• O sujeito poético dirige-se a um «tu» que passa, silenciosamente, na natureza.
• Essa natureza relembra, de certa forma, o «locus amoenus» clássico: as folhas, a ave, as espigas e as fontes são os elementos que a representam.
• O «tu» tem
um grande impacto e enormes efeitos na natureza:
▪ faz renascer as aves;
▪ as espigas, maduras, tremem;
▪ as fontes param, contemplando-lhe a face.
Em suma, ele provoca alegria na natureza e é detentor de um poder divino, o de dar vida: ele traz da morte as aves.
• O sujeito poético mostra-se fascinado com esses efeitos que o «tu» tem na natureza.
• Ainda que
curto, o texto é bastante rico em matéria de recursos expressivos:
▪ a personificação da natureza (“comedidas / param
as fontes”);
▪ metáfora:
. “tremem maduras todas as espigas”;
. “param as fontes a beber-te a face”;
▪ comparação: “como se o próprio dia as inclinasse”.
Estes recursos enfatizam a humanização da natureza e os efeitos nela provocados pela passagem do ser descrito.
• O poema é constituído por uma única estrofe, de 7 versos (sétima), todos eles brancos ou soltos e de rima cruzada, de acordo com o esquema rimático ABCDEDE.
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