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Ponto de interrogação ?
O ponto de
interrogação usa-se:
1. No final de uma frase interrogativa direta:
-» Que horas são?
2. Para exprimir dúvida, acompanhado de
reticências:
-» Como se escreve “pafúncio”?... Com “c” ou “s”?...
3. Para exprimir surpresa, acompanhado do
ponto de exclamação:
-» Que linguagem é essa, meu menino?
Quando estes
dois sinais de pontuação surgem combinados, usa-se primeiro o que assinala a
entoação predominante: se for interrogativa, faz-se uso do ponto de
interrogação antes do de exclamação; se for exclamativa, procede-se de modo
inverso.
4. Quando a interrogação coincide com o
final do enunciado, a frase seguinte inicia-se por maiúscula:
-» ‑ Que horas são?
‑ São 16 e 20…
5. No entanto, quando a interrogação surge
no interior do enunciado, o uso da maiúscula na frase seguinte não é
obrigatório:
-» Em primeiro lugar porque estão sempre
vermelhos quando tenho pressa e verdes quando não tenho nenhuma, sem falar do
amarelo que provoca em mim uma indecisão horrível: travo ou acelero? travo ou
acelero? travo ou acelero? acelero, depois travo… (António Lobo Antunes, Livro de Crónicas)
Ponto e vírgula ;
O ponto e vírgula marca uma pausa mais longa que a vírgula e
mais breve que o ponto final.
Este
sinal de pontuação usa-se para:
1. Separar elementos de uma enumeração:
‑ Decorridos alguns dias, D. Rita disse ao marido
que tinha medo de ser devorada das ratazanas; que aquela casa era um covil de
feras; que os tetos estavam a desabar; que as paredes não resistiriam ao
inverno…” (Camilo Castelo Branco, Amor
de Perdição)
2. Separar diversos itens de textos
enumerativos (leis, regulamentos, etc.) e / ou uma sequência de alíneas:
‑ 1. Classe do pronome:
1.1. Pronome pessoal;
1.2. Pronome possessivo;
1.3. Pronome demonstrativo;
1.4. Pronome interrogativo.
‑ O aluno tem os seguintes deveres:
a) Ser assíduo;
b) Ser pontual;
c) Transportar consigo o material pedagógico
indispensável;
d) Respeitar os demais elementos da
comunidade escolar;
e) Zelar pelo bom estado e conservação do
material escolar.
3. Separar orações que já se encontram
subdivididas por vírgula dentro do mesmo período:
‑ À direita do palco, Quim Barreiros conversa
com Ágata; ao centro, Rui Veloso sorri para a foto de António Variações; ao
fundo, Lena d’Água cumprimenta Tony Carreira e os filhos…
4. Separar frases ligadas por advérbios
conetivos ou locuções adverbiais conetivas dentro do mesmo período:
‑ Sentei-me à secretária; primeiramente abri o
computador; de seguida, vi o correio; finalmente completei o relatório.
(Zacarias Nascimento, Domínios).
‑ Paulo Fonseca era teimoso, negava a
cuspidela de Josué; todavia, acabou por render-se perante as imagens televisivas…
Dois pontos :
Os dois
pontos
assinalam uma suspensão na entoação de uma frase inacabada
Este
sinal de pontuação usa-se para:
1. Introduzir
a fala de uma personagem / o discurso direto:
» E o pequeno, mais dormente, lá ia murmurando:
‑ Três. Mundo. Diabo e Carne. (Eça de Queirós, Os Maias)
2. Introduzir
uma enumeração:
‑ A minha sogra foi à feira e comprou uma
tonelada de produtos: arroz, açúcar, batatas, feijões, cebolas, melancias,
castanhas…
3. Introduzir uma citação:
‑ Fernando Pessoa escreveu o seguinte verso: “O
poeta é um fingidor.”.
4. Introduzir uma explicação:
‑ Eu não estava a perceber, mas o professor
explicou-me: o verso significa que o poeta é um criador, um transformador da realidade
através da palavra.
5. Introduzir uma explicação apresentada
por termos, abreviados ou não:
‑ Nota:
‑ Exemplo:
‑ Ex.:
6. Introduzir o conteúdo da mensagem, a
seguir ao vocativo com que o emissor
do texto (carta, por exemplo) se dirige ao seu destinatário:
‑ Caro professor:
Peço-lhe, antecipadamente, desculpa pelo atraso da resposta…
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Ponto (final) .
O ponto
usa-se para:
1.º) Assinalar o final de
uma frase declarativa:
‑ Amei loucamente a Cláudia, mas esse amor
chegou ao fim numa tarde de sábado.
2.º) Assinalar o final de uma frase imperativa:
‑ Dá-me esse livro.
3.º) Assinalar uma abreviatura:
‑ Ex.ª
‑ Exa.
‑ Sr.
‑ Sr.ª
‑ Dr.
‑ Dr.ª
Neste
caso, o ponto pode vir seguido de outro sinal de pontuação, se a frase / o
texto assim o exigir:
‑ Sr., posso servir o jantar? (neste caso,
o ponto da abreviatura vem seguido de vírgula que delimita o vocativo).
4.º) Identificar os capítulos e subcapítulos de um texto, à direita
de um número árabe:
‑ 1.
1.1.
5.º) Assinalar o final de um parágrafo, quando se finaliza uma
ideia e se passa para outra.
Pontuação
1. Definição
A pontuação
é o conjunto de sinais gráficos que servem para organizar as frases e os
textos, de modo a facilitar a sua leitura e compreensão.
2. Funções
A
pontuação possui três funções:
a. Função prosódica: os sinais de pontuação marcam a
entoação, o ritmo e as pausas.
b. Função sintática: os sinais
de pontuação permitem organizar e delimitar a(s) frase(s) e separar palavras ou
constituintes.
c. Função semântica: os sinais
de pontuação fornecem informação relativa ao tipo, à modalidade de frase:
‑ O nosso amor acabou!!! (expressão de uma emoção)
‑ O nosso amor acabou? (dúvida / possibilidade / admiração)
‑ O nosso amor acabou. (certeza)
Bibliografia:
- Dicionário
Terminológico;
- Domínios,
Zacarias Nascimento et alii
sábado, 26 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
'Dogmas do Desastre do Ensino'
Dogmas do Desastre do Ensino
Por GABRIEL MITHÁ RIBEIRO
Terça-feira, 30 de dezembro de 2003
O estado desastroso do nosso ensino básico e secundário só
poderá ser invertido na medida em que formos capazes de desmontar o discurso
pseudo-científico das pedagogias/ciências de educação. É preciso descodificar
na linguagem comum do bom-senso, de preferência de forma simples e objectiva,
aqueles que parecem ser os mandamentos que nas últimas décadas nos têm
conduzido à escola medíocre que hoje temos. Esses princípios serão referidos
como dogmas porque têm sido apresentados como verdades divinamente reveladas
mas, na prática, não são mais do que manifestações de um pensamento totalitário
que condena à partida outros caminhos. É isso que tem desprezado, oprimido e
frustrado os professores, prejudicando alunos e pais, pondo desse modo em causa
o nosso projecto de sociedade.
Dogma 1: “O ensino centrado no aluno” – irracional! Este
dogma tem sido a nossa caixa de Pandora. Por que não centrar o ensino no
conhecimento, a verdadeira razão de ser da escola, como tenho insistido?
Dogma 2: “O professor concebido enquanto animador de
auto-aprendizagens dos alunos” – errado! O professor só o é se for um bom
transmissor de conhecimentos. Isso é do mais elementar bom-senso.
Dogma 3: “As aulas expositivas são erradas” – falso. Não é
assim que, com o tempo, os professores vão ganhando o dom da palavra, por si só
sedutor, desenvolvem um saber racional e logicamente estruturado e a sala de
aula passará a ser um espaço de silêncio, da imprescindível tranquilidade do
saber? Desde que se inventou a escola, quantos milhões e milhões de seres
humanos não aprenderam e não aprendem por esse método?
Dogma 4: “As interações humanas são sempre positivas, logo
a escola não necessita de regular comportamentos, sendo a autoridade
dispensável ou secundária” – falta de senso! Tanto aprendemos, no convívio com
os outros, atitudes positivas (respeito, amizade, trabalho, rigor, disciplina,
etc.) como negativas (má educação, insolência, preguiça, agressividade,
delinquência, etc.), logo a escola deve regular comportamentos referenciados à
moral social e que assumam carácter impositivo, em contracorrente com a actual
permissividade.
Dogma 5: “É preciso diversificar a avaliação, se possível
evitando a classificação quantificada e recusando os exames no básico” –
irresponsável! Essa não é a fórmula perfeita para, por um lado, desvalorizar a
escrita, a leitura e o cálculo, por outro lado, escamotear a verdade sobre o
trabalho efetivo levado a cabo por professores e alunos e, por outro lado
ainda, não impede que se corrijam desvios desde o 1.º ciclo do básico?
Dogma 6: “No ensino básico a avaliação tem de ter por
referência os níveis de 1 a 5″ – mentiroso! Esse sistema de
avaliação/classificação, germinado na conjuntura revolucionária dos anos
setenta, tem permitido todo o tipo de manipulações dentro e fora da escola e
falseia grosseiramente os resultados escolares dos alunos. Só quem nunca esteve
em reuniões de avaliação é que não se apercebe dos “milagres” em catadupa que
aí se produzem transformando o 2 (da reprovação) em 3 (do sucesso), sem que nada
de sólido o justifique, a não ser o sempre disponível “discurso do coitadinho”.
Haveria nas avaliações tanta injustiça, tanto facilitismo, tanta promoção do
demérito se as notas fossem de 0 a 20 valores?
Dogma 7: “Os encarregados de educação são elementos
decisivos no processo educativo dentro da escola” – demagogia barata! Quanto
mais dentro da escola e da sala de aula estiverem os encarregados de educação,
mais se enfraquece o corpo docente. Já somos suficientemente crescidos para
saber que os bons pais se fazem em casa, educando os filhos e trabalhando com
eles os assuntos escolares. A confusão entre a escola e essa coisa vaga que é
“a sociedade” tem conduzido à perda da dignidade da escola. Ela tem, como
sempre teve, na sua artificial (mas necessária) autonomia – construída em torno
da leitura, da escrita, do cálculo e dos “agentes de dentro” – a condição sine
qua non do seu sucesso.
Dogma 8: “As sensibilidades e opiniões dos professores são
veiculadas pelos sindicatos, cientistas da educação e ministério da educação” –
o tapete que esconde o lixo! Algum professor se sente representado por um
sistema cujos representantes são o seu cancro? De onde viriam as depressões, as
frustrações, os sentimentos de opressão se os que há décadas falam em nome de
terceiros estivessem certos e ligados à realidade? Alguma das reformas a que
temos assistido conseguiu penetrar na consciência dos professores e na
intimidade da sala de aula, onde tudo se decide e onde tudo pode ser pervertido?
Dogma 9: “As escolas são instituições democráticas, às vezes
até com ‘democracia a mais’” – no mínimo, perverso! Na maior parte dos casos,
sobretudo quando as situações são mais melindrosas, exigindo que se enfrentem,
sem rodeios, alunos e pais, quantos professores se sentem verdadeiramente
protegidos e dignificados por aqueles que elegeram? Não seria vantajoso impor
um limite de mandatos aos órgãos de gestão das escolas de modo a garantir uma
mais efectiva participação e representatividade dos professores, impedindo ao
mesmo tempo que aqueles que têm mais peso na definição das políticas de cada
escola e, por inerência do sistema de ensino, se afastassem e cortassem, muitas
vezes em definitivo, com a sala de aula? Não era a forma de travar certos
caciquismos dentro das escolas, alguns deles cristalizados há mais de uma
década? Em vez de os enfrentar e resolver, eles vão aprendendo a conviver
placidamente com os problemas.
Dogma 10: “As dificuldades do ensino e mesmo o mau ensino
são espelho da sociedade que temos e, portanto, uma fatalidade” – a desculpa da
incapacidade e da incompetência! Essa não é a fórmula-chave que usam os que se
querem perpetuar nos seus cargos e universos mentais, mesmo que estejamos a um
passo do abismo?
Nota final / Advertência: Não há reforma nenhuma sustentável
se os professores não exigirem de si próprios algo. Seria demagógico pensar que
tudo mudaria para melhor apenas mudando o que existe, isto é, abandonando a
“pedagogice”. É preciso dar outro e decisivo passo: que os professores invistam
no conhecimento científico ou académico da área em que se formaram. Esse tem de
ser um compromisso não só do professor, mas da pessoa pela vida fora. O que se
exige é que ele seja racionalmente direcionado para a Literatura e Língua
Portuguesas, para as Línguas Estrangeiras, para a História, Filosofia,
Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia, Informática, Artes, Educação
Física, Educação Musical e outros domínios do saber. O bom professor é o que
domina o conhecimento e, no estado atual, além disso é recomendável que deite
para o lixo a pedagogia hoje dominante.
Professor do ensino secundário, autor do livro A Pedagogia
da Avestruz (Ed. Gradiva)
terça-feira, 15 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Mithá Ribeiro: uma entrevista polémica
Professor de História defende o silêncio de volta às escolas. É autoritário e não se importa que os alunos não gostem dele. Basta gostarem das aulas.
Licenciado em História e especializado em estudos africanos, Gabriel Mithá Ribeiro gosta ainda de entrar em outras áreas como sociologia ou psicanálise para entender melhor o pensamento social.
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