Grupo I
Texto A
1. Sensações do sujeito poético:
- Sensação visual: "Moram ali pessoas que desconheço, que já vi mas não vi." (v. 3);
- Sensação auditiva: "As vozes, que sobem do interior do doméstico..." (v.8).
2. Infância é sinónimo de:
- inocência, felicidade e alegria ("As crianças, que brincam..." - v. 5);
- beleza e fragilidade (os vasos de flores);
- protecção ("... que brincam às sacadas altas..." - v. 5);
- a (aparente) eternidade da alegria e felicidade simbolizadas pela infância, reveladora da inconsciência que as crianças têm da passagem do tempo.
3. Relação entre o sujeito poético e os outros:
- é uma relação de oposição: o sujeito é infeliz e vive desajustado; os outros são felizes e vivem ajustados ao que os rodeia;
- por outro lado, o sujeito é diferente dos outros, de quem vive afastado e que desconhece ("pessoas que desconheço, / que já vi mas não vi.").
4. Na última estrofe, o sujeito revela o seu vazio e a sua dor ("Um nada que dói..." - v. 26) e esse estado de espírito resulta da reflexões que fez nas estrofes anteriores.
Assim, nelas ele questiona-se acerca do sentir dos «outros», concluindo que, no fundo, não há «outros», mas «nós», isto é, só é possível sentir individualmente. Por outro lado, é extremamente difícil ou impossível ter acesso ao sentir do(s) outro(s), dado que há um fechamento, uma falta de comunicação dos seres humanos entre si, que tem a ver com a individualidade de cada ser humano.
Texto B
. Introdução:
- Reis, heterónimo de Pessoa, de formação clássica, cultor de um epicurismo triste;
- Desenvolve o tema da da brevidade, fugacidade e transitoriedade da vida / do tempo.
- A passagem do tempo é inexorável, a vida é breve e a morte uma certeza (imagem do rio que passa, do mar, os símbolos clássicos - a barca, Caronte, o óbolo, etc.) # contraste com a Natureza, que se renova periodicamente;
- A impossibilidade de o Homem lutar contra esses factos;
- Implicações: sofrimento, dor, angústia...;
- Objectivo: evitar o sofrimento;
- Adopção de uma filosofia de vida / princípios de vida:
- ideal do carpe diem: aproveitar o momento, porque a vida é breve;
- viver com moderação, auto-domínio, sem apego às coisas;
- comedimento das paixões, das ambições, evitando assim a dor da morte;
- busca do prazer relativo e da ataraxia;
- ...
. Conclusão:
- Reis procura evitar o sofrimento e a dor motivadas pela efemeridade da vida / passagem do tempo;
- Reis constrói uma filosofia de vida orientada nesse sentido.
Grupo II
Versão 1 Versão 2
1.1. D 1.1. B
1.2. B 1.2. A
1.3. C 1.3. B
1.4. D 1.4. C
1.5. C 1.5. B
1.6. A 1.6. D
1.7. A 1.7. B
2.1. O antecedente dos pronomes possessivos é o grupo nominal "As terras".
2.2. A expressão destacada desempenha a função de sujeito.
2.3. A oração referida é uma oração subordinada adverbial consecutiva.
Grupo III
. Introdução:
- A importância genérica da literatura / da leitura para o ser humano;
- Relacionamento com o texto introdutório.
. Desenvolvimento:
- Argumento 1: a literatura desperta o sonho, a criatividade, a imaginação, dá asas ao
Homem para este voar; é uma forma de evasão;
- Exemplos:
a) a identificação com uma situação, uma personagem...;
b) a construção de uma imagem mental das personagens, dos espaços,
dos cenários, das acções...
- Argumento 2: a literatura é sinónimo de conhecimento, cultura, consciência, espírito
crítico, liberdade...
- Exemplos:
a) a leitura protege o ser humano da ignorância, estupidez, tirania... - con-
frontar a sociedade portuguesa anterior ao Salazarismo e a actual, mais
escolarizada, mais «lente»;
b) os alunos que lêem regularmente, por norma exprimem-se melhor, pen-
sam de forma estruturada e crítica, em comparação com aqueles que
não lêem, que apresentam maiores dificuldades em se expressarem.
- Argumento 3: a literatura possibilita o estreitamento das relações familiares, a partilha
e a afectividade; nela estão retratados os sentimentos humanos e as
formas de relação do Homem com o que vê, sente...
- Exemplos:
a) a leitura em família (os pais que lêem para os filhos em idade pré-esco-
lar; os pais e filhos que lêem em conjunto / partilham a leitura...);
b) os clubes de leitura...
- Argumento 4: a literatura é a transfiguração da realidade, possibilitando assim a fuga
à rotina e à monotonia do quotidiano;
- Exemplo: a fruição da leitura; a literatura / leitura enquanto prazer, ocupação de
tempos livres - função semelhante à desempenhada por outras formas
de arte (a música, o cinema, o teatro...).
e a afectividade; nela estão retratados os sentimentos humanos e as
formas de relação do Homem com o que vê, sente...
- Exemplos:
a) a leitura em família (os pais que lêem para os filhos em idade pré-esco-
lar; os pais e filhos que lêem em conjunto / partilham a leitura...);
b) os clubes de leitura...
- Argumento 4: a literatura é a transfiguração da realidade, possibilitando assim a fuga
à rotina e à monotonia do quotidiano;
- Exemplo: a fruição da leitura; a literatura / leitura enquanto prazer, ocupação de
tempos livres - função semelhante à desempenhada por outras formas
de arte (a música, o cinema, o teatro...).