quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Errata - 1.º teste escrito
Diz o povo que a mesma água não passa duas vezes sob a mesma ponte.
É angustiante para um professor constatar a falsidade de tal afirmação quando é confrontado, após anos a batalhar, com a permanência dos mesmos erros, das mesmas falhas, tradutoras de uma estagnação da aprendizagem, quando não de uma involução.
Pela enésima vez, destacamos aqui alguns dos erros que teimam em brotar na escrita...
1.º) "A interrogação «Que faço eu no mundo?», leva-nos...". → O sujeito não se separa, por qualquer sinal de pontuação, do verbo / do predicado: "A interrogação «Que faço eu no mundo» leva-nos...".
2.º) "Ele questiona o motivo da sua existência porque ele se sente infeliz. Ele considera que não está a fazer nada no mundo..." (e por aí fora). → Deve evitar-se a repetição da mesma palavra ou expressão no texto (excepto quando essa repetição é intencional, para enfatizar algo): "Ele questiona o motivo da sua existência porque [omissão do sujeito - alguém se recorda da elipse?] se sente infeliz e considera que não está a fazer nada no mundo..." (notar também que há formas mais adequadas para transmitir a ideia de «não estar a fazer nada no mundo»).
3.º) "A interrogação leva-nos a pensar que o autor quando escreveu o poema encontrava-se um pouco confuso...». → Deixemos de lado a referência incorrecta ao «poeta» (em vez de «eu», «sujeito poético»...), à escrita do poema e a anteposição do pronome relativamente ao verbo («se encontrava») e centromo-nos no seguinte: as orações intercaladas numa frase complexa isolam-se com o recurso à vírgula: «A interrogação leva-nos a pensar que o poeta, quando escreveu o poema, se encontrava um pouco confuso...».
4.º) "No entanto, vemos que este pensamento lhe traz dor, «Nada que a noite acalme ou levante a aurora», e por mais que...". → Como fazer transcrições textuais?
Hipótese A: "No entanto, vemos que este pensamento lhe traz dor: «Nada que a noite acalme ou levante a aurora...» (v. 5)."
É angustiante para um professor constatar a falsidade de tal afirmação quando é confrontado, após anos a batalhar, com a permanência dos mesmos erros, das mesmas falhas, tradutoras de uma estagnação da aprendizagem, quando não de uma involução.
Pela enésima vez, destacamos aqui alguns dos erros que teimam em brotar na escrita...
1.º) "A interrogação «Que faço eu no mundo?», leva-nos...". → O sujeito não se separa, por qualquer sinal de pontuação, do verbo / do predicado: "A interrogação «Que faço eu no mundo» leva-nos...".
2.º) "Ele questiona o motivo da sua existência porque ele se sente infeliz. Ele considera que não está a fazer nada no mundo..." (e por aí fora). → Deve evitar-se a repetição da mesma palavra ou expressão no texto (excepto quando essa repetição é intencional, para enfatizar algo): "Ele questiona o motivo da sua existência porque [omissão do sujeito - alguém se recorda da elipse?] se sente infeliz e considera que não está a fazer nada no mundo..." (notar também que há formas mais adequadas para transmitir a ideia de «não estar a fazer nada no mundo»).
3.º) "A interrogação leva-nos a pensar que o autor quando escreveu o poema encontrava-se um pouco confuso...». → Deixemos de lado a referência incorrecta ao «poeta» (em vez de «eu», «sujeito poético»...), à escrita do poema e a anteposição do pronome relativamente ao verbo («se encontrava») e centromo-nos no seguinte: as orações intercaladas numa frase complexa isolam-se com o recurso à vírgula: «A interrogação leva-nos a pensar que o poeta, quando escreveu o poema, se encontrava um pouco confuso...».
4.º) "No entanto, vemos que este pensamento lhe traz dor, «Nada que a noite acalme ou levante a aurora», e por mais que...". → Como fazer transcrições textuais?
Hipótese A: "No entanto, vemos que este pensamento lhe traz dor: «Nada que a noite acalme ou levante a aurora...» (v. 5)."
Hipótese B: "No entanto. vemos que este pensamento lhe traz dor (»Nada que a noite acalme ou levante a aurora...» - v. 5)."
5.º) A confusão entre autor e eu / sujeito poético: o autor escreveu o texto; a entidade intrínseca ao poema é designada por «eu», «sujeito poético», «sujeito lírico»...
6.º) Concordância do verbo com o sujeito: "Duas das razões que provocam um sentimento de «horror» ao sujeito poético é, por um lado, o facto...". → O verbo concorda em número com o sujeito: "Duas das razões que provocam um sentimento de «horror» ao sujeito poético são, por um lado, o facto...".
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Correcção (1.º teste)
05/11/2010
GRUPO I
TEXTO A
1. No texto, estão referidos dois momentos temporais. Um deles diz respeito ao presente, representado pela madrugada, descrita em termos muito negativos e angustiantes para o sujeito poético: "Agora / Raia do fundo / Do horizonte, encoberta e fria, a manhã." (vv. 1-3). O outro momento remete para um passado recente, concretamente a noite, vista como um tempo longo, de insónia e de arrastamento ("Em toda a noite o sono não veio." - v. 1).
2. A interrogação referida produz diversos sentidos. Por um lado, acentua o estado de agitação interior do sujeito poético, agravado pela noite de vigílai, de insónia. Por outro lado, remete para um dos temas centrais do poema: o autoquestionamento do «eu» sobre a sua existência e o seu lugar no mundo. Neste sentido, a interrogação enfatiza o desespero e a angústia do sujeito poético face a essas realidades.
3. Os versos 14 e 15 representam a «noite» como o lugar de onde nasce a «manhã» ou, de forma mais precisa, esta surge como uma realidade gerada naquela e que, saindo lentamente de dentro dela, a anula ("Nem o símbolo ao menos vale, a significação / Da manhã..." - vv. 13-14).
4. O horror referido pelo sujeito poético no verso 8 justifica-se por diversas razões. Desde logo, resulta da noção de que cada dia nada de novo lhe traz, o que gera a permanência do seu estado de alma profundamente negativo, marcado pela dor, pela angústia, pela decepção ("... o mesmo dia do fim / Do mundo e da dor..." - vv. 9-10). Por outro lado, o sujeito poético mostra-se cansado da sua espera em vão ("... tantas vezes ter sempre 'sperado em vão" - v. 17), o que provoca a sua desistência de qualquer tipo de esperança ("Para quem (...) Já nada 'spera..." - vv. 16 e 18). Além disso, o sujeito poético está consciente da indiferenciação do tempo, resultante da repetição incessante dos dias sempre iguais ("Um dia igual aos outros, da eterna família / De serem assim..." - vv. 11-12).
1.1. d)
1.2. c)
1.3. a)
1.4. c)
2.
1 - g
2 - e
3 - a
4 - c
1.
a) complemento oblíquo
b) complemento indirecto e complemento directo
c) modificador
2.
a) sujeito nulo subentendido
b) sujeito nulo indeterminado
c) sujeito nulo expletivo
d) sujeito simples
3.
Grupos nominais:
. O teste deste período inicial
. este período inicial
. este período
. uma prova muito simples
. uma prova
Grupo verbal:
. é uma prova muito simples
Grupos adjectivais:
. inicial
. muito simples
Grupo preposicional:
. deste período inicial
2. A interrogação referida produz diversos sentidos. Por um lado, acentua o estado de agitação interior do sujeito poético, agravado pela noite de vigílai, de insónia. Por outro lado, remete para um dos temas centrais do poema: o autoquestionamento do «eu» sobre a sua existência e o seu lugar no mundo. Neste sentido, a interrogação enfatiza o desespero e a angústia do sujeito poético face a essas realidades.
3. Os versos 14 e 15 representam a «noite» como o lugar de onde nasce a «manhã» ou, de forma mais precisa, esta surge como uma realidade gerada naquela e que, saindo lentamente de dentro dela, a anula ("Nem o símbolo ao menos vale, a significação / Da manhã..." - vv. 13-14).
4. O horror referido pelo sujeito poético no verso 8 justifica-se por diversas razões. Desde logo, resulta da noção de que cada dia nada de novo lhe traz, o que gera a permanência do seu estado de alma profundamente negativo, marcado pela dor, pela angústia, pela decepção ("... o mesmo dia do fim / Do mundo e da dor..." - vv. 9-10). Por outro lado, o sujeito poético mostra-se cansado da sua espera em vão ("... tantas vezes ter sempre 'sperado em vão" - v. 17), o que provoca a sua desistência de qualquer tipo de esperança ("Para quem (...) Já nada 'spera..." - vv. 16 e 18). Além disso, o sujeito poético está consciente da indiferenciação do tempo, resultante da repetição incessante dos dias sempre iguais ("Um dia igual aos outros, da eterna família / De serem assim..." - vv. 11-12).
TEXTO B
1.1. d)
1.2. c)
1.3. a)
1.4. c)
2.
1 - g
2 - e
3 - a
4 - c
GRUPO II
1.
a) complemento oblíquo
b) complemento indirecto e complemento directo
c) modificador
2.
a) sujeito nulo subentendido
b) sujeito nulo indeterminado
c) sujeito nulo expletivo
d) sujeito simples
3.
Grupos nominais:
. O teste deste período inicial
. este período inicial
. este período
. uma prova muito simples
. uma prova
Grupo verbal:
. é uma prova muito simples
Grupos adjectivais:
. inicial
. muito simples
Grupo preposicional:
. deste período inicial
domingo, 14 de novembro de 2010
"Se depois de eu morrer"
Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.
Este poema (que não foi objecto de análise na sala de aula) pertence ao conjunto denominado Poemas Inconjuntos (o nome traduz o carácter desgarrado e sem fio condutor das composições que constituem a obra) e viu a luz do dia em 8 de Novembro de 1915.
O sujeito poético começa por se referir à sua biografia, afirmando que a sua via possui somente duas datas: a do nascimento e a da morte. Todos os restantes dias são seus. Quer isto significar que apenas aquelas datas pertencem ao exterior, ao mundo que o rodeia: a do nascimento porque não o podia evitar; a da morte porque também esta constituirá uma data alheia que ele não pode controlar, à semelhança do nascimento. As restantes datas, os restantes dias pertencem-lhe por exclusivo e não fazem parte de qualquer biografia tradicional, pois a sua existência nada teve de comum, em nada se pareceu com a de um homem com uma vida normal.
Na segunda estrofe, declara-se «fácil de definir». E concretiza a ideia proclamando que viu «como um danado» (comparação), assumindo-se mais uma vez como o poeta do olhar, das sensações visuais, que predominam sobre todas as outras («Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.» - verso 9), um observador da realidade, em suma. Além disso, não amou com sentimento, nem se deixou contaminar por grandes ambições ou sonhos grandiosos. Por outro lado, compreendeu a realidade das coisas e a diferença que existe entre elas, numa enorme diversidade, sem ligação entre si, ou seja, sem lhes atribuir um significado. Ou seja, o sujeito poético compreende com os olhos (com os sentidos), não com o pensamento. Isto impediu que ele tivesse uma vida semelhante à dos restantes, pois ele limitou-se a contemplar a realidade exterior, sem lhe atribuir outro significado que não o que lhe chagava através dos olhos.
A estrofe final expressa o modo como desejaria que a morte chegasse, isto é, como o sono de uma criança (comparação e metáfora). Estes recursos estilísticos representam a posição que o sujeito poético (Alberto Caeiro) assume face à vida: deseja ser possuidor da inocência de uma criança, para quem o mundo constitui uma permanente descoberta que a fascina. Atente-se na forma como ele expressa a ideia de morte: através do eufemismo «sono» que um dia lhe «deu» e marcou o seu fim, serena e tranquilamente, como uma criança que se entrega ao seu sono quotidiano.
E o poema finaliza com uma afirmação categórica - «Além disso, fui o único poeta da Natureza.» -, reveladora de um certo orgulho, vaidade e quase displicência.
O sujeito poético começa por se referir à sua biografia, afirmando que a sua via possui somente duas datas: a do nascimento e a da morte. Todos os restantes dias são seus. Quer isto significar que apenas aquelas datas pertencem ao exterior, ao mundo que o rodeia: a do nascimento porque não o podia evitar; a da morte porque também esta constituirá uma data alheia que ele não pode controlar, à semelhança do nascimento. As restantes datas, os restantes dias pertencem-lhe por exclusivo e não fazem parte de qualquer biografia tradicional, pois a sua existência nada teve de comum, em nada se pareceu com a de um homem com uma vida normal.
Na segunda estrofe, declara-se «fácil de definir». E concretiza a ideia proclamando que viu «como um danado» (comparação), assumindo-se mais uma vez como o poeta do olhar, das sensações visuais, que predominam sobre todas as outras («Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.» - verso 9), um observador da realidade, em suma. Além disso, não amou com sentimento, nem se deixou contaminar por grandes ambições ou sonhos grandiosos. Por outro lado, compreendeu a realidade das coisas e a diferença que existe entre elas, numa enorme diversidade, sem ligação entre si, ou seja, sem lhes atribuir um significado. Ou seja, o sujeito poético compreende com os olhos (com os sentidos), não com o pensamento. Isto impediu que ele tivesse uma vida semelhante à dos restantes, pois ele limitou-se a contemplar a realidade exterior, sem lhe atribuir outro significado que não o que lhe chagava através dos olhos.
A estrofe final expressa o modo como desejaria que a morte chegasse, isto é, como o sono de uma criança (comparação e metáfora). Estes recursos estilísticos representam a posição que o sujeito poético (Alberto Caeiro) assume face à vida: deseja ser possuidor da inocência de uma criança, para quem o mundo constitui uma permanente descoberta que a fascina. Atente-se na forma como ele expressa a ideia de morte: através do eufemismo «sono» que um dia lhe «deu» e marcou o seu fim, serena e tranquilamente, como uma criança que se entrega ao seu sono quotidiano.
E o poema finaliza com uma afirmação categórica - «Além disso, fui o único poeta da Natureza.» -, reveladora de um certo orgulho, vaidade e quase displicência.
Poema XXVIII ("O Guardador de Rebanhos")
Neste poema, constituído por sete estrofes (três tercetos, dois dísticos, uma sétima e uma sextilha) de versos brancos e métrica irregular, o sujeito poético refere a sua reacção a uma leitura que efectuou. De facto, após ter lido «quase duas páginas / Do livro dum poeta místico» (note-se, desde já, a expressividade do vocábulo «quase» e o numeral «duas», que remetem para a dificuldade que teve em ler aquele livro), patenteia uma atitude simultânea de riso e de choro (comparação antítética «E ri como quem tem chorado muito.»). Estes estados de alma opostos encontram justificação no facto de o sujeito, perante o que acaba de ler, não saber se deve rir ou chorar face ao conteúdo da obra. No fundo, a sua dúvida oscila entre saber se o seu autor - um poeta místico - é merecedor da sua troça ou da sua piedade.
Na segunda estrofe, apelida os poetas místicos de filósofos doentes e estes de homens doidos, o que remete para a noção de que o pensamento é uma doença. Essas afirmações são justificadas no terceto seguinte, por isso ela é iniciada pela conjunção subordinativa causal «porque», que assume um valor explicativo em relação ao conteúdo da estrofe anterior. O riso do sujeito poético é justificado, afinal, pelo facto de os poetas místicos atribuem sentimentos às flores, almas às pedras e testemunham êxtases dos rios ao luar. Para ele, isso é impensável, pois as pedras são apenas pedras, as flores apenas flores e os rios não têm alma nem êxtases ao luar. Os elementos da Natureza não são mais do que aquilo que os sentidos apreendem.
O sujeito poético crê que a realidade que lhe é transmitida pelos sentidos é a única verdade e que a Natureza (representada pelo vento, pelas pedras, pelas flores e pelos rios) é somente aquilo que vemos, sem segundos sentidos ou intervenção do pensamento. Tudo o mais é «mentira», que reside em nós, e essa mentira é o pensamento, é o ver nas «coisas» algo mais do aquilo que os sentidos nos transmitem.
A finalizar, o «eu» poético exprime o seu contentamento por não ver na Natureza algo para além do que os olhos lhe mostram («... compreendo a Natureza por fora...»), por não ser, portanto, como os poetas místicos, que a procuram compreender «por dentro». Este posicionamento reflecte-se na sua poesia que, de tão espontânea, se aproxima da prosa («... escrevo a prosa dos meus versos...».
Na segunda estrofe, apelida os poetas místicos de filósofos doentes e estes de homens doidos, o que remete para a noção de que o pensamento é uma doença. Essas afirmações são justificadas no terceto seguinte, por isso ela é iniciada pela conjunção subordinativa causal «porque», que assume um valor explicativo em relação ao conteúdo da estrofe anterior. O riso do sujeito poético é justificado, afinal, pelo facto de os poetas místicos atribuem sentimentos às flores, almas às pedras e testemunham êxtases dos rios ao luar. Para ele, isso é impensável, pois as pedras são apenas pedras, as flores apenas flores e os rios não têm alma nem êxtases ao luar. Os elementos da Natureza não são mais do que aquilo que os sentidos apreendem.
O sujeito poético crê que a realidade que lhe é transmitida pelos sentidos é a única verdade e que a Natureza (representada pelo vento, pelas pedras, pelas flores e pelos rios) é somente aquilo que vemos, sem segundos sentidos ou intervenção do pensamento. Tudo o mais é «mentira», que reside em nós, e essa mentira é o pensamento, é o ver nas «coisas» algo mais do aquilo que os sentidos nos transmitem.
A finalizar, o «eu» poético exprime o seu contentamento por não ver na Natureza algo para além do que os olhos lhe mostram («... compreendo a Natureza por fora...»), por não ser, portanto, como os poetas místicos, que a procuram compreender «por dentro». Este posicionamento reflecte-se na sua poesia que, de tão espontânea, se aproxima da prosa («... escrevo a prosa dos meus versos...».
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Poema IX ("Sou um guardador de rebanhos")
O poema, constituído (no manual!) por três estrofes (duas sextilhas e um dístico) de versos brancos e métrica irregular, apresenta-nos um sujeito poético que se assume, metaforicamente, como um pastor.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Portugal: «Uma barraca com um submarino à porta e antena parabólica no tecto...»
Frei Fernando Ventura em entrevista a Ana Lourenço - SIC Notícias (02/10/2010)
Temas de Alberto Caeiro
. Objectivismo:
. Aceitação do real e da vida, sem problematizar a existência, contentando-se em «sentir» e em «ver».
. Defesa do natural, do espontâneo, do instintivo.
. Recusa do conceito de arte como algo difícil e artificial; defesa de um conceito de arte como um acto natural e quase involuntário: "Vou escrevendo os meus versos sem querer...".
. Procura de uma verdadeira identidade: "Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro, / Mas um animal humano que a Natureza produziu".
. Defesa da necessidade de uma nova aprendizagem que faça o sujeito poético «desaprender» tudo quanto lhe foi convencionalmente imposto: "Procuro despir-me do que aprendi, / Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram".
. Aceitação da ordem natural das coisas: "... a única casa artística é a Terra toda / Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma...".
. Desvalorização do tempo enquanto categoria conceptual: "Não quero incluir o tempo no meu esquema".
. Estoicismo: aceitação passiva de tudo - a vida humana deve ser encarada num plano de igualdade relativamente à vida de outros seres que existem no universo.
. Contradição entre a "teoria" e a "prática": estamos perante uma «máscara» que funciona como uma tentativa de superação de uma subjectividade angustiada que, à primeira vista, parece ter sido anulada (através do objectivismo, das sensações, da negação do pensamento e do misticismo), mas que prevalece e se vislumbra a cada passo. É a contradição entre a teoria e a prática que marca toda a poesia de Alberto Caeiro.
- apagamento do sujeito lírico;
- atitude antilírica;
- atenção à diversidade e à "eterna novidade do mundo";
- integração e comunhão com a Natureza - Caeiro é o poeta da Natureza;
- poeta deambulatório;
- concretização do abstracto: "Com um ruído de chocalhos / Para além da curva da estrada / Os meus pensamentos são contentes"; "Escrevo versos num papel que está no meu pensamento";
- predomínio do real objectivo e das sensações: a subjectividade e a intelectualização do sentir não fazem parte da ideologia de Caeiro;
- áurea mediania: elogio da vida campestre;
- aceitação do mundo tal qual ele é.
- Caeiro é o poeta das sensações tais como são;
- Caeiro é o poeta do olhar: a visão é um modo de conhecimento privilegiado, pois permite percepcionar a imensidão do mundo, superando a dimensão física limitada do poeta;
- predomínio das sensações visuais ("Vi como um danado") e auditivas;
- primado dos sentidos / das sensações sobre o pensamento - submissão do pensar ao sentir (o pensamento implica que se deturpe o significado das coisas que existem);
- a sensação é o único meio possível de conhecimento do mundo: "Sou o Descobridor da Natureza. / Sou o Argonauta das sensações verdadeiras. / Trago ao Universo um novo Universo / Porque trago ao Universo ele-próprio".
- negação / recusa da metafísica;
- recusa do pensamento ("Pensar é estar doente dos olhos"), do mistério e da reflexão como meio para atingir a calma, a paz e a felicidade.
- tudo é Deus, as coisas são divinas;
- identificação do poeta com a Natureza: "Mas sei que a verdade está nelas e em mim / E na nossa comum divindade";
- relação íntima e directa com a Natureza.
. Aceitação do real e da vida, sem problematizar a existência, contentando-se em «sentir» e em «ver».
. Defesa do natural, do espontâneo, do instintivo.
. Recusa do conceito de arte como algo difícil e artificial; defesa de um conceito de arte como um acto natural e quase involuntário: "Vou escrevendo os meus versos sem querer...".
. Procura de uma verdadeira identidade: "Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro, / Mas um animal humano que a Natureza produziu".
. Defesa da necessidade de uma nova aprendizagem que faça o sujeito poético «desaprender» tudo quanto lhe foi convencionalmente imposto: "Procuro despir-me do que aprendi, / Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram".
. Aceitação da ordem natural das coisas: "... a única casa artística é a Terra toda / Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma...".
. Desvalorização do tempo enquanto categoria conceptual: "Não quero incluir o tempo no meu esquema".
. Estoicismo: aceitação passiva de tudo - a vida humana deve ser encarada num plano de igualdade relativamente à vida de outros seres que existem no universo.
. Contradição entre a "teoria" e a "prática": estamos perante uma «máscara» que funciona como uma tentativa de superação de uma subjectividade angustiada que, à primeira vista, parece ter sido anulada (através do objectivismo, das sensações, da negação do pensamento e do misticismo), mas que prevalece e se vislumbra a cada passo. É a contradição entre a teoria e a prática que marca toda a poesia de Alberto Caeiro.
Caeiro, o «Mestre»
Quer Fernando Pessoa (o ortónimo) quer os restantes heterónimos consideram Alberto Caeiro o seu Mestre. Porquê?
Caeiro é, desde logo, o único que consegue atingir a paz, a tranquilidade e a serenidade ao recusar o pensamento e ao adoptar o sentir - "Eu não tenho filosofia, tenho sentidos." -, precisamente o oposto de Pessoa, que tudo racionalizava e era incapaz de sentir. Caeiro é, por conseguinte, aquilo que o ortónimo não consegue ser, isto é, alguém que não procura qualquer sentido para a vida ou para o universo, porque lhe basta aquilo que vê e sente em cada momento.
Na verdade, todos os «eus» poéticos pessoanos são atingidos, de uma forma ou de outra, pelo peso excessivo do pensamento, da razão, do racionalismo, causadores de dor e impeditivos da felicidade. Assim, Pessoa apresenta-se como incapaz de sentir; Ricardo Reis procura controlar as suas emoções através do uso da razão, para evitar a infelicidade; Álvaro de Campos, na sua fase abúlica, lamenta-se do seu vício de pensar («Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça!»). Pelo contrário, Alberto Caeiro encontra a felicidade ao recusar o pensamento e a existência de um lado abstracto / obscuro das coisas, defendendo a existência apenas do concreto, do objectivo: "Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, / Sei a verdade e sou feliz".
Sintetizando, Caeiro é considerado o Mestre em consequência dos seguintes princípios poéticos:
- Recusa do pensamento (que implica que se deturpe o significado das coisas que existem), da essência, acreditando o poeta apenas na aparência (captada pelos sentidos), eliminando assim a dor de pensar e alcançando a felicidade;
- Sensacionismo: Caeiro substitui o pensamento, que considera uma doença, pelas sensações que colhe no exterior objectivo, defendendo que nada existe para além do que é perceptível para o ser humano, para além do que é captado pelos sentidos;
- Aceitação serena do mundo e da realidade tal qual eles são: as coisas são o que são, resumem-se à sua aparência, não têm significados ocultos, e o poeta aceita-as como elas são, sem as questionar, sem as pensar, visto que, «pensar é não compreender» (pelo contrário, o ortónimo pensa, vê para além das aparências, considerando que aquilo que vê é apenas a exteriorização de outra coisa);
- Comunhão com a Natureza: o ser humano deve submeter-se às leis naturais e não deve racionalizar processos que existem naturalmente (por exemplo, as ideias de vida ou de morte, que existem enquanto verdades absolutas), daí a negação da existência de significados ocultos na Natureza;
- Olhar ingénuo sobre o mundo: aceitação das ideias de vida e de morte sem mistérios, depojadas de reflexão, de pensamento, de subjectividade;
- Neopaganismo: visão pagã da existência, resultante da comunhão com a Natureza, que passa pela descrença total na transcendência e pela opção pela sensação, considerada a única verdade;
- Irregularidade formal (verso livre, irregularidade métrica e estrófica), «seguida» por Álvaro de Campos.
Note-se, porém, que existe uma grande liberdade dos discípulos em relação ao seu Mestre. Por exemplo, Ricardo Reis é discípulo de Caeiro apenas em parte, visto que ama a Natureza e o viver lúdico da infância, mas não possui a calma e a placidez exibidas pelo Mestre diante da passagem / do fluir do tempo e da certeza da morte. Reis receia-a e angustia-se perante a sua mortalidade e a do ser humano em geral.
Por sua vez, Álvaro de Campos, apesar de amar e reverenciar Caeiro, "exaspera-se por não conseguir viver os seus ensinamentos". É o próprio Campos que afirma: «Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu».
Fernando Pessoa, por seu turno, é a antítese do Mestre, porque pensa e sofre em virtude dessa reacionalidade e da consciência. Ele que afirmou que cada um dos heterónimos constitui uma espécie de drama e que todos juntos constituem um outro drama, o que leva alguns estudiosos da obra pessoana a falar em Poetodrama relativamente à questão da heteronímia.
Em suma, Caeiro é o Mestre, mas quer o ortónimo quer os heterónimos seguiram o seu próprio caminho com plena liberdade.
Bibliografia:
. COELHO, Jacinto do Prado, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa;
. Colecção RESUMOS, Poemas de Fernando Pessoa;
. JACINTO; Conceição et alii, Análise de Poemas de Fernando Pessoa;
. MARTINS, Fernando Cabral (Coord.), Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português.
. MARTINS, Fernando Cabral (Coord.), Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português.
. MATOS, Maria Vitalina Leal, A Vivência do Tempo em Fernando Pessoa;
. SEABRA, José Augusto, Fernando Pessoa ou o Poetodrama;
. SENA, Jorge de, Fernando Pessoa & Companhia Heterónima.
. SENA, Jorge de, Fernando Pessoa & Companhia Heterónima.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
"Lost": «Moving on»
Depois do que acabou de suceder... Nobody dies alone...
Lost
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Matriz do teste (1.º - 2010-11)
Grupo I
Texto A
» Questionário sobre um texto de Fernando Pessoa.
Texto B
» Exercício de escolha múltipla sobre um texto informativo;
» Exercício de associação.
Grupo II
» Questões sobre gramática:
. grupos frásicos;
. funções sintácticos;
. tipos de sujeito.
Grupo III
»Texto de reflexão.
Texto A
» Questionário sobre um texto de Fernando Pessoa.
Texto B
» Exercício de escolha múltipla sobre um texto informativo;
» Exercício de associação.
Grupo II
» Questões sobre gramática:
. grupos frásicos;
. funções sintácticos;
. tipos de sujeito.
Grupo III
»Texto de reflexão.
Texto de reflexão: "A Natureza e a sua capacidade de renovação»
Plano da AI
Texto de reflexão / Dissertação I - Plano
1.
Tema: A Natureza e a sua capacidade de renovação.
Tese: No nosso mundo, a palavra “renovação” vai ser mais solicitada que o (este determinante dá uma ideia de familiaridade, quando estamos a falar de uma personalidade) Barack Obama. Esta frase funcionaria muito melhor como título do que como tese, que deve ser concreta e objectiva, aclarando desde logo a posição do autor do texto.
1.º Argumento: A lei de Lavoisier (“Nada se cria, tudo se transforma”), será a lei que melhor se aplica ou que explica melhor o que acontece na Natureza, pois a população só consegue mesmo transformá-la (confuso), desgastando-a e esgotando-a.
2.º Argumento: A sobre-exploração deste Planeta, ou seja, de toda a natureza pode pôr fim ao único conhecimento de vida, ao nosso Mundo. Hoje em dia, as acções do Homem tornam a natureza cada vez mais vulnerável e gasta. Maior objectividade: que acções?
3.º Argumento: Esta natureza, e tudo o que possa provir dela, não se transforma ao mesmo ritmo com que é usada e abusada, nem a sua transformação tem a mesma qualidade, por isso, esta pode mesmo findar.
4.º Argumento: Quando as transformações da população não conseguirem alcançar o mínimo do que se pode extrair da natureza, o Homem vai-se aperceber que não consegue sobreviver sem a mesma, pois sente-se insustentável. Nesse momento todos irão pedir, exigir e laborar a renovação da natureza que desperdiçaram abusivamente sem pensar no futuro, contudo vai ser tarde demais. - Confuso e incoerente / incompreensível.
1.º Exemplo: O António, que é um grande fumador, foi passear para o mato e, sem pensar, deitou o cigarro para o chão não pensando nas consequências. Assim, ocorreu um grande incêndio no concelho de Algures, pois esse mato estava deveras poluído. Os estragos foram enormes, todo o mato ardeu, ou seja, milhares de árvores queimadas, vários terrenos com gado ardidos… Enfim, toda a natureza que rodeava Algures foi mesmo destruída e quase esgotada.
2.º Exemplo: Várias sondagens feitas verificaram (será esta a forma verbal adequada?) que inúmeras famílias portuguesas compram coisas (que preposição rege o verbo «necessitar»? Ou seja, quem necessita, necessita de alguma coisa, certo?) que na realidade não necessitam, estragam e deitam fora coisas (esta palavra já se encontra na frase) que poderiam voltar a usar. A família Gomes admite que muitas das vezes sobre - exploram (esta «forma verbal» concorda em número com que sujeito?) a natureza comprando e desgastando materiais (que preposição rege o verbo «precisar»?) que não precisam. Assim estas famílias portuguesas não adoptam a política dos 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar) o que poderia ajudar tornando a natureza menos vulnerável e gasta. (algumas vírgulas faziam jeito nesta frase)
3.º Exemplo: As novas tecnologias tentam ressuscitar a natureza mas não o conseguem totalmente. A clonagem, as fito-hormonas que se utilizam para o surgimento e para o crescimento rápido e melhoramento do gado, das árvores, plantas, vegetais, frutas… não conseguem superar a qualidade vinda da própria natureza. O João quando vai às compras ao hipermercado (o que fazemos, em termos de pontuação, com as orações intercaladas?) fica desiludido com todos os alimentos, (aqui, necessitamos de um articulador do discurso ou de outro sinal de pontuação que não a vírgula) “Já não são tão saborosos como antigamente, já nada vem da terra… ou ao natural.”.
4.º Exemplo: O Dr. Hugo Machado, presidente da República do país Acolá, farto de ouvir queixas do seu povo, (o que faz aqui esta vírgula?) sobre a natureza e os produtos que provém (provém ou provêm?) dela, suplicou aos presidentes de todos os países que se unissem para que possam adquirir uma renovação da natureza (???). Todos concordaram, pois todos passavam pelo mesmo. Assim, concordaram que iriam renovar a natureza adoptando várias políticas para o menor desgaste e desperdício da mesma para que esta se volte a criar e não esgotar. - Que políticas?
Comentários:
1.º) Os exemplos deverão ser aplicados imediatamente após o(s) respectivo(s) argumento(s).
2.º) Os exemplos não são mini-textos, ou seja, devem ser apresentados de forma sumária ou topical.
3.º) Qual era o tema propostos? Qual a ligação do plano com a acção humana e as formas de renovação da Natureza?
4.º) Reformular é preciso.
Texto de reflexão / Dissertação I - Plano
1.
Tema: A Natureza e a sua capacidade de renovação.
Tese: No nosso mundo, a palavra “renovação” vai ser mais solicitada que o (este determinante dá uma ideia de familiaridade, quando estamos a falar de uma personalidade) Barack Obama. Esta frase funcionaria muito melhor como título do que como tese, que deve ser concreta e objectiva, aclarando desde logo a posição do autor do texto.
1.º Argumento: A lei de Lavoisier (“Nada se cria, tudo se transforma”), será a lei que melhor se aplica ou que explica melhor o que acontece na Natureza, pois a população só consegue mesmo transformá-la (confuso), desgastando-a e esgotando-a.
2.º Argumento: A sobre-exploração deste Planeta, ou seja, de toda a natureza pode pôr fim ao único conhecimento de vida, ao nosso Mundo. Hoje em dia, as acções do Homem tornam a natureza cada vez mais vulnerável e gasta. Maior objectividade: que acções?
3.º Argumento: Esta natureza, e tudo o que possa provir dela, não se transforma ao mesmo ritmo com que é usada e abusada, nem a sua transformação tem a mesma qualidade, por isso, esta pode mesmo findar.
4.º Argumento: Quando as transformações da população não conseguirem alcançar o mínimo do que se pode extrair da natureza, o Homem vai-se aperceber que não consegue sobreviver sem a mesma, pois sente-se insustentável. Nesse momento todos irão pedir, exigir e laborar a renovação da natureza que desperdiçaram abusivamente sem pensar no futuro, contudo vai ser tarde demais. - Confuso e incoerente / incompreensível.
1.º Exemplo: O António, que é um grande fumador, foi passear para o mato e, sem pensar, deitou o cigarro para o chão não pensando nas consequências. Assim, ocorreu um grande incêndio no concelho de Algures, pois esse mato estava deveras poluído. Os estragos foram enormes, todo o mato ardeu, ou seja, milhares de árvores queimadas, vários terrenos com gado ardidos… Enfim, toda a natureza que rodeava Algures foi mesmo destruída e quase esgotada.
2.º Exemplo: Várias sondagens feitas verificaram (será esta a forma verbal adequada?) que inúmeras famílias portuguesas compram coisas (que preposição rege o verbo «necessitar»? Ou seja, quem necessita, necessita de alguma coisa, certo?) que na realidade não necessitam, estragam e deitam fora coisas (esta palavra já se encontra na frase) que poderiam voltar a usar. A família Gomes admite que muitas das vezes sobre - exploram (esta «forma verbal» concorda em número com que sujeito?) a natureza comprando e desgastando materiais (que preposição rege o verbo «precisar»?) que não precisam. Assim estas famílias portuguesas não adoptam a política dos 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar) o que poderia ajudar tornando a natureza menos vulnerável e gasta. (algumas vírgulas faziam jeito nesta frase)
3.º Exemplo: As novas tecnologias tentam ressuscitar a natureza mas não o conseguem totalmente. A clonagem, as fito-hormonas que se utilizam para o surgimento e para o crescimento rápido e melhoramento do gado, das árvores, plantas, vegetais, frutas… não conseguem superar a qualidade vinda da própria natureza. O João quando vai às compras ao hipermercado (o que fazemos, em termos de pontuação, com as orações intercaladas?) fica desiludido com todos os alimentos, (aqui, necessitamos de um articulador do discurso ou de outro sinal de pontuação que não a vírgula) “Já não são tão saborosos como antigamente, já nada vem da terra… ou ao natural.”.
4.º Exemplo: O Dr. Hugo Machado, presidente da República do país Acolá, farto de ouvir queixas do seu povo, (o que faz aqui esta vírgula?) sobre a natureza e os produtos que provém (provém ou provêm?) dela, suplicou aos presidentes de todos os países que se unissem para que possam adquirir uma renovação da natureza (???). Todos concordaram, pois todos passavam pelo mesmo. Assim, concordaram que iriam renovar a natureza adoptando várias políticas para o menor desgaste e desperdício da mesma para que esta se volte a criar e não esgotar. - Que políticas?
Comentários:
1.º) Os exemplos deverão ser aplicados imediatamente após o(s) respectivo(s) argumento(s).
2.º) Os exemplos não são mini-textos, ou seja, devem ser apresentados de forma sumária ou topical.
3.º) Qual era o tema propostos? Qual a ligação do plano com a acção humana e as formas de renovação da Natureza?
4.º) Reformular é preciso.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Texto de reflexão: "A Natureza e a sua capacidade de renovação»
Plano da MM
Tese: Na Natureza nada se cria (???), esta sofre transformações. Porém, tratam-se (tratam-se? ou trata-se) de transformações lentas.
1º. (1.º) argumento: Segundo o ciclo da vida, comum a todos os seres vivos, um ser nasce, cresce, vive e, por fim, morre.
1º. exemplo: As plantas nascem, crescem gradualmente, vivem e ao fim de algum tempo morrem, crescendo entretanto outra (s).
2º. argumento: Tudo o que existe no nosso Planeta provém de matéria pré-existente.
2º. exemplo: O petróleo provém de restos fósseis que sofrem grandes transformações.
3º. argumento: A Terra é considerada um sistema quase fechado, ou seja, troca energia mas não materia (troca matéria, mas diminuta) com a vizinhança.
3º. exemplo: A matéria presente na superficie da Terra é finita.
4º. argumento: Há sobre-exploração e pouco cuidado com os recusrsos da Terra (poluição).
4º. exemplo: Desperdício de água potável e poluição desta.
Conclusão: A matéria da Terra não se cria, transforma-se. Porém, não se transforma ao mesmo ritmo com que é utilizada.
Comentários:
1.º) Ai os erros (pontuação, acentuação, ortografia...).
2.º) Qual é o tema proposto? Não haverá aí uma ligação a problemas ambientais derivados da acção humana?
3.º) Uma reformulação destes pontos é conveniente.
Tese: Na Natureza nada se cria (???), esta sofre transformações. Porém, tratam-se (tratam-se? ou trata-se) de transformações lentas.
1º. (1.º) argumento: Segundo o ciclo da vida, comum a todos os seres vivos, um ser nasce, cresce, vive e, por fim, morre.
1º. exemplo: As plantas nascem, crescem gradualmente, vivem e ao fim de algum tempo morrem, crescendo entretanto outra (s).
2º. argumento: Tudo o que existe no nosso Planeta provém de matéria pré-existente.
2º. exemplo: O petróleo provém de restos fósseis que sofrem grandes transformações.
3º. argumento: A Terra é considerada um sistema quase fechado, ou seja, troca energia mas não materia (troca matéria, mas diminuta) com a vizinhança.
3º. exemplo: A matéria presente na superficie da Terra é finita.
4º. argumento: Há sobre-exploração e pouco cuidado com os recusrsos da Terra (poluição).
4º. exemplo: Desperdício de água potável e poluição desta.
Conclusão: A matéria da Terra não se cria, transforma-se. Porém, não se transforma ao mesmo ritmo com que é utilizada.
Comentários:
1.º) Ai os erros (pontuação, acentuação, ortografia...).
2.º) Qual é o tema proposto? Não haverá aí uma ligação a problemas ambientais derivados da acção humana?
3.º) Uma reformulação destes pontos é conveniente.
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