segunda-feira, 19 de março de 2018
domingo, 18 de março de 2018
Queda da estação espacial "Tiangong-1"
Depois de seis anos e meio no espaço, a Tiangong-1, primeira estação espacial chinesa, prepara-se para regressar à Terra. O problema é que está totalmente fora de controle e ninguém sabe quando e onde vai cair.
Aqui [Tiangong-1] ou aqui [Tiangong-a], é possível acompanhar o regresso da filha pródiga.
"Édipo Rei", de Sófocles
A peça Édipo Rei foi escrita por Sófocles (496-406 a.C.), provavelmente no ano de 427 a.C..
Laio e Jocasta têm um filho, porém aquele tinha sido avisado por um oráculo que de seria morto pelo próprio filho, pelo que pede a um dos seus servos para abandonar a criança no Monte Citerão (entre Tebas e Corinto) com os pés amarrados a uma árvore, para aí morrer. No entanto, um pastor encontra-o e salva-o e a criança acaba por ser adotada Pólibo, rei de Corinto.
Já adulto, Édipo decide abandonar Corinto e consultar um oráculo, que lhe revela o seu destino trágico: assassinar o pai e casar com a mãe. Destroçado pela revelação, segue em direção à cidade e, numa encruzilhada, tem uma discussão com um velho senhor, acabando por o matar e a toda a sua comitiva, à exceção de um homem.
Chegado às portas de Tebas, encontra a Esfinge, ser mitológico metade leão e metade mulher que aterrorizava o povo tebano com os seus enigmas, posto que quem não os decifrasse acabava devorado por ela. Confrontado com a charada do monstro ("Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde?"), Édipo não hesita e responde que se trata do homem. Ao acertar a resposta, ele salva-se, bem como à cidade, onde é recebido como um herói. Como recompensa, recebe a coroa da cidade e a mão da rainha Jocasta, que enviuvara misteriosamente.
Jocatas e Édipo têm quatro filhos. Quinze anos passados, Tebas é assolada por uma doença terrível. Preocupado com a maldição (a peste) que assolava a cidade, Édipo envia Creonte, seu cunhado, ao oráculo de Apolo, em busca de orientação e de uma solução para o problema.
Já adulto, Édipo decide abandonar Corinto e consultar um oráculo, que lhe revela o seu destino trágico: assassinar o pai e casar com a mãe. Destroçado pela revelação, segue em direção à cidade e, numa encruzilhada, tem uma discussão com um velho senhor, acabando por o matar e a toda a sua comitiva, à exceção de um homem.
Chegado às portas de Tebas, encontra a Esfinge, ser mitológico metade leão e metade mulher que aterrorizava o povo tebano com os seus enigmas, posto que quem não os decifrasse acabava devorado por ela. Confrontado com a charada do monstro ("Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde?"), Édipo não hesita e responde que se trata do homem. Ao acertar a resposta, ele salva-se, bem como à cidade, onde é recebido como um herói. Como recompensa, recebe a coroa da cidade e a mão da rainha Jocasta, que enviuvara misteriosamente.
Jocatas e Édipo têm quatro filhos. Quinze anos passados, Tebas é assolada por uma doença terrível. Preocupado com a maldição (a peste) que assolava a cidade, Édipo envia Creonte, seu cunhado, ao oráculo de Apolo, em busca de orientação e de uma solução para o problema.
Ao regressar, Creonte informa-o de que a maldição é um castigo divino pelo facto de Laio ter sido morto e ninguém o ter ainda vingado e que acabaria quando o assassino do antigo rei de Tebas, caído, muito anos antes, numa encruzilhada, fosse encontrado e punido (com a morte ou a expulsão da cidade).
Deste modo, Édipo dedica-se inteiramente à tarefa de descobrir o assassino e, assim, salvar Tebas, começando por interrogar vários cidadãos sobre o ocorrido. Um dos interrogados é Tirésias, um profeta cego que lhe diz que o autor do crime estará mais perto do que ele imagina.
O rei fica atordoado com a informação, porém Jocasta, sua esposa, procura tranquilizá-lo, dizendo-lhe que os profetas já se enganaram anteriormente. E ilustra as suas palavras, referindo a história do seu filho com Laio, cujo oráculo profetizou que mataria o próprio pai e desposaria a mãe. De acordo com Jocasta, tal profecia não se concretizou, dado que a criança foi entregue, ainda bebé, a um camponês para ser morta.
A narração da esposa não descansa Édipo, pois recorda que, quando era criança, um velho lhe havia dito que estava predestinado a matar o seu próprio pai e a deitar-se com a mãe. Além disso, anos volvidos, quando se dirigia para Tebas, assassinara um homem numa encruzilhada, situação que soa muito semelhante à história de Laio.
Jocasta implora ao marido que não remexa mais no seu passado, porém tal pedido é ignorado por ele. Édipo questiona mais pessoas, incluindo um mensageiro e um camponês que conheceriam bastante bem a história de como ele fora abandonado e adotado por uma família de Corinto.
Jocasta compreende, então, que, na verdade, é a mãe de Édipo. Horrorizada com a descoberta, tira a sua própria vida. Posteriormente, é o próprio Édipo quem toma consciência de que é ele o assassino do próprio pai e marido da própria mãe. Igualmente horrorizado, fura os seus olhos, amaldiçoa os dois filhos que lutam pela coroa e exila-se de Tebas, guiado pela filha Antígona, cumprindo assim o castigo (a expulsão da cidade) que Apolo tinha destinado ao assassino, para que a mancha fosse retirada da cidade, salvando-a da peste.
Édipo, que trouxera outrora sorte à cidade, voltou a trazê-la no final da peça, ao salvá-la da peste, conseguindo aquilo que se tinha proposto na peça.
A peça e o seu protagonista deram origem ao célebre Complexo de Édipo, conceito criado por Sigmund Freud no campo da psicologia, que consiste na atração que um filho sente pela mãe durante determinado período da vida.
Deste modo, Édipo dedica-se inteiramente à tarefa de descobrir o assassino e, assim, salvar Tebas, começando por interrogar vários cidadãos sobre o ocorrido. Um dos interrogados é Tirésias, um profeta cego que lhe diz que o autor do crime estará mais perto do que ele imagina.
O rei fica atordoado com a informação, porém Jocasta, sua esposa, procura tranquilizá-lo, dizendo-lhe que os profetas já se enganaram anteriormente. E ilustra as suas palavras, referindo a história do seu filho com Laio, cujo oráculo profetizou que mataria o próprio pai e desposaria a mãe. De acordo com Jocasta, tal profecia não se concretizou, dado que a criança foi entregue, ainda bebé, a um camponês para ser morta.
A narração da esposa não descansa Édipo, pois recorda que, quando era criança, um velho lhe havia dito que estava predestinado a matar o seu próprio pai e a deitar-se com a mãe. Além disso, anos volvidos, quando se dirigia para Tebas, assassinara um homem numa encruzilhada, situação que soa muito semelhante à história de Laio.
Jocasta implora ao marido que não remexa mais no seu passado, porém tal pedido é ignorado por ele. Édipo questiona mais pessoas, incluindo um mensageiro e um camponês que conheceriam bastante bem a história de como ele fora abandonado e adotado por uma família de Corinto.
Jocasta compreende, então, que, na verdade, é a mãe de Édipo. Horrorizada com a descoberta, tira a sua própria vida. Posteriormente, é o próprio Édipo quem toma consciência de que é ele o assassino do próprio pai e marido da própria mãe. Igualmente horrorizado, fura os seus olhos, amaldiçoa os dois filhos que lutam pela coroa e exila-se de Tebas, guiado pela filha Antígona, cumprindo assim o castigo (a expulsão da cidade) que Apolo tinha destinado ao assassino, para que a mancha fosse retirada da cidade, salvando-a da peste.
Édipo, que trouxera outrora sorte à cidade, voltou a trazê-la no final da peça, ao salvá-la da peste, conseguindo aquilo que se tinha proposto na peça.
A peça e o seu protagonista deram origem ao célebre Complexo de Édipo, conceito criado por Sigmund Freud no campo da psicologia, que consiste na atração que um filho sente pela mãe durante determinado período da vida.
terça-feira, 13 de março de 2018
Portaria n.º 29/2018
Define regras relativas ao preenchimento das vagas para progressão ao 5.º e 7.º escalões da
carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Despacho n.º 2145-C/2018
Fixação do número de vagas para a progressão ao 5.º e 7.º escalões.
"Félis" ou "Féliks"?
Qual é a pronúncia correta? "Félis" ou "Féliks"?
O blogue Português em forma dá a resposta e explica, com apreciável clareza, a questão [aqui].
quinta-feira, 8 de março de 2018
Plural de "filhó"
Não é pouco frequente encontrar falantes que pronunciam "filhós" no singular e "filhoses" no plural.
Sendo verdade que alguns dicionários registam as formas referidas (provavelmente por analogia com "nozes", "vozes", etc.), é recomendado o uso de:
- filhó (singular) e
- filhós (plural).
quarta-feira, 7 de março de 2018
Grafia da 1.ª pessoa do plural do infinitivo pessoal e impessoal
É muito frequente a confusão, na escrita, entre a segunda pessoa do plural do infinitivo pessoal e impessoal.
Com efeito, não é incomum encontrar frases como esta:
* Se enviar-mos os documentos até amanhã, não pagaremos multa.
Vamos, então, esclarecer a questão.
1. Quando a forma verbal está conjugada no infinitivo pessoal, o mos faz parte da forma verbal e não é separado dela por hífen:
- Se enviarmos os documentos até amanhã, não pagaremos multa.
2. No caso do infinitivo impessoal, o mos é o resultado da contração dos pronomes pessoais me e os (me + os = mos) e separa-se da forma verbal através de hífen:
- Esqueci-me dos CD em tua casa. Podes enviar-mos pelo correio?
3. Se, no momento de escrever, a dúvida nos assaltar, podemos recorrer ao teste da negação.
Assim, colocamos a frase pretendida na forma negativa:
3.1. Se a palavra não se partir, não leva hífen:
- Se não enviarmos os documentos até amanhã, não pagaremos multa.
3.2. Se a palavra se partir e o mos for colocada antes da forma verbal, escreve-se
com hífen:
- Esqueci-me dos CD em tua casa. Podes não mos enviar?
- Esqueci-me dos CD em tua casa. Podes enviar-mos pelo correio?
3. Se, no momento de escrever, a dúvida nos assaltar, podemos recorrer ao teste da negação.
Assim, colocamos a frase pretendida na forma negativa:
3.1. Se a palavra não se partir, não leva hífen:
- Se não enviarmos os documentos até amanhã, não pagaremos multa.
3.2. Se a palavra se partir e o mos for colocada antes da forma verbal, escreve-se
com hífen:
- Esqueci-me dos CD em tua casa. Podes não mos enviar?
"Bem-vindo" ou "benvindo"?
1. Se pretendemos fazer uma saudação, desejar as "boas-vindas", devemos escrever bem-vindo.
2. Se se tratar de um nome próprio, escrevemos Benvindo.
FAQ
FAQ é a sigla da expressão inglesa "frequently asked quetions".
Ora, as siglas, na escrita, não têm plural [sigla], o qual é indicado pelas palavras que as antecedem.
Deste modo, é errado escrever FAQs ou FAQ's.
Ora, as siglas, na escrita, não têm plural [sigla], o qual é indicado pelas palavras que as antecedem.
Deste modo, é errado escrever FAQs ou FAQ's.
"Trata-se de" ou "tratam-se de"?
Sempre que surge acompanhado da preposição, o verbo "tratar" não se flexiona no plural, uma vez que é um verbo impessoal, ou seja, usa-se apenas na terceira pessoa do singular.
- Trata-se de um jogador fenomenal este Jonas Pistolas.
- Trata-se de "e-mails" comprometedores para qualquer insolvente.
Mesmo que a frase se encontro no plural, a forma "trata-se de" mantém-se.
"Interviu" ou "interveio"?
Intervir é um verbo derivado do verbo vir e não do verbo ver. Assim, deve conjugar-se como vir, daí que a forma correta seja interveio.
- Eu intervenho. (inter + venho)
- Tu intervéns. (inter + vens)
- Ele intervém. (inter + vem)
- etc.
- Ele intervém. (inter + vem)
- etc.
terça-feira, 6 de março de 2018
domingo, 4 de março de 2018
A importância de uma vírgula
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