1.
1.1.2) O verbo usado anteriormente pertence à subclasse dos verbos de ligação, também designados por verbos copulativos.
1.1.3) O constituinte “sal da terra” desempenha a função de predicativo do sujeito.
1.1.4) A relação de sentido entre o constituinte com a função de sujeito e o constituinte “sal da terra” é uma relação de caracterização, isto é, a função acompanhada pelo verbo classifica o sujeito, ou seja, descreve-o, atribuí-lhe características. Além disto, a função referida faz parte do sujeito, para assim o poder classificar como sujeito.
1.1.5) O “sal” representa a mensagem evangélica transmitida pelo Padre António Vieira.
1.1.6) O elemento terra representa os ouvintes.
1.1.7) --
1.3) Tal como o sal tem como função conservar e evitar a corrupção, também as entidades referidas por “vós” (pregadores) têm como função louvar o bem (conservar) e impedir o mal (evitar a referida corrupção).
1.4) Avalia esse sucesso negativamente, uma vez que as referidas entidades não estão a desempenhar as suas devidas funções, obrigações e objectivos.
1.5) O Padre António Vieira questiona-se acerca da existência de tamanha corrupção, se o efeito do sal e dos que têm o ofício do sal é exactamente impedir a corrupção.
1.5.1) O vocábulo que introduz esse problema é a palavra “qual”, cuja pertence á classe dos pronomes.
1.6) O Padre António Vieira apresenta duas hipóteses para a causa destes problemas: ou porque o sal não salga (pregadores) ou porque a terra não se deixa salgar (humanidade).
1.6.1) Os elementos linguísticos que introduzem as hipóteses são os vocábulos “ou” e são conjunções coordenadas disjuntivas.
2.
2.2) Com esta pergunta, o padre António Vieira tem como objectivo obter uma resposta para o facto de os elementos não cumprirem as suas obrigações e objectivos, isto é, este pretende obter uma resposta sobre o que fazer para que o “sal” e a “terra” cumpram devidamente as suas funções e se deixem do seu quotidiano e maus hábitos referidos anteriormente.
2.3) Neste parágrafo é proposta uma solução para a questão de o sal não salgar a terra, sendo que a solução é lançar esse sal fora como um inútil, para que assim seja pisado por todos. Como tal, podemos afirmar que a finalidade desta medida proposta é remediar e mudar as atitudes dos pregadores, castigando-os.
2.3.1)A primeira é uma oração subordinada adverbial condicional, e a segunda é uma oração subordinada adverbial final.
2.3.2) Tal como é do nosso conhecimento, o padre António Vieira utiliza e baseia-se nos enunciados de Cristo segundo S. Mateus para apresentar uma solução para o problema. Visto não existir maior autoridade do que a de jesus Cristo, então estamos presente um argumento de autoridade.
3.
3.2) O episódio ocorrido foi o seguinte: S. António pregava na cidade de Arímino, Itália, contra os hereges. Não obstante, estes não compreendiam o que ele pregava, chegando ao ponto de se revoltarem contra ele e o quererem matar. Como tal, visto que o seu auditório não o compreendia e ouvia, este decidiu mudar e pregar para os peixes.
3.3) O padre António Vieira, ao colocar estas questões, tinha como objectivo levar o leitor a procurar uma resposta ao problema apresentado.
3.4) O Padre António Vieira decide pregar como Santo António. Isto é, este decide não imitar S. António mas sim, pregar como ele.
1.1
1.1.1) Os referentes do pronome
pessoal “vós” são os pregadores.
1.1.2) O verbo usado anteriormente pertence à subclasse dos verbos de ligação, também designados por verbos copulativos.
1.1.3) O constituinte “sal da terra” desempenha a função de predicativo do sujeito.
1.1.4) A relação de sentido entre o constituinte com a função de sujeito e o constituinte “sal da terra” é uma relação de caracterização, isto é, a função acompanhada pelo verbo classifica o sujeito, ou seja, descreve-o, atribuí-lhe características. Além disto, a função referida faz parte do sujeito, para assim o poder classificar como sujeito.
1.1.5) O “sal” representa a mensagem evangélica transmitida pelo Padre António Vieira.
1.1.6) O elemento terra representa os ouvintes.
1.1.7) --
1.2) Cristo
atribuiu a propriedade “sal da terra” aos referentes do pronome pessoal “vós”,
pois deseja que estes façam na terra aquilo que o sal faz, isto é, tal como o
sal tem como função conservar e evitar a corrupção, também os referentes do
pronome pessoal têm como função na Terra louvar o bem (conservar) e impedir o mal
(evitar a corrupção).
1.3) Tal como o sal tem como função conservar e evitar a corrupção, também as entidades referidas por “vós” (pregadores) têm como função louvar o bem (conservar) e impedir o mal (evitar a referida corrupção).
1.4) Avalia esse sucesso negativamente, uma vez que as referidas entidades não estão a desempenhar as suas devidas funções, obrigações e objectivos.
1.5) O Padre António Vieira questiona-se acerca da existência de tamanha corrupção, se o efeito do sal e dos que têm o ofício do sal é exactamente impedir a corrupção.
1.5.1) O vocábulo que introduz esse problema é a palavra “qual”, cuja pertence á classe dos pronomes.
1.6) O Padre António Vieira apresenta duas hipóteses para a causa destes problemas: ou porque o sal não salga (pregadores) ou porque a terra não se deixa salgar (humanidade).
1.6.1) Os elementos linguísticos que introduzem as hipóteses são os vocábulos “ou” e são conjunções coordenadas disjuntivas.
1.7) A primeira
hipótese referida, “porque o sal não salga”, pode ser justificada através dos
seguintes motivos: em primeiro lugar, os pregadores não pregam a devida
doutrina; de seguida, os pregadores dizem uma coisa e fazem outra e por fim,
estes pregam-se a si mesmos e não a Cristo. A segunda hipótese, “porque a terra
não se deixa salgar”, deve-se aos seguintes factores: primeiro, devido aos
ouvintes não quererem receber a devida doutrina; de seguida, temos ainda o
facto de estes quererem imitar o que os pregadores fazem e não aquilo que eles
dizem e por fim, temos o facto de os ouvintes quererem servir os seus apetites,
em vez de servirem a Deus.
2.
2.1) A premissa
referida é a seguinte: “Suposto pois, que, ou o sal não salgue ou a terra se
não deixe salgar: que se há-de fazer a este sal, e que se há-de fazer a esta
terra? O que se há de fazer ao sal que não salga?”.
2.2) Com esta pergunta, o padre António Vieira tem como objectivo obter uma resposta para o facto de os elementos não cumprirem as suas obrigações e objectivos, isto é, este pretende obter uma resposta sobre o que fazer para que o “sal” e a “terra” cumpram devidamente as suas funções e se deixem do seu quotidiano e maus hábitos referidos anteriormente.
2.3) Neste parágrafo é proposta uma solução para a questão de o sal não salgar a terra, sendo que a solução é lançar esse sal fora como um inútil, para que assim seja pisado por todos. Como tal, podemos afirmar que a finalidade desta medida proposta é remediar e mudar as atitudes dos pregadores, castigando-os.
2.3.1)A primeira é uma oração subordinada adverbial condicional, e a segunda é uma oração subordinada adverbial final.
2.3.2) Tal como é do nosso conhecimento, o padre António Vieira utiliza e baseia-se nos enunciados de Cristo segundo S. Mateus para apresentar uma solução para o problema. Visto não existir maior autoridade do que a de jesus Cristo, então estamos presente um argumento de autoridade.
3.
3.1) O padre
António Vieira convoca a figura de Santo António para responder sobre o que
fazer relativamente ao facto de a terra não se deixar salgar, isto é, através
do exemplo de Santo António adquirimos uma solução para este problema: mudar de
púlpito e de auditório, nunca desistindo da nossa doutrina. Por outras
palavras, a convocação de Santo António é usada com o objectivo de apresentar
um exemplo de solução que acontecera outrora numa história idêntica,
apresentando consequentemente uma solução para esta situação/questão actual.
Além disto, tal como todos os santos referidos ao longo da obra, a figura de
Santo António funciona como uma autoridade.
3.2) O episódio ocorrido foi o seguinte: S. António pregava na cidade de Arímino, Itália, contra os hereges. Não obstante, estes não compreendiam o que ele pregava, chegando ao ponto de se revoltarem contra ele e o quererem matar. Como tal, visto que o seu auditório não o compreendia e ouvia, este decidiu mudar e pregar para os peixes.
3.3) O padre António Vieira, ao colocar estas questões, tinha como objectivo levar o leitor a procurar uma resposta ao problema apresentado.
3.4) O Padre António Vieira decide pregar como Santo António. Isto é, este decide não imitar S. António mas sim, pregar como ele.
3.4.1) A atitude do padre pode
ser justificada através dos seguintes argumentos: em primeiro lugar, este
afirma que todos os outros egrégios doutores foram sal da terra, mas que o Santo
António foi sal da terra e do mar e ainda, que Santo António deixou uma
história, um exemplo, uma lição, uma influência e uma inspiração maior do que
todas as marcas deixadas por qualquer santo na Terra.
3.5.
3.5.1) O destinatário da
invocação é “domina maris”, isto é, o destinatário é Maria, mãe de Cristo e
senhora dos mares. Sendo que a intencionalidade da sua invocação é que esta
nunca lhe falte como fonte de inspiração.
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