Português

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Lídia - Retrato


. Nome: Lídia[1] é o nome de uma musa clássica das Odes de Ricardo Reis, heterónimo de Pessoa.

. Retrato físico:
. tem cerca de 30 anos (“os seus trinta anos”);
. é bela e elegante (“Mulher feita e bem feita”);
. é uma mulher morena de estatura baixa (“morena portuguesa, mais para o baixo que para o alto”);
. possui um sinal perto do nariz que lhe fica bem.

. Retrato psicológico:
. discreta;
. simples;
. humilde;
. corajosa;
. lutadora;
. consciente;
. triste;
. ciumenta.

. Retrato social:
. pertence ao povo (“Mulher nascida do povo”);
. quanto à profissão, é uma camareira de hotel;
. é uma mulher a dias;
. não possui instrução, é naturalmente simples e sábia;
. está consciente da sua situação social e cultural: é analfabeta, enquanto Ricardo Reis é doutor;
. assume a maternidade de um filho de pai incógnito sem exigências.

. Condição familiar:
. Lídia é uma irmã preocupada e temerosa (“tem um ar triste”);
. é politicamente solidária.

. Simbologia:
. Lídia representa a sabedoria popular comparável ao “sábio saber” dos poetas instruídos;
. Representa também a possibilidade de Ricardo Reis existir sem o seu criador, ligando-o à vida e ao mundo quotidiano e real.


Bibliografia:
. Arrumar as Ideias, Fernanda Delindro e Maria Pereira, Areal Editores.



[1] O poeta latino Horácio apresenta-nos, na sua poesia, três figuras femininas: Lídia, que simboliza a mulher experiente; Neera, que representa a mulher enganadora; Cloe, a mulher imatura. Estas três figuras surgem também nas Odes de Ricardo Reis, contudo constituem apenas uma visão idealizada de mulher.

sábado, 8 de abril de 2017

Secretário de Estado da Educação reconhece falhas no ensino da Educação Física


     A notícia da TSF pode ser lida aqui: »»».

     O desmantelamento total da pseudo-argumentação do SE pode ser encontrada no quintal do colega Paulo Guinote.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Os futuros médicos e a anatomia

     O Secretário de Estado João Costa anda em peregrinação pelo país, chamando a atenção do rebanho para o facto de «reprovar alunos ser caro».

     Alguém faça o favor de lhe explicar que a ignorância tem custos muito mais elevados.

     Parece que, na Faculdade de Medicina de Lisboa, alguém teve a INFELIZ ideia de apertar um pouco o grau de exigência dos exames da disciplina de Anatomia. Os resultados foram «catastróficos»: mais de 50% dos 357 alunos do segundo ano do curso submetidos a exame reprovaram.

     Posteriormente, estudou-se o «fenómeno do entroncamento», forram corrigidos os «desvios» e a taxa de reprovação baixou para os 4,4%. A paz regressou ao meio académico e os alunos, supostamente dos mais inteligentes e mais graduados do país, podem assim prosseguir o seu caminho rumo ao futuro.

     Pobres de todos aqueles (NÓS) que lhes cairmos no regaço.

Fonte: Expresso

A Educação em permanente mudança

     Nos últimos 10 anos, houve 40 (QUARENTA!) mudanças na Educação no que diz respeito aos curricula. A notícia carece de qualquer comentário.


     A notícia está no i.

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