Numa noite escura de inverno, no castelo de Elsinore, na Dinamarca, Bernardo apresta-se para substituir Francisco na tarefa de vigia. Na penumbra, os dois homens não se conseguem ver, por isso Bernardo, ao ouvir passos próximos de si, grita: “Quem está aí?” Ao ouvir a voz do colega, relaxa. Com frio e cansado pelas muitas horas de vigia, Francisco agradece a Bernardo e dirige-se para casa, para dormir.
Pouco depois, chegam outro soldado, Marcelo, e um nobre chamado Horácio, amigo do príncipe Hamlet. Os dois vigias discutem acaloradamente a aparição, nas últimas duas noites, de um fantasma durante a sua vigília nas muralhas, que lembra o falecido rei Hamlet, pai do príncipe homónimo. Horácio mostra-se cético e desconfia do relato, crendo que tudo não passa de imaginação dos guardas, porém de repente o espírito surge subitamente diante dos três homens, vestido com as roupas e a armadura do falecido monarca. A pedido dos outros homens, Horácio pede ao fantasma que fale, no entanto este recusa e desaparece.
Horácio fica aterrorizado e sugere que a aparição do espírito, que envergava a mesma armadura que usava quando lutou contra o velho Fortinbras, rei norueguês, conquistando-lhe terras que, anteriormente, pertenciam à Noruega, significa algo terrível para a Dinamarca. Horácio acrescenta que Fortinbras, neste caso o jovem príncipe norueguês, deseja agora reconquistar essas terras anteriormente perdidas.
No final da cena, o fantasma faz nova aparição e Horácio tenta falar com ele, mas desaparece mais uma vez no momento em que o galo canta aos primeiros sinais do amanhecer. Horácio sugere que contem ao jovem príncipe Hamlet o que viram, pois acredita que, embora o espírito não tenha falado consigo, se for realmente o fantasma do rei Hamlet, não se recusará a falar com o filho.
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