«Eu acho que, com a idade que temos, nós é que deveríamos impor as regras. Pensar "então se tenho ido a todas as festas, não preciso de ir a esta. É dinheiro que poupo e uma noite em casa". Os nosso pais matam-se a trabalhar para nós irmos todas as sextas sair até às tantas. Não concordo.
Mas uma coisa que me irrita é quando desconfiam de mim! Epa não é bem desconfiar, mas é a sensação que dá. Eu esforço-me pelas notas, para me portar bem, para tudo (e não digam que não) e só sabem dizer "andas de cabeça no ar"; "logo te conto uma história quando saírem as notas"... Olha, sinceramente não percebo! Não percebo onde estou a errar! Não sei. É óbvio que também tenho os meus momentos mais "malucos" e de cabeça no ar, mas bolas! Eu trabalho, eu porto-me bem... Eu não vos dou motivos de problemas, não armo confusão. E depois mandas uma boca destas? Olha não percebo. Sou responsável e sei por-me no meu lugar. Sei quando chega e quando é demais. E o que sabes é criticar... Sinceramente não percebo! E tu não entendes o quanto isso me irrita! A sério, é das coisas que mais me irrita. Quando eu faço TUDO POR TUDO para te dar alegrias e tu chateias-te por algo que ACHAS que estou a fazer! IRRITA como não calculas!!!! E entristece!!»
«Roubado« de um blogue de uma jovem estudante de 17 anos, natural de Beja: http://sofiaa-isaabel.blogspot.pt/2011/10/blog-da-bea-continuacao-do-seu-post.html. Começa a ser raro encontrar testemunhos destes, que vão desde o reconhecimento do esforço familiar para proporcionar um futuro melhor; a necessidade de reconhecer o estatuto de (quase) adulto; o desejo de confiança em si enquanto pessoa; a pressão para obter boas notas; a injustiça na apreciação do esforço e do estudo...
Parabéns à Sofia Isabel, autora do «Quelque chose comme moi!».
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