Português

terça-feira, 25 de agosto de 2020

4. Período

     O período é cada uma das partes constituintes de um parágrafo. É formado por frases simples ou complexas, podendo ser delimitado por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências.
     O exemplo seguinte apresenta um parágrafo constituído por três períodos:
 

     Está-me a doer ter indicado um aluno, aí para trás, duas vezes pelo número. Justifica-se a coisa até certo ponto: não assinou o exercício e eu de momento não calculei quem fosse. Agora, por exclusão de partes, já sei que é o Jacob. (Diário, de Sebastião da Gama)

 

3. Parágrafo

      O parágrafo é um bloco de texto formado por uma ou mais frases, com sentido completo e unidade entre as várias partes que o constituem.
     O parágrafo implica uma mudança de linha, começando-se na linha seguinte, num alinhamento mais para a direita, e pode ser delimitado por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências.
     O parágrafo tem como função ser um guia visual da organização lógica do texto, facilitando a sua leitura e interpretação. Pode assinalar-se com o sinal §, quando se quer referir um parágrafo, numerando-o: § 1; § 3.

2. Margem

      A margem é o espaço em branco em volta da mancha escrita de uma página, variável segundo as finalidades do autor ou as normas instituídas, podendo ser superior, inferior e lateral, direita ou esquerda.

1. Espaço

      O espaço é o intervalo entre os parágrafos, as linhas, as palavras e as letras.

Configuração gráfica

      Configuração gráfica diz respeito aos processos gráficos através dos quais se concretiza a escrita de um texto.
     A configuração gráfica engloba tipos de letra, tamanhos do corpo (altura do desenho da letra), modo como as páginas são (parcialmente) preenchidas, espaços, margens, disposição dos parágrafos. Em certos casos, a configuração gráfica inclui também a organização (gráfica) dos capítulos, a divisão e numeração das secções, as convenções respeitantes à identificação e apresentação das notas de rodapé, etc.
     A configuração gráfica tem graus que vão da informalidade à formalidade. Esta, por sua vez, tem padrões diferentes consoante os contextos. Por exemplo, existem padrões para os textos de negócios, padrões para trabalhos científicos.
 
     Os processos são os seguintes:
1. Espaço;
2. Margem;
3. Parágrafo;
4. Período;
5. Alínea;
6. Formas de destaque:
6.1. No texto impresso:
1. Itálico;
2. Negrito.
6.2. No texto impresso ou manuscrito:
1. Sublinhado;
2. Subscrito;
3. Sobrescrito.
  
 
1. Espaço
 
     O espaço é o intervalo entre os parágrafos, as linhas, as palavras e as letras.
 
 
2. Margem
 
     A margem é o espaço em branco em volta da mancha escrita de uma página, variável segundo as finalidades do autor ou as normas instituídas, podendo ser superior, inferior e lateral, direita ou esquerda.
 
 
3. Parágrafo
 
     O parágrafo é um bloco de texto formado por uma ou mais frases, com sentido completo e unidade entre as várias partes que o constituem.
     O parágrafo implica uma mudança de linha, começando-se na linha seguinte, num alinhamento mais para a direita, e pode ser delimitado por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências.
     O parágrafo tem como função ser um guia visual da organização lógica do texto, facilitando a sua leitura e interpretação. Pode assinalar-se com o sinal §, quando se quer referir um parágrafo, numerando-o: § 1; § 3.
 
 
4. Período
 
     O período é cada uma das partes constituintes de um parágrafo. É formado por frases simples ou complexas, podendo ser delimitado por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências.
     O exemplo seguinte apresenta um parágrafo constituído por três períodos:
 
     Está-me a doer ter indicado um aluno, aí para trás, duas vezes pelo número. Justifica-se a coisa até certo ponto: não assinou o exercício e eu de momento não calculei quem fosse. Agora, por exclusão de partes, já sei que é o Jacob. (Diário, de Sebastião da Gama)
 
 
5. Alínea
 
     A alínea designa cada uma das subdivisões de um texto (como um decreto, um contrato, uma lei, um texto expositivo, etc.), indicada por uma sequência de letras (minúsculas) ou de números seguidos de parênteses:

a) …                      i) …                  1) …

b) …                      ii) …                 2) …

c) …                      iii) …                3) …

 
 
6. Formas de destaque
 
     As formas de destaque designam o conjunto de recursos da configuração textual utilizados para realçar uma palavra, uma frase, uma parte de um texto.
 
 
6.1. Formas de destaque no texto impresso

 

1. Itálico
 
     O itálico é um tipo de letra inclinada à direita.
     O itálico pode ser cursivo (o que imita a letra manuscrita) ou grifo (o que aumenta os espaços brancos entre as palavras e entre as letras).
     O itálico usa-se numa obra impressa para destacar textos introdutórios ou prefácios e dedicatórias. Utiliza-se também para assinalar os títulos de livros, jornais ou revistas. Serve ainda para destacar palavras estrangeiras (empréstimos) inseridas num texto.
 
2. Negrito
 
     O negrito é o tipo de letra mais negra e grossa que o comum.
     O negrito pode ter um uso semelhante ao do itálico, mas ambos devem ser utilizados com moderação, caso contrário perde-se o efeito de destaque que se pretendia.
 
 
6.2. Formas de destaque no texto impresso ou manuscrito
 
1. Sublinhado
 
     O sublinhado é uma forma de destaque de palavras, frases, expressões, números, etc., através de uma linha ou traço contínuo(a) sob o que se pretende realçar.
 
2. Subscrito
 
     O subscrito é um sinal (letra, algarismo, etc.) menor que os demais da sua fonte, que se escreve abaixo do alinhamento em curso, muito usado em fórmulas matemáticas e químicas.
Ex.: H2O
 A4
 
3. Sobrescrito
 
     O sobrescrito é um sinal (letra, algarismo, etc.) menor que os demais da sua fonte, que se escreve acima do alinhamento em curso, utilizado especialmente em abreviaturas ou como expoente matemático.
Ex.: Eng.ª / eng.ª

 Dr.ª / dr.ª

 Ex.ª / ex.ª

 Sr.ª / sr.ª
 x2
 10-9
 

Chaveta

 

Parênteses retos ou colchetes ( [ ] )

      Os parênteses retos usam-se para:
 
1. Indicar, com reticências incluídas, que, num texto citado, se suprimiu parte desse mesmo texto.
Ex.: “Era março e fazia inda frio. […] O pastor acendera uma fogueira.” (Novos Contos da Montanha, de Miguel Torga)
 
2. Introduzir, numa citação alheia, elementos subentendidos ou explicações, comentários ou observações próprias.
Ex.: Entre os muitos poemas escritos por Camões [o nosso maior poeta], destaca-se o soneto “Amor é fogo que arde sem se ver”.
 
3. Indicar a representação fonética de uma palavra ou fonemas de uma palavra.
Ex.: filho
 [fiʎu]
 

Parênteses curvos

      Os parênteses curvos ( () ) utilizam-se para:
 
1. Introduzir no texto informações acessórias (comentários, explicações, descrições, apartes, reações emocionais…) ou uma oração intercalada (para não quebrar a sequência da frase) – trata-se de um uso equivalente ao do travessão duplo.
Ex.: “Conseguia controlar a bola que me passavam (quando passavam) jogando em geral (quando deixavam) na ponta direita, por ser menino mais veloz.” (O Menino no Espelho, de Fernando Sabino)
 
2. Assinalar alíneas numa enumeração.
Ex.: 1 – Os apoios a conceder pelo Município, no âmbito dos setores do comércio e serviços, destinam-se à modernização e instalação de lojas de comércio e serviços no concelho de Sesimbra e consubstanciam-se nas seguintes modalidades:
a) Registo de marcas, patentes e logótipos;
b) Constituição de sociedades;
c) Publicidade fixa nos estabelecimentos;
d) Aquisição de equipamento mobiliário e informático;
e) Pintura e arranjo de fachadas exteriores de estabelecimentos;
f) Registo de domínios e portais de internet;
g) Participação em feiras e certames;
h) Ações de promoção e marketing.
 
3. Introduzir as didascálias nos textos dramáticos.
Ex.: D. MIGUEL (interrompendo com um gesto) – Este homem é seguro? (Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro)
 
4. Indicar, junto de uma palavra, as categorias de género e de número alternativos.
Ex.: Senhor(es), Doutor(es).
 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Asterisco

     O asterisco (*) (do grego asterískos = estrelinha) é um sinal auxiliar de escrita que se usa:
 
1. À direita de uma palavra, e sobrescrito, para assinalar uma nota de pé de página.
Ex.: Tornar o ambiente mais próprio ao investimento na investigação privada, às parcerias em matérias I&D* e ao lançamento de empresas no domínio das tecnologias de ponta.
*I&D = Investigação e Desenvolvimento
 
2. À esquerda de uma sequência de palavras, e sobrescrito, para assinalar uma construção agramatical.
Ex.: *Se a encontrarás, diz-lhe que a detesto.
 
3. À esquerda de uma palavra, para indicar uma origem etimológica reconstruída, isto é, não atestada:
Ex.: guerra < *werra [germânica]
 

sábado, 22 de agosto de 2020

Etimologia de «Mota»

      O apelido «Mota» está atestado desde o século XIV e terá origem no topónimo «Mota», o qual, por sua vez, constitui uma evolução do vocábulo de origem germânica «motta», que significa «monte de terra», «elevação natural ou artificial onde por vezes se construíam castelos».

     A Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira de Cultura confirma que se trata, egetivamente, de um apelido de origem portuguesa, acrescentando que o primeiro conhecido é Ruy Gomes de Gundar, "chamado o M[ota], por ter residência no solar da M[ota]", aparentemente situado nas margens do rio Ave, nas terras de Lanhoso.

As Misteriosas Cidades de Ouro - Episódio 22: "O Espelho da Lua"

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Regência do verbo "advertir"

       O verbo advertir seleciona sempre sujeito e pode selecionar diferentes complementos:
 
a) verbo intransitivo – seleciona apenas sujeito:
O Ernesto sabe advertir.
 
b) verbo transitivo-direto – seleciona sujeito e complemento direto:
O Ernesto advertiu a Miquelina.
 
c) verbo transitivo direto e indireto – seleciona sujeito, complemento direto e complemento oblíquo:
O Ernesto advertiu a Miquelina da sua decisão.
 
i) Quando o complemento oblíquo é realizado por um grupo nominal, este é introduzido pela preposição de:
O Eusébio advertiu a Ernestina da possibilidade de inundações.
Neste caso, a construção do verbo é equivalente a «advertir alguém de alguma coisa».
 
ii) Quando o complemento oblíquo é realizado por uma oração subordinada substantiva completiva:
▪ o uso da preposição de é opcional:
O Ernesto advertiu a Miquelina de que ia chegar mais tarde.
O Ernesto advertiu a Miquelina que ia chegar mais tarde.
▪ pode usar-se a preposição para:
O professor advertiu o António para que se portasse bem.
A Miquelina advertiu o Eusébio para não beber mais.
▪ pode usar-se a preposição a:
O advogado Aníbal Pinto advertiu o cliente Rui Pinto a apresentar queixa.
 

terça-feira, 18 de agosto de 2020

À última hora

      Qual é a expressão correta: à última hora ou à última da hora?

     A forma correta é à última hora. A expressão significa «no último momento», «quando se pensava já não ser possível», «no último instante possível» e foi adotada, inicialmente, pelos correios para designar um serviço de receção de objetos postais.

     No entanto, à última da hora está inscrita no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências. Nesta expressão, o adjetivo última é usado como nome, que habitualmente não é registado nos dicionários com este significado. Contudo, o nome última tem, nesta expressão, um significado que se aproxima do que é usado no nome plural últimas, utilizado em expressões como nas últimas ou às últimas. Nesta perspetiva, a locução à última da hora é parafraseável por nos últimos momentos da hora ou no limite da hora.

Meio cheia ou meia cheia

     Qual é a frase correta?
          a) A garrafa de vinho está meia cheia.
          b) A garrafa de vinho está meio cheia.

     A resposta é a opção b).

     A palavra meio é um advérbio, logo é invariável. Os advérbios são palavras que se ligam a verbos, adjetivos ou outros advérbios. Neste caso, o vocábulo meio liga-se (isto é, qualifica) ao adjetivo cheia.

     Por seu turno, cheia, enquanto adjetivo, qualifica um nome, neste caso garrafa.

As Misteriosas Cidades de Ouro - Episódio 21: "As Amazonas"

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