Foi o próprio Sttau Monteiro quem qualificou esta peça como uma apoteose trágica. Partindo desta afirmação, podemos considerar os seguintes aspectos que conferem tragicidade à obra e a aproximam das tragédias clássicas:
- O tom geral da obra.
- O carácter excepcional e nobre das personagens:
- Gomes Freire é um homem corajoso, determinado e defensor intransigente dos ideais de liberdade;
- Matilde é uma mulher de grande nobreza moral que vive um conflito entre os seus sentimentos «humanos» e a progressiva consciencialização do seu dever de verdadeira patriota.
- A unidade e simplicidade de acção: tal como sucedia nas tragédias clássicas, Felizmente há Luar! desenvolve-se em torno de uma acção única: prisão, julgamento e morte do general Gomes Freire de Andrade.
- O carácter apoteótico, quase de homenagem, à figura heróica do general, cuja morte irá manter acesa a chama da esperança do povo português, num final verdadeiramente apologético.
- O despojamento cénico.
- A hybris (o desafio):
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