. Antonímia (de «anti-» = em oposição a + «-onímia»
= nomes): designa a relação de oposição que se estabelece entre duas ou mais
palavras com significados opostos.
‑ alto / baixo
‑ gordo / magro
‑ rápido / lento
‑ eficaz / ineficaz
‑ homem / mulher
Apesar
de os antónimos serem palavras de sentido oposto, possuem, todavia, alguns
traços semânticos que as aproximam. Por exemplo, «homem» e «mulher» designam
dois géneros, no entanto têm em comum o traço semântico «ser humano».
A
relação de antonímia, por outro lado, pode ser de três tipos:
a. Antonímia contrária / graduável: entre duas ou mais palavras de
significado contrário existem um ou mais conceitos intermédios, significando
que a relação de oposição é graduável.
Exemplos:
‑ quente
/ frio – quente / morno / frio
‑ cheio
/ vazio – cheio / meio / vazio
b. Antonímia contraditória: os significados das palavras
excluem-se mutuamente.
Exemplos:
‑ homem / mulher
‑ macho / fêmea
‑ solteiro / casado
‑ presente / ausente
‑ vivo / morto
c. Antonímia conversa: as palavras antónimas podem ser
substituídas na frase desde que haja uma inversão da ordem sintática dos
elementos, isto é, a relação de oposição obriga que, havendo inversão dos
termos na frase, se utilize outra palavra para manter o mesmo sentido.
Exemplos:
‑ Eu dei um
presente ao João.
‑ O João recebeu
um presente meu.
‑ O Miguel é filho
da Maria.
‑ A Maria é mãe
do Miguel.
Este tipo
de antonímia ocorre predominantemente nos domínios das relações de parentesco (pai / filho), das relações sociais (credor / devedor; médico / paciente) e das relações temporais e espaciais (antes / depois; em cima / em baixo).
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