. De D. Madalena:
- contra as leis e os direitos da família:
. De Manuel de Sousa:
- nunca amou D. João de Portugal;
- "pecado" / adultério no coração: amou Manuel de Sousa assim que o viu, ainda estava casada com D. João;
- consumação do "pecado" pelo casamento com Manuel de Sousa - ela não tem a certeza absoluta da morte do primeiro marido;
- profanação de um sacramento - o casamento;
- bigamia;
- impiedade.
- revolta contra as autoridades de Lisboa, recusando-se a recebê-las no seu palácio (I, 8, 11 e 12; II, 1);
- desafio o Destino ao incendiar o próprio palácio (I, 11 e 12);
- recusa o perdão dos governadores, "se ele quisesse dizer que o fogo tinha pegado por acaso" (II, 1);
- inconscientemente, participa da hybris de sua esposa:
. De D. João de Portugal:
- colabora na mentira;
- profana um sacramento;
- comete adultério;
- passa a viver em bigamia;
- usurpa o lugar que pertence, por direito, a D. João de Portugal.
- abandona a esposa / família, ainda que o faça por ideais nobres acompanhar o rei à guerra, em defesa do reino e da Fé);
- o abandono da esposa é um crime contra as leis e os direitos da família, porque a destrói - é um crime de impiedade;
- embora vivo, depois da batalha, fica prisioneiro, é levado cativo para Jerusalém. E, durante 21 anos, não dá notícias da sua existência, embora contra sua vontade;
- aparece quando todos o julgavam morto, arrastando consigo a tragédia.
- a interrupção inesperada e violenta das cerimónias religiosas constitui profanação (II, 11);
- a insolência e a blasfémia contra Deus: "Que Deus é esse que está nesse altar, e quer roubar o pai e a mãe a sua filha?";
- a insolência contra os ministros sagrados nas suas funções: "Vós quem sois, espetros fatais?... quereis-mos tirar dos meus braços?";
- a revolta contra D. João de Portugal - contra os direitos deste à esposa, à família, à própria vida, direitos baseados na lei divina e nas leis humanas: "... que me importa a mim com o outro? Que morresse ou não, que esteja com os mortos ou com os vivos, que se fique na cova ou que ressuscite para me matar?";
- a invocação de morte violenta sobre si própria: "Mate-me, mate-me, se quer...";
- o desprezo pelas leis divinas e humanas - o amor e a ternura com que tinha sido criada não suprem a ilegitimidade do matrimónio dos pais;
- a tentativa de renegar o seu estado de filha ilegítima;
- a revolta contra a profissão religiosa dos pais;
- a incitação dos pais à mentira: "Pobre mãe! Tu não podes... coitada!... não tens ânimo... Nunca mentiste? Pois mente agora para salvar a honra da tua filha, para que lhe não tirem o nome de seu pai.".
- afeiçoou-se a Maria;
- relativamente a D. João:
- perjúrio e repúdio do amigo e "filho";
- desejo de que ele tivesse morrido, para não impedir a felicidade e a vida de Maria.
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