Alexandre Homem Cristo, assessor do CDS e investigador (salvo erro), publicou uma crónica no Observador.
A peça de sapiência tem muito que se lhe diga, como se poderá constatar a partir das pérolas seguintes:
- «Portugal tem maus professores. E não é por acaso: é fácil tornar-se professor.»;
- «... quem hoje vai para professor não são os bons alunos.»;
- «quem hoje frequenta os cursos da área da educação são, em média, os que têm níveis socioeconómicos mais baixos e que, por isso, obtêm mais bolsas de acção social.»;
- «Assim, em termos gerais, quem quer ser professor são os piores alunos, os mais pobres e os menos cultos.»;
- «Ora, afinal, o que mostram os resultados? Que 14% reprovou. Que 63% cometeu erros ortográficos (15% fez 5 ou mais erros).».
Vamos lá por partes...
1. «Temos maus professores» é o título, mas o cronista concentra a sua atenção num conjunto de candidatos a professores, isto é, que não exercem na sua maioria. Assim sendo, há desde logo aqui um problema de coerência textual.
2. Clama o articulista contra os erros ortográficos dados pelos desempregados que realizaram a Prova Pacóvia. Bom, «14% reprovou»? «63% cometeu erros»? Alexandre, o amigo também não dá para professor, pois comete erros - neste caso de concordância - básicos. Ups! É investigador! Diacho!
3. Afirma, do alto da sua torre, que os alunos que pretendem ser professores são pobres e que isso é uma das justificações principais para a sua impreparação genérica e para os erros ortográficos que deram na Prova Pacóvia. Seguindo esta linha de raciocínio, gente pobre não deve ser professora... e, por extensão, médica, engenheira... papa... Nasceu pobre e desfavorecida, deve morrer pobre e desfavorecida.
4. Além disso... caguei para esta gente. Farto!
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