terça-feira, 17 de dezembro de 2019
Seinfeld: Temporada 02 - Episódio 01
Resumo e análise da Cena IV do Ato III de Romeu e Julieta
Resumo
Capuleto, Lady Capuleto e Páris
caminham juntos. Capuleto diz que, devido aos terríveis acontecimentos
recentes, não teve tempo de perguntar à filha sobre os sentimentos dela por Páris.
Lady Capuleto afirma que ela conhecerá os pensamentos da filha pela manhã. Páris
está prestes a sair quando Capuleto o chama de volta e lhe diz que acha que a
filha o ouvirá, depois corrige-se e afirma que tem a certeza de que Julieta
cumprirá a sua decisão. Ele promete a Páris que o casamento será realizado na
quarta-feira, depois para de repente e pergunta que dia é aquele. Páris
responde que é segunda-feira; Capuleto decide que quarta-feira é muito cedo e que
o casamento deve ser realizado na quinta.
Análise
As razões de Capuleto para mudar a
data do casamento de Julieta com Páris não são totalmente claras. Em cenas
posteriores, ele afirma que deseja trazer um pouco de alegria para um momento
triste e querer curar Julieta do seu profundo luto (é claro que, ironicamente,
ela lamenta o banimento do marido e não a morte de Tebaldo). Mas também é
possível que, neste momento de conflito com os Montecchios, Capuleto deseje
toda a ajuda política que puder obter. Um casamento entre a filha e Páris, um
parente próximo do príncipe, ajudaria bastante nesse aspeto. Independentemente
da motivação de Capuleto, a sua decisão torna óbvia a impotência das mulheres de
Verona. A impotência de Julieta nesta situação é posta a nu pela ironia da
determinação de Capuleto de empurrar o casamento de quarta para quinta-feira,
quando alguns dias antes ele queria adiar o casamento por dois anos.
Traduzido de SparkNotes
Resumo e análise da Cena III do Ato III de Romeu e Julieta
Resumo
Na cela de Frei Lourenço, Romeu é
tomado pela tristeza e pergunta-se que sentença o príncipe decretou. O frade responde-lhe
que tem sorte: o príncipe apenas o baniu. Romeu afirma que o banimento é uma
pena muito pior que a morte, pois ele terá de viver, mas sem Julieta. O frade
tenta aconselhar Romeu, mas o jovem é tão infeliz que não aceita nada disso e
cai no chão. A enfermeira chega e Romeu pede desesperadamente notícias sobre
Julieta. Ele assume que a esposa agora pensa nele como um assassino e ameaça esfaquear-se.
Frei Lourenço detém-no e repreende-o por não ser viril. O religioso explica que
Romeu tem muito a agradecer: ele e Julieta estão vivos, e depois de os
problemas acalmarem, o príncipe Della-Scala pode mudar de ideia. O frade
estabelece um plano: Romeu visitará Julieta naquela noite, mas terá de deixar o
seu aposento e Verona, antes da manhã. Irá depois residir em Mântua até que as
notícias do seu casamento se espalhem. A enfermeira entrega a Romeu o anel de
Julieta, e esse símbolo físico do seu amor revive o seu espírito. A enfermeira
parte e Romeu despede-se do frade. Ele deve preparar-se para visitar Julieta e
depois fugir para Mântua.
Análise
Shakespeare cria uma tensão
psicológica interessante em Romeu e Julieta, vinculando consistentemente
a intensidade do amor jovem com um impulso suicida. Embora o amor seja
geralmente o oposto do ódio, violência e morte, Shakespeare retrata a autoaniquilação
como aparentemente a única resposta à esmagadora experiência emocional que
constitui ser jovem e apaixonada. Romeu e Julieta parecem flertar com a ideia
da morte durante grande parte da peça, e a possibilidade de suicídio repete-se
com frequência, prenunciando as suas mortes finais no Ato V. Quando Julieta
entende mal a enfermeira e pensa que Romeu está morto, ela não pensa que ele
foi morto, mas que se matou. E, pensando que Romeu está morto, Julieta decide
rapidamente que ela também deve morrer. O seu amor por Romeu não permitirá outro
curso da ação.
A ameaça real de suicídio feita
por Romeu na cela de Frei Lourenço, na qual ele deseja "saquear / A odiosa
mansão" que é o seu corpo para que possa erradicar o seu nome, lembra a
cena da varanda, na qual Romeu despreza o seu nome Montecchio na frente de
Julieta, dizendo: "Se eu a tivesse escrito, rasgaria a palavra". Na
cena da varanda, um nome parecia ser uma coisa simples que podia segurar na sua
frente e rasgar. Uma vez rasgado, poderia facilmente viver sem ele. Agora, com
uma melhor compreensão de como é difícil escapar às responsabilidades e
reivindicações da lealdade da família, de ser um Montecchio, Romeu modifica a
metáfora. Ele não se concebe mais como capaz de rasgar o seu nome. Em vez
disso, agora deve arrancá-lo do corpo e, no processo, morrer.
Resumo e análise da Cena II do Ato III de Romeu e Julieta
Resumo
Na casa de Capuleto, Julieta
anseia que a noite caia, para que Romeu a encontre "sem falar e sem ser
visto". De repente, a enfermeira chega com as notícias da luta entre Romeu
e Tebaldo. Mas a enfermeira está tão perturbada que tropeça nas palavras,
fazendo parecer que Romeu está morto. Julieta assume que ele se matou e resigna-se
a morrer. A enfermeira então começa a lamentar a morte de Tebaldo, e Julieta
teme brevemente que este e Romeu estejam mortos. Quando a história é finalmente
contada e Julieta entende que Romeu matou Tebaldo e foi condenado ao exílio,
amaldiçoa a natureza de que deve colocar "o espírito de um demónio"
na "carne doce" de Romeu. A enfermeira ecoa Julieta e amaldiçoa o
nome de Romeu, mas a jovem denuncia-a por ter criticado o marido e acrescenta
que ela se arrepende de o ter culpado. Julieta afirma que o banimento de Romeu
é pior do que dez mil Tebaldos mortos. Ela lamenta que vai morrer sem ter uma
noite de núpcias, uma solteira viúva. A enfermeira assegura-lhe, no entanto,
que sabe onde Romeu está escondido, e fará com que ele a encontre na noite de
núpcias. Julieta dá à enfermeira um anel para dar ao marido como um sinal do
seu amor.
Análise
O amor entre Romeu e Julieta,
feliz no ato II, é testado em circunstâncias terríveis, já que o conflito entre
as suas famílias é mais desastroso do que se poderia imaginar. A maneira como
os jovens amantes respondem à sua separação iminente ajuda a definir as
qualidades essenciais das suas respetivas personagens. Depois de ouvir que deverá
ser exilado, Romeu age com o drama habitual: fica triste e dominado pela sua
paixão. Ele cai no chão, recusa-se a ouvir a razão e ameaça matar-se. Julieta,
por outro lado, mostra um progresso significativo no seu desenvolvimento, desde
a menina simples e inocente do primeiro ato até à mulher corajosa, madura e
leal da conclusão da peça. Depois de criticar Romeu pelo seu papel na morte de
Tebaldo e de ouvir a enfermeira dizer o nome de Romeu, ela recupera o controle
de si mesma e percebe que a sua lealdade deve ser para com o marido, e não para
o primo Tebaldo.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
Resumo e análise da Cena I do Ato III de Romeu e Julieta
Resumo
Enquanto caminham na rua sob o sol
escaldante, Benvólio sugere a Mercúcio que entrem em casa, temendo que uma altercação
seja inevitável caso encontrem homens Capuletos. Mercúcio responde que Benvólio
tem um temperamento tão rápido quanto qualquer homem na Itália e não deve
criticar os outros por seus fusíveis curtos. Tebaldo
entra em cena acompanhado de um grupo de amigos. Aproxima de Benvólio e Mercúcio
e pede para falar com um deles. Irritado, Mercúcio começa a provocá-lo. Romeu
entra também e Tebaldo volta a sua atenção de Mercúcio para ele e chama-o
vilão. Romeu, agora secretamente casado com Julieta e, portanto, parente de
Tebaldo, recusa-se a ficar irritado com o ataque verbal de Tebaldo. Este ordena
a Romeu que puxe da sua espada. O jovem protesta que tem boas razões para amar
Tebaldo e não deseja lutar com ele. E pede que, até que Tebaldo saiba o motivo
desse amor, deixe de lado a espada. Mercúcio, com raiva, sacode a espada e
declara com humor cortante que, se Romeu não lutar contra Tebaldo, ele o fará.
Mercúcio e Tebaldo começam a lutar. Romeu, tentando restaurar a paz, coloca-se
entre os combatentes. Tebaldo apunhala Mercúcio por debaixo do braço de Romeu
e, quando aquele cai ferido, Tebaldo e os seus homens fogem apressadamente.
Mercúcio morre, amaldiçoando os Montecchios e os Capuletos: “Uma praga a ambas
as casas”, e ainda derramando suas loucuras espirituosas. Enfurecido, Romeu
declara que o seu amor por Julieta o tornou efeminado e que deveria ter lutado
contra Tebaldo no lugar de Mercúcio. Quando Tebaldo, ainda zangado, volta à
cena, Romeu empunha a espada. Eles lutam, e Romeu mata Tebaldo. Benvólio pede-lhe
que fuja; aproxima-se um grupo de cidadãos indignados com as recorrentes lutas
de rua. Romeu, chocado com o que aconteceu, grita "Oh, sou o joguete do
destino!" E foge.
O príncipe entra, acompanhado por
muitos cidadãos, os Montecchios e os Capuletos. Benvólio conta ao príncipe a
história da luta, enfatizando a tentativa de Romeu de manter a paz, mas Lady
Capuleto, tia de Tebaldo, chora que Benvólio está a mentir para proteger os
Montecchios. Ela exige a vida de Romeu. O príncipe Della-Scala prefere exilá-lo
de Verona. Ele declara que, caso Romeu seja encontrado na cidade, será morto.
Análise
A violência repentina e fatal na
primeira cena do ato III, bem como o acumular de lutas, serve como um lembrete
de que, não obstante toda a ênfase estar colocada no amor, na beleza e no romance,
Romeu e Julieta tem lugar num mundo ainda masculino em que as noções de
honra, orgulho e status tendem a entrar em erupção durante um conflito.
A crueldade e os perigos do ambiente social da peça são ferramentas dramáticas
que Shakespeare emprega para fazer com que o romance dos amantes pareça ainda
mais precioso e frágil – o seu relacionamento é a única pausa do público confrontado
com o mundo brutal que pressiona contra o amor de Romeu e Julieta. As rixas
entre Mercúcio e Tebaldo e depois entre este e Romeu são caóticas; Tebaldo mata
Mercúcio por sob o braço de Romeu, foge e, de repente e inexplicavelmente,
volta para lutar contra Romeu, que o mata como vingança. A paixão supera a
razão a cada passo.
O grito de Romeu ("Oh, sou o
joguete do destino!") refere-se especificamente à sua falta de sorte ao
ser forçado a matar o primo da sua nova esposa, sendo, por isso, banido. Lembra
também que o destino paira sobre a peça. A resposta de Mercúcio ao seu destino,
no entanto, é notável na maneira como diverge da resposta de Romeu. Este culpa
o destino, ou a fortuna, pelo que aconteceu consigo. Já Mercúcio amaldiçoa os
Montecchios e os Capuletos. Ele parece ver as pessoas como a causa da sua morte
e não dá crédito a nenhuma força maior.
A sociedade elisabetana geralmente
acreditava que um homem demasiadamente apaixonado perdia a sua masculinidade.
Romeu concorda claramente com essa crença, como se comprova quando afirma que o
seu amor por Julieta o fez "efeminado". Mais uma vez, porém, essa
afirmação pode ser vista como uma batalha entre o mundo privado do amor e o
mundo público da honra, dever e amizade. O Romeu que duela com Tebaldo é o
Romeu que Mercúcio chamaria de "verdadeiro" Romeu. O que procurou
evitar o confronto por preocupação com a sua esposa é a pessoa que Julieta
reconheceria como o seu Romeu amoroso. A palavra efeminado é aplicada pelo
mundo público da honra àquelas coisas que não respeita. Ao usar o termo para
descrever o seu estado atual, Romeu aceita as responsabilidades que lhe são
impostas pelas instituições sociais de honra e dever da família.
A chegada do príncipe e dos
cidadãos enfurecidos muda o foco da peça para um tipo diferente de esfera
pública. O assassinato de Tebaldo por Romeu é marcado pela imprudência e
vingança, características apreciadas pelos nobres, mas que ameaçam a ordem
pública que os cidadãos desejam e que o príncipe tem a responsabilidade de
defender. Como alguém que exibiu essas características, Romeu é banido de
Verona. Antes, o príncipe agiu para reprimir o ódio dos Montecchios e dos Capuletos,
a fim de preservar a paz pública; agora, ainda atuando para evitar surtos de
violência, o príncipe, involuntariamente, age para frustrar o amor de Romeu e
Julieta. Consequentemente, com o seu amor censurado não apenas pelos Montecchios
e pelos Capuletos, mas também pelo governador de Verona, a relação do par
amoroso põe Romeu em perigo de uma represália violenta por parte dos parentes
de Julieta e do estado.
Traduzido de SparkNotes
Resumo e análise das Cenas V e VI do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
Romeu e Frei Lourenço esperam que
Julieta chegue à cela. Um Romeu em êxtase afirma descaradamente que não se
importa com o infortúnio que possa vir, pois ficará pálido em comparação com a
alegria que sente agora. O frade aconselha-o a amar moderadamente e não com
muita intensidade, dizendo: “essas delícias violentas têm fins violentos”.
Julieta entra e Romeu pede-lhe que fale poeticamente do seu amor. Ela responde
que aqueles que podem tão facilmente descrever o seu "valor" são
mendigos, o seu amor é demasiado grande para ser descrito com tanta facilidade.
Os amantes saem com o frade e são casados.
Análise das cenas V e VI
Ao longo destas cenas, Shakespeare
enfatiza a emocionante alegria do amor jovem e romântico. Romeu e Julieta estão
elétricos antecipando o que está para vir. Numa cena maravilhosamente cómica, ela
mal consegue conter-se quando a enfermeira finge estar cansada demais para lhe
dar a notícia. Romeu está igualmente excitado, proclamando impetuosamente e de
forma blasfema que o seu amor é a força mais poderosa do mundo.
Embora a euforia do amor domine
claramente estas cenas, alguns presságios ameaçadores são revelados. O jogo da
piada da enfermeira, no qual ela adia contar a Julieta as notícias, encontrará
o seu triste espelho numa cena futura, quando a angústia da enfermeira a impede
de relatar notícias a Julieta causando, assim, uma terrível confusão. Existe um
presságio mais profundo na observação do frade, referindo-se ao amor poderoso
de Romeu, de que "essas delícias violentas têm fins violentos". Todos
os espectadores sabem que a peça é uma tragédia e que Romeu e Julieta morrerão.
As palavras do frade, portanto, são mais do que apenas uma diferença de opinião
relativamente a Romeu; elas reforçam a presença e o poder do destino.
A devoção de Frei Lourenço à
moderação é interessante, pois oferece uma alternativa à maneira como todas as
outras personagens de Romeu e Julieta vivem suas vidas. De Romeu a Tebaldo,
de Montecchio a Capuleto, todas as personagens seguem a paixão, abandonando a cautela.
O frade critica esse modo de agir e sentir, notando o seu poder destrutivo.
Frei Lourenço certamente está correto, mas, depois de expor sua crença, o frade
envolve-se em todo o excesso e paixão contra os quais aconselhou as personagens.
A paixão dos jovens amantes pode ser destrutiva, mas também é extraordinariamente
bela; se Romeu e Julieta fossem moderados na sua afeição, o seu amor não soaria
como o conhecemos.
Resumo da Cena V do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
No pomar de Capuleto, Julieta
espera impacientemente a sua enfermeira, a quem enviou para encontrar Romeu
três horas antes. Por fim, ela regressa e a jovem pressiona-a ansiosamente por
notícias. A enfermeira afirma estar cansada demais, dolorida e sem fôlego para lhe
contar o que aconteceu. Julieta fica frenética e, eventualmente, a enfermeira
cede e diz-lhe que Romeu está esperando na cela de Frei Lourenço para casar com
ela. A enfermeira parte para esperar no caminho o criado de Romeu, que deve trazer
uma escada para ele usar para subir à câmara de Julieta naquela noite, para
consumar o casamento.
domingo, 15 de dezembro de 2019
Resumo e análise da Cena IV do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
Mais tarde naquela manhã, pouco
antes das nove, Mercúcio e Benvólio perguntam-se o que aconteceu com Romeu na
noite anterior. Benvólio soube por um servo de Montecchio que Romeu não voltou
para casa; Mercúcio profere algumas palavras cruéis sobre Rosalina. Benvólio também
conta que Tebaldo enviou uma carta a Romeu desafiando-o para um duelo. Mercúcio
responde que Romeu já está morto, atingido pela flecha de Cupido; ele pergunta-se
em voz alta se Romeu é homem o suficiente para derrotar Tebaldo. Quando Benvólio
vem em defesa de Romeu, Mercúcio lança uma descrição extensa de Tebaldo. Ele
descreve-o como um mestre espadachim, perfeitamente adequado e composto em
grande estilo. Segundo Mercúcio, no entanto, Tebaldo também é um “vendedor de
moda” vaidoso e afetado; ele despreza tudo o que Tebaldo representa.
Romeu chega. Mercúcio
imediatamente começa a ridicularizá-lo, alegando que Romeu foi enfraquecido
pelo amor. Como uma forma de zombar do que ele acredita ser o amor exagerado de
Romeu por Rosalina, Mercúcio encarna o papel daquele e compara Rosalina a todas
as belezas mais famosas da antiguidade, considerando-a muito superior. Mercúcio
acusa Romeu de abandonar os seus amigos na noite anterior. Romeu não nega a
acusação, mas afirma que a sua necessidade era grande e, portanto, a ofensa é
perdoável. Daqui resultam justas verbais intrincadas, espirituosas e
descontroladamente sexuais.
A enfermeira entra, seguida pelo criado
Pedro. Ela pergunta se algum dos três jovens conhece Romeu, e este identifica-se.
Mercúcio brinca com a enfermeira, insinuando que ela é uma prostituta,
enfurecendo-a. Benvólio e Mercúcio despedem-se para jantar na casa de Montecchio,
e Romeu diz que os seguirá em breve. A enfermeira avisa Romeu que é melhor ele
não tentar "lidar em dobro" com Julieta, e o jovem garante que não é.
Pede então à enfermeira que peça a Julieta que encontre uma maneira de assistir
à confissão na cela de Frei Lourenço naquela tarde; lá, eles casar-se-ão. A
enfermeira concorda em entregar a mensagem e também em montar uma escada de
pano para que Romeu possa subir ao quarto de Julieta na noite de núpcias.
Análise
A questão de Rosalina continua nesta
cena, quando Mercúcio começa a ridicularizar os modos apaixonados de Romeu, ao
compará-la de forma trocista a todas as belezas da antiguidade (é interessante
notar que uma dessas belezas, Tisbe, é encontrada num mito que se assemelha muito
à trama de Romeu e Julieta). Os eventos da peça provam o amor constante
de Romeu por Julieta, mas o amor imaturo de Romeu por Rosalina, o seu amor pelo
amor, nunca é completamente apagado. Ele continua muito rápido para seguir os
exemplos clássicos de amor, incluindo o seu suicídio.
Além de desenvolver o enredo pelo qual Romeu e Julieta
se casarão, esta cena oferece um vislumbre de Romeu entre os seus amigos. Ele
mostra-se tão habilidoso e punitivo quanto Mercúcio. Esse Romeu punidor é o que
Mercúcio acredita ser o "verdadeiro" Romeu, subitamente livre da
melancolia ridícula do amor. Noutra cena, Julieta tentou combater o mundo
social através do poder do seu amor particular; aqui Mercúcio tenta afirmar a
linguagem social da bravata e brincadeira sobre a introspeção privada do amor.
Curiosamente, Julieta e Mercúcio acham que conhecem o Romeo "real".
Um conflito emerge; até a amizade se opõe ao amor de Romeu, que deve manter-se
tanto o amante privado quanto o Montecchio público e amigo, e ele deve, de alguma
forma, encontrar uma maneira de navegar entre as diferentes reivindicações que os
seus dois papéis exigem dele.
Traduzido de SparkNotes
Seinfeld: Temporada 01 - Episódio 04
Resumo e análise da Cena III do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
De manhã, cedo, Frei Lourenço
entra, segurando uma cesta. Ele enche-a com várias ervas daninhas, ervas e
flores. Enquanto reflete sobre a beneficência da Terra, demonstra um profundo
conhecimento das propriedades das plantas que coleta. Romeu entra e o frade
intui que o jovem não dormiu na noite anterior, pelo que teme que Romeu tenha
dormido em pecado com Rosalina. Romeu garante que isso não aconteceu e descreve
o seu novo amor por Julieta, bem como a sua intenção de se casar com ela e o seu
desejo de que o frade os case naquele mesmo dia. Frei Lourenço está chocado com
essa mudança repentina de Rosalina para Julieta. Ele comenta sobre a
inconstância do amor jovem, em particular o de Romeu. Este defende-se,
observando que Julieta retribui o seu amor, enquanto Rosalina não. Em resposta,
o frade argumenta que Rosalina pôde ver que o amor de Romeu por ela "lia
de maneira rotineira, que não podia soletrar". Permanecendo cético diante
da súbita mudança de coração do jovem, Frei Lourenço, no entanto, concorda em
casar o casal. Ele expressa a esperança de que o casamento de Romeu e Julieta
possa acabar com a rixa que assola os Montecchios e os Capuletos.
Análise
Nesta cena, somos apresentados a
Frei Lourenço enquanto ele medita sobre a dualidade do bem e do mal que existe
em todas as coisas. Falando em plantas medicinais, o frade alega que, embora
tudo na natureza tenha um propósito útil, também pode levar ao infortúnio se
for usado de maneira inadequada. No final desta passagem, a ruminação do frade
volta-se para uma aplicação mais ampla; ele reflete sobre como o bem pode ser
pervertido para o mal e o mal pode ser purificado pelo bem. O frade tenta usar
suas teorias quando concorda em casar Romeu e Julieta; ele espera que o bem do
seu amor reverta o mal do ódio entre as famílias rivais. Infelizmente, mais
tarde, ele faz com que o outro lado da sua teoria entre em ação: o plano que
envolve uma poção indutora do sono, que ele pretende que preserve o casamento e
o amor de Romeu e Julieta, resulta na morte de ambos.
É difícil definir o papel temático
do frade em Romeu e Julieta. Claramente, Frei Lourenço é um amigo
bondoso de Romeu e Julieta. Ele também parece sábio e altruísta. Mas, embora o
frade pareça incorporar todas essas boas qualidades frequentemente associadas à
religião, também é um servo desconhecido do destino: todos os seus planos dão
errado e criam os mal-entendidos que levam à tragédia final.
Frei Lourenço também devolve o
espectro de Rosalina à peça. O frade não pode acreditar que o amor de Romeu
possa mudar tão rapidamente de uma pessoa para outra. A resposta do jovem, de
que Julieta corresponde ao seu amor, enquanto Rosalina não o fez, dificilmente
fornece evidências de que ele amadureceu.
Traduzido de SparkNotes
Resumo e análise da Cena II do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
Julieta aparece de repente a uma
janela acima do local onde Romeu está parado. Ele compara-a ao sol da manhã,
muito mais bonito que a lua que bane. Quase fala com ela, mas pensa melhor.
Julieta, refletindo para si mesma e sem saber que Romeu está no seu jardim,
pergunta por que Romeu deve ser Romeu – um Montecchio e, portanto, um inimigo
para a sua família. Ela diz que, se ele recusasse o nome de Montecchio, ela
entregar-se-lhe-ia; ou se ele, simplesmente jurasse que a amava, ela recusaria
o nome de Capuleto. Romeu responde ao seu pedido, surpreendendo Julieta, já que
ela pensava que estava sozinha. A jovem pergunta-se como ele a encontrou e Romeu
diz que o amor o levou até ela. Julieta teme que o seu apaixonado seja
assassinado se for encontrado no jardim, mas Romeu recusa sair, alegando que o
amor de Julieta o tornaria imune aos seus inimigos. Julieta admite que sente
tanto por Romeu quanto ele afirma que a ama, mas ela preocupa-se que ele talvez
se mostre inconstante ou falso, ou pense que Julieta é fácil de conquistar.
Romeu começa a jurar, mas ela impede-o, preocupada que tudo esteja acontecendo
muito rapidamente. Ele tranquiliza-a, e os dois confessam o seu amor novamente.
A enfermeira chama por Julieta, que entra por um momento. Quando reaparece, diz
a Romeu que lhe enviará alguém no dia seguinte para ver se o amor dele é
honroso e se ele pretende casar-se com ela. A enfermeira chama-a novamente e
ela retira-se de novo. Porém, aparece à janela mais uma vez para marcar o
horário em que o seu emissário o procurará: eles combinam às nove da manhã e
exultam pelo seu amor por um momento antes de dizerem boa noite. Julieta volta
para dentro do seu quarto e Romeu parte em busca de um monge que o ajude na sua
causa.
Análise
O ato II é o ato mais feliz e
menos trágico da peça. Nele, Shakespeare dedica-se a explorar os aspetos
positivos, alegres e românticos do amor jovem. A cena I, a cena da sacada
(assim chamada porque frequentemente é encenada com Julieta numa sacada, embora
as instruções do palco sugiram apenas que ela está numa janela acima de Romeu),
é uma das cenas mais famosas de todo o teatro, devido à sua bela e sugestiva
poesia. Shakespeare explora as profundezas das personagens dos jovens amantes e
captura as sutilezas da sua interação, como na luta de Julieta entre a
necessidade de cautela e um desejo irresistível de estar com Romeu.
Muitas das cenas mais importantes
de Romeu e Julieta, como a cena da sacada, ocorrem muito tarde à noite
ou muito cedo, pois Shakespeare tem de usar toda a duração de cada dia para
comprimir a ação da peça. em apenas quatro dias. O dramaturgo explora a
transição entre o dia e a noite como um recorrente motivo claro / escuro, às
vezes fazendo uma distinção nítida entre noite e dia, outras vezes obscurecendo
os limites entre eles. A longa e apaixonada descrição de Romeu sobre Julieta na
cena da varanda é um exemplo desse tema. Ele imagina que ela é o sol, nascendo
do leste para banir a noite; na verdade, Romeu diz que Julieta está a
transformar a noite em dia.
Romeu, é claro, está a falar
metaforicamente aqui; Julieta não é o sol e ainda é noite no pomar. Mas o jovem
estabelece a comparação com tanta devoção que deve ficar claro para o público
que, para ele, não é uma metáfora simples. Para Romeu, Julieta é o sol, e já não
é noite. Aqui está um exemplo do poder da linguagem para transformar brevemente
o mundo ao serviço do amor.
E, no entanto, no mesmo discurso,
Romeu e Julieta também questionam o poder da linguagem. Desejando que Romeu não
fosse filho do inimigo do seu pai, ela diz:
É apenas o teu nome que é meu
inimigo.
Tu és tu mesmo, e não um
Montecchio.
O que é um Montecchio? Não é mão,
nem pé,
Nem braço, nem rosto, nem qualquer
outra parte
Que pertença a um homem. Oh, sê qualquer
outro nome!
O que existe num nome? Aquilo a que
chamamos rosa
Teria o mesmo perfume embora lhe
déssemos outro nome.
Aqui, Julieta questiona por que
Romeu deve ser seu inimigo. Ela recusa-se a acreditar que ele seja definido por
ser um Montecchio e, portanto, implica que os dois podem amar-se sem medo das
repercussões sociais. Mas a linguagem como expressão de instituições sociais
como a família, a política ou a religião não pode ser descartada tão
facilmente, porque nenhuma outra personagem da peça está disposta a
descartá-las. Julieta ama Romeu porque ele é Romeu, mas o poder do amor dela
não pode remover dele o sobrenome de Montecchio ou tudo o que ele representa.
Na privacidade do jardim, a linguagem do amor é triunfante. Mas no mundo
social, a linguagem da sociedade domina. Essa batalha da linguagem, na qual
Romeu e Julieta tentam refazer o mundo para permitir o seu amor, é algo a observar-se.
Traduzido de SparkNotes
Seinfeld: Temporada 01 - Episódio 03
Resumo e análise da Cena I do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
Tendo deixado a festa, Romeu
decide que não pode ir para casa. Ele deve tentar encontrar Julieta. Sobe um
muro que demarca a propriedade Capuleto e salta para o pomar. Benvólio e Mercúcio
entram, chamando por Romeu. Eles têm a certeza de que ele está por perto, mas
Romeu não responde. Exasperado e divertido, Mercúcio zomba dos sentimentos do
jovem por Rosalina num discurso obsceno. Mercúcio e Benvólio partem sob a
suposição de que Romeu não quer ser encontrado. No pomar, o jovem ouve as
provocações de Mercúcio e diz para si mesmo: "Ele brinca com cicatrizes
que nunca sentiram feridas".
Resumo e análise do Prólogo do Ato II de Romeu e Julieta
Resumo
O Coro oferece outro pequeno
soneto que descreve o novo amor entre Romeu e Julieta: o ódio entre as famílias
dos amantes dificulta que eles encontrem tempo ou lugar para se encontrar e que
a sua paixão cresça; mas a perspetiva do seu amor dá a cada um dos dois o poder
e a determinação de iludir os obstáculos colocados no seu caminho.
Análise
O prólogo do segundo ato reforça
temas que já apareceram. Um amor foi substituído por outro através do poder do
"encanto dos olhares", e a força da influência dos pais está no
caminho da felicidade dos amantes. Este prólogo funciona menos como a voz do
destino do que o primeiro. Em vez disso, constrói suspense, expondo o problema
dos dois amantes e sugerindo que pode haver alguma maneira de superá-lo:
"Mas a paixão dar-lhes-á força e o tempo ocasião de se encontrarem, compensando
extremos perigos com extremas delícias.”.
Traduzido de SparkNotes
Resumo e análise da Cena V do Ato I de Romeu e Julieta
Resumo
No grande salão dos Capuletos,
tudo é agitado. Os criados trabalham febrilmente para garantir que tudo corre
bem e reservam um pouco de comida para garantir que também desfrutam do
banquete. Capuleto percorre grupos de convidados, brincando com eles e incentivando
todos a dançar.
Do outro lado da sala, Romeu vê
Julieta e pergunta a um criado quem ela é, mas este não sabe. Romeu está
paralisado; Rosalina desaparece de sua mente e ele declara que nunca esteve
apaixonado até esse momento. Movendo-se pela multidão, Tebaldo ouve e reconhece
a voz de Romeo. Percebendo que está presente um Montecchio, envia um servo para
trazer a sua espada. Capuleto ouve Tebaldo e repreende-o, dizendo-lhe que Romeu
é bem visto em Verona e que ele não terá jovens feridos na sua festa. Tebaldo
protesta, mas Capuleto repreende-o até que ele concorde em manter a paz.
Enquanto Capuleto segue em frente, Tebaldo promete que não deixará passar esta
indignidade.
Enquanto isso, Romeu se aproximou-se
de Julieta e tocou na sua mão. Num diálogo pontuado por metáforas religiosas
que representam Julieta como uma santa e Romeu como um peregrino que deseja
apagar seu pecado, ele tenta convencê-la a beijá-lo, já que é somente através
do beijo dela que ele pode ser absolvido. Julieta concorda em ficar parada
enquanto Romeu a beija. Assim, nos termos da sua conversa, ela tira o pecado
dele. Julieta dá o salto lógico de que, se tirou o pecado de Romeu, o pecado
dele agora deve residir nos seus lábios e, portanto, eles devem beijar-se
novamente.
Assim que o segundo beijo termina,
a enfermeira chega e diz a Julieta que a sua mãe quer falar com ela. Romeu
pergunta à enfermeira quem é a mãe de Julieta. A enfermeira responde que é Lady
Capuleto. Romeu está arrasado. Quando a multidão começa a dispersar, Benvólio
aparece e retira Romeu do banquete. Julieta está tão impressionada com o homem
misterioso que beijou quanto Romeu está com ela. A jovem comenta consigo mesma
que, se ele já for casado, ela morrerá. Para descobrir a identidade de Romeu
sem levantar suspeitas, a jovem pede à enfermeira que identifique uma série de
jovens. A enfermeira sai e volta com a notícia de que o nome do homem é Romeu e
que ele é um Montecchio. Angustiada por amar uma Montecchio, Julieta segue a
enfermeira.
Análise
Romeu vê Julieta e esquece Rosalina
completamente; Julieta conhece Romeu e apaixona-se profundamente. O encontro de
ambos domina a cena e, com uma linguagem extraordinária que capta a emoção e o
espanto que os dois protagonistas sentem, Shakespeare mostra-se à altura das
expectativas que criou ao adiar o encontro por um ato inteiro.
A primeira conversa entre Romeu e
Julieta é uma metáfora cristã estendida. Usando essa metáfora, Romeu,
engenhosamente, consegue convencer Julieta a deixá-lo beijá-la. Mas a metáfora
possui muitas outras funções. As conotações religiosas da conversa implicam
claramente que o amor deles só pode ser descrito através do vocabulário da
religião, dessa pura associação com Deus. Dessa maneira, o seu amor associa à
pureza e paixão do divino. Mas há um outro lado nessa associação de amor
pessoal e religião. Ao usar a linguagem religiosa para descrever os sentimentos
crescentes de um pelo outro, Romeu e Julieta andam na ponta dos pés à beira da
blasfémia. Romeu compara Julieta à imagem de um santo que deveria ser
reverenciado, um papel que Julieta está disposta a desempenhar. Enquanto a
igreja católica sustentava que a reverência pelas imagens de santos era
aceitável, a igreja anglicana dos tempos elisabetanos via-a como uma blasfémia,
uma espécie de adoração a ídolos. As declarações de Romeu sobre Julieta raiam
as fronteiras da heresia. A jovem comete uma blasfémia ainda mais profunda na
cena seguinte, quando chama Romeu o "deus da sua idolatria",
instalando-o efetivamente no lugar de Deus na sua religião pessoal. Este dado
parece confirmar a ideia de que o amor de Romeu e Julieta parece sempre opor-se
às estruturas sociais da família, à honra e ao desejo civil de ordem. Aqui
também é mostrado que há algum conflito, pelo menos teologicamente, com a
religião.
Quando Romeu e Julieta se
encontram, falam apenas catorze versos antes do primeiro beijo. Essas catorze
linhas compõem um soneto compartilhado, com um esquema de rima ababcdcdefefgg.
Um soneto é uma forma poética perfeita e idealizada, frequentemente usada para
escrever sobre o amor. Encapsular o momento de origem do amor de Romeu e
Julieta num soneto cria uma combinação perfeita entre conteúdo literário e o estilo
formal. O uso do soneto, no entanto, também serve um segundo propósito mais
sombrio. O prólogo da peça é igualmente um soneto único com o mesmo esquema de
rimas que o soneto compartilhado de Romeu e Julieta. O soneto-prólogo apresenta
a peça e, através da sua descrição da eventual morte de Romeu e Julieta, também
ajuda a criar a noção de destino que permeia a peça. O soneto compartilhado
entre os dois cria, portanto, um vínculo formal entre o amor e o destino. Com
um único soneto, Shakespeare encontra um meio de expressar o amor perfeito e
vinculá-lo a um destino trágico.
Esse destino começa a afirmar-se
no instante em que Romeu e Julieta se encontram: Tebaldo reconhece a voz de
Romeu quando este mostra pela primeira vez o seu fascínio pela beleza de
Julieta. Capuleto, agindo com cautela, impede Tebaldo de tomar uma ação
imediata, mas a raiva deste último está definida, criando as circunstâncias que
eventualmente banirão Romeu de Verona. No encontro entre Romeu e Julieta jazem
as sementes da sua tragédia compartilhada.
A primeira conversa entre as duas
personagens fornece também um vislumbre dos papéis que cada um desempenhará no
seu relacionamento. Nesta cena, Romeu é claramente o agressor. Ele usa toda a
habilidade à sua disposição para conquistar uma atingida, mas tímida Julieta.
Note-se que ela não se mexe durante o primeiro beijo; simplesmente deixa-o
beijá-la. É ainda uma jovem, e embora já no seu diálogo com Romeo se tenha mostrado
inteligente, não está pronta para entrar em ação. Mas Julieta é o agressor no
segundo beijo. É a lógica dela que força Romeu a beijá-la novamente e recuperar
o pecado que ele colocou nos seus lábios. Numa única conversa, Julieta
transforma-se de uma rapariga jovem e tímida numa mais madura, que entende o
que deseja e é inteligente o suficiente para consegui-lo. O comentário
subsequente de Julieta a Romeu ("Beijais com arte!") pode ser
interpretado de duas maneiras. Primeiro, pode enfatizar a falta de experiência
de Julieta. Muitas produções da peça fazem-na dizer essa fala com certo grau de
admiração, de modo que as palavras significam "vós sois um beijador
incrível, Romeu". Mas é possível ver um tom algo irónico nessa fala. O
comentário de Julieta de que Romeu beija com arte/pelo livro é semelhante a
notar que ele beija como se tivesse aprendido a beijar num manual e seguiu
exatamente essas instruções. Por outras palavras, ele é proficiente, mas não
original (observe-se que o amor de Romeu por Rosalina é descrito exatamente
nesses termos, conforme aprendido na leitura de livros de poesia romântica).
Julieta está claramente apaixonada por Romeu, mas é possível vê-la como a mais
incisiva dos dois, e empenhada em levar Romeu a um nível mais genuíno de amor
através da observação da sua tendência para ser envolvido nas formas do amor,
em vez do próprio amor.
Traduzido de SparkNotes
Seinfeld: Temporada 01 - Episódio 02
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