Português: 11/01/2014 - 12/01/2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Na aula (XVIII): o «s» de cão

     Aula de 12.º ano sobre Álvaro de Campos. Trabalho de síntese de um texto informativo sobre este heterónimo pessoano. Pergunta saída lá da penumbra:

          «Professor, 'subversivo' escreve-se com S de Cão?»

Na aula (XVII): maratonas de «sprint»

     Abnegadamente, o aluno procura exemplificar uma parlapatice qualquer que está a proferir a propósito das noções de «esforço», «trabalho» e «estudo» e sai-se com esta pérola:

          "Por exemplo, estamos a fazer uma maratona de 100 metros..."

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Modificador do nome, complemento do nome e do adjetivo: exercícios

         Assinale a função sintática desempenhada pelos elementos sublinhados nas frases.

a) Não aprecio calças de ganga.
b) Vi o Manuel, primo da minha mãe.
c) O professor de Português está disponível para vos ajudar.
d) O Antunes, meu aluno, chegou da Austrália.
e) O cinema da vila foi encerrado por falta de espetadores.
f) O filho da tua cadela não sobreviveu.
g) Os cineastas defendem o apoio do ministério à atividade cinematográfica.
h) Os hotéis madeirenses estarão cheios na época natalícia.
i) A decisão do tribunal sobre José Sócrates será conhecida hoje.
j) Caros alunos, têm de entregar o trabalho sobre Ricardo Reis.
k) A Terra, um planeta verde e azul, está ameaçado.
l) Estou descontente com a exibição do Benfica.
m) O meu filho mais velho comprou uns ténis.
n) Joaquina, a minha prima, iniciou um novo negócio.
o) A festa de despedida do professor Rua foi muito participada.
p) O arquiteto mostrou-se interessado no projeto.
q) Dizem que este hospital é difícil de gerir.
r) A decisão da direção foi mal aceite pelos alunos.
s) José Sócrates, o réu, será julgado oportunamente.
t) Fumar é um vício prejudicial à saúde.

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Correção

a) Modificador do nome restritivo
b) Modificador do nome apositivo
c) Complemento do adjetivo
d) Modificador do nome apositivo
e) Modificador do nome restritivo
f) Complemento do nome
g) Complementos do nome (2)
h) Complemento do nome
i) Complemento do nome
j) Modificador do nome restritivo
k) Modificador do nome apositivo
l) Complemento do adjetivo
m) Modificador do nome restritivo
n) Modificador do nome apositivo
o) Modificador do nome restritivo
p) Complemento do adjetivo
q) Complemento do adjetivo
r) Complemento do nome
s) Modificador do nome apositivo
t) Complemento do adjetivo


Aulas de apoio e reuniões: componente letiva ou não letiva?

     Esclarecimentos do SPN aqui.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Na aula (XVI): problemas de localização geográfica

     «Em Lisboa há os estádios do Benfica, do Porto e do Sporting.»

     O centralismo da capital já chegou a este extremo?

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A fábula do burro e a Educação


A estória é bem conhecida mas lembro-a rapidamente: o dono de um burro teve que se ausentar e deixou dinheiro a um vizinho para ir comprando comida para o animal enquanto ele estava fora. O vizinho, para poupar dinheiro, foi dando cada vez menos comida ao burro até que ele morreu de fome. O comentário do desajeitado aforrador foi: “Que pena! O animal foi morrer logo agora, quando já estava quase habituado a não comer!”.
O orçamento proposto pelo Governo para 2014 corta – em cima dos cortes anteriores – mais 314 milhões de euros no Ministério da Educação. Os gastos com professores e auxiliares no ensino básico representam um corte de 13% em relação ao orçamento anterior.
Assim, reduzir professores e auxiliares, é uma poupança que nos vai custar muito caro. Cada vez mais as nossas escolas vão estar preparadas para educar alunos que têm ambientes familiares estimulantes e que lhes permitem seguir o currículo sem a necessidade de apoios. Para os outros, aqueles cada vez mais numerosos que não têm em casa, quem lhes dê apoio ou quem lhes possa pagar este apoio, a escola está cada vez mais pobre. Pobre porque não consegue criar ambientes de aprendizagem diferenciados que tenham atenção aos diferentes ritmos e condições de aprendizagem; pobre porque cada vez mais é encorajada a atuar como se os alunos se dividissem em “normais” – aqueles que aprendem da forma como tradicionalmente se ensina e os “especiais” aqueles que dão problemas e que não se tem possibilidades e recursos para ensinar.
E voltamos à fábula do burro. Todos estes cortes têm os seus efeitos: um dia perdemos uma auxiliar, daqui a meses um professor, para o ano mais duas auxiliares, e assim vamos… Tal como o burro vamo-nos desabituando de comer… A questão que é preciso recordar é o final da estória: o burro morreu. Quer dizer que estes cortes na educação vão-nos distanciando de uma escola para todos em cuja construção estivemos empenhados durante muitos anos. Não se trata só de racionalizar os gastos, o problema é que estamos a retomar uma conceção de escola – à semelhança da escola de má memória do “antigamente” – que ensine quem quer, quem está preparado, quem se comporta, quem ao fim e ao cabo se apresenta como um aluno “normal”.
Era muito bom que não nos conformássemos, que não nos habituássemos a esta dieta de recursos que fazem regredir a nossa educação e que leva a que muitos milhares de alunos – que podiam e são os nossos filhos – se sintam estrangeiros numa escola que foi feita para eles.

David Rodrigues
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