- Amigo do Conde de Gouvarinho, é o representante da administração pública no romance, figurante e personagem-tipo da burocracia: é apresentado como «Oficial superior de uma grande repartição do estado», «Da Instrução Pública» (cap. XII);
- revela falta de cultura e mediocridade intelectual - o narrador, ironicamente, apresenta-o como «cheio de curiosidade inteligente» a perguntar a Carlos se «em Inglaterra havia também literatura»;
- é incapaz de argumentar, por falta de conhecimentos;
- fala «do alto da sua considerável posição burocrática»;
- nunca entra em discussões e acata todas as opiniões alheias, mesmo quando elas são absurdas;
- provocado pro Ega, é incapaz de travar um diálogo consequente, devido à falta de conhecimentos sobre figuras e temas da época (por exemplo, Proudhon, o socialismo utópico) e devido a uma formação preconceituosa e à ignorância que o leva a afirma, acerca das «páginas de Proudhon sobre o amor», que não sabia «que esse filósofo tivesse escrito sobre assuntos escabrosos»;
- representa, enquanto tipo social, a degradação na instrução pública, a superficialidade e a falta de cultura dos representantes da Administração do Estado.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Sousa Neto
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
Sem comentários :
Enviar um comentário