Português

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Programa "Grandes Portugueses": Fernando Pessoa

          Neste «post», ficam os cinco vídeos referentes ao programa "Grandes Portugueses" que teve como figura o poeta Fernando Pessoa.

          Veja os dois primeiros vídeos e, depois, consulte a plataforma "moodle" da escola (endereço: http://esfcr.ccbi.com.pt/course/view.php?id=48) e resolva o teste aí proposto.

          Caso existam dificuldades de acesso, utilizem o «mail».

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Grupos constituintes da frase (GC2)

I. Grupos nominais

1.
a) O desejo de todos os benfiquistas é a conquista de mais vitórias.

b) É triste o desperdício de tanta água no nosso país.

c) Lamento a monotonia da Fórmula 1.

d) A oferta feita ao Pedro não presta.


2.
a) A rapariga alta

b) As vitórias do Benfica
    seis milhões de portugueses

c) Muitos políticos importantes

d) O controle do deficit e da dívida externa
     o primeiro passo para sair da crise


3.

3.1. Cada computador novo desperta desejos incontroláveis.

3.2. Os caminhos do progresso exigem a expansão da rede informática.

3.3. Falta ao Benfica um marcador de golos que jogue bem de cabeça.

3.4. O triste espectáculo dado pelo advogado foi repudiado pelos juízes.



II. Grupos adjectivais

1.
a) criança chorona

b) aluno sapientíssimo

c) homens violentos

d) indivíduos alcoólicos

e) perguntas incómodas


2.
a) antigo

b) o mais famoso
     imparável

c) perigosíssimo

d) incansáveis
    descontentes
    mau

e) fraquinho
    glorioso
    extraordinário

f) perigosa, maldosa e desnecessária


3.
a) O futebol do Sporting é triste de assitir.

b) Todos os alunos finalistas estão felizes com o baile.

c) As asas dos anjos são tão brancas que me ofuscam o olhar.

d) O hábito do Padre António Vieira é lindo de morrer.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Definição de Modernismo

          De acordo com o Dicionário de Literatura, coordenado por Jacinto do Prado Coelho, Modernismo é «um movimento estético, em que a literatura surge associada às artes plásticas e por elas influenciada, empreendido pela geração de Fernando Pessoa, M. de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, em uníssono com a arte e a literatura mais avançadas na Europa, sem prejuízo, porém, da sua originalidade nacional.

          O Modernismo é uma corrente artística surgida nos finais do século XIX (há autores que apontam a última década como data da sua génese) em resposta às consequências da industrialização que pretendia revalorizar a arte e a sua forma de realização.
          A designação atribuída ao movimento parece estar relacionada com uma loja que o alemão Samuel Bing abriu na cidade de Paris em 1895, a que deu o nome de Art Nouveau. Daqui surgiram diversas traduções do termo: Modernismo, na Espanha; Jugendstil, na Alemanha; Secessão, na Áustria; Modern Style na Inglaterra e Escócia.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ficha de leitura de «Autopsicografia» - Correcção

1. Relê a primeira estrofe.

          1.1. Explicita os dois momentos que a compõem - tese e demonstração.

          A tese corresponde ao primeiro verso - "O poeta é um fingidor". De acordo com a nota que inicia a página 30 do manual, o verbo «fingir» deriva do latim «fingere», que significava "criar", "transformar", "modelar", "imaginar"... Assim, partindo desta informação, o «fingir» do poema não significa "mentir", mas "inventar", "imaginar", "criar", "representar", logo não estamos perante uma «mentira», mas o «fingimento» de algo. A demonstração abrange os versos 2 a 4, onde se explicita o «objecto» fingido: a dor.
          Tal significa que o acto de criação, o acto poético consiste na expressão de uma dor que, sendo primeiro sentida pelo poeta, é posteriormente fingida e representada através da linguagem.

          1.2. Identifica a oposição que encontras nos versos 2 a 4.

          Nos referidos versos, existe uma oposição entre a dor fingida (v. 3) e a dor sentida (v. 4), que é racionalizada para depois ser expressa no poema.

          1.3. Nos três últimos versos surge uma oração subordinada consecutiva. Identifica-a e salienta o seu valor.

          A oração subordinada consecutiva é a seguinte: "Que chega a fingir". Esta oração indica a consequência (daí a designação de consecutiva) do que foi afirmado na oração anterior: "Finge tão completamente...". Deste modo, os dois últimos versos exprimem a consequência / o resultado do acto de fingimento do poeta que é anunciado no segundo verso.

          1.4. Refere o valor expressivo do advérbio de modo presente no segundo verso.

          O advérbio de modo "completamente" evidencia a intensidade do acto de fingir. De facto, estamos perante algo tão intenso que a dor real, a dor sentida pelo poeta, é superada pela dor fingida, isto é, pela que ele elaborou intelectualmente.

2. Na segunda estrofe, observa-se uma mudança de focalização.

          2.1. Aponta a perífrase que identifica o novo sujeito gramatical.

          A perífrase localiza-se no quinto verso, aquele que inicia a segunda estrofe - "E os que lêem o que escreve" -, referindo-se aos leitores (do poema / do poeta).

          2.2. Ilustra, com passagens do poema, que a dor experimentada pelo leitor é diferente das dores mencionadas na primeira estrofe mas tão intensa e verdadeira como as que aí são referidas.

          O leitor, ao ler o poema,  não tem acesso (isto é, não sente) à dor real do sujeito poético, mas também não experimenta a sua própria dor. Dado que a leitura é um acto intelectual, interpretativo, o leitor imagina uma dor que também não é coincidente com a dor sentida ou fingida pelo sujeito poético. É o que se pode depreender dos seguintes versos: "E os que lêem o que escreve, / Na dor lida sentem bem, / Não as duas que ele teve, / Mas só a que eles não têm." (vv. 5 a 8).
          Por outro lado, a intensidade da dor experimentada pelo leitor fique evidenciada pelo advérbio de modo «bem» presente no verso 6: "Na dor lida sentem bem...".
          No fundo, estamos perante um processo poético que é extensível à restante criação artística. O espectador de um filme ou de uma peça de teatro, por exemplo, não tem acesso aos sentimentos e emoções neles veiculadas ou pretendidas pelo(s) autor(es), antes faz a sua interpretação, a sua leitura em relação ao que está a ver.

3. Na terceira estrofe, o sujeito poético generaliza e anuncia uma conclusão.

          3.1. Descodifica as metáforas utilizadas.

          Na última estrofe, o sujeito poético socorre-se de diversas metáforas (e imagens) para aprofundar a sua tese e a realação existente entre o sentir e o pensar no acto de criação poética e artística. Assim, designa o "coração", ligado ao sentir, por "comboio de corda" que "Gira, a entreter a razão". Ora, um comboio de corda é um brinquedo, o que pode querer associar a poesia à função de «entretenimento» do espírito. Por outro lado, estamos perante um objecto mecânico, sem autonomia, pois "depende" dos carris, que alimenta a razão, isto é, que lhe fornece os elementos (os sentimentos, as emoções) para a criação artística.
          Já a razão surge associada à metáfora "calhas de roda", que subordinam, que disciplinam e condicionam o movimento do "comboio". Como o trajecto do comboio está dependente dos carris (isto é, dito de forma mais prosaica, o comboio vai para onde os carris o "levam", não tem autonomia para decidir o seu trajecto), tal significa que o sentir se subordina aos limites impostos pela razão no que à criação poética diz respeito.

6. Do ponto de vista formal, o poema adopta formas poéticas tradicionais.

          6.1. Classifica as estrofes, considerando o número de versos.

          O poema é constituído por três quadras.

          6.2. Indica o tipo de verso usado, atendendo ao número de sílabas.

          O verso usado é o de redondilha maior, isto é, constituído por sete sílabas métricas: Fin / ge / tão / com / ple / ta / men.

          6.3. Faz o esquema rimático do poema.

          O esquema rimático é o seguinte: a b a b / c d c d / f g f g. O esquema traçado significa que a rima é toda cruzada.

Questionário retirado de Entre Margens - Português * 12.º ano
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