1.1-
Este Sermão foi pregado na Cidade de S. Luís do Maranhão, durante 3 dias antes de partir para Lisboa,
ou seja, 16 de Junho ano de 1654.
1.2-
O motivo por que se encontrava ali nessa
data, era porque estava de partida para Portugal pois queria por fim ao descalabro
moral e social que havia no Brasil, a escravidão, como as autoridades do Brasil
não o queriam ouvir iria a Portugal convencer o rei a ditar um decreto que abolisse
a escravatura. Mas antes de partir pregou esse Sermão, já que ninguém o queria
ouvir Padre António Vieira decidiu pregar para os peixes, esse Sermão
representava o estado das coisas na colónia.
1.3-
De acordo com nota, a «doutrina» que o Padre
António Vieira pregava era perseguida, sabemos nós que era pela Inquisição.
1.3.1-
Os ensinamentos da
referida doutrina eram relevantes ao bem espiritual e temporal da terra onde
ele pregava.
1.4-«alegórico»é
um adjectivo qualificativo.
1.4.1- A «alegoria» é um recurso
retórico-estilístico em que se fazem corresponder, de modo minucioso e
sistemático, um nível de significados literais e um nível de significados
figurados. A alegoria pode ser considerada como uma metáfora ou como uma
comparação prolongadas, devendo o seu intérprete descobrir sob os significados
literais e patentes, que em si mesmos têm coerência, outros significados, significados
de outra ordem.
Exemplo: "O polvo, com aquele
seu capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos,
parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma
brandura, a mesma mansidão."
O polvo aparece aqui como uma
notável representação alegórica da hipocrisia com que se mascara o ser humano
e, em particular, alguns membros da igreja.
A
alegoria pode ser global, isto é, um texto literário pode conter alegorias, mas
a alegoria é particularmente utilizada em géneros e subgéneros literários como
a sátira, a fábula, a parábola, o sermão e o apólogo (esta lista de géneros e
subgéneros demonstra bem o pendor didáctico da alegoria).
Daniela E.
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