32
sábado, 2 de janeiro de 2016
"A Thousand Years", Christina Perri
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Número de professores caiu três vezes mais do que o número de alunos
Quem está na escola já o sabe há muito tempo, mas o Tribunal de Contas veio torná-lo claro: entre os anos letivos 2010/11 e 2014/15, houve uma redução de professores de 23%, passando de 145 188 para 111 493, o que equivale a menos 33 695.
No mesmo período de tempo, o número de alunos decresceu cerca de 8%, num total de 108 932.
Por sua vez, entre 2009/10 e 2014/15, o número de escolas desceu de 8 351 para 5 838.
No mesmo período de tempo, o número de alunos decresceu cerca de 8%, num total de 108 932.
Por sua vez, entre 2009/10 e 2014/15, o número de escolas desceu de 8 351 para 5 838.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
domingo, 6 de dezembro de 2015
Seriam 88
Continuo a sentir tanto a tua falta!
domingo, 29 de novembro de 2015
Pronúncia correta de «acordos»
Qual é a pronúncia correta do plural de acordo?
Hipótese a: acórdos?
Hipótese b: acôrdos?
Este excerto do programa Cuidado com a Língua, da RTP, dá a resposta e explica porquê:
sábado, 28 de novembro de 2015
Número máximo de alunos por turma
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
A palavra «azulejo» - catacrese
Originalmente, azulejo designava os ladrilhos de cor azul.
Porém, com o tempo, a palavra perdeu a ideia de «azul» que lhe estava associada e passou a designar ladrilhos de qualquer cor: azulejos brancos, verdes, amarelos, etc.
Neste sentido, a palavra «azulejo» constitui um fenómeno de catacrese: determinadas palavras, como é o caso do termo em questão, perdem o seu sentido original.
Catacrese
Catacrese deriva do termo grego katákhresis, que significava uso ou emprego de palavras.
Catacrese é uma figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão com um significado diferente do original, que não descreve com exatidão o que se quer expressar, por falta de uma palavra apropriada ou que corresponda ao que se pretende nomear. Ou seja, as palavras são usadas no sentido figurado por falta de um termo específico ou por desconhecimento do mesmo.
A catacrese pode ocorrer também quando o termo específico de um conceito não é um termo utilizado comummente, sendo muito técnico ou formal.
Estamos, no fundo, perante uma metáfora de uso comum, já desgastada, corriqueira, viciada, ou estereotipada, que deixou de ser considerada como tal, tendo perdido a sua originalidade, uma vez que corresponde a uma necessidade de uso (porque é utilizada na ausência de outro termo específico) e não de expressividade, como a metáfora.
Trata-se da atribuição a uma palavra de um significado figurado, por falta de termo próprio, sentido esse que, no entanto, devido ao uso contínuo, deixou de ser percecionado.
Deste modo, as palavras ou expressões são usadas quotidianamente para facilitar o processo comunicativo. Os termos substitutos são estabelecidos por comparação, ocorrendo uma extensão de sentido a partir da semelhança entre os conceitos. Por vezes, são atribuídas características de seres vivos a seres inanimados ou a situações diversas.
Apesar de ser uma figura de linguagem, como se 'disse' no início, a catacrese pode ser usada para enriquecer um texto, porém o seu uso decorre essencialmente por necessidade de comunicação e menos por necessidade expressiva ou poética.
É considerada um tipo de metáfora que, estando já consolidada pelo uso entre os falantes da língua, perdeu a sua vertente poética e original, sendo considerada comum e estereotipada. É por causa desse uso frequente, especialmente na linguagem oral, que os falantes já não a percecionam enquanto recurso expressivo.
Exemplos:
- árvore genealógica
- asa da chávena
- barriga da perna
- boca do estômago
- boca do túnel
- braço da cadeira / poltrona
- braço de mar
- cabeça de alfinete
- cabeça do dedo
- cabeça do prego
- cabeça do samba
- céu da boca
- coroa do ananás
- cotovelo da estrada
- dente de alho
- dentes do serrote
- embarcar no avião
- fio de água / de azeite
- folha de papel
- maçãs do rosto
- pé da cama
- pé de laranjeira (etc.)
- pé da mesa
- pé da página
- pele do tomate
- raiz do problema
Exemplos desenvolvidos
a) "Um beijo seria uma borboleta afogada em mármore."
Este verso de Cecília Meireles associa um beijo a uma borboleta afogada em mármore, configurando uma construção (uma metáfora) original.
"O anúncio está no pé da página."
Neste caso, estabelece-se uma relação entre a expressão «pé da página» e a parte inferior desta, ou seja, associa-se o pé (parte inferior do corpo humano) à parte inferior da página. Só que esta metáfora já foi incorporada na língua e o seu uso corriqueiro fez com que perdesse o seu caráter original e inovador, tornando-se uma metáfora morta.
b) "Poderás depois voar terras distantes, rouxinol asas de vento."
Nesta frase, está presente uma metáfora, dado que há uma semelhança entre os termos «asas» e «vento», que são usados de forma expressiva e original.
"O pé da mesa."
Neste caso, embora pressuponham o mesmo metafórico, o vocábulo «pé» é usado fora do seu contexto próprio para suprir uma lacuna vocabular, isto é, na ausência de termo próprio.
c) "O toureiro enterrou a espada no dorso do touro."
O verbo «enterrar» significa «introduzir algo na terra" (in + terra). Na frase, por similaridade (processo metafórico), é usado para designar o ato de introduzir algo no corpo do animal. O que sucede é que esse sentido, de tão usado, se apagou da intuição do falante, isto é, de tão usual, desgastou-se. O mesmo sucede noutras expressões do género em que é usado, como «enterrar o dedo no bolo.».
d) Verbo «espalhar»
Originalmente, significava «separar palha», porém hoje usa-se com diversos significados:
- espalhar a brasa;
- espalhar o sal sobre a comida;
- espalhar dinheiro.
e) Verbo «embarcar»
Primitivamente, significava «entrar no barco», todavia hoje usa-se para designar a entrada num qualquer meio de transporte («embarcar no avião», etc.).
f) Verbo encaixar»
Na origem, significava «colocar numa caixa», no entanto atualmente significa colocar algo num espaço em que caiba perfeitamente.
A catacrese pode ocorrer também quando o termo específico de um conceito não é um termo utilizado comummente, sendo muito técnico ou formal.
Estamos, no fundo, perante uma metáfora de uso comum, já desgastada, corriqueira, viciada, ou estereotipada, que deixou de ser considerada como tal, tendo perdido a sua originalidade, uma vez que corresponde a uma necessidade de uso (porque é utilizada na ausência de outro termo específico) e não de expressividade, como a metáfora.
Trata-se da atribuição a uma palavra de um significado figurado, por falta de termo próprio, sentido esse que, no entanto, devido ao uso contínuo, deixou de ser percecionado.
Deste modo, as palavras ou expressões são usadas quotidianamente para facilitar o processo comunicativo. Os termos substitutos são estabelecidos por comparação, ocorrendo uma extensão de sentido a partir da semelhança entre os conceitos. Por vezes, são atribuídas características de seres vivos a seres inanimados ou a situações diversas.
Apesar de ser uma figura de linguagem, como se 'disse' no início, a catacrese pode ser usada para enriquecer um texto, porém o seu uso decorre essencialmente por necessidade de comunicação e menos por necessidade expressiva ou poética.
É considerada um tipo de metáfora que, estando já consolidada pelo uso entre os falantes da língua, perdeu a sua vertente poética e original, sendo considerada comum e estereotipada. É por causa desse uso frequente, especialmente na linguagem oral, que os falantes já não a percecionam enquanto recurso expressivo.
Exemplos:
- árvore genealógica
- asa da chávena
- barriga da perna
- boca do estômago
- boca do túnel
- braço da cadeira / poltrona
- braço de mar
- cabeça de alfinete
- cabeça do dedo
- cabeça do prego
- cabeça do samba
- céu da boca
- coroa do ananás
- cotovelo da estrada
- dente de alho
- dentes do serrote
- embarcar no avião
- fio de água / de azeite
- folha de papel
- maçãs do rosto
- pé da cama
- pé de laranjeira (etc.)
- pé da mesa
- pé da página
- pele do tomate
- raiz do problema
* * *
Exemplos desenvolvidos
a) "Um beijo seria uma borboleta afogada em mármore."
Este verso de Cecília Meireles associa um beijo a uma borboleta afogada em mármore, configurando uma construção (uma metáfora) original.
"O anúncio está no pé da página."
Neste caso, estabelece-se uma relação entre a expressão «pé da página» e a parte inferior desta, ou seja, associa-se o pé (parte inferior do corpo humano) à parte inferior da página. Só que esta metáfora já foi incorporada na língua e o seu uso corriqueiro fez com que perdesse o seu caráter original e inovador, tornando-se uma metáfora morta.
b) "Poderás depois voar terras distantes, rouxinol asas de vento."
Nesta frase, está presente uma metáfora, dado que há uma semelhança entre os termos «asas» e «vento», que são usados de forma expressiva e original.
"O pé da mesa."
Neste caso, embora pressuponham o mesmo metafórico, o vocábulo «pé» é usado fora do seu contexto próprio para suprir uma lacuna vocabular, isto é, na ausência de termo próprio.
c) "O toureiro enterrou a espada no dorso do touro."
O verbo «enterrar» significa «introduzir algo na terra" (in + terra). Na frase, por similaridade (processo metafórico), é usado para designar o ato de introduzir algo no corpo do animal. O que sucede é que esse sentido, de tão usado, se apagou da intuição do falante, isto é, de tão usual, desgastou-se. O mesmo sucede noutras expressões do género em que é usado, como «enterrar o dedo no bolo.».
d) Verbo «espalhar»
Originalmente, significava «separar palha», porém hoje usa-se com diversos significados:
- espalhar a brasa;
- espalhar o sal sobre a comida;
- espalhar dinheiro.
e) Verbo «embarcar»
Primitivamente, significava «entrar no barco», todavia hoje usa-se para designar a entrada num qualquer meio de transporte («embarcar no avião», etc.).
f) Verbo encaixar»
Na origem, significava «colocar numa caixa», no entanto atualmente significa colocar algo num espaço em que caiba perfeitamente.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Na aula (XXV): AVC ou ABC?
O texto, embora repleto de falhas e erros ortográficos de todo o tipo e feitio, até era 'interessante' no que diz respeito ao conteúdo.
A calinada em questão até estava rodeada de uma afirmação intensa de carinho e saudade, mas... não deixa de ser inexplicável numa aluna de 15 anos:
«Os médicos diziam que o coraçãozinho do meu querido avô estava muito fraco por isso faleceu tinha lhe dado um ABC...»
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Na aula (XXIV)
Sobre grávidas que o são... ou talvez não:
"O teixto suger para que todas as gravidas se tiverem gravidas...".
Enfim, haveria tanto por onde pegar...
Na aula (XXIII): renovação do léxico
ENFEZ
Quem adivinha o que a 'aluna' quis escrever?
Quem adivinha o que a 'aluna' quis escrever?
Subscrever:
Mensagens
(
Atom
)