Grupo I
1. Características do espaço que deslumbram Artur:
- o mobiliário bem cuidado e luxuoso («o aparador envernizado, o espelho com o caixilho resguardado por uma gaza cor-de-rosa»);
- a pintura («e o retrato de Prim...»);
- a vista proporcionada da cidade («as ruas secavam sob o norte frio...», «uma carruagem que passou, com dois criados de casacos brancos...»);
- a elegância dos transeuntes («Examinava avidamente as toilettes dos homens; achou adoráveis duas senhoras que atravessavam a calçada, com os vestidos apanhados, mostrando as saias brancas...»);
- os veículos em circulação («uma carruagem que passou, com dois criados de casacos brancos...»);
- a vastidão e o aparato de Lisboa («Nunca imaginara Lisboa tão vasta, tão aparatosa...»).
2. O diálogo entre o criado e Artur, nomeadamente uma fala do primeiro referindo-se às botas do segundo («- Estão na última. Já usted vê!...») , revela o provincianismo e a pobreza do seu vestuário / calçado, que está gasto de tanto uso e fora de moda.
Ao constatar o facto, Artur decide só sair «à noite» porque, desse modo, ficaria menos exposto / visível o seu aspeto pobre e provinciano, isto é, passaria despercebido a coberto da escuridão noturna e pela iluminação a gás.
3. Contraste entre as diferentes emoções sentidas por Artur:
- o fascínio, deslumbramento, espanto e admiração:
- o deleite inicial ao passear por Lisboa, motivado pela novidade do que vê e pela modernidade da cidade;
- o fascínio ao contemplar as vitrinas iluminadas das lojas;
- o espanto e a admiração ao observar as mulheres com que se cruza, pelas carruagens, pela vastidão das ruas, pelo movimento e pela multidão;
- a perturbação motivada pela atmosfera «saturada das emanações de uma vida rica, sábia, idealizadora e ardente!»;
- a vergonha e o sentimento de inferioridade:
- o acanhamento e o sentimento de inferioridade («Mas sentia-se acanhado...»);
- o entontecimento motivado pelo ambiente citadino («o trotar das parelhas entontecia-o»);;
- o medo infantil de agressões («o andar desenvolto dos homens, falando alto, dava-lhe um medo pueril de agressões»);
- a vergonha do seu vestuário, velho, gasto, fora de moda («tinha vergonha do seu velho paletó, mais curto que as abas da sobrecasaca que trazia...»);
- a sensação de alívio, motivada pelo pedido de lume.
4. A expressão traduz o desejo de integração sentido pela personagem, de fazer parte daquela sociedade que o extasia e fascina e não se sentir um estranho, alguém que vem de forma e se sente diferente e inadaptado. É o desejo de se apresentar de acordo com as tendências da moda, de levar uma vida de luxo e ostentação semelhante à daqueles com quem se cruza, de participar nas conversas, de se relacionar, de intervir nas discussões sobre cultura, política, arte... («teve pressa de entrar naquela existência - relacionar-se, regalar-se das discussões sobre Arte e Ideal»), de frequentar os mesmos espaços.
Grupo II
Versão 1 Versão 2
1.1. C A
1.2. A D
1.3. B C
2.1. A oração subordinada adjetiva relativa é a seguinte: «que por lá põem os pés».
2.2. A expressão «o viajante» desempenha a função sintática de sujeito.
2.2. A expressão «o viajante» desempenha a função sintática de sujeito.
Grupo III
:D! Obrigado pela rapidez
ResponderEliminarPodia estar as respostas da escolhas múltiplas e não apenas a alínea por causa das versões, mas obrigada na mesma, foi bastante útil.
ResponderEliminar1.1 - cruza a paisagem real com a paisagem imaginada
Eliminar1.2 - possibilidade
1.3 - identificar-se com a descrição de Eça
Toda a gente pôs sujeito simples realmente, só eu é que ridiculamente pus complemento indirecto
ResponderEliminarPois, mas os bons alunos que puseram sujeito simples vão levar zero porque a resposta do ministério é apenas sujeito. Acham normal ? E os burros são os alunos !
EliminarEu pus sujeito simples e tive nota máxima
EliminarComplemento indireto seria se o predicado respondesse à questão "a quem". De facto, tal não acontece. É "o viajante" quem pratica a ação.
ResponderEliminarTambém pus complemento indirecto , pois não pensei .
ResponderEliminarserá que na primeira teriamos de ser tao objectivos, a ponto até de referir "o retrato de Prim"?
ResponderEliminarhttp://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=430&fileName=TI_Port12_Fev2013_CC.pdf
ResponderEliminarNa pergunta 4, respondi mais ou menos que neste excerto há uma certa oposição entre o mundo rural e o mundo desenvolvido da urbe, da cidade (metrópole); cidade essa representativa de um Mundo intruído e artístico, do qual Artur queria fazer parte. Era um 'estrangeiro' na 'sua Lisboa' que, na verdade, não era ainda sua.
ResponderEliminarEstará em q nivel a minha resposta?
Penso que falta referir em que sentido é um mundo instruído e artístico. Por outro lado, falta também referir que esse "mundo" era composto por uma alta sociedade - luxo, ostentação. No entanto, acho que o conteúdo apresentado está bastante bom.
Eliminarna primeira questão, a o facto de lisboa ser vasta e vistosa, apenas conta como uma carateristica da mesma? :s
ResponderEliminarReceio que sim :s
Eliminaracho mal caso apenas conte como uma :l
Eliminarporque uma coisa é vasta, outra é vistosa; Lisboa, podia ser vasta e não ser vistosa e vice-versa :l
Pois!
EliminarEu falei numa lisboa romântica e sentimental: "os sentimentos (têm) a elegância dos vestuários" pode ser considerado??
julgo que não :l
Eliminarde facto há uma elegância dos vestuários referenciada no texto, mas descrever essa elegância como "sentimentos" acho que não é , pelo menos, "muito" válido :x
pois, é pena... :|
Eliminaré que no texto é dito que os vestuários são elegantes. E se os sentimentos têm essa elegância (como prova um excerto do 1º parágrafo), então é porque há muito romance e sentimentalismo envolvido no ambiente da cidade lisboeta...
paciência .... :p obrigado, Rui Romão.
não percebo porque é possibilidade, pela frase dá a entender que se for fazer aquela viagem obrigatoriamente irá passar por aqueles locais.
ResponderEliminarobrigatoriamente não é, mas também não é possivelmente...
EliminarParece-me que a questão está mal formulada, para aquelas opções deveriam ter pedido o valor da conjugação perifrástica e não do futuro.
È possibilidade,porque pode se realizar a mesma viagem sem passar pelos meus sitios.Ou seja, não á nenhuma obrigação. Além disso o autor demonstra isso recorrendo a viagem feita por Eça.
EliminarEu achei esta pergunta mal formulada. Existe a possibilidade de se apanhar o transporte público, mas a seguir a isso, toda a viagem desenrola-se num único sentido: "continuará; desencantará; será", estes verbos para mim já exigem obrigação depois de se ter feito a escolha. Enfim, pontos que se perdem inutilmente.
EliminarTambém acho que a pergunta confunde. De facto, a reposta "possibilidade" demonstra que é possível, ao fazer o percurso indicado, deparar-se com tudo aquilo de que o texto fala. Não é "obrigação" porque ninguém é obrigado a fazer aquele exato percurso: (somos apenas "convidados"...)
EliminarRepara no início do 4º parágrafo: Pode começar-se...
EliminarEste Pode indica logo a opção correta. Todas as ações descritas a seguir (como "o miniautocarro ziguezagueará") seguem esta ideia de "possibilidade". Pode apanhar-se um autocarro, e, se o apanhar, ele ziguezagueará.
muito obrigada!
ResponderEliminare ainda bem (se alguém do GAVE estiver por aqui) que saiu narrativa. caso contrário tirava nega :( agora é só rezar para que no exame saia ou felizmente há luar ou saramago...
Atençao!!
EliminarNo ano passado varias escolas sabiam que ia sair os lusiadas este ano vai acontecer o mesmo e ja se sabe que vai sair SARAMAGO COM UMA COMPOSICAO PARA FALAR SOBRE UM EXCERTO DA OBRA E HETERONIMOS DE PESSOA.....
Passem a palavra ...
É que somos dois!!
EliminarAliás maior parte não queria poesia nem percebia, nem sei para quê insistir tanto na poesia!
Odeio cada vez mais!
boa noite, alguém me pode dizer que exemplos deram na sua composição ?
ResponderEliminarEu falei da mente (o que nos fará desenvolver - espaço de abrigo e crescimento) e da liberdade (espaço de respeito e desenvolvimento de caráter).
EliminarEu falei de uma casa de infancia que, por um lado, nos poderia transmitir sentimentos de felicidade ou angustia consoante a experiencia nela adquirida. O espaço real é tambem habitado por um espaço de imaginação no qual vivem as nossas esperanças, sonhos. Além disso, é também composto por conceitos porque o Homem conceptualiza o 'real'. Conceitos como a liberdade, por ex.
EliminarDei também o exemplo de um estabelimento de ensino que pode protagonizar um espaço de evolução pessoal na medida em que nos desenvolvemos lá como individuos. Todavia... tambem referi a imaginação como transporte para a Arte, referindo o 'devir' em Deleuze, filosofo frances.
a pergunta 3 confundia visto que colocaram a linha 22 onde falava do fato , e na correção da mais importância as botas
ResponderEliminarEles colocaram a linha 22 referente à noite ( " por isso só saiu à noite"). A linha 22 situava a citação que eles colocaram na pergunta - "à noite".
EliminarA pergunta está bem explícita, talvez faltou-te a capacidade de interpretar a pergunta e o texto bem...
Podia enviar-me o link, do site do gave onde está correção, por favor? Obrigada
ResponderEliminarAlguem pode dar um exemplo do testo para o Grupo III ? Obrigado. cumps
ResponderEliminarnão. a pergunta confundia sim, se eles queriam que falássemos da linha 19 então quando falaram para relacionar além da linha 19 deviam ter colocado a linha 22. porque quando fui responder a primeira coisa que fiz foi procurar a linha 22!
ResponderEliminarO «Pode começar-se...» não é um verbo no futuro e a pergunta era sobre qual o valor do futuro... Partindo da pergunta, o que dá a entender é que teremos de nos focar nos verbos. A partir do momento em que se entra no transporte ir-se-á seguir aquele caminho. Logo, deveria ser obrigação.
ResponderEliminarAlguem pode por um exemplo do texto argumentativo já feito sff :s
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