"Linda morena, mimosa", Maria Runa é uma fidalga filha do conde de Runa, doente e frágil.
Acompanha o marido, Afonso da Maia, no exílio, mas mostra-se sempre infeliz em Inglaterra, andando sistematicamente pensativa e triste, a tossir, a suspirar e calada, mostrando assim a sua nostalgia / saudade de Portugal.
De facto, "verdadeira lisboeta, pequenina e trigueira", Maria Runa é hostil a tudo o que tenha a ver com a Inglaterra, pelo que, durante o período em que lá vive, surge constantemente pensativa, melancólica e inativa. Definha gradualmente e entrega-se à religião de uma forma beata e incondicional. Nem a viagem a Roma e a proximidade do Papa diminuem as saudades do solo pátrio.
Odiando aquela terra de hereges, não consente que seu filho Pedro estude no colégio de Richmond, porque, segundo ela, aí não se ensinava o «seu catolicismo». Assim, convoca o padre Vasques, capelão de Runa, para educar o filho, que superprotege, facto que terá consequências nefastas para ele futuramente.
A última notícia que temos dela é proveniente do narrador, que nos informa que morreu "numa agonia terrível de devota".