quarta-feira, 10 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
'O olho do mundo'
O
quadro que escolhi para o meu trabalho, foi o quadro Specchio Falso, pintado
pelo autor René Magritte, no ano de 1928.Magritte nasceu em Lessines, Bélgica,
no dia 21 de Novembro de 1898, a sua esposa cometeu suicídio por afogamento Em
1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou
por dois anos. Foi durante esse período, que ele conheceu Georgette Berger, com
quem se casou em 1922. Trabalhou em uma fábrica de papel de Parede, e foi
designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la
Centaure, na capital belga, fez da pintura sua principal atividade. Nesse mesmo
ano, Magritte produziu sua primeira pintura surrealista Magritte morreu a 15 de
Agosto de 1967 (68 anos) em Bruxelas de câncer e foi enterrado no Cemitério
Schaarbeek, em Bruxelas.Os seus quadros mais conhecidos são: La trahison des
imagens, L'empire des lumiéres, Les fils de l'homme e Cici n'est pas un pomme.
No
quadro em primeiro plano esta representado um olho humano "gigante” com as
cores azul e branco a sobreporem-se, em primeiro plano também esta representada
a pálpebra do olho em tons de castanho. No interior do olho este representado o
céu, e as nuvens, que tem como objectivo simbolizar um olhar mais atento sobre o
mundo em geral, ou seja, uma outra perspectiva do mundo, também faz parecer com
que o mundo pareça um lugar magico, calmo, sossegado, bonito, o paraíso, onde
todos os seres humanos e animais querem viver. O céu esta puro, ou seja, sem
nuvens sem poluição, isso também quer dizer que o mundo, o céu é puro, limpo,
sem nada a esconder. O facto de o céu ser azul representa simboliza a lealdade,
a fidelidade, a personalidade e subtiliza. Simboliza também o ideal e o sonho.A
parte de fora do olho que esta pintada a castanho tem como objectivo
representar a terra, em que todos nos vivemos, quer simbolizar a corda ta
Terra, que significa a maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda
associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade, ou seja, a
terra é como se fosse o lugar onde nós conseguimos alguma estabilidade, para a
nossa vida. O título do quadro significa o espelho falso, porque ? Pelo facto
de o mundo não ser tão bonito como parece no quadro, no quadro parece que o
mundo é belo, magnifico, calmo, e na realidade isso não é verdade.
Eu
escolhi este quadro pelo facto de apresentar uma perspectiva, embora seja
falsa, mas uma perspectiva que todos, nos gostávamos de ter em relação ao mundo
e de que fosse verdadeira. Outra das razões pelo facto de ter escolhido este
quadro, foi pela pintura em si, que é bonita, interessante, misteriosa. As
cores retratadas no quadro, têm significados que se adaptam bem ao que é a vida
real, como por exemplo a cor azul é a cor do espirito e do pensamento, que
simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza e também o
ideal e o sonho que o ser humano possui. Castanho simboliza a consciência,
responsabilidade, conforto, entre outros significados, isto é tudo o que a
Terra nos dá, e isso esta representado no quadro pela cor da pálpebra do olho.
Bibliografia:
. http://www.artgalleryabc.com/netx90.html;
. http://www.infopedia.pt/$rene-magritte;
. http://www.infoescola.com/biografias/rene-magritte/.
A.S.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Manuel
A primeira personagem a ocupar a cena é Manuel, apresentado na didascália que «informa» sobre as personagens da peça como «o mais consciente dos populares», isto é, o mais esclarecido, traço que é confirmado na cena inicial, onde surge só (monólogo - «única personagem intensamente iluminada, ao centro e à frente do palco»), facto que lhe confere uma importância superior relativamente aos demais populares. Aí, fica claro que a personagem está plenamente consciente da situação que a rodeia, caracterizada pela miséria, pelo medo, pela ignorância, pela repressão, pelo autoritarismo.
A nível económico-social, a sua indumentária denuncia, desde logo,a pobreza e a miséria, traços que são extensíveis ao resto da classe a que pertence: «Esta personagem está andrajosamente vestida». Por outro lado, a primeira fala, nomeadamente as interrogações, e as suas atitudes revelam a sua impotência para alterar a situação que vive, bem como desânimo e frustração, aliados a um certo conformismo e resignação, resultantes da incapacidade para alterar o status quo («Que posso eu fazer?»), elementos confirmados pela didascália situada na margem da página («A pergunta é acompanhada dum gesto que revela a impotência da personagem perante o problema em causa»). Este estado de espírito é confirmado pelas últimas palavras da personagem no seu monólogo («E enquanto eles andam para trás e para a frente, para a esquerda e para a direita, nós não passamos do mesmo sítio»), as quais esclarecem que o povo é incapaz de fazer algo de significativo para alterar a sua situação, que é imutável, como se pode verificar no início do ato II, paralelo ao do I, ao contrário da dos grupos sociais superiores, conforme é visível na afirmação atrás transcrita. E tudo isto se passa, não obstante a esperança inicial depositada no general Gomes Freire de Andrade.
Por outro lado, esta fala inicial de Manuel deixa transparecer a noção de uma sociedade profundamente hierarquizada, na qual o povo não tem voz e está sujeito a sucessivos governos e à dependência de outros povos, factos que só acentuam a sua impotência («Vê-se a gente livre dos Franceses, e zás! cai na mão dos Ingleses! E agora? Se acabarmos com os Ingleses, ficamos na mão dos reis do Rossio...»). Neste passo, pela boca da personagem, Sttau Monteiro denuncia o sacrifício do orgulho nacional, vítima das invasões francesas, da opressão dos militares ingleses, representados na peça por Beresford, e da ausência do rei e da corte no Brasil, fugidos precisamente em resultado daquelas. Neste passo, está igualmente resumida a situação histórico-política de Portugal no início do século XIX ao referir-se às invasões francesas e à derrota dos franceses, à intervenção dos ingleses e à governação do país por uma Junta de Regência.
Em suma, o monólogo inicial de Manuel é marcadamente crítico:
Manuel inicia o ato II, tal como o ato I, com novo monólogo caracterizado pela impotência, pelo desânimo, pelo abatimento e pela falta de esperança após a prisão do general, confirmando assim que ele / o povo não tem condições nem meios para confrontar o Poder e alterar a situação, ainda que a derradeira esperança acabara de ser enclausurada.
Por outro lado, Manuel volta a confirmar a sua lucidez e clarividência ao afirmar que tem consciência de que o poder militar, representado pelos tambores («Sempre que há uma esperança os tambores abafam-lhe a voz...»), e o poder religioso, representado pelos sinos («Sempre que alguém grita os sinos tocam a rebate...») controlam qualquer tentativa de revolta. O povo vive, pois, oprimido pela força militar e pelo clero que, invocando a necessidade de obediência ao poder divino, mantém a classe amedrontada.
De seguida, Manuel ensaia o desdobramento em duas personagens: o oprimido miserável que suplica uma esmola e o opressor, que humilha o primeiro com grande arrogância. Este facto acentua a ausência de liberdade, de dignidade humana, a opressão e a injustiça social, temas que perpassam a obra.
A nível económico-social, a sua indumentária denuncia, desde logo,a pobreza e a miséria, traços que são extensíveis ao resto da classe a que pertence: «Esta personagem está andrajosamente vestida». Por outro lado, a primeira fala, nomeadamente as interrogações, e as suas atitudes revelam a sua impotência para alterar a situação que vive, bem como desânimo e frustração, aliados a um certo conformismo e resignação, resultantes da incapacidade para alterar o status quo («Que posso eu fazer?»), elementos confirmados pela didascália situada na margem da página («A pergunta é acompanhada dum gesto que revela a impotência da personagem perante o problema em causa»). Este estado de espírito é confirmado pelas últimas palavras da personagem no seu monólogo («E enquanto eles andam para trás e para a frente, para a esquerda e para a direita, nós não passamos do mesmo sítio»), as quais esclarecem que o povo é incapaz de fazer algo de significativo para alterar a sua situação, que é imutável, como se pode verificar no início do ato II, paralelo ao do I, ao contrário da dos grupos sociais superiores, conforme é visível na afirmação atrás transcrita. E tudo isto se passa, não obstante a esperança inicial depositada no general Gomes Freire de Andrade.
Por outro lado, esta fala inicial de Manuel deixa transparecer a noção de uma sociedade profundamente hierarquizada, na qual o povo não tem voz e está sujeito a sucessivos governos e à dependência de outros povos, factos que só acentuam a sua impotência («Vê-se a gente livre dos Franceses, e zás! cai na mão dos Ingleses! E agora? Se acabarmos com os Ingleses, ficamos na mão dos reis do Rossio...»). Neste passo, pela boca da personagem, Sttau Monteiro denuncia o sacrifício do orgulho nacional, vítima das invasões francesas, da opressão dos militares ingleses, representados na peça por Beresford, e da ausência do rei e da corte no Brasil, fugidos precisamente em resultado daquelas. Neste passo, está igualmente resumida a situação histórico-política de Portugal no início do século XIX ao referir-se às invasões francesas e à derrota dos franceses, à intervenção dos ingleses e à governação do país por uma Junta de Regência.
Em suma, o monólogo inicial de Manuel é marcadamente crítico:
- traduz o desagrado popular perante o domínio / governo inglês do país;
- traduz o desagrado popular perante o regime absolutista (os «reis do Rossio»);
- denuncia a estagnação social das camadas da sociedade mais desprotegias e a incapacidade de evolução;
- revela a frustração, o desânimo e a impotência que dominam o povo.
Manuel inicia o ato II, tal como o ato I, com novo monólogo caracterizado pela impotência, pelo desânimo, pelo abatimento e pela falta de esperança após a prisão do general, confirmando assim que ele / o povo não tem condições nem meios para confrontar o Poder e alterar a situação, ainda que a derradeira esperança acabara de ser enclausurada.
Por outro lado, Manuel volta a confirmar a sua lucidez e clarividência ao afirmar que tem consciência de que o poder militar, representado pelos tambores («Sempre que há uma esperança os tambores abafam-lhe a voz...»), e o poder religioso, representado pelos sinos («Sempre que alguém grita os sinos tocam a rebate...») controlam qualquer tentativa de revolta. O povo vive, pois, oprimido pela força militar e pelo clero que, invocando a necessidade de obediência ao poder divino, mantém a classe amedrontada.
De seguida, Manuel ensaia o desdobramento em duas personagens: o oprimido miserável que suplica uma esmola e o opressor, que humilha o primeiro com grande arrogância. Este facto acentua a ausência de liberdade, de dignidade humana, a opressão e a injustiça social, temas que perpassam a obra.
domingo, 7 de abril de 2013
Tipos de frase
Na
língua portuguesa, as frases, de acordo com a intenção comunicativa do falante,
podem ser classificadas em quatro tipos: declarativo,
interrogativo, exclamativo e imperativo.
1. Frase de tipo declarativo
A frase
declarativa é aquela através da qual o falante enuncia um pensamento, referencia um acontecimento,
faz uma asserção, uma afirmação / proposição (de polaridade positiva ou negativa) acerca de uma situação
ou uma entidade do mundo real ou possível:
. Eu sou professor de
Português.
. O Benfica goleou o Rio Ave.
Surge
associada aos atos ilocutórios assertivos e declarativos.
No
registo oral, a frase declarativa é caraterizada por uma entoação ascendente no
seu início e descendente no final. No registo escrito, é assinalada,
habitualmente, com ponto final.
Diz-se
que a frase declarativa é não marcada
quando os elementos que a constituem obedecem à seguinte ordem: sujeito – verbo
– complementos:
. Vi o jogo do Benfica pela
televisão.
Diz-se
que é marcada quando não obedece
àquela ordem:
. O jogo do Benfica, vi-o na
televisão.
2. Frase de tipo interrogativo
A frase
interrogativa é aquela através da qual o falante formula uma pergunta ou um pedido, visando obter uma informação (1) ou conduzir a
uma ação (2):
(1) . Sabes
que horas são?
(2) . Passas-me
esse livro?
Surge
associada aos atos ilocutórios diretivos, visto que pretende obter uma resposta
(verbal ou não verbal) por parte do interlocutor, isto é, leva-o a agir.
Por
outro lado, a frase interrogativa pode ser direta ou indireta.
2.1. Frase interrogativa direta:
termina, na escrita, com ponto de interrogação; na oralidade, é caraterizada
por uma entoação ascendente.
. A que horas começa o baile?
2.2. Frase interrogativa indireta:
‑ corresponde a uma oração
subordinada substantiva completiva;
‑ termina, no registo escrito,
com ponto final;
‑ é
introduzida por verbos de inquirição como «perguntar», «questionar», «averiguar»,
«interrogar», «saber», «dizer», etc.;
‑ o verbo
de inquirição é, habitualmente, seguido da conjunção completiva “se”:
. Ele perguntou-lhe a que
horas começava o baile.
. Perguntou-lhe se sabia as
horas.
A frase
interrogativa pode ainda classificar-se como total ou parcial, de
acordo com a resposta que se pretende com a pergunta.
2.3. Frase interrogativa total:
‑ é aquela
em que o falante pretende obter uma resposta afirmativa ou negativa, isto é, de
tipo sim / não;
‑ não é introduzida por nenhum
elemento interrogativo;
‑ as respostas podem ser
constituídas apenas pelo verbo ou por advérbios;
‑ no registo oral, é marcada
por uma entoação ascendente:
. A Madalena canta mal, não
canta?
‑ Sim. OU
‑ Muitíssimo! OU
‑ Pessimamente!
2.4. Frase interrogativa parcial:
‑ a interrogação incide apenas
sobre um dos constituintes da frase;
‑ é iniciada
por um elemento interrogativo (pronome, determinante, quantificador ou advérbio
interrogativo);
‑ quando
iniciada por um elemento interrogativo, apresenta ordem derivada ou inversa
relativamente à ordem normal (S – V – C), podendo o elemento interrogativo
ocorrer em diferentes posições:
. Quem marcou os golos do
Benfica?
‑ O Cardozo e o Lima.
. Quantas namoradas tiveste
ao longo da vida?
‑ Perdi-lhe a conta.
. Onde viste o futebol?
‑ No café.
. Viste o futebol onde?
‑ No café.
. Que respondeste à segunda
pergunta do teste?
‑ Nada.
NOTA: Na segunda e na quinta frases, o
elemento interrogativo desempenha a função sintática de complemento direto.
3. Frase de tipo exclamativo
A frase
exclamativa é utilizada para exprimir emoções ou sentimentos, estados de
espírito ou opiniões (entusiasmo, alegria, surpresa, tristeza, euforia, angústia,
desespero, admiração, etc.).
Surge
associada aos atos ilocutórios expressivos.
No
registo escrito, termina por um ponto de exclamação, enquanto, na oralidade, é
caraterizada por uma entoação de intensidade prolongada que pode recair sobre
toda a frase ou apenas sobre um dos seus constituintes.
Pode
ser constituída por
. uma frase: És um anjo!
. uma expressão: Pobre de
mim!
. uma só palavra (interjeição ou onomatopeia): Bravo!; Pam!
À
semelhança da frase interrogativa, também a exclamativa pode ser classificada
em função do foco da exclamativa:
3.1. Frase exclamativa total: a exclamação incide sobre a
totalidade da frase:
. Cumpri sempre o meu dever!
3.2. Frase exclamativa parcial: a exclamação recai sobre um
dos elementos da frase:
. A tua namorada é liiiiiiiinda!
Por
outro lado, a frase exclamativa pode ser marcada de diversas formas:
1. Por elementos prosódicos:
‑ Sofia, és um amor!
‑ A paisagem duriense é fantástica!
2. Por expressões específicas:
i) Expressão «é que» ou semelhante:
‑ Tu é que és tonta!
ii) Anteposição de um constituinte:
‑ Que livro magnífico!
‑ Muitos golos marca o Messi!
‑ Linda figura fizeste no exame!
‑ Tanta gente desgraçada que eu fiz!
iii) Conjunção condicional «se», seguida de verbo no modo conjuntivo:
‑ Ainda se Miguel Relvas fosse inteligente!
iv) Advérbio «não» com valor expletivo, isto é, usado para reforçar
uma afirmação:
‑ Diz-me lá se o Relvas não fez um discurso patético!
v) Marcadores de quantidade ou grau:
‑ A Kim Basinger era tão sensual!
Frequentemente,
a frase exclamativa pode apresentar características sintáticas que, juntamente
com marcas prosódicas (como a intensidade), evidenciam algum constituinte da
frase:
. Inversão do sujeito: Que
bom é o pão que o Senhor nos dá!
. Expressões quantificadores no início da frase: Muitos livros lês tu!
4. Frase de tipo imperativo
A frase
imperativa é aquela através da qual o locutor expressa uma ordem, faz um pedido, dá
um conselho, faz uma proibição, uma proposta, uma sugestão.
Realiza
frequentemente atos ilocutórios diretivos.
Neste
tipo de frases, os verbos encontram-se, maioritariamente, nos modos imperativo
e conjuntivo, mas podem também surgir no modo indicativo e nas formas não
finitas (gerúndio, infinitivo e particípio passado):
‑ Fecha a janela, João!
‑ Limpem o chão, meninos!
‑ Calou!
‑ Andando!
‑ Calar!
‑ Calado!
No
registo escrito, a frase imperativa termina, normalmente, com ponto de
exclamação, enquanto, no registo oral, é caracterizada por uma entoação
descendente.
Além
disso, contrariamente aos demais tipos, a frase imperativa ocorre apenas na
forma ativa:
‑ Fecha a janela, João!
‑ Limpem o chão, meninos!
sexta-feira, 5 de abril de 2013
terça-feira, 2 de abril de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
As vantagens e desvantagens do 'Facebook'
«Isto do Facebook é uma coisa porreira ! Sobretudo para os que conseguem ter muitos Amigos "virtuais". Passo a explicar: imaginemos que um cidadão mediano, como eu, está a ficar com o automóvel nas lonas (é quase o caso). Chega aqui, e pergunta: "quem é que me arranja um automóvel por um preço gentil, capaz de levar a minha carcaça às compras, trazendo-a para casa sem dano?". E logo aparece um Amigo, consciente e consciencioso, a dizer: "Tenho eu um carrinho para si, por um preço simpático". Imaginemos que um pagador de impostos , como eu, deseja deslumbrar um Amigo com uma refeição "acima de qualquer suspeita". Chega aqui e pergunta: "Onde é que se come a melhor posta mirandesa"? E logo, logo, aparece uma Amiga e diz: " No Restaurante tal, com uma óptima relação preço-qualidade". Imaginemos que um votante, chega aqui e pergunta: "Onde é que se arranja um Presidente da República que, finalmente, não nos envergonhe continuamente?". Bom, aí faz-se um longo, longo, longo silêncio e as respostas que chegam são todas reticentes, ratadas, cheias de hiatos. Conclusão: é muito mais fácil comprar um automóvel e comer uma sensacional posta mirandesa do que arranjar um PR que se cheire. Como diria La Palisse, né?»
Professor Amadeu Homem
quinta-feira, 28 de março de 2013
Semana Académica - Viseu 2013 - Cartaz
O analfabetismo funcional de um «dux veteranorum» e não só
O exercício é simples: enumerar os erros de português que se podem encontrar nos escritos (?) dos dois representantes do ensino superior viseense: o presidente da Direção da Federação Académica e o «Dux Veteranorum».
O exercício será realizado na caixa de comentários deste «post» e a data de conclusão do mesmo será o dia 5 de abril, pelas 23 horas e 59 minutos.
Para não cansar ninguém neste início de período, ainda no rescaldo da «viagem das nossas vidas», basta apontar cinco erritos.
ADENDA:
1.º) A ideia é que apontem o erro em concreto e que depois o corrijam.
2.º) As respostas serão, entretanto, «escondidas», para evitar a «colagem». Quando o exercício estiver completo, voltarão a aparecer.
Para não cansar ninguém neste início de período, ainda no rescaldo da «viagem das nossas vidas», basta apontar cinco erritos.
ADENDA:
1.º) A ideia é que apontem o erro em concreto e que depois o corrijam.
2.º) As respostas serão, entretanto, «escondidas», para evitar a «colagem». Quando o exercício estiver completo, voltarão a aparecer.
"Portugal em queda"
«Habituados como estamos às más notícias já nem reagimos quando surge mais uma. A notícia vinda das Nações Unidas devia ter provocado ondas de choque, mas deixou-nos indiferentes. No relatório que acaba de ser publicado, baseado em dados de 2012, Portugal caiu dois lugares no Índice de Desenvolvimento Humano, estando agora na modesta 43.ª posição, na cauda da primeira liga e quase a ser despromovido para a segunda. Essa queda soma-se às quedas dos anos anteriores: no relatório de 2011 tínhamos caído um lugar e no de 2010 tínhamos caído seis lugares. Já basta de tanto cair!
O referido índice classifica os países com base não apenas na riqueza, medida pelo PIB, mas também na saúde, medida pela esperança média de vida, e na educação, medida pelo número de anos na escola. Se o PIB português está dolorosamente a cair (segundo os cálculos das Nações Unidas, está a descer desde 2007, estando hoje abaixo do valor de 2000), o progresso na longevidade é apenas ligeiro (actualmente a esperança média de vida é de 79,7 anos) enquanto na escolaridade há estagnação (nuns confrangedores 7,7 anos de escolaridade média na população adulta). No global, e devido ao declínio económico, o nosso índice está desde o início desta década praticamente imóvel após décadas de crescimento. E, em contraste connosco, a maior parte dos países estão a desenvolver-se, alguns ultrapassando-nos. O relatório chama precisamente a atenção para a acentuada subida de numerosos países, principalmente do hemisfério sul. Em todo o mundo, os “campeões” da descida, em valor absoluto, são a Grécia e a Líbia, com Portugal logo a seguir, com quedas semelhantes às de Chipre, Barbados, Zimbabwe e Madagáscar. Repito para que conste: à escala planetária, em 186 países há apenas sete nações a descer e a portuguesa é uma delas.
Quem são os responsáveis? A principal culpa é, obviamente, dos maus governos que temos tido. Os professores Daron Acemoglu e James Robinson, do MIT e de Harvard respectivamente, no seu livro “Porque Falham as Nações” (Temas e Debates, 2013) informam-nos, com abundantes e eloquentes exemplos, que a falta de prosperidade dos países não tem a ver nem com a geografia nem com a cultura, mas sim com o funcionamento das instituições políticas. Os nossos “anos perdidos” no passado recente não eram uma fatalidade, atribuível à nossa situação no mundo ou à nossa particular tradição, mas sim uma consequência dos nossos erros políticos e económicos. Acrescem, claro, os erros alheios, pois a Europa não está bem: vão longe as expectativas de crescimento da Estratégia de Lisboa no ano 2000.
Os governos que elegemos nos últimos anos têm rostos. Independentemente das responsabilidades que não são poucas dos governos anteriores (António Guterres já assumiu uma quota parte), elas são de José Sócrates, que governou de 2005 a 2011, e de Pedro Passos Coelho, que governa desde 2011. O primeiro – os números não enganam – governou mal e o segundo – os números voltam a não enganar - está a governar mal. Não interessam nesta altura a não ser ao próprio as justificações de Sócrates em penosas prédicas televisivas. Ele já foi afastado por eleições de um modo claro. Uma vez que o governo anterior já foi mudado, resta-nos mudar o actual governo. As próximas eleições autárquicas vão ter uma leitura política nacional, ao revelar nas urnas a grande angústia das pessoas. E, como Passos Coelho já afirmou querer que se “lixem as eleições”, será provavelmente feita a sua vontade nas legislativas de 2015, que ele com grande antecedência já vê perdidas.
Poderá Passos Coelho fazer alguma coisa para evitar a sua queda, que decorre da queda do país? Sim, pode ainda mudar alguns dos seus ministros e secretários de estado. Não podendo alterar a troika externa, que nos manieta a todos, pode mexer nessa troikainterna que o assessora, formada pelo inefável Miguel Relvas, pelo desacreditado Vítor Gaspar e pelo desorientado Carlos Moedas. Sendo Passos Coelho político desde que nasceu, deveria saber que está a ser arrastado para mais fundo pelos seus colaboradores mais próximos. Neste momento, os seus eleitores não estão com ele, o seu partido dificilmente está com ele (é público e notório que os “barões” não estão, multiplicando-se em comentários televisivos) e o seu parceiro de coligação só finge que está com ele (Paulo Portas, matreiro, deixa que os outros digam o que ele pensa).
E a oposição? Que diz António José Seguro? Se não há confiança no governo, menos há na oposição. O líder da oposição vê o país em queda, vê o governo em queda e nada mais lhe ocorre do que esperar que um e outro caiam mais. Não oferece solução nenhuma. Eleições agora para quê? Não esqueçamos, como mostram os dados das Nações Unidas, que a queda do país não é de hoje e que o maior partido da oposição é co-responsável por ela.»
Prof. Carlos Fiolhais, in Público de 27 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Da inteligência
Inteligências há poucas.
Quase sempre as violências
nascem das cabeças ocas
por medo às inteligências.
António Aleixo
Quase sempre as violências
nascem das cabeças ocas
por medo às inteligências.
António Aleixo
"O problema do X"
"A língua? O que o Estado não destrói (ver acordo ortográfico, s.f.f.), o povo massacra. Não bastavam os rústicos que usam a palavra «empoderamento» sem se rir, os burgessos que começam as frases com «Dizer que...» e os tradicionais e encantadores parolos do «fizestes», «gostastes» e «soubestes» na segunda pessoa do singular.
Singulares como somos, agora inventamos uma praga fresquinha, a qual consiste em substituir o «s» pelo «x» no início de certos vocábulos. Se não repararam, liguem o televisor e reparem. De repente, inúmeros portugueses passaram a comer a xopa, a ir ao xentro, a frequentar Xerralves, a ver xéries, a dormir xonecas, a lamentar a xituação, a ter xintomas e a aproveitar os xábados para se xentarem num xítio simpático a xaborerar um xyrah com queijo da xerra.
Não se trata de uma adaptação manca do ancestral chotaque das Beiras, que sempre teria a atenuante etnológica: é uma afectação nova em folha cujo carácter epidemiológico ignora regiões e acomete o País de norte a sul. De onde, ou melhor, de quem provém? Não se sabe. Nunca se sabe, e eis a vantagem do AO, cujos criadores são patetas, mas patetas identificados, enquanto os delinquentes que minam a língua sob anonimato andam para aí à xolta e a xorrir com xarcasmo."
Não se trata de uma adaptação manca do ancestral chotaque das Beiras, que sempre teria a atenuante etnológica: é uma afectação nova em folha cujo carácter epidemiológico ignora regiões e acomete o País de norte a sul. De onde, ou melhor, de quem provém? Não se sabe. Nunca se sabe, e eis a vantagem do AO, cujos criadores são patetas, mas patetas identificados, enquanto os delinquentes que minam a língua sob anonimato andam para aí à xolta e a xorrir com xarcasmo."
Alberto Gonçalves, Sábado de 21 a 27 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
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