Os jornalistas da nossa praça estão sempre a inovar, seja no campo da sexualidade (partes do corpo humano, além das «tradicionais», proporcionam orgasmos - caras, ombros, olhos enraivecidos), seja no da língua (confundindo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo «ver» com a mesma do verbo «vir[-se]»).
domingo, 23 de dezembro de 2018
sábado, 22 de dezembro de 2018
Plural de "bolo-rei"
Qual é o plural de "bolo-rei"? "Bolos-rei" ou "bolos-reis"?
A forma adequada é a segunda: bolos-reis.
De acordo com as regras de formação dos nomes compostos, quando se trata de palavras compostas por dois nomes, ambos os elementos vão para o plural.
No entanto, segundo alguns especialistas, só o primeiro elemento deve ser pluralizado ("bolos-rei"), pois trata-se de um tipo de bolo, logo o segundo elemento está a especificar o primeiro (é um nome que funciona como determinante específico, segundo Celso Cunha e Lindley Cintra).
Assim sendo, o uso das duas formas parece ser aceitável.
Por um lado, "bolos-reis", dado que se trata de realidades que se enquadram simultaneamente na classe dos bolos e na classe dos reis; por outro, "bolos-rei", em virtude de ser um tipo de bolo, logo o segundo elemento funciona como determinante específico.
Recomenda-se, contudo, a utilização de bolos-reis.
Graus diminutivo e aumentativo de "Natal"
Enquanto nome, o vocábulo Natal pode apresentar-se nos graus
diminutivo e aumentativo, seguindo os mesmos processos dos demais nomes.
Assim, os graus podem formar-se:
1. acrescentando-lhe um adjetivo que
indique aumento (“grande”, “enorme”)
ou diminuição (“pequeno”, minúsculo”):
- diminutivo: “Natal pequeno / minúsculo”;
- aumentativo: “grande Natal”;
,
2. adicionando-lhe sufixos aumentativos
(-ão, -aço, -uça, -az, etc.) e
diminutivos (-inho, -ito, -zinho, -icho,
-ucho, -eco, etc.):
- diminutivo: Natalinho, Natalito, Natalzinho, Natalzito,
etc.;
- aumentativo:
Natalão, Natalaço.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Sufixo gentílico -iano: açoriano
Não obstante a palavra Açores possuir um e na sua terminação, o habitante das ilhas designa-se açoriano, sim, com i.
A razão da alteração das vogais prende-se com o facto de o adjetivo se formar adicionando o sufixo gentílico -iano à base açor, sufixo esse que entra na composição de outras palavras, como canadiano, cabo-verdiano, iraquiano, iraniano, equatoriano, etc.
A regra é simples:
A regra é simples:
- sempre que se associa um sufixo a uma base que termina em vogal, esta é suprimida:
- carro - carrinho
- sempre que se associa um sufixo a uma base cujo plural termina em -es, o sufixo associa-se ao singular terminado em -r:
- flor (plural flores) - florinha
- cor (plural cores) - corzinha
- açor (plural açores) - açoriano
"Mandado" ou "mandato"?
As palavras mandado e mandato são objeto de confusão frequente.
O nome mandado (formado do verbo mandar) provém do latim mandatus e designa uma ordem oficial escrita, de caráter imperativo, emanada de uma autoridade judicial ou administrativa. Implica, pois, uma ordem da parte de quem o emite e obediência de quem o recebe.
O nome mandado (formado do verbo mandar) provém do latim mandatus e designa uma ordem oficial escrita, de caráter imperativo, emanada de uma autoridade judicial ou administrativa. Implica, pois, uma ordem da parte de quem o emite e obediência de quem o recebe.
- A juíza de instrução emitiu um mandado de busca contra a SAD do Benfica.
Pode ser um madado de prisão, um mandado de busca, um mandado de captura, um mandado judicial...
Por sua vez, o nome mandato provém do latim mandatum e designa o período de exercício de um determinado cargo eleitoral.
- A presidente Dilma não concluiu o seu mandato.
"O mandato é o poder concedido, por meio de votação, a uma pessoa ou partido político durante um determinado período, o encargo, a delegação. Trata-se de uma palavra da mesma família do verbo «mandatar»: quem recebeu ou tem um mandato foi mandatado para desempenhar uma função ou para cumprir uma missão." (Rocha, Maria Regina, in "Diário do Alentejo", 14 de março de 2008). Ou seja, no mandato delegam-se determinadas funções ou trabalhos em determinada entidade, que é o mandatário. O indivíduo A autoriza o B, confere-lhe o poder de agir em seu nome em determinada situação. Temos como exemplo a procuração que um indivíduo passa a outro, ou os deputados da Assembleia da República, que têm um mandato a cumprir que lhes é conferido pelos seus eleitores.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Avaliação do aluno em Cidadania e Desenvolvimento
"Por cento" ou "porcento"?
Qual das formas é correta: por cento ou porcento?
Como se escreve uma percentagem por extenso?
Quando se trata de uma expressão de percentagem (numa estrutura do tipo n por cento de, sendo n um numeral), usa-se a forma "por cento":
- Quinze por cento dos alunos reprovaram.
- Um por cento dos alunos reprovou.
- Setenta e cinco por cento do pinhal de Leiria ardeu.
O termo "porcento" é um nome masculino, sinónimo de "percentagem" (importância recebida proporcional à venda; quantidade ou taxa que determina essa taxa).
Vírgula I - Correção (G 57)
1. (A), (D),
(E), (G).
2. (A).
3.1 (B);
3.2 (C);
3.3 (B);
3.4 (A);
3.5 (A);
3.6 (A);
3.7 (B);
3.8 (C).
. Ficha
Preposição "a" antes de um título começado por um artigo definido
Qual é a forma correta de escrever: Rui Vitória fez declarações à "Bola"? ou Rui Vitória fez declarações a "A Bola"?
Quanto o título da publicação (jornal, revista...) é precedido pela preposição a e começa pelas vogais a ou o, correspondente ao artigo definido, deve evitar-se a sua aglutinação ou contração na escrita:
- Rui Vitória fez declarações a "A Bola".
Se se especificar o tipo de publicação em causa, a redação difere:
- Rui Vitória fez declarações ao jornal "A Bola".
Na oralidade, ocorrem as aglutinações ou contrações:
- Rui Vitória prestou declarações à "Bola".
Regência do nome "tendência"
O nome tendência pode selecionar dois complementos:
- o sujeito da tendência (alguém/algo coisa tende): A tendência do Benfica é jogar pessimamente.;
- o efeito da tendência (a coisa para que se tende): A tendência de Rui Vitória para o disparate é desconcertante.
No primeiro exemplo, tendência rege a preposição de, enquanto, no segundo, a regência pode variar em função do contexto:
- quando é precedido do artigo definido, de determinantes demonstrativos ou possessivos, o nome ocorre com a preposição para antes de expressões nominais (estranhei a/essa/a sua tendência para o disparate) e de ou para antes de verbos no infinitivo (estranhei a/essa/a sua tendência de/para fazer disparates);
- depois de artigo indefinido ou sem qualquer determinante, emprega-se com para antes de expressões nominais [revelou (uma) tendência para o disparate] e a ou para antes de verbos no infinitivo [revelou (uma) tendência a/para fazer disparates].
Fonte: Ciberdúvidas
O 'impato'
Este documento foi produzido num agrupamento de escolas e assinado pela sua diretora. Não conheço o seu IMPATO na comunidade que lhe está associada, mas o número de erros e falhas ortográficos deveria fazer corar de vergonha quem o produziu, assinou e publicou. Porém, é Natal, por isso ninguém leva a mal.
Subscrever:
Mensagens
(
Atom
)