domingo, 9 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Orações subordinadas substantivas COMPLETIVAS
As orações subordinadas substantivas desempenham funções sintácticas características de grupos nominais, daí a designação de substantivas (na tradição gramatical, o nome designava-se substantivo).
As orações subordinadas substantivas dividem-se em
- completivas: O Pedro disse que o Eusébio fugiu de Moçambique.
- relativas sem antecedente: Tu precisas de quem te dê um par de lambadas.
As orações subordinadas substantivas são seleccionadas por:
- um verbo: A Maria afirmou que amanhã não há feira.
- um nome: Foi uma alegria que o Benfica tivesse derrotado o Marítimo.
- um adjectivo: Os alunos estão conscientes de que sou um péssimo professor.
1. Oração subordinada substantiva completiva
1.1. Finita
- As orações subordinadas substantivas completivas finitas são introduzidas pelas conjunções completivas "que" e "se":
-» Declaro que tu és um bom rapaz.
-» A Joana perguntou se eu ia faltar.
- Estas orações podem desempenhar diferentes funções sintácticas:
-» Sujeito:
. Espanta-me que a Miquelina tenha casado com o Ernesto. (a oração sublinhada desempenha a função sintáctica de sujeito da oração que a precede, que é a subordinante)
. É preciso que tu estudes mais.
-» Complemento directo:
. O Sócrates deseja que os portugueses se calem. (a oração sublinhada desempenha a função de complemento directo do verbo da oração subordinante)
. A tua esposa perguntou-me se lhe eras fiel.
. O Luís afirmou que o Torres mentiu ao juiz.
-» Perguntei-lhe que óculos comprou.. As orações subordinadas completivas exigidas por verbos que marcam uma interrogação / inquirição (perguntar, pedir, inquirir, etc.) podem ser introduzidas por pronomes, determinantes, quantificadores e advérbios (precedidos ou não de preposição) e desempenham igualmente a função sintáctica de complemento directo:
quando assassinou a formiga.
como fugiu da cadeia.
quem estragou o comando.
quanto custou o I-Pad.
quantos dentes lhe partiu a Josefina.
qual era a sua música preferida.
onde perdeu a dentadura.
por quem foi assaltado.
-» Complemento oblíquo do verbo - orações introduzidas por "que" precedido de verbo com preposição fixa:
. O professor insistiu em que os alunos lessem Os Maias.
. O Benfica luta para que haja verdade desportiva.
. Estas orações completivas podem ser substituídas pelo pronome "isso" ou pelo grupo nominal "esse facto", precedidos de preposição:
-» O professor insistiu nisso / nesse facto.
-» O Benfica luta para isso.
-» Complemento do nome:
. Lamento o facto de que os árbitros auxiliem certos clubes.
. O professor suscitou a possibilidade de que o Josué tivesse copiado.
-» Complemento do adjectivo:
. Estou certo de que o Benfica será campeão.
. O Hulk é o responsável por que o F. C. Porto esteja em primeiro lugar.
. Estou convicto de que 2011 será um ano muito difícil.
1.2. Não finita infinitiva
- As orações subordinadas substantivas completivas não finitas são infinitivas dado que têm o verbo no infinitivo pessoal ou impessoal.
- Geralmente, estas orações não são introduzidas por preposições.
- No entanto, aquelas que são seleccionadas por verbos que indicam um pedido ou uma ordem (dizer, insistir, pedir, solicitar...) podem exigir a presença da preposição "para".
- À semelhança das orações finitas, as não finitas infinitivas podem desempenhar diferentes funções sintácticas:
. Provocou-me espanto o Nacional ter derrotado aquele clube do Norte.
-» Complemento directo:
. O Miguel disse para o Pedro se calar.
-» Complemento oblíquo do verbo:
. Eu esforço-me por vos motivar.
. A indisciplina contribui para diminuir o sucesso escolar.
. A Maria pensou em namorar com o Tiago.
-» Complemento do nome:
. A possibilidade de tu passares de ano é remota.
. Tenho pressa de voltar a casa.
-» Complemento do adjectivo:
. Esta máquina de calcular é difícil de compreender.
. As inverdades dos políticos são desagradáveis de ouvir.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Orações subordinadas relativas
1. Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente - Finita
1.1. Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente - Não finita infinitiva
2. Oração subordinada adjectiva relativa
2.1. Relativa restritiva
2.2. Relativa explicativa
- É introduzida por:
-» advérbios relativos: «onde», «como»:
. O Ernesto poisou a mochila onde havia espaço.
-» pronome relativo "quem":
. Quem desdenha quer comprar.
-» quantificador relativo "quanto" (precedido ou não de preposição):
. Só comes quanto ganhas.
- Não possui antecedente.
- Completa / modifica o grupo verbal da oração subordinante.
- Pode desempenhar diversas funções sintácticas:
-» Sujeito: Quem estuda passa de ano.
-» Predicativo do sujeito: O Carlos Cruz não é quem parece.
-» Complemento directo: Adoro quem estuda.Só pagas quanto gastares.
-» Complemento indirecto: Ofereci um rebuçado a quem estudou.
-» Complemento oblíquo: Gosto de quem me trata bem.
-» Complemento agente da passiva: O jogo foi ganho por quem marcou mais golos.
-» Modificador do grupo verbal da subordinante:
- O meu avô vivia como podia.
- Adormeço onde calha.
1.1. Oração subordinada substantiva relativa sem antecedente - Não finita infinitiva
- É introduzida por advérbios relativos e pronomes relativos "que" e "quem" (precedidos ou não de preposição).
- Tem o verbo no infinitivo:
-» Não tenho que dar no Natal.
-» Jorge Jesus não sabe como mudar a situação.
-» No Verão, não tenho a quem deixar o piriquito.
-» Hulk, tens com que escrever?
-» Não sei onde estacionar o carro.
2. Oração subordinada adjectiva relativa
2.1. Relativa restritiva
- Limita, restringe a referência do antecedente.
- Contém informação relevante para a definição do antecedente.
- Não pode ser eliminada da frase, pois alteraria o sentido da oração subordinante.
- Desempenha a função sintáctica de modificador restritivo do nome:
-» Quem ama verdadeiramente (oração substantiva relativa sem antecedente) não diz palavras que ofendam (oração relativa restritiva).
-» Os alunos que estudaram obtiveram boas classificações. → Os alunos obtiveram boas notas. (neste caso, são todos os alunos; no primeiro exemplo, eram só alguns)
-» A mulher que eu amo está presa.
2.2. Relativa explicativa
- Apresenta informação adicional / facultativa sobre o antecedente (na oração subordinante).
- Assim, pode ser eliminada, pois a sua omissão não altera o sentido da oração subordinante.
- Na oralidade, é marcada por uma pausa; na escrita, por vírgulas, travessões ou dois pontos.
- Desempenha a função sintáctica de modificador apositivo do nome (1) ou modificador da frase (2):
-» (1) Os benfiquistas, que se mostravam entusiasmados, saíram frustrados do estádio.
-» (2) O Benfica perdeu, o que deixou a D. Lídia furiosa.
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