O Sebastianismo, também designado mito sebástico ou mito do «Encoberto», é um mito messiânico cuja origem radica no desaparecimento do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir, a 4 de Agosto de 1578.
No entanto, o mito tem raízes mais profundas, desde as lendas arturianas até aos mitos peninsulares em torno da figura do Encubierto, passando pelas Trovas do Bandarra, profecias da autoria de Gonçalo Antes de Bandarra, um célebre sapateiro de Trancoso, anterior a D. Sebastião, posteriormente adaptadas à figura do rei.
2. A figura de D. Sebastião
D. Sebastião nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554 e era filho do príncipe D. João e de D. Joana de Áustria. Faleceu a 4 de Agosto de 1578 na batalha de Alcácer Quibir, no Norte de África. Foi o 16.º rei de Portugal, ficando conhecido para a posteridade pelo cognome de «O Desejado» pelas circunstâncias que rodearam a sua ascensão ao trono, o seu desaparecimento e as consequências que daí advieram.
D. Sebastião herdou o trono do avô, D. João III, em 1557, portanto com três anos de idade. Como era menor, sua avó, D. Catarina de Portugal, ficou no seu lugar enquanto regente do reino. Desde muito cedo, sentiu a necessidade de readquirir a glória recente do país e prosseguir a cruzada dos Descobrimentos e da expansão da fé cristã. Deste modo, quando atingiu os catorze anos, reorganizou o seu exército e preparou-se para a guerra no Norte de África.
Com o seu desaparecimento e a posterior anexação de Portugal pela Espanha, em 1580, dado o rei não ter deixado descendência que assegurasse a ocupação do trono,o país entra num dos períodos mais negros da sua história à espera de um messias, de um heróico rei salvador. Da relutância em acreditar que a pátria tinha ficado órfã e que, com a morte de D. Sebastião, a velha pátria morria também, nasce o mito do sebastianismo. Assim, este mito sustenta a esperança messiânica e a crença de um povo no regresso do rei desaparecido, que viria vencer a opressão, a tirania, a humilhação, o sofrimento e a miséria em que vivia, devolvendo ao país a glória e a honra passadas e entretanto perdidas.
3. O mito em Bandarra
António Gonçalo Anes, mais conhecido por Bandarra, foi um sapateiro e poeta nascido por volta de 1500 em Trancoso e falecido, provavelmente, em 1556.
A sua obra, de cariz messiânico, conhecida por Trovas ou Profecias de Bandarra, foi composta entre 1530 e 1540 e publicada apenas em 1603, em Paris, graças a D. João de Castro. Foi dedicada a D. João de Portugal, bispo da Guarda, mas nem este gesto evitou a perseguição de que foi alvo pelo Santo Ofício, tendo acabado por ser acusado de judaísmo (de facto, as Trovas parecem ter despertado grande interesse junto da comunidade de Cristãos-Novos), julgado e condenado. A sua condenação forçou-o a participar numa procissão de um auto-de-fé, a nunca mais interpretar a Bíblia ou a escrever sobre assuntos teológicos.
De acordo com alguns estudiosos da obra, as Trovas constituíram o ponto de partida para a criação do mito sebastianista. De facto, foram interpretadas, na época, como uma profecia do regresso de D. Sebastião, após o desastre de Alcácer Quibir. Ao longo dos séculos, foram sendo republicadas e acabaram por influenciar autores como o padre António Vieira e Fernando Pessoa.
Quando Bandarra foi interrogado pela Inquisição, afirmou que tinha lido a Bíblia e que determinadas passagens o tinham marcado, nomeadamente passagens dos livros de Daniel, Isaías, Jeremias e Esdras, nos quais é profetizada a vinda de um rei que traria, finalmente, a paz e a justiça a todos os povos da terra:
«Augurai, gentes vindouras,
Que o Rei que daqui há-de-ir,
Vos há-de tornar a vir
Passadas trinta tesouras.
Dará fruto em tudo santo,
Ninguém ousará negá-lo;
O choro será regalo
E será gostoso o pranto.»
Trovas do Bandarra (XI e XXXIV)
Entretanto, em Espanha, a partir de 1520 começaram a circular algumas profecias referentes a um suposto Messias, que foi logo baptizado de Encoberto, dado não se saber a sua identidade e origem.
Em Portugal, numa primeira fase, a figura do Messias foi associada à figura de D. Sebastião; posteriormente de D. João IV (1604-1656), D. João V (1689-1750), Sidónio Pais (1872-1918) e até António de Oliveira Salazar (1889-1970).
4. O mito em Mensagem
O tempo de Pessoa é marcado por uma série de acontecimentos que mergulham o país na crise e no descrédito: o descrédito do governo monárquico, a implantação da República, o desencanto após os primeiros instantes de euforia e, sobretudo, o Ultimatum inglês (1891), que deixou o país sangrando de humilhação.
Perante este quadro, Pessoa sente a necessidade de revitalizar a Pátria. E procura fazê-lo através da recriação e revitalização do mito, personificado em D. Sebastião, que o poeta considerava um «louco», mas não no sentido negativo que comummente se lhe atribui, antes numa acepção de sonho, de ideal, de alguém que «quis grandeza / Qual a sorte não dá», isto é, o mito sebastianista assume-se como o arquétipo do português ambicioso que quer conquistar novas terras para engrandecer a Pátria.
Procurando traçar com rigor os contornos do mito, Pessoa procede a uma análise do papel do rei do
ponto de vista astrológico e ocultista, analisando as Trovas do Bandarra e dos textos de Nostradamus. Para ele, Portugal identificava-se plenamente com o drama que envolveu a figura de D. Sebastião e o seu desaparecimento. De facto, segundo o sítio http://www.umfernadopessoa.com/, «Portugal uma vez grande, que na juventude (desde a independência nacional, com a conquista dos Algarves, à primeira batalha em Marrocos passam menos de 200 anos), qual rei-menino, aventura-se na guerra, fazendo da sua própria vida um lema de honra e nobreza em nome de valores mais altos que os humanos. O Rei (a Nação) que se perde na noite (decadência) renascerá na manhã de nevoeiro (renascimento ainda com resquícios de morte). Identificando o regresso do Rei, a segunda vinda, às vezes com figuras reais - D. João IV, ou mais intensamente Sidónio Pais -, não deixa de o associar com um esquema maior das coisas, um renascimento espiritual em grande escala, onde Portugal seria de novo líder, porque primeiro império marítimo universal caído.»
António Machado Pires, na esteira de José Chaves, considera a existência de três fases no que ao mito sebastianista diz respeito:
a) Pré-sebastianismo: Trovas do Bandarra, que anunciam o Messias e são
interpretadas, posteriormente à perda da independência
em 1580, em relação a D. Sebastião.
b) Sebastianismo real: exaltação do rei adolescente (cf. Dedicatória d' Os Lusíadas),
para quem se anuncia um destino glorioso.
c) Sebastianismo profético: após a perda da independência, as Trovas do Bandarra
são interpretadas em relação a D. Sebastião, cujo regresso
se profetiza. O Padre António Vieira, por exemplo,
identifica o «Encoberto» com D. João IV, enquanto outros
o fazem em relação a governos sucessivos.
O sebastianismo é, no fundo, um mito messiânico, isto é, um mito que se funda na esperança da vinda de um Salvador, que virá libertar o povo e restaurar a glória e o prestígio nacionais. Deste modo, estamos perante um mito semelhante ao do regresso do rei Artur ou do regresso do Messias redentor da tradição judaico-cristã.
O sebastianismo é um mito profetizado nas Trovas do Bandarra, mas só a partir da estrondosa derrota de Alcácer Quibir passa a ser associado à figura de D. Sebastião. O regresso do rei-mito é desejado sempre em momentos de crise, daí a designação de Desejado. Por outro lado, à semelhança do mito arturiano, o regresso de D. Sebastião far-se-á numa manhã de nevoeiro, montado no seu cavalo branco, vindo de uma longínqua ilha onde esteve à espera da hora de regressar (os motivos da manhã de nevoeiro de da ilha inscrevem-se na tradição celta em torno do rei Artur). Segundo diversos autores, nessa ilha viveria, há já muitos anos, um venerando ancião (que todos crêem ser D. Sebastião), a quem era pedido que regressasse à Pátria, ao que ele umas vezes respondia negativamente (pois ainda não era chegada a hora) e de outras que queria ser largado no Norte de África (pretendendo com isso fazer uma peregrinação à Terra Santa, numa tentativa de expiar os pecados e os erros que teria cometido). Quanto à manhã, esta é o símbolo da esperança relativa ao seu regresso na condição de Salvador da Pátria. O nevoeiro confere-lhe um halo de mistério, mas também simboliza a decadência da Nação, que se dissipará com a sua chegada e com a solução milagrosa de que é portador, frequentemente associada ao mito do Quinto Império. Por seu turno, a designação de Encoberto terá sido importada de Castela. De facto, segundo Sampaio Bruno, terá surgido em Játiva (Valência) um homem que se fez passar por neto dos Reis Católicos e que, por razões de ordem política, foi obrigado a ocultar a sua identidade, recebendo, por isso, a designação de «El Encubierto». O misterioso homem salientou-se nas insurreições populares em Valência, durante o reinado de Carlos V, acabando por desaparecer. Posteriormente, foi aclamado pelo povo, que nunca acreditou na sua morte.
O D. Sebastião que há-de regressar é uma ideia, um símbolo, uma possibilidade de redenção da Pátria, nada tendo a ver com a figura material / física do rei. É esta noção que encontramos na Mensagem, que distingue entre o D. Sebastião figura histórica, o «ser que houve» e que morreu em Alcácer Quibir, e o D. Sebastião que, Encoberto, há-de regressar, o «ser que há», ou seja, o que vive na lenda e que simboliza o sonho, o desejo de grandeza.
Em suma, simbolicamente, D. Sebastião é Portugal: o país perdeu a sua grandeza com o desaparecimento de D. Sebastião e só voltará a tê-la com o seu regresso simbólico, que nos há-de despertar da resignação e da decadência e há-de abrir caminho à construção do Quinto Império.
E quando ocorrerá o regresso de D. Sebastião e a instauração do Quinto Império?
A interpretação destes factos decorre da seguinte quadra das Trovas do Bandarra, já transcrita:
«Augurai, gentes vindouras,
Que o rei, que de aqui há-de ir,
Vos há-de tornar a vir
Passadas trinta tesouras.»
Fernando Pessoa, na obra Portugal, Sebastianismo e Quinto Império, sobre o assunto escreve o seguinte: "Sabedores que a interpretação profética é sempre tripla, temos aqui três cousas, a que aplicar o triplo sentido: o «rei, que de aqui há-de ir», o «tornar a ir», e as «trinta tesouras».
O «rei, que de aqui há-de ir» é o senhor rei D. Sebastião, mas a «ida» dele tem três feições - foi a ideia da independência da nacionalidade, foi a ida do próprio homem, e foi a ida do povo português, ou do império português. Assim, o «tornar a vir» se conformará, por seu lado, com estas três interpretações. (...) «Tesouras» refere-se a um número, e, como deve ter interpretações, segundo a regra profética, e aqui as interpretações, como sempre do menor ao maior, são, forçosamente, do menor ao maior número, porque se trata de números, segue que os três números serão aqueles que possam ser representados por tesoiros. Além de que estas referências numéricas são sempre à numeração romana, acontece, ainda, que na numeração árabe não há número que se assemelhe a tesouras, isto é, que tenha dois elementos. Na numeração romana há três: o dois (II), que é como a tesoura ainda reunida, como tal, o cinco (V), que é a parte de cima da tesoura reunida, e o dez (X), que é a tesoura inteira aberta.
A indicação refere-se a «trinta tesouras», e vê-se que vai por «números redondos». Diz «passadas trinta tesouras», isto é, não antes de teres passado trinta tesouras. Como o número redondo seguinte será quarenta, temos que o tempo indicado é «entre trinta e quarenta tesouras».
No caso da primeira tesoura (II, dois), isto quer dizer entre 60 e 80 anos da ida do rei, e refere-se ao facto mais material, a perda da independência. Reaver-se-ia a independência, diz o profeta, entre 60 e 80 anos depois de ir aqui o rei. Com efeito, a independência foi reavida em 1640, 62 anos depois de 1578, que foi quando o rei «partiu». No caso da segunda tesoura (V, cinco), temos que o tempo é entre 150 e 200 anos depois de 1578. Isto quer dizer entre 1728 e 1788. Foi entre estes anos que apareceu o Marquês de Pombal, cujo nome, por sinal, era Sebastião. Há aqui um «regresso de força».
No caso da terceira tesoura (X, dez), o prazo indicado é entre 1878 e 1978. É entre estas duas datas que se dará a verdadeira «vinda» do rei «que de aqui» foi.
Outra interpretação diz que as datas devem ser marcadas para logo passadas as trinta tesouras, isto é, para a tesoira 31. Isto daria, respectivamente, as seguintes datas - 1640, 1733 e 1888." (NOTA: ano do nascimento de Fernando Pessoa)
Artur Veríssimo, partindo da mesma quadra das Trovas do Bandarra, apresenta a seguinte hipótese explicativa.
Sabendo-se que a interpretação profética é sempre tripla, a ida (ou partida, perda) de D. Sebastião tem feições - a ida da independência, a ida do homem, a ida do poder português; do mesmo modo, a sua vinda terá três partes distintas, a saber:
a) II x 31 = 62; 1578 + 62 = 1640 → Independência;
b) X x 31 = 310; 1578 + 310 = 1888 → Grandeza;
c) XX x 31 = 620; 1578 + 620 = 2198 → Império.
O II e o X são os números que representam a tesoura. O número 31 representa a soma do 30 e do 1 («Passadas as trinta tesouras»). 1578 é a data da ida de D. Sebastião a Alcácer Quibir, onde perdeu a batalha e a vida, enquanto 1888 é o ano do nascimento de Fernando Pessoa (coincidência?).
Em suma, o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir significaria, para Portugal, a perda da identidade nacional. No entanto, a partir do mito criado em torno de D. Sebastião, mito que representa o esforço e a grandeza do herói português, será possível a construção de um novo império.
2. A figura de D. Sebastião
D. Sebastião nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554 e era filho do príncipe D. João e de D. Joana de Áustria. Faleceu a 4 de Agosto de 1578 na batalha de Alcácer Quibir, no Norte de África. Foi o 16.º rei de Portugal, ficando conhecido para a posteridade pelo cognome de «O Desejado» pelas circunstâncias que rodearam a sua ascensão ao trono, o seu desaparecimento e as consequências que daí advieram.
D. Sebastião herdou o trono do avô, D. João III, em 1557, portanto com três anos de idade. Como era menor, sua avó, D. Catarina de Portugal, ficou no seu lugar enquanto regente do reino. Desde muito cedo, sentiu a necessidade de readquirir a glória recente do país e prosseguir a cruzada dos Descobrimentos e da expansão da fé cristã. Deste modo, quando atingiu os catorze anos, reorganizou o seu exército e preparou-se para a guerra no Norte de África.
Com o seu desaparecimento e a posterior anexação de Portugal pela Espanha, em 1580, dado o rei não ter deixado descendência que assegurasse a ocupação do trono,o país entra num dos períodos mais negros da sua história à espera de um messias, de um heróico rei salvador. Da relutância em acreditar que a pátria tinha ficado órfã e que, com a morte de D. Sebastião, a velha pátria morria também, nasce o mito do sebastianismo. Assim, este mito sustenta a esperança messiânica e a crença de um povo no regresso do rei desaparecido, que viria vencer a opressão, a tirania, a humilhação, o sofrimento e a miséria em que vivia, devolvendo ao país a glória e a honra passadas e entretanto perdidas.
3. O mito em Bandarra
António Gonçalo Anes, mais conhecido por Bandarra, foi um sapateiro e poeta nascido por volta de 1500 em Trancoso e falecido, provavelmente, em 1556.
A sua obra, de cariz messiânico, conhecida por Trovas ou Profecias de Bandarra, foi composta entre 1530 e 1540 e publicada apenas em 1603, em Paris, graças a D. João de Castro. Foi dedicada a D. João de Portugal, bispo da Guarda, mas nem este gesto evitou a perseguição de que foi alvo pelo Santo Ofício, tendo acabado por ser acusado de judaísmo (de facto, as Trovas parecem ter despertado grande interesse junto da comunidade de Cristãos-Novos), julgado e condenado. A sua condenação forçou-o a participar numa procissão de um auto-de-fé, a nunca mais interpretar a Bíblia ou a escrever sobre assuntos teológicos.
De acordo com alguns estudiosos da obra, as Trovas constituíram o ponto de partida para a criação do mito sebastianista. De facto, foram interpretadas, na época, como uma profecia do regresso de D. Sebastião, após o desastre de Alcácer Quibir. Ao longo dos séculos, foram sendo republicadas e acabaram por influenciar autores como o padre António Vieira e Fernando Pessoa.
Quando Bandarra foi interrogado pela Inquisição, afirmou que tinha lido a Bíblia e que determinadas passagens o tinham marcado, nomeadamente passagens dos livros de Daniel, Isaías, Jeremias e Esdras, nos quais é profetizada a vinda de um rei que traria, finalmente, a paz e a justiça a todos os povos da terra:
«Augurai, gentes vindouras,
Que o Rei que daqui há-de-ir,
Vos há-de tornar a vir
Passadas trinta tesouras.
Dará fruto em tudo santo,
Ninguém ousará negá-lo;
O choro será regalo
E será gostoso o pranto.»
Trovas do Bandarra (XI e XXXIV)
Entretanto, em Espanha, a partir de 1520 começaram a circular algumas profecias referentes a um suposto Messias, que foi logo baptizado de Encoberto, dado não se saber a sua identidade e origem.
Em Portugal, numa primeira fase, a figura do Messias foi associada à figura de D. Sebastião; posteriormente de D. João IV (1604-1656), D. João V (1689-1750), Sidónio Pais (1872-1918) e até António de Oliveira Salazar (1889-1970).
4. O mito em Mensagem
O tempo de Pessoa é marcado por uma série de acontecimentos que mergulham o país na crise e no descrédito: o descrédito do governo monárquico, a implantação da República, o desencanto após os primeiros instantes de euforia e, sobretudo, o Ultimatum inglês (1891), que deixou o país sangrando de humilhação.
Perante este quadro, Pessoa sente a necessidade de revitalizar a Pátria. E procura fazê-lo através da recriação e revitalização do mito, personificado em D. Sebastião, que o poeta considerava um «louco», mas não no sentido negativo que comummente se lhe atribui, antes numa acepção de sonho, de ideal, de alguém que «quis grandeza / Qual a sorte não dá», isto é, o mito sebastianista assume-se como o arquétipo do português ambicioso que quer conquistar novas terras para engrandecer a Pátria.
Procurando traçar com rigor os contornos do mito, Pessoa procede a uma análise do papel do rei do
ponto de vista astrológico e ocultista, analisando as Trovas do Bandarra e dos textos de Nostradamus. Para ele, Portugal identificava-se plenamente com o drama que envolveu a figura de D. Sebastião e o seu desaparecimento. De facto, segundo o sítio http://www.umfernadopessoa.com/, «Portugal uma vez grande, que na juventude (desde a independência nacional, com a conquista dos Algarves, à primeira batalha em Marrocos passam menos de 200 anos), qual rei-menino, aventura-se na guerra, fazendo da sua própria vida um lema de honra e nobreza em nome de valores mais altos que os humanos. O Rei (a Nação) que se perde na noite (decadência) renascerá na manhã de nevoeiro (renascimento ainda com resquícios de morte). Identificando o regresso do Rei, a segunda vinda, às vezes com figuras reais - D. João IV, ou mais intensamente Sidónio Pais -, não deixa de o associar com um esquema maior das coisas, um renascimento espiritual em grande escala, onde Portugal seria de novo líder, porque primeiro império marítimo universal caído.»
António Machado Pires, na esteira de José Chaves, considera a existência de três fases no que ao mito sebastianista diz respeito:
a) Pré-sebastianismo: Trovas do Bandarra, que anunciam o Messias e são
interpretadas, posteriormente à perda da independência
em 1580, em relação a D. Sebastião.
b) Sebastianismo real: exaltação do rei adolescente (cf. Dedicatória d' Os Lusíadas),
para quem se anuncia um destino glorioso.
c) Sebastianismo profético: após a perda da independência, as Trovas do Bandarra
são interpretadas em relação a D. Sebastião, cujo regresso
se profetiza. O Padre António Vieira, por exemplo,
identifica o «Encoberto» com D. João IV, enquanto outros
o fazem em relação a governos sucessivos.
O sebastianismo é, no fundo, um mito messiânico, isto é, um mito que se funda na esperança da vinda de um Salvador, que virá libertar o povo e restaurar a glória e o prestígio nacionais. Deste modo, estamos perante um mito semelhante ao do regresso do rei Artur ou do regresso do Messias redentor da tradição judaico-cristã.
O sebastianismo é um mito profetizado nas Trovas do Bandarra, mas só a partir da estrondosa derrota de Alcácer Quibir passa a ser associado à figura de D. Sebastião. O regresso do rei-mito é desejado sempre em momentos de crise, daí a designação de Desejado. Por outro lado, à semelhança do mito arturiano, o regresso de D. Sebastião far-se-á numa manhã de nevoeiro, montado no seu cavalo branco, vindo de uma longínqua ilha onde esteve à espera da hora de regressar (os motivos da manhã de nevoeiro de da ilha inscrevem-se na tradição celta em torno do rei Artur). Segundo diversos autores, nessa ilha viveria, há já muitos anos, um venerando ancião (que todos crêem ser D. Sebastião), a quem era pedido que regressasse à Pátria, ao que ele umas vezes respondia negativamente (pois ainda não era chegada a hora) e de outras que queria ser largado no Norte de África (pretendendo com isso fazer uma peregrinação à Terra Santa, numa tentativa de expiar os pecados e os erros que teria cometido). Quanto à manhã, esta é o símbolo da esperança relativa ao seu regresso na condição de Salvador da Pátria. O nevoeiro confere-lhe um halo de mistério, mas também simboliza a decadência da Nação, que se dissipará com a sua chegada e com a solução milagrosa de que é portador, frequentemente associada ao mito do Quinto Império. Por seu turno, a designação de Encoberto terá sido importada de Castela. De facto, segundo Sampaio Bruno, terá surgido em Játiva (Valência) um homem que se fez passar por neto dos Reis Católicos e que, por razões de ordem política, foi obrigado a ocultar a sua identidade, recebendo, por isso, a designação de «El Encubierto». O misterioso homem salientou-se nas insurreições populares em Valência, durante o reinado de Carlos V, acabando por desaparecer. Posteriormente, foi aclamado pelo povo, que nunca acreditou na sua morte.
O D. Sebastião que há-de regressar é uma ideia, um símbolo, uma possibilidade de redenção da Pátria, nada tendo a ver com a figura material / física do rei. É esta noção que encontramos na Mensagem, que distingue entre o D. Sebastião figura histórica, o «ser que houve» e que morreu em Alcácer Quibir, e o D. Sebastião que, Encoberto, há-de regressar, o «ser que há», ou seja, o que vive na lenda e que simboliza o sonho, o desejo de grandeza.
Em suma, simbolicamente, D. Sebastião é Portugal: o país perdeu a sua grandeza com o desaparecimento de D. Sebastião e só voltará a tê-la com o seu regresso simbólico, que nos há-de despertar da resignação e da decadência e há-de abrir caminho à construção do Quinto Império.
E quando ocorrerá o regresso de D. Sebastião e a instauração do Quinto Império?
A interpretação destes factos decorre da seguinte quadra das Trovas do Bandarra, já transcrita:
«Augurai, gentes vindouras,
Que o rei, que de aqui há-de ir,
Vos há-de tornar a vir
Passadas trinta tesouras.»
Fernando Pessoa, na obra Portugal, Sebastianismo e Quinto Império, sobre o assunto escreve o seguinte: "Sabedores que a interpretação profética é sempre tripla, temos aqui três cousas, a que aplicar o triplo sentido: o «rei, que de aqui há-de ir», o «tornar a ir», e as «trinta tesouras».
O «rei, que de aqui há-de ir» é o senhor rei D. Sebastião, mas a «ida» dele tem três feições - foi a ideia da independência da nacionalidade, foi a ida do próprio homem, e foi a ida do povo português, ou do império português. Assim, o «tornar a vir» se conformará, por seu lado, com estas três interpretações. (...) «Tesouras» refere-se a um número, e, como deve ter interpretações, segundo a regra profética, e aqui as interpretações, como sempre do menor ao maior, são, forçosamente, do menor ao maior número, porque se trata de números, segue que os três números serão aqueles que possam ser representados por tesoiros. Além de que estas referências numéricas são sempre à numeração romana, acontece, ainda, que na numeração árabe não há número que se assemelhe a tesouras, isto é, que tenha dois elementos. Na numeração romana há três: o dois (II), que é como a tesoura ainda reunida, como tal, o cinco (V), que é a parte de cima da tesoura reunida, e o dez (X), que é a tesoura inteira aberta.
A indicação refere-se a «trinta tesouras», e vê-se que vai por «números redondos». Diz «passadas trinta tesouras», isto é, não antes de teres passado trinta tesouras. Como o número redondo seguinte será quarenta, temos que o tempo indicado é «entre trinta e quarenta tesouras».
No caso da primeira tesoura (II, dois), isto quer dizer entre 60 e 80 anos da ida do rei, e refere-se ao facto mais material, a perda da independência. Reaver-se-ia a independência, diz o profeta, entre 60 e 80 anos depois de ir aqui o rei. Com efeito, a independência foi reavida em 1640, 62 anos depois de 1578, que foi quando o rei «partiu». No caso da segunda tesoura (V, cinco), temos que o tempo é entre 150 e 200 anos depois de 1578. Isto quer dizer entre 1728 e 1788. Foi entre estes anos que apareceu o Marquês de Pombal, cujo nome, por sinal, era Sebastião. Há aqui um «regresso de força».
No caso da terceira tesoura (X, dez), o prazo indicado é entre 1878 e 1978. É entre estas duas datas que se dará a verdadeira «vinda» do rei «que de aqui» foi.
Outra interpretação diz que as datas devem ser marcadas para logo passadas as trinta tesouras, isto é, para a tesoira 31. Isto daria, respectivamente, as seguintes datas - 1640, 1733 e 1888." (NOTA: ano do nascimento de Fernando Pessoa)
Artur Veríssimo, partindo da mesma quadra das Trovas do Bandarra, apresenta a seguinte hipótese explicativa.
Sabendo-se que a interpretação profética é sempre tripla, a ida (ou partida, perda) de D. Sebastião tem feições - a ida da independência, a ida do homem, a ida do poder português; do mesmo modo, a sua vinda terá três partes distintas, a saber:
a) II x 31 = 62; 1578 + 62 = 1640 → Independência;
b) X x 31 = 310; 1578 + 310 = 1888 → Grandeza;
c) XX x 31 = 620; 1578 + 620 = 2198 → Império.
O II e o X são os números que representam a tesoura. O número 31 representa a soma do 30 e do 1 («Passadas as trinta tesouras»). 1578 é a data da ida de D. Sebastião a Alcácer Quibir, onde perdeu a batalha e a vida, enquanto 1888 é o ano do nascimento de Fernando Pessoa (coincidência?).
Em suma, o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir significaria, para Portugal, a perda da identidade nacional. No entanto, a partir do mito criado em torno de D. Sebastião, mito que representa o esforço e a grandeza do herói português, será possível a construção de um novo império.
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ResponderEliminarMuitos parabéns pelo artigo. Muito completo e informativo.
ResponderEliminarnão gostei, pouco explicito, divaga muito nas ideias e demasiado confuso, penso que, com a informação disponível, seria feito um melhor trabalho ! abraço
ResponderEliminarobg pela ajuda muitas tancks
ResponderEliminarPara este ano 2015 existem muitas previsões, nomeadamente para julho, agosto, setembro, outubro de 2015.
ResponderEliminarA previsão que escrevo aqui não está relacionada com esses períodos já muito conhecidos e falados.
Esta previsão baseia-se na seguinte parte das trovas de Bandarra:
(...) "Trinta e dois anos e meio
Haverá sinais na terra;" (...)
Para que se considere cumprido, venho aqui deixar escrito que esta parte da previsão "Haverá sinais na terra;" se cumprirá entre 18 de novembro de 2015 e 20 de dezembro de 2015. Se a previsão se referir a uma data exata aponto a mesma como sendo aproximadamente a 19 de novembro de 2015, mas as previsões geralmente se referem a períodos, pelo que o mais provável é que se cumpra a previsão dentro do espaço de tempo que referi.
A previsão não diz respeito ao fim do mundo, mas apenas que acontecerá algo, ou muita coisa, que fará todos perceberem como sendo "sinais na terra"... tendo em conta toda a desgraça acontecida nos últimos anos, e aquilo que ainda poderá acontecer antes desse período que menciono... terá de ser algo realmente fora do normal, de outra maneira não seria certamente interpretado dessa maneira pela maioria das pessoas.
Quero esclarecer que não sou vidente, astrólogo, médium, e por aí em diante. Não se trata de uma premonição ou sequer visão... mesmo assim considero que esta previsão se irá concretizar, tal como a escrevo aqui, e de tal maneira que a maioria das pessoas não terá dúvidas de que se cumpriu tal como escrevi.
Depois de pesquisar, não encontrei mais alguém que tenha feito esta previsão para este período específico no tempo, sendo eu, tanto quanto sei, o único a fazer esta previsão (eventualmente poderão encontrar esta mesma previsão em outros locais na Internet, escrito por mim, visto que quero deixar em muitos lados, para que não digam que se sabia devia ter escrito antes... que depois qualquer um pode dizer que sabia).
Obviamente que terão de acontecer coisas de tal maneira para que a maioria das pessoas as interprete como "sinais na terra", caso contrário não conta como previsão cumprida.
Esta previsão está disponível para consulta futura em: http://joaojoshua.blogspot.pt onde está a previsão, assinada digitalmente e onde se encontram os links para serviços online de assinatura digital com data e hora para provar que esta previsão foi feita antes do acontecimento, e não após.
Uma Grande Desgraça a acontecêr em Portugal é também a sua linguagem Acordista ! Aprenda a escrevêr Português .
EliminarVivêmos Em Portugal !
Passou o período que referi, e nada aconteceu, pelo que considero a previsão que fiz errada... ou pelo menos não se cumpriu no prazo que indiquei... à altura em que escrevo não aconteceu nada que considere como realizados os ditos "Sinais na Terra".
EliminarSr Rogério Maciel por favor aprenda a falar português. Nos meus 60 anos de vida nunca vi ninguém falar tão mal. Por favor, aprenda a falar português já que estamos no séc. XXI.
Eliminarajudou ME IMENSO PARA O TRABALHO DE PORTUGUES
ResponderEliminarCARO SENHOR JOÃO JA ESTOU A MUITO TEMPO TENTANDO ENTRAR EM CONTATO COM O SENHOR MAIS NÃO TENHO CONSEGUIDO POIS EU ESTOU A TENTAR DESDE O MES DE OUTUBRO ATE A PRESENTE DATA MAIS NÃO CONSEGUI PORTANTO ESPERO QUE ESTA MENSAGEM CHEGUE ATE AO SENHOR E ESPERO QUE A LEIA POIS PELO O QUE EU PUDE VER O SENHOR ACREDITA NAS TROVAS DE BANDARRA E SOBRE A QUESTÃO DE O SENHOR TER INTERPRETADO UMA PARTE DAS TROVAS QUE DIZ RESPEITO A VOLTA DO REI ENCOBERTO A QUAL O SENHOR ACHOU QUE NÃO SE CUMPRIU DE FATO ISTO NÃO E VERDADE POIS ELA SE CUMPRIU COMO O SENHOR INTERPRETOU E AGORA A VOLTA DO REI ENCOBERTO ESTA PRESTES A ACONTECER ENTÃO SE O SENHOR CHEGAR A LER ESTE COMENTARIO NÃO DEIXE DE POSTAR ALGUM COMENTARIO PARA QUE EU SAIBA QUE O SENHOR O LEU E QUANTO AO QUE EU DIGO PODEIS CRER E VERDADE A VOSSA INTERPRETAÇÃO DAS TROVAS SE CUMPRIRAM NÃO DO MODO COMO TODOS NOS ESPERAVAMOS MAIS SE CUMPRIU COMO FOI PREVISTO QUE ACONTECERIA
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarSenhor Andre DA GAMA,
EliminarColoquei no blog ( http://joaojoshua.blogspot.pt ) que mencionei também na mensagem da previsão, como pode verificar acima, um formulário de contacto que poderá utilizar para me esclarecer em que aspecto a previsão que fiz se realizou, uma vez que salientou não da maneira como se esperava, mas de alguma outra maneira, estou interessado nessa informação que eventualmente poderá ter.
Contacte-me pelo formulário de contacto disponível do lado direito do blog ( mensagem vai só para o email) ou comentando na página mais recente do blog (ficará retido para moderação, mas recebo um e-mail e leio a mensagem).
Cumprimentos,
Joao
caro senhor João não penseis que vossas interpretações arrespeito da volta do rei encoberto a Portugal não se cumpriram pois elas de fato se cumpriram como fora previsto se leres este comentário não deixes de deixar algum comentário para que eu saiba que o leu e se tiveres alguma duvida podeis me perguntar atraveis de um comentário neste blog
ResponderEliminarpois eu terei o maior prazer em ler o vosso comentário e responde-lo
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EliminarSenhor(a) Anónimo(a) não sei se é a mesma pessoa que se identificou acima como "Andre DA GAMA", mas se não for deixo a mesma mensagem:
EliminarColoquei no blog ( http://joaojoshua.blogspot.pt ) que mencionei também na mensagem da previsão, como pode verificar acima, um formulário de contacto que poderá utilizar para me esclarecer em que aspecto a previsão que fiz se realizou, estou interessado nessa informação que eventualmente poderá ter.
Contacte-me pelo formulário de contacto disponível do lado direito do blog ( mensagem vai só para o email) ou comentando na página mais recente do blog (ficará retido para moderação, mas recebo um e-mail e leio a mensagem).
Cumprimentos,
Joao
CARO SENHOR JOÃO ESTOU A VOS ESCREVER POIS PRECISO QUE O SENHOR ME ESCLACEÇA ALGUNS TEXTOS DAS TROVAS POIS ELAS ESTÃO ME INTRIGANDO E EU PRECISO DE RESPOSTAS PARA ISSO POIS EU SEI QUE
ResponderEliminarO SENHOR INTERPRETOU UMA DAS TROVAS E QUE O SENHOR ACREDITA NELAS
E EU GOSTARIA DE PERGUNTAR UMA COISA AO SENHOR E PEÇO QUE NÃO SE ABORREÇAS POIS EU GOSTARIA DE SABER SE O SENHOR ACREDITA QUE TODAS ESTAS TROVAS QUE FORAM PROFETIZADAS POR BANDARRA VÃO SE CUMPRITR COMO ESTA QUE SE CUMPRIU AGORA POIS EU PRECISO SABER O SIGNIFICAS DAS TROVAS QUE TANTO TEM ME INTRIGADO E ELAS NÃO ME SAEM DA CABEÇA E PRECISO DE UMA EXPLICAÇÃO PARA ISTO ENTÃO DECIDI ESCREVER PARA O SENHOR NA ESPERANÇA QUE POSSA ME EXCLARECER ESTA QUESTÃO
E AS TROVAS SÃO ESTAS
PRIMEIRA E
HA DE SER REI QUEM FOR QUE EM DEUS ESTA O SABER O BOM O SAÕ O MELHOR SÓ ELE O HA DE SABER
A SEGUNDA E
VEJO A LUA ENSANGUENTADA PELA VIRTUDE DO ENCOBERTO SE ESTA LONGE OU PERTO ASSIM O DIZ A TOADA
TERCEIRO E
ARGURAI GENTES VINDOURAS QUE O REI QUE DAQUI HA DE IR VOS HA DE TORNAR A VIR PASSADAS TRINTA TESOURAS DARA FRUTO EM TODO SANTO NINGUEM OUSARA NEGA-LO O CHORO SERA REGALO SERA GOSTOSO O PRANTO
QUARTO ESTE SONHO QUE SONHEI E VERDADE MUITO CERTA QUE LA DA ILHA ENCOBERTA VOS HÁ DE VIR ESTE REI
QUINTO E
PÕE UMA PERNA ACIMA TIRA-LHE A RISCA DO MEIO E POR DETRA LHA ARRIMA SABERAS QUE TE NOMEIO
SEXTO
TRINTA E DOIS ANOS E MEIO HAVERA SINAIS NA TERRA A ESCRITURA NÃO ERA
ESTAS TROVAS QUE MENCIONEI ESTÃO ME INTRGANDO MUITO E ESPERO QUE O SENHOR POSSA ME ESCLARECER O SINIFICADO DELAS PARA MIM POIS EU PRECISO SABER O QUE SIGNIFICA ISTO E O QUE TEM HAVER ISTO COMIGO
ENTÃO SE PUDERES ME ESCLARECER FICAREI GRATO
OBRIGADO
AGUARDO A VOSSA RESPOSTA
NÃO A DEIXES DE A REPONDER ATRAVEIS DESTE BLOG
COM OS MELHORES CUMPRIMENTOS DE
S JOSE DA GAMA
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ResponderEliminarEsse mito se propagou ao Brasil. Verdadeiras tragédias ocorreram aqui no século XIX inspiradas no sebastianismo, sendo que houve até derramamento de sangue com sacrifícios humanos. Já na atualidade, no julgamento criminal de nosso ex-presidente messiânico Lula, a acusação denominou como “sebastianismo primitivo” uma visão política de apoio irrestrito a esse político, cega às práticas criminosas pelas quais foi condenado.
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