Português: Análise de "Quando em silêncio passas entre as folhas"

sábado, 16 de maio de 2020

Análise de "Quando em silêncio passas entre as folhas"

O sujeito poético dirige-se a um «tu» que passa, silenciosamente, na natureza.

Essa natureza relembra, de certa forma, o «locus amoenus» clássico: as folhas, a ave, as espigas e as fontes são os elementos que a representam.

O «tu» tem um grande impacto e enormes efeitos na natureza:

faz renascer as aves;

as espigas, maduras, tremem;

as fontes param, contemplando-lhe a face.

Em suma, ele provoca alegria na natureza e é detentor de um poder divino, o de dar vida: ele traz da morte as aves.

O sujeito poético mostra-se fascinado com esses efeitos que o «tu» tem na natureza.

Ainda que curto, o texto é bastante rico em matéria de recursos expressivos:

▪ a personificação da natureza (“comedidas / param as fontes”);

▪ metáfora:

. “tremem maduras todas as espigas”;

. “param as fontes a beber-te a face”;

comparação: “como se o próprio dia as inclinasse”.

Estes recursos enfatizam a humanização da natureza e os efeitos nela provocados pela passagem do ser descrito.

O poema é constituído por uma única estrofe, de 7 versos (sétima), todos eles brancos ou soltos e de rima cruzada, de acordo com o esquema rimático ABCDEDE.

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