1. A frase «Vos estis sal
terrae» («Vós sois o sal da terra»), transcrita da Bíblia, mais
concretamente do Evangelho de S. Mateus, capítulo V, versículo 13, constitui o
chamado conceito predicável, a partir do qual se desenvolverá o Sermão.
1.1. Observe a frase «Vós sois o sal da
terra».
1.1.1. Identifique os referentes do
pronome pessoal «vós».
O pronome
«vós» refere-se aos pregadores que estavam a escutar Cristo.
1.1.2. Refira a subclasse a que pertence
o verbo usado.
O verbo «sois»
encontra-se no presente do indicativo.
1.1.3. Identifique a função sintática
desempenhada pelo constituinte «o sal da terra».
Predicativo do sujeito.
1.1.4. Indique por palavras
suas a relação de sentido entre o constituinte com a função de sujeito e o
constituinte referido em 1.1.3.
Cristo, ao referir estas palavras, está atribuir aos pregadores o
sinónimo sal da Terra, porque são eles que pregam a sua palavra.
1.1.5. Identifique o que representa o «sal».
O sal representa a palavra de Cristo.
1.1.6. Indique, agora, o que
representa o elemento «terra».
O elemento «terra» representa o planeta Terra, todo o mundo onde se
prega a palavra de Cristo.
1.1.7 Sabendo que «predicar» significa atribuir
propriedades a entidades ou situações ou estabelecer relações entre entidades
ou situações, explique em que medida a frase de 1.1. representa um conceito
predicável.
Porque para além da relação que eu referi em cima também se pode
relacionar com os adubos que se colocam na terra para esta ficar própria para
semear.
1.2. Por que motivo é
atribuída por Cristo a propriedade «sal
da terra» aos referentes do pronome pessoal «vós».
Porque são estes que levam a palavra de Cristo até vários povos e a
pronunciam
1.3. Relacione a função do
sal com a função das entidades referidas por «vós».
Porque o sal serve para impedir a corrupção e o que os pregadores
fazem é tentar fazer o mesmo defendendo a palavra de Cristo.
1.4. Como avalia o padre
António Vieira o sucesso dessas entidades no desempenho da sua função?
O sucesso dessas entidades é posto em causa pelo padre António Vieira
como podemos ver na seguinte frase «Ou é porque o sal não salga, e os
pregadores não pregam a verdadeira doutrina».
1.5. Enuncie o problema
levantado pelo padre Vieira.
O problema que o padre Vieira levanta é os pregadores não proferirem
corretamente a palavra de Cristo.
1.5.1. Identifique e classifique o
vocábulo que introduz esse problema.
O vocábulo que
introduz esse problema é «ou é porque o sal não salga»
1.6. Refira as duas
hipóteses gerais apresentadas como causas possíveis do problema.
Duas hipóteses para este problema é o despreze e que os pregadores
sejam metidos debaixo dos pés.
1.6.1. Identifique os
elementos linguísticos que as introduzem como causa do problema e as apresentam
como duas alternativas.
Os elementos linguísticos introdutórios são o «ou» e «;».
1.7. Enumere os motivos que
poderão ter conduzido à primeira causa e os que poderão ter conduzido à
segunda.
O primeiro motivo é o sal não salgar, e o segundo é a terra não se
deixar salgar.
2. O segundo parágrafo
inicia-se com uma premissa e, com base nela, o padre António Vieira coloca uma
pergunta.
2.1. Enuncie a premissa.
A premissa é
«Não é tudo isto verdade? Ainda mal»
2.2. Parafraseie a pergunta.
A pergunta
refere-se a todas as suposições que o padre António fez para responder á
pergunta «qual pode ser a causa desta corrupção?»
2.3. Identifique a parte do
problema para o qual é proposta, neste parágrafo, uma solução e refira a
solução proposta, bem como a finalidade da adoção de tal proposta.
A parte do problema para o qual é proposta, neste parágrafo, uma
solução tem a ver com o facto de os pregadores não pregarem a verdadeira
doutrina e pregarem a si e não a Cristo.
2.3.1. O problema e a
finalidade da solução proposta estão representados por duas orações
subordinadas adverbiais que ocorrem na mesma frase. Classifique-as.
As orações são Consecutiva e final.
2.3.2. Qual é o tipo de
argumento usado para sustentar essa proposta? Justifique a sua resposta.
Argumento de causa e consequência porque ele usa o facto de Cristo não
ter pronunciado a doutrina.
3. Para fundamentar o
que se há de fazer à terra que se não deixa salgar (isto é, aos ouvintes que não querem seguir os ensinamentos
da verdadeira doutrina), o padre António Vieira recorre ao exemplo de Santo
António.
3.1. Indique a razão por que o padre
Vieira convoca a figura de Santo António.
Porque Santo
António criou uma resolução para o grande problema português.
3.2. Relate o episódio ocorrido com o
santo e que justifica o título deste sermão.
Estava Santo
António pregando em Itália na cidade de Arimino, contra os hereges entretanto o
povo vira-se contra ele e quase lhe tiram a vida, então ele mudou o púlpito do
auditório não desistindo da doutrina, seguindo assim para as praias, para os
mares. Até que começa a pregar então ai começam as ondas a ferver, começam os
peixes a concorrer e põem-se todos de cabeça de fora da água ouvindo Santo
António a pregar.
3.3. Em determinado passo
do capítulo, o autor do texto recorre a diversas interrogações. Aponte a
intencionalidade do pregador ao colocar essas questões.
O autor coloca essas questões para tentar arranjar soluções para
Santo António.
3.4. Aponte a decisão
tomada pelo padre Vieira.
Ir até as praias e mares pregar para os peixes
3.4.1. Refira três argumentos
apresentados pelo pregador que justificam essa atitude.
O facto de Santo António ter os pés descalços e não poder protestar,
o facto de não ter pregado nada da terra e de não os ter sacudido.
3.5. O primeiro capítulo
termina com uma invocação e com a expressão de um desejo.
3.5.1. Indique o destinatário da
invocação e a sua intencionalidade.
O destinatário dessa
invocação é Maria, «Domina maris»,
Senhora do mar.