1.
1.1
1.1.1 Os
referentes do pronome pessoal “vós”, são os pregadores
1.1.2 O
verbo pertence á subclasse dos verbos copulativos.
1.1.3 Atendendo
á resposta na pergunta anterior e à observação da frase e às exigências do
verbo, a função sintática desempenhada pela expressão apresentada é a de
predicativo do sujeito.
1.1.4 A
função referida na pergunta 1.1.3, acompanhada pelo verbo, classifica o
sujeito, ou seja atribui-lhe características, fazendo a primeira função
referida parte do predicado para poder classificar então a função de sujeito.
1.1.5 O
sal representa os pregadores e a purificação da “terra” através do ensinamento
da doutrina de Jesus Cristo.
1.1.6 A
“terra” representa a humanidade corrupta que necessita de ser purificada pelo
sal, para que a corrupção não se espalhe mais pela mesma.
1.1.7 Analisando
a frase exposta em 1.1, e olhando para os constituintes sintáticos da frase, e
visto o verbo requerer um predicativo do sujeito, podemos classificar a
expressão como predicável, visto possuir um elemento que apresenta
características de um previamente apresentado, além do que esta frase tem
outras características metafóricas encerradas no predicativo do sujeito acima
referido com as quais predica o sujeito.
1.2 Cristo atribui a
propriedade de “sal da terra” aos pregadores pois quer que estes ajam para com
a humanidade como o sal age na terra.
1.3 A função do sal
na terra, é a de purificar, desinfetar, e a dos pregadores terá de ser a mesma
para com os maus costumes da humanidade e os maus valores incutidos nesta
última.
1.4 O padre António
Vieira não classifica o sucesso destas entidades como grande, mas sim como
pequeno, visto haver muita mediocridade de valores e corrupção na terra.
1.5 O problema
enunciado pelo padre Vieira é o seguinte : Havendo tanto “sal” na terra ,
porque continua a “terra” impura?”
1.5.1 O vocábulo que introduz esse problema
é a palavra “qual” e pertence á classe dos pronomes
1.6
As duas hipóteses são as
seguintes: Ou o “sal” não estava a cumprir a sua função, ou a “terra” não se
deixava salgar.
1.6.1 Os
elementos que introduzem as hipóteses são os vocábulos “ou” e são
articuladores, mais especificamente, conjunções coordenadas disjuntivas.
1.7 Os motivos que
podem ter levado á primeira causa são fatores como: os pregadores não pregarem
a verdadeira doutrina, os pregadores fazerem o contrário do que dizem, ou então
os pregadores se pregarem a si e não a Deus. Os motivos que podem ter levado á
segunda são os seguintes: Ou os ouvintes não desejam receber a verdadeira
doutrina, ou os ouvintes imitam os maus pregadores ou ainda então os ouvintes em
vez de servirem a cristo servem os seus apetites.
2
2.1 A premissa é a
seguinte: “Suposto pois, que, ou o sal não salgue ou a terra se não deixe
salgar: que se há-de fazer a este sal, e que se há-de fazer a esta terra? O que
se há de fazer ao sal que não salga?”
2.2 A pergunta colocada pelo
padre Vieira pretende buscar uma resposta simples para a mudança do
comportamento dos elementos referidos. No fundo ele pergunta: O que poderemos
fazer para mudar estes hábitos de maus pregadores e de maus ouvintes?
2.3 Neste propõe-se
uma solução para a mudança dos pregadores, sendo esta o desprezo e os castigos,
atribuindo respeito e reverencia aos que fazem um bom trabalho, visando com
estas medidas mudar o comportamento dos maus pregadores .
2.3.1 A
primeira é uma oração subordinada adverbial condicional, e a segunda é uma
oração subordinada adverbial final
2.3.2 O
tipo de argumento utilizado é um argumento de autoridade, visto que o padre
António Viera se baseia nos enunciados de Cristo segundo as escrituras de Mateus
para anunciar a solução, não havendo maior autoridade na doutrina cristã que o
próprio Jesus Cristo.
3
3.1 O padre António
Vieira convoca a figura de Santo António por este ter tomado das mais
brilhantes resoluções quanto ao segundo problema apresentado e por ter sido
extremamente valoroso como pregador.
3.2 O episódio que
ocorreu com o Santo relatado pelo Padre Vieira, foi o seu sermão aos peixes na
cidade de Armino, visto os homens recusarem-se a ouvi-lo.
3.3 Ao colocar estas
questões, o Padre António Vieira pretende que o leitor/ouvinte busque uma
resposta ao dilema apresentado, apresentando seguidamente uma resposta
dissuadindo as duvidas.
3.4 Padre António
Vieira decide não pregar sobre Santo António, mas sim imitá-lo na pregação.
3.4.1 Para
suportar a sua decisão argumenta, que se a igreja quiser que se pregue sobre
Santo António no evangelho que fornece-se então outro, pois “Vos estis sal
terra” era muito bom texto para outros Santos , mas para Santo António era
curto. Argumenta também que os outros egrégios doutores foram sal da terra,
enquanto que Santo António foi sal da terra e do mar. Por fim argumenta que não
há Santo com uma fortuna em termos valorativos deixada na terra como Santo
António.
3.5
3.5.1 O destinatário dessa
invocação é “domina maris” Maria, senhora dos mares e mãe de Cristo, e invoca-a
com a intenção de que ela lhe não falte com a regular inspiração que tem nos
seus sermões.