terça-feira, 8 de março de 2022
Dia Internacional da Mulher na Ucrânia
sexta-feira, 4 de março de 2022
terça-feira, 1 de março de 2022
Análise da cena 1 da Farsa de Inês Pereira
● Cantiga entoada por Inês
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
Análise da cena 2 da Farsa de Inês Pereira
Análise da cena 1 da Farsa de Inês Pereira
- “assim hei d’estar encerrada nesta casa
/ como panela sem asa / que está sempre num lugar” (vv. 12-15): a
comparação estabelece-se entre a casa, considerada uma prisão, e uma panela sem
asa, ou seja, a um objeto a que falta um elemento, a asa, para ter utilidade.
Deste modo, Inês mostra que não está satisfeita com a vida que leva,
considerando-a inútil.
- questiona a inutilidade da sua vida: “Coitada,
assi hei de estar / encerrada nesta casa / como panela sem asa, / que sempre
está num lugar?” (vv. 10-13);
- lamenta-se por considerar a sua vida um
desperdício: “E assi hão de ser logrados, / dous dias amargurados, / que eu
possa durar viva?” (vv. 14-16);
- questiona-se sobre a sua condição: “Hii! E
que pecado é o meu, / ou que dor de coração?” (vv. 26-27);
domingo, 27 de fevereiro de 2022
"A Whiter Shade of Pale", Procol Harum
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Texto dramático: finalidade, características e estrutura
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
Análise do poema "Nihil Sibi", de Miguel Torga
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Análise de "Poema em Linha Reta"
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Análise do capítulo CXV da Crónica de D. João I
- metonímia: refere-se aos
habitantes que tomaram partido / apoiaram D. Beatriz e o rei de Castela;
- coloquialismo (“Onde sabee”):
uso da 2.ª pessoa do plural e conectores aditivos – cativa e
aproxima o leitor dos factos narrados;
- adjetivação expressiva: «grande
e poderoso cerco» – intensifica a dimensão e a força do cerco castelhano,
sugerindo a valentia e a excecionalidade de quem lhe resistir – exaltação dos
Portugueses.
a. Muros:
- reparação e fortificação dos muros;
- construção de caramanchões de madeira
nas torres;
- apetrechamento das torres com armas
(lanças, bacinetes, armaduras, catapultas, etc.);
- distribuição da guarda dos muros
pelos nobres e burgueses, apoiados por grupos de soldados armados;
- estabelecimento de um sistema de
alarme em cada quadrilha: o repicar de um sino lá colocado (sempre que os
vigias ouviam tocar o sino, dirigiam-se rapidamente para a secção de uma
muralha que estavam incumbidos de proteger, bem como pessoas das outras torres
e a restante população;
- colocação de vigias noturnos nas
torres;
b. Portas da cidade:
- manutenção de 12 das 38 portas da
cidade abertas todo o dia, guardadas por soldados;
- controlo apertado das entradas e
saídas (por elas não passava ninguém, mesmo conhecido ou «importante», sem que
apresentasse uma razão para entrar ou sair);
- distribuição da guarda noturna de
algumas portas: as chaves de algumas portas/casas eram guardadas à noite e
recolhidas no Paço; outras eram entregues a pessoas de confiança, para as
poderem abrir de noite no sentido de passarem os batéis que transportavam
mantimentos para a cidade; junto à porta de Santa Catarina havia sempre uma
casa destinada ao tratamento dos feridos – uma espécie de hospital de
campanha atual, visto que, nessa zona, eram frequentes os confrontos entre
portugueses e castelhanos, dado que era a mais próxima do acampamento inimigo.
- construção de duas cercas de estacas
(duas estacadas “grandes e fortes”, feitas “de grossos e valentes paus”), uma
desde o mar até à cidade e outra junto ao mosteiro de Santa Clara, que não
permitiam a passagem de cavalos e homens a pé sem que tivessem de subir para
cima delas, o que seria muito perigoso – entre as estacas, havia espaços que
permitiam aos batéis abrigar-se, se fosse necessário;
- montagem do acampamento junto a uma
das cercas;
- construção de um muro exterior ao
acampamento [a barbacã] desde a porta de Santa Catarina até à torre de Álvaro
Pais, que não estava ainda concluída.
• Define os responsáveis pela defesa e proteção das muralhas,
mas também se envolve pessoalmente na defesa da cidade à noite, inspecionando
os muros e torres.
• Dorme pouco, vê todas as suas ordens serem cumpridas de
forma diligente, mostrando toda a sua capacidade de liderança.
• É diligente relativamente à organização da defesa da cidade.
• Possui capacidade tática: antecipa os movimentos do
adversário.
• Possui capacidade de liderança e de motivação (repartição
da guarda dos muros e das portas dos homens de valor e de confiança).
• Mostra ser organizado, preocupado, solidário e cauteloso.
• Pensa em todos os todos os pormenores (por exemplo, a
criação do “hospital de campanha”, a proteção da margem do rio, por onde os
castelhanos poderiam atacar).
a) Interpelação do leitor /
narratário, recorrendo à 2.ª pessoa do plural: “que havees ouvido”;
b) Uso do verbo «ouvir»,
sugerindo a interação oral (apesar de se tratar de um texto escrito): “que
havees ouvido”);
c) Reprodução de cantigas populares;
d) Emprego da frase exclamativa: “Ó
que fremosa cousa era de veer!”.
• Visualismo e dinamismo:
a) Pormenorização dos factos:
38 portas, etc.:
b) Sensações (visuais,
auditivas…);
c) Recurso à enumeração gradativa (bem
como do polissíndeto e da conjunção coordenativa copulativa):
“lanças e dardos e bestas de torno, e doutras maneiras com grande avondança de
muitos viratões”;
d) Emprego da comparação com
função de concretização (por exemplo, a comparação entre os portugueses e os
filhos de Israel da época do profeta Neemias. Esta comparação visa exacerbar as
qualidades dos portugueses que, simultaneamente, cuidavam da defesa da cidade e
repeliam os ataques dos inimigos.);
e) Uso abundante de adjetivos;